31.1.09

Da Série Calçadão

Conto da Tinê : Bora, Bia!


A moça diz que não quer mais saber dessa história de sair por aí sem lenço e sem documento e que o único sol inclemente é o de Mundaú durante o verão. Lá provocou tempestade de areia em olho de cavalo xucro até rolar duna embolada a um moreno cor de sapoti maduro de romper casca. Olhos de mel fitos em olhos de jabuticaba, vazava pelos cantolhos estonteante marinha que revelou sóis poentes sobre corpos porejantes, com sal se formando aos pés emparelhados entre murmúrios de aconchego.

Essa moça não tem freio na língua; conta à tia escandalizada que seu autorretrato perdeu o hífem enquanto visitava o Ceará, mas em troca ganhou um erre a mais quando o mancebo se apresentou: Ramifrancis.
Do gozo ao gongo, um aviso sonoro me desperta. Dormira sobre o teclado. Azul, só o das linhas na tela a correr atrás do morenão fugaz. Quero-o de volta! Ramito se evapora, bolhas de ar descem à mesa, leio trecho da mensagem que entrou: “... passamos a virada do ano em Pecém com a minha galera, depois fomos para...” Então fecho a página de luz antes de voltar à realidade, à dura realidade. Lembrei do pernambucano pele de jambo que caiu de amores por mim além das outras tantas – pois que fique ele em sua praia de Boa Viagem e faça bom proveito, já risquei-rasguei-queimei o seu retrato mango.
Quero o Ramito mundauense, ser dele a maria-mundaréu!
Ora, como voltar sem ter ido, se a moça e eu nunca fomos uma, ou serei uma em duas? Sereia, não sou, mas em Mundaú estarei: deixo o bling-bling eletrônico me enredar, deixo o ar dourado me cegar, de lá o eco traz a voz que me chama e os olhos por dentro do sonho dão corpo a quem me acena entre os coqueiros no solemar, “Bora, Bia, booooooo...”
*******************************************************************
Tinê Soares – 06/01/2009

Da Série "prosa porosa"


Guilherme Mansur continua sacando criativamente da sua rede na praia sob o sol caliente do fim de janeiro.

Livro sobre Bambu traz novo saber


Está na praça o livro Bambu de Corpo e Alma . Foi escrito por Marco Antonio dos Reis Pereira e Antonio Ludovico Beraldo com a colaboração de Betty Feffer.
Junto vem um CD com 1500 imagens. Mais informações na Rede Social do Bambu idealizada pelo meu amigo, o designer e pesquisador Egeu Laus.
O endereço é : http://bamboo.ning.com/
Nas costas do livro está escrito o seguinte:
"Afinal, que outra planta se desenvolve da brotação à fase adulta em
tão poucos meses?
Que outra planta, com seus aproximadamente 50 gêneros e 1.300
espécies, protege tão bem o solo, sequestra tão eficientemente o
carbono e fornece alimento e matéria-prima de boa qualidade para
tantos e tamanhos fins?
Que outro recurso natural se renova tão rapidamente em termos de
velocidade de crescimento e aproveitamento por área?"
Interessante né!
Bambu não é bom-bril mas tem 1001 utilidades.

30.1.09

Bancarrota?


É todo santo dia, você abre um jornal, uma página de um portal de notícias da internet e está lá estampada a grande novidade: "Tal país demite milhares de pessoas".
Hoje é o dia do Japão, cujas empresas demitiram 27 mil pessoas.
Seria interessante para o jornalismo investigativo dar os números das pessoas que se beneficiaram na época que não havia a tal "crise". E para refinar a pesquisa, dar o número daqueles que atualmente se beneficiam da crise. Pois tem alguém ganhando nessa onda. É a lei do capitalismo, onde alguém perde, sempre tem alguém que está ganhando.
Jornalistas, mãos à obra! Deixem dar notícias de onde e o que estão fazendo Brad Pitt e Angelina Jolie, ou o que o Ronaldo (o fenômeno) anda aprontando nas boates do mundo.

Da Série "prosa porosa"


Direto da onda inventiva de Guilherme Mansur.

Da Série Calçadão

29.1.09

Dica do Gerdal : Samba de quadra tem final de concurso, hoje, no Circo Voador (grátis)


Hoje, 29 de janeiro, às 22h, no Circo Voador, com entrada franca, é o dia da finalíssima do I Concurso de Samba de Quadra da Light. Concebido com o objetivo de valorizar uma das vertentes da música de carnaval, seus compositores e intérpretes, esse concurso atraiu cerca de 800 inscrições, das quais saíram os concorrentes ao Troféu Jamelão. Osmar do Breque, Tiãozinho da Mocidade, Dominguinhos do Estácio e Darcy Maravilha são alguns do compositores na disputa, abrilhantada pela participação especial da Velha Guarda da Portela e de Walter Alfaiate. A produção e direção musical é do violonista e compositor Ruy Quaresma, da Fina Flor, e a apresentação cabe ao veterano Haroldo Costa, uma sumidade em folia.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
***
A tempo: a Velha Guarda da Portela homenageará uma querida ex-integrante, Tia Doca, pastora falecida há poucos dias.

Mariana Baltar mostra repertório do novo CD no Espaço Rio Carioca


(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)

Da Série "prosa porosa"

Da Série Calçadão

Comemorações protocolares


(Este artigo do Professor Marco Aurélio Nogueira(*) foi publicado originalmente no jornal O Estado de São Paulo)
São Paulo comemora um novo ano de vida consolidada como metrópole dinâmica, diversificada, mergulhada em contrastes, dificuldades e paradoxos.

