30.6.15

Caricatura de Borges


Nem tão da boca do forno assim: Caricatura de Jorge Luis Borges (Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo- 1899-1986). Esse monstro sagrado, creio yo que dispensa apresentações. Escreveu poesia, mas o que brilhou mais foi sua prosa de dar nó na cabeça.

Miudinho, escreveu enormes livros pequenos, textos curtos, um pouco contos, um pouco ensaios, filosofia, mentiras sinceras, enigmas, espelhos, labirintos, tigres e algumas obsessões entram num redemunho do capeta. Tudo ali compactado em pequenas doses homeopáticas.

Alguns títulos: "Ficções"(1944), "O Aleph" (1949), "O Fazedor" (mistura de poesia e ensaio), "O informe de Brodie" (1970), "O livro de Areia" (1975), "Inquisições" (1025), "História da Eternidade"(1936), "História Universal da Infâmia"(1935), "O livro dos seres imaginários"(1068), "Atlas"(1985).

Foi publicado aquí nas nossas praias, um trabalho peagófico dele, um "Curso de Literatura Inglesa", pela editora Martins Fontes, em 2002.

Existe também uma publicação sua chamada "Nova Antologia Pessoal" editada pela Difel em 1986, misturando vários de seus escritos preferidos.

Os poemas de "Elogio da Sombra" e o ensaio autobiográfico "Perfis", datados de 1970, foram publicados aqui no Brasil pela Editora Globo em data indefinida.

Com Alícia Jurado, cometeu o livro "Buda, que veio a público pela Editora Bertand Brasil em 1977.

Escreveu também livros em parceria com Adolfo Bioy Casares. Dizem que os dois se divertiam muito enquanto faziam isto.

Um dos contos dele que mais me intrigou, talvez o mais "realista", mas cheio de brechas e suspeitas foi "Emma Zunz". Está em "O Aleph", e é um dos que imagino, não seduziram tanto a crítica, o que é sem dúvida uma grande cilada, pois tudo ali é escorregadio. Falam muito de "O Aleph", "Pierre Menard, autor do Quixote", "O Jardim de Caminhos que se bifurcam", "A Biblioteca de Babel"... e vai por aí.

Se um dia fosse escrever sobre Borges, o que acho algo de todo impossível, embora já esteja escrevendo essas mal digitadas linhas, começaria por tentar decifrar o mistério de Emma Zunz.
De qualquer forma, seus pequenos livros devem ser sempre lidos e relidos. Sempre vai existir alguma coisa que escapou na primeira, na segunda, na terceira…na infinita leitura.
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