30.11.08

Até os demônios estão se confessando


Novo livro na praça, clique no flyer para saber mais detalhes.

Albert Camus baixa na Casa Mário de Andrade


Já tinha avisado em nota anterior, com caricatura do Camus e tudo, mas não custa repetir: Vai rolar uma leitura dramática de um texto inédito de Albert Camus - "O improviso dos Filósofos" na Oficina da Palavra- Casa Mário de Andrade.
Clique no "flyer" acima para ampliar e ler maiores, os detalhes.

Dica do Gerdal - Monarco hoje no Renascença


Se eu for falar do Monarco, hoje eu não vou terminar...Por isso, serei breve, lembrando que esse honorável cidadão portelense - Hildemar Diniz no registro civil -, baluarte do samba carioca, compondo pérolas como "Lenço" (com Chico Santana), "Tudo Menos Amor" (com Walter Rosa), "Vai Vadiar" (com Ratinho) e "O Quitandeiro" (segunda parte dele e primeira de Paulo da Portela), é o grande destaque de mais um encontro do Samba Novo, na tarde-noite deste domingo, no Renascença.
Bem situado no ramo, o anfitrião, Cláudio Jorge, que também tem o seu relicário autoral - do qual faz parte, por exemplo, a pérola "Estrela Cadente", composta com Nei Lopes e muito bem gravada, nos anos 80, pela baiana Maria Creuza e, mais recentemente, pela paranaense Carmen Queiroz -, é o condutor da agradável atração, que ainda reserva um tempo para a poesia. No início deste ano, Cláudio enveredou com sucesso pelo salão carnavalesco da Fundição Progresso, na Lapa, obtendo o primeiro lugar do concurso de marchinhas dessa instituição com a preventiva "Volante com Cachaça Não Combina", bem bolada na parceria com Mauro Diniz, filho de Monarco. É dele o recado abaixo, que repasso a vocês.

"OLHA O SAMBA NOVO AÍ MAIS UMA VEZ, GENTE!!!!!

Vai acontecer no próximo dia 30 de novembro e dessa vez teremos a honrosa presença de Monarco da Portela cantando sambas inéditos da Velha Guarda.

Não menos honrosas serão as presenças de Bira da Vila e do quinteto do Zé Luiz Maia divulgando o CD "Tal pai tal filho", onde ele gravou sambas do pai, o saudoso contra-baixista Luizão Maia.
Teremos também a performance poética de José Araújo, Adriana Mañani e Luiz Carlos Saroldi com trechos do espetáculo TEMPO SETEMBRO.
O prato do dia é galinha com quiabo e polenta.
Local: Renascença Clube. Rua Barão de São Francisco, 54 Andaraí
Horário: das 14 às 20 horas
Couvert artístico: R$ 10,00 homens e R$ 5,00 mulheres".

Caricaturas que eu fiz: René Descartes

29.11.08

Da Série Tipo Disney : Alfabeto Capitão Gancho


Alfabeto Capitão Gancho acabou de sair da fundição imaginária de Guilherme Mansur.

Caricaturas que eu fiz: Paul Cézanne

28.11.08

Crônica da Tinê - Não fui a Iriri nem comi siri (continuação)


Meus sonhos são barcos seguindo com pressa,
E muitos se quebram nas pedras do cais...”
Barcos – Rosa Passos e Fernando Oliveira


Amineirada após vários anos nas Gerais, meu coração palpita calado. Vontade de comer siris e ver a alvorada no mar. Enquanto a praia é apenas uma síntese de todas as praias, plantações se desdobram pela janela do carro como um rolo de filme. A estrada sobe, cheiros serranos vêm do Caparaó. Passada a fronteira, Minas fica para trás com seus cafezais e milharais. Vem Jequiá com bananais. Vem Ibatiba com pedras d’água. Bromélias silvestres cobrem altas pedras escarpadas. Aqui e acolá, um coqueiro desponta no meio dos plantios, laranjais.
Ao pegar atalho, o carro passa sob arcos em forma de torres medievais em Conceição do Castelo: único elemento decorativo-rodoviário do trajeto, além das grandes e roliças pedras num trecho de contorno, que pejorativamente apelidei de “Cacas de Dinossauro”.
A paisagem muda (ou foi troca de filme?) perto de Domingos Martins. Fazendas de colonos alemães – em boa parcela, descendentes pomeranos -, parecem quadros a óleo expostos a céu aberto, tão limpas e uniformes nos detalhes: das cercas pintadas aos bois e cabras no pasto, das poucas casas em estilo europeu às imensas orquídeas que cobrem troncos de palmeira, dos cavalos no haras à rodovia bem cuidada.
A sequência do percurso é um pouco infiel. Os olhos captam as coisas e interagem com outros sentidos, juntam-se a alguns devaneios para um traçado particular da região. De repente o carro desce numa planície, como se despencasse no vazio. A estrada agora é uma longa reta ladeada por reflexos prateados que ondulam em sincronia... Ora, ainda não é o mar! São canaviais a perder de vista. Depois, muitas minas de extração de granito.
Enfim, um toque de maresia no ar. Em certa praia, de areias grossas e escuras, me espavento!
Encho as retinas com o primeiro barco pesqueiro, tão pequenino e colorido, tão longe de mim, igualmente longe da ilha na linha do horizonte. Das boas companhias de viagem, algumas foram para Iriri. Eu fiquei por ali. Dos frescos siris, não provei a carne; em época de desova é proibido pescá-los. Do melhor jeito, me contentei com cação e camarões no espeto, com o sobe-e-desce das marés, com as circunvoluções das conchas num interminável chuá-chuá, até o sol nascente se esparramar em brilhantes no espelho do mar.
Tinê Soares [18/11/2008]
(A foto que ilustra esta crônica também é da autoria de Tinê Soares e tem o título de Alvorada)