Nela, tudo é superlativo. A população de 11 milhões de pessoas é maior do que seria razoável. São mais de 5 milhões os veículos que nela circulam, a velocidades médias sempre menores. Milhares de bares e restaurantes, 1 milhão de pizzas por dia, mais de 250 mil estabelecimentos comerciais, pelo menos três dezenas de grandes shopping centers, 10 milhões de visitantes/ano, cerca de 80% dos eventos do País, 500 helicópteros, mais de mil academias de ginástica. Das 15 mil toneladas de lixo que produz por dia, quase nada é reciclado ou coletado de forma seletiva, gerando montanhas de resíduos e sujeira. O desperdício é generalizado, nas casas, nas indústrias, no comércio, na construção civil. Dá para estimar o gigantesco volume de dinheiro que escorre pelos interstícios de seu sistema bancário, de fazer inveja a qualquer país desenvolvido. A riqueza faz eco a uma miséria persistente. Terra de oportunidades, empregos, sonhos e fantasias. Globalizada, repleta de ofertas culturais e espaços públicos, com um patrimônio histórico relevante e uma população multiétnica, a cidade pulsa sem cessar. É a locomotiva do Brasil, como diz a tradição, especialmente quando se leva em conta que é a partir de sua efervescência, de seu empreendedorismo e de seu poder de consumo que o país se mantém entre os principais protagonistas da economia mundial.

São Paulo poderia ser excelente para se viver. Mas não é. Por sua grandeza, pelo papel que desempenha, por suas glórias e tradições, deveria sê-lo. Não que falte perspectiva comunitária. Inúmeros paulistanos se identificam com a cidade e sentem orgulho por dela fazer parte. Criaram raízes nela e estão decididos a construir a vida em seus espaços. Talvez até estejam dispostos a agir para fazer com que as coisas melhorem, ainda que a maioria acalente o sonho de deixar a cidade, fugir de seus tentáculos e pressões, buscar o futuro em outro lugar. Mas falta alguma coisa para dar norte humanizado à cidade, ao mesmo tempo em que sobram problemas.

São vergonhosos os indicadores da qualidade de vida dos paulistanos, especialmente em termos sociais. Os cidadãos percebem isso e se manifestam com clareza sempre que perguntados: a cidade não é justa, submete seus moradores a sacrifícios pesados, como se quisesse expulsá-los. Amplifica desigualdades, em vez de reduzi-las. Suas periferias são indignas. A educação deixa a desejar em todos os níveis, em que pese a cidade desempenhar importantíssimo papel na produção técnica e científica nacional, graças às suas universidades públicas e a seus institutos de pesquisa. Há deficiências graves no sistema de saúde. O custo de vida agride os moradores. A insegurança e o medo c ou condicionam hábitos, valores e opções de convivência. A poluição está tão radicalizada que parece não ter como ser monitorada: o ruído urbano atinge níveis insuportáveis, os dois grandes rios que cruzam a cidade são imundos, a fumaça negra que a impregna bloqueia a visão e envenena os pulmões.

Com a força magnética e os recursos (humanos, técnicos, financeiros, intelectuais) de que dispõe, chega a ser incompreensível o atraso que a cidade exibe em vários de seus setores. Tome-se o transporte público, por exemplo. Numa teia urbana gigantesca como a de São Paulo, é óbvio que o deslocamento da população adquire dimensão estratégica. Pessoas que passam mais de duas horas por dia para fazer o percurso casa-trabalho-casa, como ocorre com a maioria dos paulistanos, não dispõem de condições razoáveis para crescer na vida. Acabam ficando tentadas pelo automóvel particular, este categórico objeto de desejo da modernidade, com o que se desinteressam da luta pela melhoria dos meios públicos. E quando conseguem - à custa de restrições e endividamentos - comprá-lo, terminam por contribuir para piorar ainda mais a situação.

Muito pouco tem sido feito nos últimos tempos para enfrentar o problema. As expectativas de melhoria continuam a ser transferidas para a ampliação do metrô. Perante os ônibus, a imaginação parece entorpecida, escrava de corredores exclusivos e obras viárias. O que se desenhou anos atrás como plataforma inovadora quase nada deixou de legado. Os veículos não são amigáveis. São mal sinalizados, pouco informativos, sujos e desconfortáveis. O bilhete único foi uma das poucas boas idéias a serem postas em prática, mas ainda é insuficientemente explorado e não se combinou nem com a implantação de linhas setoriais que fluam com maior rapidez e desobstruam as vias públicas, nem com uma tarifação mais flexível e inteligente. O Sistema de Monitoramento do Transporte ("Olho Vivo"), implantado pela SPTrans para fornecer aos usuários informações em tempo real sobre os ônibus, é uma excelente iniciativa, mas atinge pouca gente e não é otimizado. O próprio sistema de transporte em seu todo é mal conhecido pela população, que não tem como se informar a respeito dele ou visualizá-lo de modo abrangente.

Qualquer intervenção dedicada a reformular um sistema de transporte público requer muito conhecimento especializado. São Paulo dispõe de inteligência e informação em doses mais que suficientes. Precisa saber usá-las para propor idéias novas e convocar a população para agir coletivamente.

O problema tem clara dimensão técnica e financeira, mas é sobretudo político. Para ser solucionado, depende de determinação, ousadia e apoio social, coisas que somente a política pode fornecer.

