
Destacando, no último domingo, 28 de março, como gosto de fazer em relação aos nossos músicos - do passado e do presente -, parte da trajetória do violonista, compositor, arranjador e produtor musical Ruy Quaresma, esqueci-me de informar aos interessados onde se situa o Lapinha, promissora casa noturna no Centro, também talhada para piano-bar, da qual esse talentoso carioca é um dos sócios. Tal informação consta do "flyer" acima, que já inspira uma incursão boêmia no lugar, onde a amiga Sanny Alves, admirada por ouvintes ilustrados e exigentes, faz a sua reverência interpretativa a um patrimônio da nossa canção popular, Ary Barroso.
Não será, é claro, a lembrança de um compositor interiorano, recortado pela observação rural e até mesmo exaltação dos fatos e das vissicitudes da sua terra e da sua gente de origem, como fizeram, em 1998, em gracioso CD da Revivendo, "Ary Mineiro", as cantoras gêmeas Célia e Celma, igualmente ubaenses. O Ary de Sanny, creio, será aquele consagrado por tantas músicas de sucesso e regravações, "à la carte" para o paladar sentimental urbano, um Ary já muito bem aquarelado por uma toda mel Gal Costa, em 1980, em elepê da Philips que contou com belos arranjos do pianista Perna Froes - seu conterrâneo e ainda médico como outros dois, Tuzé de Abreu e José Carlos Capinam - e do violonista Roberto Menescal. Um Ary de todos, do agrado geral, que nunca é demais ouvir, aquele dos clássicos que também reservam, no show desta sexta-feira, 2 de abril, um momento de visitação ao "luxo só" da voz de Sanny. Já era tempo.
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