23.10.08

Dica do Gerdal: Bossa jazz trio- sound modern in Copacabana


Natural de Juiz de Fora, fã de Bill Evans, o pianista, compositor e arranjador Alberto Chimelli é atração de todas as quintas, das 17h às 21h, ao lado do saxofonista e flautista Mauro Senise e do baixista Paulo Russo, em agradáveis tardes-noites da Modern Sound - Rua Barata Ribeiro, 502-D - tel.: 2548-5005 - entrada franca. Eles compõem o Bossa Jazz Trio, cujo repertório, a que não faltam "standards" nacionais e estrangeiros, como não poderia deixar de ser, recebe um tratamento de primeira dessas "feras", com solos e improvisos envolventes. Alberto Chimelli, figura de ampla simpatia, é um músico muito conceituado na praça, bastante experiente, que, além de estrelas de primeira grandeza da nossa canção popular, já acompanhou artistas de nomeada internacional, como Lucho Gatica, Pat Metheny, Shirley Horn, Joe Pizzarelli e Sadao Watanabe. Na década passada, participou da direção musical da série Grandes Intérpretes, do Projeto Brahma Extra - O Som do Meio-Dia, especialmente de um show por esse projeto realizado no Teatro Municipal do Rio, e, tocando com Luizão Maia, Maurício Einhorn e Nivaldo Ornellas, recebeu calorosos aplausos da platéia em três edições do Free Jazz Festival. Dele recomendo ainda uma visita ao seu "myspace" e os CDs Piano-Bar I e II - tenho o segundo, de cujas faixas, além da belíssima e "desestressante" Ipanema, do próprio Chimelli, participam temas dos anos 50 e 60, hoje pouco lembrados, como "Bronzes e Cristais", de Nazareno de Brito e Alcyr Pires Vermelho", "Samba da Pergunta", de Marcos Vasconcellos e Carlos Aberto Pingarilho", "The Dolphin", de Luizinho Eça, e "Manias", dos irmãos Flávio e Celso Cavalcanti. Um CD suave, de harmonia delicada, fluência impressionista, bom de ouvir, sobretudo, "in the still of the night", nas chamadas horas mortas, mas ainda cheias de vida interior para o ouvinte, em particular o portador daquela indesejável dor-de-cotovelo. "Medicine for the soul", como observaria outro grande músico, o baixista carioca Jimmy Santa Cruz, que há pouco gravou um ótimo CD com esse título em inglês. Música pelo prazer da música.

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