Enquanto isso não se produzir, aniversários continuarão a ser comemorados de modo protocolar, para honrar a história, mas não para demarcar novos espaços de cidadania e vida digna.
(*)Marco Aurélio Nogueira é Professor do Departamento de Política da Universidade Estadual Paulista - UNESP - Campus Araraquara.
Publica um blog muito antenado no seguinte endereço http://marcoanogueira.blogspot.com

28.1.09

Dica do Gerdal : Primeiro show dos Bessas é boa atração na noite de hoje, em Ipanema


Repasso, abaixo, recado de show, nesta quarta, 28 de janeiro, no Vinicius, em Ipanema, com os Bessas, ou seja, o amigo Reginaldo Bessa com os seus filhos, juntos, pela primeira vez num palco. Um show que já vale, inicialmente, pelas músicas do experiente e talentoso compositor, incluindo-se inéditas. Certamente uma atração muito agradável para esta noite.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
"REGINALDO BESSA E SEUS FILHOS
APRESENTAM NOVO SHOW NO VINÍCIUS BAR
Hoje, 28 de janeiro, REGINALDO BESSA se apresenta no VINÍCIUS SHOW BAR tendo como convidados seus filhos LEONARDO, DÉBORA E BEATRIZ.

Compositor carioca, oriundo dos Festivais dos anos 60 e um dos primeiros a gravar bossa nova no exterior, BESSA traz a Ipanema suas novas músicas e clássicos da MPB, contando agora no palco com as vozes de seus talentosos herdeiros.

LEONARDO é intérprete oficial da Escola de Samba São Clemente e produtor fonográfico, DÉBORA é excelente cantora romântica(tem vídeo no youtube) e BEATRIZ (professora de música)se identifica com as tendências mais modernas da música brasileira.

Com músicas gravadas pelos mais importantes cantores brasileiros (Alcione, Maysa, Elza Soares, Taiguara, entre outros), REGINALDO BESSA, além de inspirado autor, é também arranjador e professor de música formado pela UNIRIO.

No repertório, estarão criações suas, como O TEMPO, QUALQUER DIA DESSES, TEM DENDÊ, FIGA DE GUINÉ, PALAVRAS PERDIDAS, e também sucessos da MPB como DISCUSSÃO, GAROTA DE IPANEMA, VOCÊ JÁ FOI À BAHIA e MAS QUE NADA."
SHOW - REGINALDO BESSA
LOCAL- VINÍCIUS SHOW BAR, Rua Vinícius de Moraes, 39 - Ipanema
HORÁRIO - 23 h
PREÇO - R$ 35,00

Da Série "prosa porosa"

Bula


(A idéia foi criar um remédio para ser usado nesta época em que a crise virou desculpa para acabar com empregos, esperanças e tremas. Um tempo em que o neoliberalismo só faltou deitar no caixão no qual novos governantes e empresários começam a planejar o que vão fazer num ano que tem tudo para dar errado)

Nome do Produto: SIMANCOL
(para uso das elites e poderosos de maneira geral).
Nome genérico: Sitocatol
Forma farmacêutica e apresentações: pílulas, drágeas plastificadas, creme, supositório, colírio, spray, xarope, espelho.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO: Adultos devem ser submetidos a tratamento contínuo ou alternado com broncas, repreensões e “chegapralá”. Crianças: doses homeopáticas do mesmo, mas sem violência ou energia excessiva. (olhar o estatuto do menor)
Composição: extrato seco de “simanca meu véio”.
Ingrediente ativo: ácido sitocatídrico que bota o sujeito nos trinques administrado de forma competente em regime de centralismo democrático, isto é na “marra”.
Ingrediente passivo: o politicamente correto veda esse aspecto retroativo da droga em questão.
Excipientes:anti-arrongantol,assoberbato dissocial, extrato de cada- macaco- no- seu- galho- xô-chuá.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Solicitamos a gentileza de não ter idéias de jerico ao ler essa bula e procurar um psiquiatra caso comece a sentir-se muito importante, andando acima do chão e disposto a fazer qualquer titica, não se importando com as conseqüências (com trema ou sem trema) de suas ações. (essa bula não está me cheirando bem!)
Tome ou aplique esse remédio de preferência em locais fechados ,longe das câmeras e fofoqueiros de plantão.
Ação esperada do medicamento: Fique esperando, tenha paciência, comece a entender que você é um no meio de bilhões de habitantes desse planeta insignificante num universo infinito. Quando você se sentir um completo nada, um merdinha, suspenda imediatamente o medicamento e tome um ônibus.(nada de helicópteros, jatinhos e outras benesses do seu cargo)
Cuidados de armazenamento: Guarde segredo, boca-de-siri, feche essa matraca!
Prazo de Validade: Enquanto você estiver no governo, seja municipal, estadual, federal, mundial, interplanetário ou dirigindo no trânsito maluco das nossas cidades, ou como patrão ou simplesmente como capachildo dele (e pensando que seu poder vem de você). Se você estiver se sentindo um Napoleão, o caso é mais sério, informe a procuradoria geral e caso se ache um bigbrother com direito a dizer asneiras astronômicas em programas de TV-trash,você não tem jeito: trate de posar nu o mais rápido possível para uma revista deste gênero.Em último caso faça um pornô.
Gravidez e lactação: Se você estiver grávido de si mesmo, tome dose dupla com uísque cawboy.
Se estiver mamando nas tetas da nação ,você é irrecuperável, precisa apenas de uma boa banca de advogados.
Cuidados de administração: Veja bem a ficha policial dos seus auxiliaries imediatos, procure alguns competentes. Faça um emebiêi na encolha, em última hipótese. Se tiver uma crise de “achismo”,não vá em frente, pergunte a alguém mais velho. Nada de raposas felpudas,escolha um “do bem”. Não haverá dificuldades: pesquise numa fila do INSS, tem muito velhinho gente boa e louco para dar um palpite.
Interrupção do tratamento: Use enquanto estiver num cargo público. Na vida privada,cuide para não acertar na tampa do vaso sanitário.
Reações adversas:Caso surja um comichão na língua para deitar falação de bobagens, disparates, rompantes ridículos, peça desculpas e saia de fininho, entre numa da “síndrome de Ministro Falcão” e diga:-“Sem comentários”. É o melhor remédio. No fundo, no fundo, se prestar atenção, você não tem lá muita coisa a dizer mesmo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS E PEDÓFILOS


