16.10.10

Pintura - Box


Faz tempo que estou para botar no ar esta pintura que fiz 10 anos atrás, mais ou menos. Faz parte do acervo do meu grande amigo Antoninho de Paula, que diagramou por longos anos, com muita arte e competência o Caderno de Idéias do Jornal do Brasil. Foi Antoninho de Paula, o grande responsável, o principal motivador da minha primeira e única exposição no Rio e também o cara que me cobrou diariamente a "missão" de fazer meu livro "Era uma vez um Brasil" - o design da capa é dele, quando engatinhávamos em matéria de computador.
Esta pintura (acima) é a primeira de uma série sobre box. O tema era apenas um pretexto para trabalhar a matéria pictórica,me lançar na experiência estética que difere totalmente da ilustração. A pintura é como um idioma que a gente tem que aprender. Este quadro foi um dos que eu mais gostei- é de grandes dimensões e foi difícil para mim me distanciar dele.Depois dessa pintura, fiz mais quatro com o mesmo tema, que estão na casa de amigos meus, em seguida iniciei uma série sobre música e músicos que ainda não terminou e já entrei por um novo caminho, o das naturezas muito vivas. Um dia ainda me torno pintor. Tomie Otake começou aos 40 anos, o que me leva a pensar que é sempre cedo. O tempo nunca morre, o círculo não se completa jamais...
(NR: A foto foi feita com máquina digital em condições particularmente difíceis, pois o quadro está no alto de uma parede de uma casa gigantesca, num ângulo que torna quase impossível alcançar um bom resultado)
(Clique na imagem para ampliar e ver melhor)

Nenhum comentário: