26.7.14

Caricatura em homenagem ao astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

Do fundo do baú afetivo: Caricatura de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão , um dos maiores astrônomos do Brasil, que cansou de observar estrelas e na sexta-feira se transformou numa delas, sem dúvida a mais brilhante. Está, decerto, na mesma constelação de Macunaíma, para o qual, em 1984 escreveu um livro que tive a honra de ilustrar (Astronomia do Macuaníma - Editora Francisco Alves). Esta caricatura faz parte desse livro. Viva Ronaldo Rogério de Freitas Mourão!!!

25.7.14

Caricatura-vinheta: Ivan Lessa

Do fundo do baú: Caricatura-vinheta de Ivan Lessa (Ivan Pinheiro Themudo Lessa) no estilo Gip Gip Nheco Nheco - página que ele escrevia no fabuloso O Pasquim que era ilustrada ou pelo Jaguar, ou pelo saudoso Redi, e tinha também desenhos de Caulos.

Homenagem do Gerdal : Ivon Curi ("in memoriam"): o ator da canção e "chansonnier" tropical de passo elegante pela via do entretenimento

*** "J`attendrai le jour et la nuit/j`attendrai toujours ton retour/j`attendrai car l`oiseau qui s`enfuit vient chercher l`oubli dans son nid/le temps passe et court/ en battant, tristement, dans mon coeur si lourd/et pourtant j`attendrai ton retour..." Prezados amigos, Como um Jean Sablon em miniatura e cantando, em 1939, do repertório do galante francês o nascente clássico "J`Attendrai", Ivo José Curi, caxambuense, ganhou, em sua cidade, um concurso de calouros. Contava, então, 11 anos de idade, revelando inequivocamente a veia artística que, do Circuito das Águas, em Minas Gerais, ao Rio de Janeiro (onde se fixou com a família a partir de 1940), levá-lo-ia, já Ivon Curi (fotos acima) na antiga capital federal, à fama, que também pegaria pela palavra dois irmãos seus, mais velhos: os locutores Alberto Curi (noticiarista) e Jorge Curi (esportivo - antes dentista). Na Velhacap, inicialmente, após defender o próprio sustento no Laboratório Silva Araújo e na Panair (nesta como vendedor de passagens), apresentou-se, pela primeira vez, às luzes da ribalta, em 1947, como "crooner", contratado por Caribé da Rocha para shows no Copacabana Palace, acompanhado pela orquestra do maestro Zacharias. Um período em que, também no rádio - cantando na Nacional como convidado de programas em que cintilavam Marlene e Emilinha Borba, entre outras vozes de prestígio -, a canção francesa de sucesso e sabor romântico ainda o amparava, destacando-se na interpretação aveludada da valsa "Pigalle" e do fox "C`est Si Bon". Um "chansonnier" tropical que, no entanto, na década seguinte, daria largas à sua comunicação com o público por outras vias de expressão: atuando em cinema e, na Atlântida, marcando um tipo na fase áurea da chanchada - janota, de ar aristocrático e chegado a trejeitos interpretativos -, além de, em sintonia de ondas curtas, dar uma guinada radical no repertório, redestinado, sobretudo, a ritmos nordestinos amplamente divulgados, como o xote e o baião. No exterior, aonde, consequentemente, os bem-sucedidos passos artísticos em solo pátrio o levariam, teve especial acolhida em Lisboa, com casas cheias que lhe renderiam elepês, em 1957 e 1959, pela RCA Victor - "Eu em Portugal" (vols. 1 e 2), quando já se exercitava também como um "entertainer", fazendo mímica e contando piadas. Na Odeon, em 1963, esse quê humorístico daria um gás à produção de "Um Espetáculo À Parte", ao qual, naturalmente, não faltariam faixas do gênero, como "Amor Naquela Base", de Moura Jr. e Zé Araújo, e "O Felizardo", esta de um surpreendente Vicente Celestino. Explorou o veio como compositor de valor - parceiro do autor teatral Meira Guimarães em "Casar É Bom" e do discotecário Paulo Gesta em "O Chato" -, embora na autoria solitária do belo samba-canção "Escuta", estourado com Angela Maria, houvesse levado às notas musicais, de modo ainda mais aguçado, a inspiração e a sensibilidade que lhe acorriam à alma. Faleceu, em 24 de junho de 1995, aos 67 anos, tendo alegrado, por alguns anos, na primeira metade da década de 80, as noites cariocas com concorridos shows em casa própria, o restaurante-boate Sambão e Sinhá - na Rua Constante Ramos, em Copacabana -, no qual, além de atuar, recebia artistas convidados. Se chique despontou para o palco, chique também dele o inconfundível Ivon se despediu, em espetáculo intitulado "A França e Quinze Saudades". Todas musicais, "bien sûr", e uma delas, em particular, vinda da centelha nostálgica de outro de seus ulalás "bleu, blanc, rouge", o monumental Charles Trenet: "Douce France/cher pays de mon enfance/bercée de tendre insouciance/je t´ai gardée dans mon coeur/mon village au clocher aux maisons sages/où les enfants de mon âge ont partagé mon bonheur..." *** Pós-escrito: a) dedico estas linhas ao amigo Luiz Cesar, cantor tarimbado da noite carioca que, ao lado de Carminha Mascarenhas e outros artistas, se apresentou no referido Sambão e Sinhá. Na recente minissérie "Gabriela", da TV Globo, em brilhante participação, ele pôde ser visto como cantor de tango do cabaré Bataclan; : b) nos "links" seguintes, com exceção do sexto, ouvem-se na voz de Ivon Curi: 1) "Sob o Céu de Paris", versão de Oswaldo Quirino para a valsa "Sous le Ciel de Paris"; 2) "Beliscão", de João do Vale, Ary Monteiro e Leôncio Tavares; 3) "Delicadeza", joia irônica de Pedro Rogério e Lombardi Filho cantada em sequência do filme "Depois Eu Conto", longa-metragem, de 1956, dirigido por dois bambambãs da chanchada: José Carlos Burle e Watson Macedo; 4) "Farinhada", do médico Zé Dantas; 5) "Foi num Trem", do saudoso cantor Luiz Cláudio e Nazareno de Brito; 6) "Escuta", de Ivon Curi, com Angela Maria; 7) "Sai, Menina!", xote de Ivon Curi, que aparece em imagem da comédia "Garota Enxuta", de J. B. Tanko, em cartaz em 1959; 8) "João Bobo", de Ivon Curi. Em "links" extras: 9) "J´Attendrai", com Jean Sablon, em registro original de 1939; 10) "Douce France", por Trenet, "en personne", em imagem de show do já longínquo 1963. http://www.youtube.com/watch?v=DTcRIyvpaww ("Sob o Céu de Paris") https://www.youtube.com/watch?v=UJq5bJ-9NSE ("Beliscão") https://www.youtube.com/watch?v=mmNZf_h9HdE ("Delicadeza") http://www.youtube.com/watch?v=Ra93OoMrYl0 ("Farinhada") https://www.youtube.com/watch?v=Tw8htircQyU ("Foi num Trem") https://www.youtube.com/watch?v=3d02myqxL3Q ("Escuta") https://www.youtube.com/watch?v=jEdG30PQVbY ("Sai, Menina!") https://www.youtube.com/watch?v=XRDy6_1VO8A ("João Bobo") http://www.youtube.com/watch?v=3duPUVjzCLg ("J`Attendrai") http://www.youtube.com/watch?v=kbQ5e5wt60s&feature=related ("Douce France")