Contra-indicações e precauções
: Se for alérgico a humildade, bom senso, equilíbrio e regras de português, nem pense em tomar esse remédio.
Se tiver algum senso estético fique previnido diante de instalações e performances (Evite fundamentalmente ler críticas de arte e adjacências (museus e conferências, palestras, Segundos cadernos) Se pintar uma paranóia leve , saiba que isso é normal, alguém sempre está tentando te esculachar.
Indicações:Em caso de surto de arrogância, cegueira do poder, quando você se achar o rei da cocada preta. Em várias situações de abuso de autoridade (e mesmo quando você não tiver nenhuma autoridade), inclusive se você for artista , celebridade quando se manifestar uma vontade imensa de arrebentar câmeras e repórteres fotográficos. Uso imediato em pitboys quando sentem um desejo reprimido (enorme por supuesto) de passar a mão nas partes pudendas de meninas na porta de boates e encher de catiripapos os respectivos namorados das moçoilas molestadas. Para agentes de segurança do Estado que com um distintivo e uma farda tentam impor a lei sem o mínimo conhecimento da referida.
Interações medicamentosas: Evite beber em serviço ou comer aquela empadinha que matou o guarda.
Reações adversas: Uma vontade incontrolável de ser Madre Teresa de Calcutá.Neste caso, evite andar sobre as águas, tudo tem limite , inclusive a bondade.Quando começar a sentir “peninha” de alguém,suspenda o medicamento e enfie a cabeça no congelador
Posologia:Tome muito Simancol® , mas muito mesmo, ajuda a se manter no poder , a ter um relacionamento muito bom com o mundo circundante fora do seu umbigo.
O remédio é indicado para sujeitos que em qualquer profissão tem uma grande tendência a ignorar, não por ser um ignorante por natureza, apenas por estar em estado de ignorância. A cura começa quando o paciente desconfiar que a essência da catuaba é saber que nada sabe.
Superdosagem: Neste caso nunca renegue o que escreveu,nem comece tomando um Romanné Conti (é assim que se escreve?), você ser acometido por gases fétidos e digamos, pega mal em demasia.
Pacientes Idosos: Não tomem esse remédio, dêem vexame, caiam na gandaia, usem Viagra e congeneres, a vida é curta, seja um impaciente idoso.
Farmacêutico Irresponsável: Numa crise de falsa modéstia se recusou a aparecer, cremos que ele andou testando o remédio nele mesmo.

Cartum : Big Brother na Idade da Pedra


Não curto Big Brother. Acho o fim da picada. Até que a idéia original de quem bolou o programa era interessante: Montar um show de "realidade" de gente confinada numa casa vigiada o tempo todo lutando para se safar, usando astúcias, estratégias, inteligência etc... Mas do jeito que é feito, desde a seleção até o final, caro Bial, não dá para aguentar, é um insulto à inteligência do pobre telespectador. Este cartum brinca com a idéia de um Big Brother primevo.

27.1.09

Homenagem a John Updike


Sei que já publicamos esta caricatura neste blogue, mas é o que podemos fazer agora para homenagear o tremendo escritor que foi John Updike, que morreu hoje. Corre coelho!

Da Série Mito-lógica

Da Série "prosa porosa"


Direto do Guarda-Sol de Guilherme Mansur, mais uma invenção toda prosa.

Dica do Gerdal : Cláudio Jorge comanda a animação do Bloco dos Cachaças, hoje, em show no Rival


Identificado com a autoria de belos sambas - como "Estrela Cadente", feito com Nei Lopes e muito bem gravado pela baiana Maria Creuza -, o amigo Cláudio Jorge provou que também sabe fazer marchinha campeã: foi vitorioso, no ano passado, no concurso da Fundição Progresso, na Lapa, com "Volante com Cachaça Não Combina", em parceria com Mauro Diniz. E, já estimulado pelo rufar pré-carnavalesco dos tambores, com blocos animando diversos pontos da cidade, ele comanda a apresentação, em clima de festa, do Bloco dos Cachaças, juntamente com Mauro Diniz, Ari Bispo e Marcelinho Moreira. Sambas de fato, de boa procedência, e marchinhas tradicionais estão no roteiro do show, que promete alegrar a noite dos que comparecerem ao Teatro Rival, nesta terça-feira, 27 de janeiro, a partir das 19h30.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

26.1.09

Livro sobre Economia Solidária é lançado no Norte do País no Fórum Social Mundial


(Este livro é muito importante para as comunidades desse país, portanto, sempre que for lançado - em qualquer lugar desse continente que chamamos, por comodidade de Brasil, este blogue dará notícia)

Fórum Social Mundial
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e Empreendimentos Solidários – ITCPES - da Universidade Federal do Pará convida para a

"Oficina Cooperativismo e Associativismo - Economia Solidária"
29/01 (quinta-feira)
Horário: 8h30 às 11h30
Local: UFPA - Setor Profissional - Sala JP-03.
Com a participação de Bárbara Heliodora França e Farid Eid.
Coordenação de Adebaro Reis (programação em anexo)

