19.10.10

  A Volta de Gerdal: Hugo Fattoruso na levada do candombe - o quintal universal de um grande músico uruguaio



Fora de circulação virtual na semana passada, desfrutando de parte do tempo regulamentar de férias do meu ofício reparador do texto, estive no Uruguai - mais precisamente na capital, com extensões de "sightseeing" em Punta del Este e Colonia del Sacramento -, no qual fui tratado com muita lhaneza e simpatia por onde andei, a passo fortalecido, por exemplo, pela saborosa "parrillada" servida no Mercado del Puerto, em Montevidéu. No caminho de volta ao Rio, a bordo de aeronave da Pluna, deliciei-me com o som de CD recente (comprado lá e creio que ainda não encontrado aqui) que faz parte da discografia de um músico fabuloso, multi-instrumentista - mais visto em companhia do piano -, compositor e arranjador de primeira: "nuestro hermano" Hugo Fattoruso (foto acima). Montevideano reinserido no cenário urbano de origem, embora muito viajado mundo afora por força de agenda profissional, Hugo é bem conhecido no Rio de Janeiro, onde viveu por oito anos, tocando, com Teo Lima, Sizão Machado, Jota Moraes e Zé Nogueira, entre outros, na bem gabaritada banda Sururu de Capote, de Djavan, e com assinatura aposta, como pianista e arranjador, em numerosos encartes de discos nacionais, além de presença marcante em shows de artistas de renome, como Milton Nascimento, Chico Buarque, Toninho Horta, Fafá de Belém, Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos. Começou cedo sua carreira - aos 13 anos, ao acordeão e ao piano, formando com um irmão mais novo, Osvaldo, baterista, e o pai, Antonio, baixista, o Trio Fattoruso (foto acima) -, integrou outros conjuntos - como o Opa, nos EUA, onde morou de 1969 a 1980 -, recompôs, em 2000, o supracitado trio familiar - com o baixista Francisco Fattoruso, seu filho, substituindo o avô - e, movido por sua paixão pelo candombe - ritmo tradicional uruguaio de fundamento africano -, formou o grupo Rey Tambor, que o tem acompanhado mais recentemente. Em maio deste ano, com o Songoro Cosongo, participou da série Afrolatinidades, no CCBB, no Rio, e, dois meses depois, juntamente com Hermeto Pascoal e o padrinho do evento, o excelente pianista e compositor gaúcho Geraldo Flach, por exemplo, foi atração de relevo do I Festival de Jazz de Pelotas.   
     No primeiro dos "links" abaixo, vemos Hugo Fattoruso recebendo uma comenda em seu país; no segundo "link", canta e toca, ao piano, em bar de La Paz, um candombe lento de sua autoria, "Repicado"; no terceiro e quarto "links", recorda a sua trajetória em entrevista para uma rádio uruguaia; no quinto "link", fala do acompanhamento do candombe ao piano; no sexto "link", acompanhado dos seus conterrâneos Osvaldo Fattoruso, Leo Amuedo (guitarrista radicado há alguns anos no Rio) e Daniel Mazza (baixista), Hugo toca e canta "Mama Vieja", de Eduardo Mateo; no último "link", em grande performance, faz duo com o percussionista japonês Tomohiro Yahiro.
     Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção. 
  Um abraço,
 
     Gerdal     
 
A tempo: aos interessados, o CD a que me referi no primeiro parágrafo tem por título "Puro Sentimiento - Hugo Fattoruso y Rey Tambor". Dele, também adquiri, em Montevidéu, "Emotivo - Hugo Fattoruso y Rey Tambor" e um mais jazzístico, "Hugo Fattoruso - Café y Bar Ciencia Fictiona

 
    http://www.youtube.com/watch?v=pTXW8h8MX4U&feature=related
 
     http://www.youtube.com/watch?v=Osm1nhNMsvI&feature=related
 
    http://www.youtube.com/watch?v=FacMTctNYi8&feature=related
 
    http://www.youtube.com/watch?v=FtSpvV5bBDg&NR=1
 
    http://www.youtube.com/watch?v=qF4hYR17qyk&feature=related  
 
    http://www.youtube.com/watch?v=3MhQ8Wv63Fw&NR=1 
 
    http://www.youtube.com/watch?v=yVyLHypnOnQ  

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