26.11.08

Dica do Gerdal: O sax francês de alma brasileira na Lagoa


Dele já se disse ser um francês de alma brasileira, tal a sua integração, por exemplo, com a nossa música e os nossos músicos. Ainda pequeno, em seu país de origem, o saxofonista Idriss Boudrioua, de formação inicialmente clássica, no Conservatório de Arpajon, encantou-se com a trilha do filme "Orfeu Negro", de Marcel Camus, e, há 27 anos, ainda marcado por esse contato com a música brasileira, passou a residir aqui, embora viaje muito para o estrangeiro, atendendo a shows e turnês. Ao longo da carreira, vem tocando com artistas de grande expressão nacional e internacional, como Cláudio Roditi, Toninho Horta, Raul de Souza, Luiz Eça, Rosa Passos, Célia Vaz, Paquito de Rivera e Michel Legrand. Em 2000, num dos vários discos que lançou, todos bem recebidos pela crítica, homenageia, com um tema seu, "Playing for Canuto", um valoroso colega de sopro, Zé Canuto, amizade que, quatro anos depois, de modo ampliado, ensejaria o notável CD "Paris-Rio", representativo de toda essa longa ponte aeroafetiva entre as duas cidades e do sem-número de encontros sem despedida com os colegas de profissão, daqui e de fora, possibilitados pelas asas da música.
Juntamente com Altair Martins (trompete e flugelhorn), Henrique Band (sax barítono), Thiago Ferté (sax tenor), Vítor Gonçalves (teclado), Sérgio Barrozo (contrabaixo) e Rafael Barata (bateria), Idriiss Boudrioua (foto acima), tocando sax alto, vai apresentar-se, nesta quinta, 27 de novembro, às 21h, no Katmandu Jazz Club - Av, Epitácio Pessoa, 1.484, na Lagoa - tel.: 2522-0086. "Bon spectacle!" E o espetáculo, "biensur", é a própria música, tocada, "comme il fault" - e ainda com toda a inspiração do momento -, por esses cobras.

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