Durante a Oficina haverá o lançamento do livro:
"Guia De Economia Solidária ou porque não organizar cooperativas para populações carentes- Editora EdUFF"

Autores:Bárbara Heliodora França, Érica Barbosa, Rafaelle Castro, Rodrigo Santos

O título provocativo "Guia de Economia Solidária ou Porque não organizar cooperativas para populações carentes" apresenta, sob a forma de um curso, as questões teóricas mais importantes e fornece abundante documentação de apoio técnico e administrativo comentada, tratando-se de uma discussão sobre os desafios para a formação de novos gestores e grupos de produção. (Saiba mais clicando no arquivo em anexo)
Você também poderá adquirir o livro:
No FSM - Estande Institucional da Incubadora – ITCPES
Território da Economia Solidária - UFPA
Em Belém: CD Sound Som & Imagem Tv. São Pedro, nº 710 - Bairro Batista Campos (atrás do Shopping Iguatemi)
Tel. 91 3250-5448
e-mail: ml@cdsound.com.br
site: www.cdsound.com.br
ou através do nosso e-mail: guiadeeconomiasolidaria@gmail.com
Valor: R$ 25,00
Saiba mais sobre o livro em nosso blog http://www.guiadeeconomiasolidaria.blogspot.com/

Samba rola solto no Bar Plural


Meu amigo o compositor e cantor Rui de Carvalho & amigos toda quarta no bar Plural.
(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)

Homenagem do Gerdal a Gordurinha


No dia 16 de janeiro de 1969, morreu o cantor e compositor Waldeck Artur de Macedo, conhecido como Gordurinha. O autor de "Oito da Conceição" e "Chiclete com Banana" - muito bem gravado por Gilberto Gil e, bem antes, em 1959, pelo ás do ritmo Jackson do Pandeiro - também trabalhou em rádio, ingressando na Nacional em 1952, onde apresentou o programa "Varandão da Casa Grande", e fez fama como humorista. O sucesso nacional de "Chiclete com Banana" motivaria, em 1968, no Teatro de Arena de São Paulo, musical homônimo dirigido por Augusto Boal com ênfase no gérmen crítico do samba - o nosso desigual "toma-lá-dá-cá" nas relações de troca com os norte-americanos - e, mais tarde, a bem conhecida tira em quadrinhos de Angeli. Esse sucesso de Gordurinha ocorreu no mesmo ano de outro sucesso dele, "Baiano Burro Nasce Morto", que dá título a um dos elepês gravados por um, geograficamente, "quase-baiano": o alagoano Luiz Wanderley, que inicia a bolacha com esse baião e a termina com outra composição de Gordurinha, "Cadeia da Vila".
Apesar de gozador contumaz, Gordurinha, cujo apelido, irônico, veio do tempo de rapaz franzino trabalhando na Rádio Sociedade da Bahia, também soube exteriorizar a sério em sua obra o lamento contínuo do nordestino ante a inclemência solar, castigando a terra e subtraindo nela a expectativa de permanência do sertanejo, como no baião-toada "Súplica Cearense" e no coco "Fornalha". Este, aliás, abre "Gordurinha...Um Espetáculo!", elepê que gravou em 1964, no qual, mais uma vez, se vale do Ceará para expressar, no bem-humorado baião "Se Chovesse no Nordeste", um anseio de transformação climática e, em decorrência, socioeconômica nessa região do país. Verde-amarelo até a medula no universo da sua criação, Gordurinha ainda faz nesse disco, com a impagável pontuação de um "muito bom, muito bem" na letra, uma irreverência à prestigiada bossa nova de então em "Baião Bem", um baião "sabadá", "americanalhado", metido em "dissonante", para ter "muita gaita na sacola".
Asmático, vez por outra recorrendo ao socorro de uma "bombinha" contra a falta de ar, Gordurinha seria ainda conhecido pela gravação que fez do "Mambo da Cantareira" e pelo êxito de outras de suas composições, como "O Marido da Vedete", gravado por ele mesmo, "Caixa-Alta em Paris", por Jorge Veiga - em seguida ao sucesso de "Café-Society", de Miguel Gustavo, pelo mesmo Caricaturista do Samba -, "Festival de Bolachadas" (c/ Jorge Veiga), ainda por Jorge Veiga e regravado com muita graça por Mongol, na linha do humor, e "Paulo Afonso" e "Vendedor de Caranguejo" ("cada corda de dez, eu dou mais um"), na linha do instantâneo social, pelo paraense Ary Lobo, grande intérprete de ritmos nordestinos. Desse estudante de Medicina que largou a faculdade no segundo ano em favor da música popular, pode-se inferir, com base em toda a coerência temática de sua trajetória, que "não foi pau que nasceu torto", mas um "soteropolitano inteligente" e, mais que isso, um brasileiro toda hora: "meio-dia, duas horas, quatro e meia"...
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

Da Série "prosa porosa"


Diretamente das areias do santo espírito de Guilherme Mansur.

Da Série Mito-lógica

25.1.09

Da Série "prosa porosa"


Diretamente da prancha criativa de Guilherme Mansur, mais uma "prosa porosa".

Da Série Mito-lógica

24.1.09

Da Série "prosa porosa"


Do observatório náutico de Guilherme Mansur, mais uma prosa de férias.

