15.1.08

Fragmento do dia - "Scott on the rocks"

"Fitzgerald é um assunto que ninguém tem o direito de macular. Só o que há de melhor servirá para ele. Acho que Scott realmente não conseguiu ser um grande escritor e o motivo é bastante óbvio, Se o pobre rapaz já era alcoólatra em seus tempos de faculdade, é um prodígio ter feito o que fez. Possuía uma das mais raras qualidades em qualquer literatura(...) A palavra é charme - charme como Keats teria usado. (...) Uma espécie de magia contida, controlada e requintada".
(Raymond Chandler - citado na abertura de "Scott Fitzgerald - Uma Biografia" de Jeffrey Meyers - José Olympio Editora - tradução Mauro Gama)
Nota da Redação: Ou alguém bebeu demais(e não foi o Scott) ou tem gato na tuba. Parece que Chandler caiu numa chamada "contradição entre termos"(ou seria contradição em termos?). Primeiro afirma que Fitzgerald não é um grande escritor e logo em seguida conclui que é um grande escritor. De repente usou de finíssima ironia e a gente ficou boiando. Esse é o problema da citação e do fragmento em geral, ninguém sabe o que vem depois , só os curiosos de plantão.
De qualquer maneira, não sei se discordo ou concordo com Chandler. Só concordo com o fato de que Scott Fitzgerald foi um magnífico escritor.

4 comentários:

TS disse...

Liber, não há contradição.
Ele começa afirmando que Scott é tão bom que ninguém tem - nem ele, Chandler - o direito de criticá-lo!

O encantamento fica por conta do fato do cara ter sido um beberrão desde jovem e apesar disto conseguiu ser um ótimo escritor. Outro poderia dizer "um milagre ter vingado".

Não há gato.

LIBERATI disse...

Cara Tinê, o cara falou uma coisa e disse outra, é um saber literário - eu que entrei nessa de contradição de gatos em tubas. Obrigadão, mas acho que tem pelo menos um mosquito na tuba.
bjs

Anônimo disse...

e tome Hollywood! roteiros e novelas. zé

LIBERATI disse...

Pão e Circo, caro Zé. Pão com manteiga, circo com bailarina montando no cavalo branco, trapezista saltando sem rede , mágico cortando a moça ao meio, leão manso com dor de dente. No palco, Marcelino Pão e Vinho e pela lona caem gostas da chuva e dos olhos da pequena platéia lágrimas empapam lenços de pano "Presidente"
Um abraço