22.7.14

Do fundo do baú: Caricatura de Jaguar, nosso gênio do cartum

Da época em que ele ainda não tinha cultivado sua bíblica barba, he he... (Clique na imagem para ampliar e VER melhor)

16.7.14

Retrato de Jorge Amado

Do fundo do baú: retrato de Jorge Amado - Técnica: nanquim, bico de pena. (Clique na imagem para ampliar e VER melhor)

15.7.14

Caricatura: Guga, herói da quadra de saibro de Roland Garros

(Clique na imagem para ampliar e VER melhor)

Caricatura: Édith Piaf

Técnica: nanquim, lápis de cor e pastel seco. (as marcas da diagramação ainda estão no original) Clique na imagem para ampliar e VER melhor

Traço rápido: Para os "hermanos", foi uma ducha de chopp gelado

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14.7.14

Papo sobre quadrinhos e humor gráfico no SESC Santo Amaro dia 15 às 19h00

Imperdível!!!!! Clique na imagem para AMPLIAR e se informa melhor

11.7.14

Mais um cartum certeiro de João Zero

NR: Creio que expressa o sentimento do brasileiro depois da goleada... (Clique na imagem para ampliar e VER melhor)

9.7.14

Traço rápido: Como diz o ditado...

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Depois do "Minerazo"

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3.7.14

20 anos do Real

Do fundo do baú: Há 20 anos foi criado o "Real". Nessa época minha querida amiga Regina Zappa comandava o Caderno B do Jornal do Brasil. Ela então encomendou ao pessoal da ilustração da Editoria de Arte imaginar como seria a "cara" da nova moeda. Eu fiz esta que posto agora aqui, e confesso que, calejado de tantos planos salvadores, não confiei muito nessa mudança. Mas graças a Deus (que é brasileiro), o plano não degringolou e não é que deu certo! Resultou num tremendo breque na absurda inflação daqueles tempos e apesar de não ter levado o país ao primeiro mundo, deu uma boa incrementada na organização da economia brasileira e trouxe um pouco de paz aos bolsos carcomidos dos cidadãos desta pátria tão gentil. Nunca foi tão bom cair no real! Mais tarde, em 1995, esta imagem acabou entrando na capa do meu livrinho "Era uma vez um Brasil - história espremida de Cabral a FHC" publicado pela Editora Revan.
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1.7.14

Traço rápido: Bye Bye

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Prova de que tamanho não é documento

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