Encontro Ruth Laus nas Casas Casadas neste sábado


(Recebi de meu amigo o grande designer e pesquisador Egeu Laus um convite via e-mail que repasso aos navegantes desse blogue)
"Relembrando a escritora Ruth Laus que faria 89 anos seus amigos se
reunem no Café do Espaço Rio Carioca, nas Casas Casadas, em
Laranjeiras, Rio, neste sábado a partir de 13 horas. As Casas Casadas
ficam na Rua das Laranjeiras, 307.
Estarão presentes amigos de Ruth como o ator e escritor Sergio Fonta,
a atriz Aracy Cardoso, o critico de arte Geraldo Edson de Andrade, o
escultor Mauricio Salgueiro, os sobrinhos Egeu Laus e Morgana
Platcheck e muitos outros.

Os livros de Ruth Laus e de seu irmao Harry Laus estarão sendo
vendidos a preço simbólicos e o dinheiro arrecadado será entregue a
instituicão de caridade.

Leia mais no blog de Ruth em:
http://ruthlaus.blogspot.com
Estao todos convidados!
Egeu Laus
(Na foto Ruth Laus, nos anos 60 na Galeria Villa Rica)

Da Série Mito-lógica

23.1.09

Dica do Gerdal : Cambada Mineira - Hoje


Repasso acima "flyer" que recebi do amigo João Francisco Neves, integrante do Cambada Mineira, grupo da melhor qualidade e que já prepara o terreno para a feitura do novo CD, comemorativo, neste 2009, de dez anos de trajetória artística. Uma boa dica de show para logo mais, no bar do Hotel Sofitel, no Posto 6, às 21h30.

Dica do Gerdal-Flávia Bittencourt: canto e encanto bem rimados numa voz que refresca a tradição


"Voz privilegiada, presença de cena encantadora, interpretação apaixonada, densa, resolvida. Flávia Bittencourt não é um talento a ser descoberto; é um trunfo a ser erguido em nome do melhor que a cultura produz." Assim, encantado, o experiente e respeitado crítico de música popular Mauro Dias referiu-se a essa são-luisense, a propósito do CD "Sentido", gravado por ela em 2005, de que participaram, especialmente, artistas do gabarito de Renato Braz, Laércio de Freitas, Dominguinhos e do ascendente Quinteto em Branco e Preto. Neta do importante folclorista maranhense Fulgêncio Pinto - também poeta, compositor e multi-instrumentista -, Flávia, desde pequena, tomou contato com a rica tradição dos ritmos de seu chão de origem, aos quais sabe emprestar voz moderna e própria, que refresca a audição sem descaracterizar o ouvido. Para isso, recomendo uma incursão pelo YouTube para vê-la cantar a bela "Maracá Curumim", do talentoso recifense Carlinhos Veloz. Um prazer que se refaz com outra interpretação da moça no mesmo YouTube: "Terra de Noel", de Josias Sobrinho, este um talento conterrâneo dela, sempre lembrado pelo sucesso de "Engenho de Flores", consagrado na voz de uma sumida baiana, a grande Diana Pequeno ("flyer acima).
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
Show Flávia Bittencourt
Local: Espaço Rio Carioca -Casa Casadas
Dia: 23 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 20:00h
Endereço: Rua das Laranjeiras, 307
Ingresso: R$20,00 (inteira) /$15,00 (lista amiga email para mariabraga@urbi.com.br)
Informações: 2225-7332

www.flaviabittencourt.com.br

Da Série "prosa porosa"


Observação flutuante ( sobre as águas tremendas do Atlântico) de Guilherme Mansur.

Da Série : Causas da Queda do Império Romano

22.1.09

Dica do Gerdal: Quarteto de Ney Conceição faz instrumental caprichado, hoje, na Tijuca



Repasso informação que recebi do amigo produtor Marcus Fernando acerca da apresentação de um excelente e bastante atuante baixista brasileiro, Ney Conceição, meu vizinho de bairro, em Laranjeiras. O próprio Marcus sintetiza, abaixo, a importância desse músico, que se apresenta com seu quarteto, nesta quinta, 22 de janeiro, às 18h30, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, na Rua Conde de Bonfim, 824, na Tijuca. Um show caprichado.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
"Baixista da banda de João Bosco, NEY CONCEIÇÃO tem um currículo invejável e uma sensibilidade e uma técnica que vem conquistando platéias nacionais e estrangeiras. Já excursionou pelo Brasil e pelo mundo com músicos como João Bosco, Danilo Caymmi, Gilson Peranzzetta, Naná Vasconcelos, Sivuca, Gonzalo Rubalcaba e Airto Moreira. Com o Nosso Trio - ao lado do guitarrista Nelson Faria e do baterista Kiko Freitas - tem feito shows no Brasil e na Europa. Agora ele lança o DVD "Com Vinte", no qual apresenta uma parte do universo musical que construiu nos 20 anos de carreira que está comemorando. Ao lado do baterista Lucio Vieira, do trompetista José Arimatéa e do conterrâneo paraense Célio Vulcão, nos teclados, músicos de altíssimo nível técnico, Ney Conceição apresenta um show de suingue, improvisos virtuosos e belos arranjos. Um trabalho lapidado pelo seu talento, sensibilidade e maturidade".
(Foto da Capa do CD Ney Conceição - retirada da Internet)

Uma charge de João Zero

Da Série "prosa porosa"


Invenção do circo flutuante ( sobre as águas tremendas do Atlântico) de Guilherme Mansur.

Da Série Mito-lógica

21.1.09

Charge de João Zero

Dica do Gerdal - Aquiles Rique Reis recomenda Alex Buck



Aquiles Rique Reis (*) recomenda CD do irmão de som Alex Buck, um músico de ponta...
Com muita satisfação, repasso abaixo texto de Aquiles Rique Reis, feito para coluna musical que escreve para diversos jornais. Não o conheço pessoalmente, mas respeito e admiro o trabalho tão significativo e belo que ele e os seus companheiros do MPB4 desenvolvem desde a década de 60, apenas com uma mudança na formação: a saída de Ruy Faria e o ingresso de Dalmo Medeiros, ex-integrante do Céu da Boca e sobrinho de Cauby Peixoto. Aquiles elogia disco recém-lançado de Alex Buck, um músico muito bem qualificado da nova geração.
Obrigado, Aquiles, pelo envio do texto, revelador, felizmente, da capacidade da boa MPB de refazer-se e até recriar-se em meio a absurdas dificuldades de trânsito midiático na própria casa. A você, também, um feliz 2009 e a todos os redestinatários dessa dica fonográfica o meu agradecimento pela atenção.
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A tempo: como redireciono a matéria abaixo com algum atraso, o texto de Aquiles já foi publicado nos jornais: Diário do Comércio (SP), Meio Norte (Teresina), A Gazeta (Cuiabá), Jornal da Cidade (Poços de Caldas) e Brazilian Voice (uma publicação voltada para os brasileiros residentes em toda Costa Leste dos EUA).
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"O segundo CD de Alex Buck, multiintrumentista e compositor da pesada

Irmãos de Som (Fubá Music) é o segundo CD do baterista Alex Buck. Bateria que, na verdade, é o seu terceiro instrumento, pois, iniciando sua trajetória profissional tocando piano e flauta, aos oito anos, só aos onze, a batera passou a ser seu instrumento de fé.

Hoje, aos 29 anos, o paulistano Alex Buck se dedica também a composição e a orquestração. E pela qualidade demonstrada neste seu mais recente trabalho, ele é um multiinstrumentista forjado nas mais variadas formas de criar música.

Nas nove faixas de Irmãos de Som, todas de sua autoria, percebe-se a capacidade que tem Alex de compor e de escrever arranjos. Sem se prender a ritmos que o situem nessa ou naquela praia musical, sua música é vastamente rica; sem demonstrar pobrezas reducionistas, sua escrita, para formações instrumentais as mais diversas, é cheia de inquietudes e de soluções inesperadas; sem se prender ao instrumento que hoje o caracteriza, vale-se com igual mestria do piano, da percussão, do teclado e da escaleta. O resultado é um grande CD de música instrumental e cantada.

A mixagem, a cargo de Homero Lotito e Gustavo Sandes, é a chave mestra a abrir portas para que delas saiam um som francamente atual e permitam uma percepção clara de cada timbre e de cada momento sonoro do trabalho. A qualidade dos músicos convidados por Alex Buck para tocar suas composições é outro fator que contribui para fazer de Irmãos de Som uma pequena preciosidade musical.

O som instrumental diz presente nas primeiras quatro faixas. A primeira delas, "Sobre as Ondas", tem uma introdução tão lírica quanto extensa, baseada no som da escaleta (Alex Buck) e do violão (Sandro Haick); vêm o tamborim e o teclado; a escaleta sola a bela melodia; entram a bateria e também o sax tenor (Raphael Ferreira), o trompete (Sidmar Vieira) e o clarinete (Alexandre Ribeiro); o baixo (Thiago Alves) improvisa, enquanto, leve e sutil, a bateria faz a levada nos pratos e nas peles; tem início o belo solo do flugelhorn (Sidmar Vieira), que dá vez ao violão, até que, com nova entrada do naipe de sopros e um novo solo do piano, todos levam a música a um ótimo final.

Para homenagear Paulinho da Viola, Alex Buck compôs "Lamento de Compositor" e convidou Fabiana Cozza para cantá-la. Com seu vozeirão grave, Fabiana começa cantando a capella. Sua voz plena ascende ainda mais com a entrada da cuíca (Pirituba); logo se achegam o surdo e o tamborim (Paulinho Timor), o repique de anel (Kaká Sorriso) e o pandeiro (Dil Bandeco); Alex Buck a tudo colore com seu piano vestido para sambar, enquanto o cavaco (Fabrício Rosil) e o violão de seis cordas (Alessandro Penezzi) tiram onda e dão mais corda ao piano e ao sax alto (Cássio Ferreira). E então, todos juntos, irmãos de som, concluem o sambão homenagem, momento dos mais instigantes do CD de Alex Buck, um multiintrumentista e compositor da pesada. A bateria sintetiza sua musicalidade".

(*) Aquiles Rique Reis, músico e vocalista o MPB4

Dica do Gerdal - Bossa Nova no Espaço Rio Carioca


(clique na imagem para ampliar)

Da Série "prosa porosa"


Invenção que saiu da oficina flutuante (sobre o mar de férias) de Guilherme Mansur.

Da Série Mito-lógica

20.1.09

Homenagem do Gerdal a Candeias Jota Junior, autor de Lata d'água na Cabeça e Sassaricando , entre outras...


Com muita tristeza, escrevo sobre o falecimento, por edema pulmonar, do paraense Jota Júnior, ocorrido ontem no Rio, após se sentir mal no próprio automóvel, que dirigia vindo de Conservatória, distrito de Marquês de Valença, em direção à capital fluminense. Foi lá em Conservatória, paraíso da seresta, onde tinha casa e aonde ia com frequencia, que tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e dele guardo a impressão de um cidadão distinto, bem falante e sóbrio, sem gostar de chamar atenção para si, embora fosse um animador cultural do lugar. Esse militar da linha branda, também festiva e boêmia, como outros militares benquistos na história da MPB - os igualmente saudosos Klecius Caldas, Armando Cavalcanti e Luís Antônio, por exemplo -, foi um compositor memorável e de grandes sucessos, especialmente no carnaval: "Sassaricando" (com Luís Antônio), por Virgínia Lane (incluída, no início dos anos 50, pela voz dessa célebre vedete, no "score" de uma das revistas produzidas por Walter Pinto, "Jabaculê de Penacho", rebatizada, pouco depois, como "Eu Quero Sassaricar"), "Sapato de Pobre" e "Lata D`Água" (com Luís Antônio), por Marlene, "Mamãe, Eu Levei Bomba" (com Oldemar Magalhães), por Dircinha Batista, "Garota de Saint-Tropez" (com Braguinha), por Jorge Veiga, "Confete" (com David Nasser), por Francisco Alves, "Favela Amarela" (com Oldemar Magalhães), por Araci Costa (eleita, em 1960, rainha do carnaval por causa do sucesso desse samba), e "Oitavo Botequim", por Helena de Lima, entre outros. Sambas e marchas, sobretudo, por vezes temperados com aquela pimentinha inerente à folia, que são registros expressivos da observação social e política (como na crítica de "Favela Amarela") e da transformação dos costumes no país.
Quero parabenizar Sérgio Cabral por um excelente programa apresentado, na Rádio Roquette-Pinto FM, no Rio, no ano passado, sobre Jota Júnior, também conhecido como Candeias. Profundo conhecedor do assunto, Sérgio, em uma hora de atração, fez uma panorâmica bem objetiva e atraente da obra desse compositor que, naturalmente, faz parte da inspiração do musical "Sassaricando", com co-autoria do citado jornalista, uma produção bem cevada de marchinhas, bem realizada, de amplo sucesso e ora de volta ao cartaz carioca. Parte Jota Júnior, aos 85 anos, deixando uma contribuição significativa para a alegria do nosso carnaval, tantos carnavais.
Muito obrigado a todos pela atenção a estas linhas.

Dica do Gerdal : Rui de Carvalho



Repasso abaixo o recado da amiga produtora Laura Carvalho a respeito de show neste feriado, no Centro Cultural Memórias do Rio - Av. Gomes Freire, 289 - Centro ("flyer" acima). Sendo ainda "designer" gráfico e artista plástico de várias exposições já realizadas no Brasil e no exterior, Rui de Carvalho revela-se cantor, compositor e violonista admirado por outros músicos e há pouco levou do vinil para o CD um apreciado trabalho autoral, "Enfieira", gravado em 1982; por sua vez, Zé Arnaldo Guima, professor de português e literatura, é também um cantor, violonista e compositor lembrado pela confecção esmerada dos seus sambas, como os do primeiro CD, "Bem Feito", de 2001, quando ainda atendia pelo nome artístico de Arnaldo Guimarães. Sem dúvida, uma noitada bem agradável, para quem busca na música conteúdo e diversão.
Um bom feriado a todos. Muito grato pela atenção.

"Olá Amigos!!!
Vamos estrear 2009 com o excelente Show de Rui de Carvalho, cantando Noel Rosa e João Nogueira, tendo como Convidado da Noite, Zé Arnaldo Guima e o Grupo Samba na Cabeça.
Estimamos que vá ser uma noite de muita alegria, cantoria e samba no pé!!!!
" ...Quem não gosta de samba, bom sujeito não é! É ruim da cabeça, ou doente do pé!!! "Terça Feira - 20/01 - Casa aberta desde às 19.30 h
Bjs!!!!
Laura"

Guilherme Mansur volta da praia com uma nova prosa

19.1.09

Dois times , duas definições hilárias



São duas definições de times, o do novo Corinthians ressurgido das cinzas e do Botafogo, sempre meia boca. A primeira definição foi de um grande amigo meu, que não vou citar o nome porque ele trabalha na imprensa e eu não tive tempo de consultá-lo. Ele disse que com essas novas contratações, como a do fenômeno Ronaldo, a contratação de Souza e outras peças, o Corinthians está parecendo com o Cassino do Chacrinha, um show de variedades. Como disse o velho guerreiro, ele veio para confundir e não para explicar. Quem quer bacalhau????
A definição do Botafogo veio de um feirante que vende frangos e ovos aqui em na feira do Chorinho de Laranjeiras. Ele me disse que o Botafogo atual é um Big Brother, ninguém se conhece, e ninguém sabe nada dos caras. A gente vai conhecer com o andar do show. Tudo desconhecido querendo faturar algum dinheiro. No que isso vai dar, a gente não sabe. Possivelmente num Paredão. Pelo menos se arranjarem um goleiro, já vai ser uma grande coisa.

Ilustração - Retrato de Machado de Assis


Desenho feito a nanquim com pena e caneta de fluxo contínuo sobre papel Schoeler Hammer.Película de letraset aplicada na roupa do escritor.

18.1.09

Rui de Carvalho & Zé Arnaldo mais Grupo Samba na Cabeça invadem a Lapa


Imperdível esse show de Rui de Carvalho e Zé Arnaldo Guima mais o Grupo Samba na Cabeça!
Vai rolar no dia 20 de janeiro - terça-feira no Centro Cultural Memórias do Rio na Avenida Gomes Freire, 289 na Lapa (quase esquina com a rua do Senado)
Reservas 2221-5441 / 2222-7380
Eles vão interpretar Noel, João Nogueira, Cartola, Tom Jobim, Chico Buarque, Paulinho da Viola entre outros bambas da nossa música.
Clique na imagem para ampliar.
Todos lá!