Haicaindo

27.11.08

Mais um brinde - Um cartum de João Zero: "Hipoteca"

"Viajando no Design" visita o Catete


No sábado, dia 29 vai ser lançado o livro Viajando no Design, de Gilson Martins publicado pela Editora Letras e Cores.
O evento vai rolar das 17 às 19 horas no Palácio do Catete - no que se chama hoje Museu da República. Vai ter desconto de 20% no preço de capa.
Das 20 às 22 horas rola um bate papo com Gilda Chataignier e Lu Catoira tendo como mediadores Kathia Castilho e Gilson Martins - o tema é "O jornalismo de moda na década de 1960"

Dica do Gerdal - Paquetá


Repasso, abaixo, o recado do amigo José Lavrador Kevorkian acerca de uma agradabilíssima iniciativa, em termos de choro, levada a cabo todo último domingo de cada mês em Paquetá, berço do imortal Anacleto de Medeiros e, portanto, um recanto carioca que tem tudo a ver com essa "devoção" musical. "Domingão" é isso aí!

"Prezados Amigos de Paquetá
Domingo agora, último do mês, teremos mais uma edição do projeto "O que é que a Baía tem?", com chorinho na barca de 10h30 Rio-Paquetá e Roda de Choro na Casa de Artes Paquetá.
Saudações paquetaenses
"

Poema de Guilherme Mansur

Ilustração - Gato pirado


Aquarela e lápis de cor sobre papel Canson

26.11.08

Bicho da Série "Tipográfrica" de Guilherme Mansur

Mais um brinde - Um cartum de João Zero: "Operação"

Dica do Gerdal: O sax francês de alma brasileira na Lagoa


Dele já se disse ser um francês de alma brasileira, tal a sua integração, por exemplo, com a nossa música e os nossos músicos. Ainda pequeno, em seu país de origem, o saxofonista Idriss Boudrioua, de formação inicialmente clássica, no Conservatório de Arpajon, encantou-se com a trilha do filme "Orfeu Negro", de Marcel Camus, e, há 27 anos, ainda marcado por esse contato com a música brasileira, passou a residir aqui, embora viaje muito para o estrangeiro, atendendo a shows e turnês. Ao longo da carreira, vem tocando com artistas de grande expressão nacional e internacional, como Cláudio Roditi, Toninho Horta, Raul de Souza, Luiz Eça, Rosa Passos, Célia Vaz, Paquito de Rivera e Michel Legrand. Em 2000, num dos vários discos que lançou, todos bem recebidos pela crítica, homenageia, com um tema seu, "Playing for Canuto", um valoroso colega de sopro, Zé Canuto, amizade que, quatro anos depois, de modo ampliado, ensejaria o notável CD "Paris-Rio", representativo de toda essa longa ponte aeroafetiva entre as duas cidades e do sem-número de encontros sem despedida com os colegas de profissão, daqui e de fora, possibilitados pelas asas da música.
Juntamente com Altair Martins (trompete e flugelhorn), Henrique Band (sax barítono), Thiago Ferté (sax tenor), Vítor Gonçalves (teclado), Sérgio Barrozo (contrabaixo) e Rafael Barata (bateria), Idriiss Boudrioua (foto acima), tocando sax alto, vai apresentar-se, nesta quinta, 27 de novembro, às 21h, no Katmandu Jazz Club - Av, Epitácio Pessoa, 1.484, na Lagoa - tel.: 2522-0086. "Bon spectacle!" E o espetáculo, "biensur", é a própria música, tocada, "comme il fault" - e ainda com toda a inspiração do momento -, por esses cobras.

Ilustração - Astronauta na caverna


Aquarela e lápis de cor sobre papel Canson branco.

25.11.08

Bicho da Série "Tipográfrica" de Guilherme Mansur

Ilustração - O chá do fantasma


Esta foi feita com traço em nanquim e as cores foram aplicadas com pastel seco sobre papel Schoeler Hammer rústico.

24.11.08

Guilherme Fiuza não para


Guilherme Fiuza não para de trabalhar, já tem um novo livro dele na praça. Estará lançando no dia 27 de novembro - quinta-feira a partir das 19 horas na Travessa Leblon o livro Amazônia, 20º andar - de Ipanema ao topo do mundo, uma jornada na trilha de Chico Mendes.
(clique no "flyer" para ler mais detalhes)

Guia de Economia Solidária - lançamento em Niterói e no Rio


Este é um livro muito importante para ajudar na organização popular, e por isso vamos sempre noticiar seus lançamentos que ocorrerão em diversos lugares do país.
Desta vez o lançamento do "Guia de Economia Solidária ou porque não organizar cooperativas para populações carentes" de Bárbara Heliodora França, Érica Barbosa, Rafaelle Castro e Rodrigo Santos vai acontecer no dia 26 de novembro ( próxima quarta) às 17horas na Biblioteca Central da UFF por ocasião da XIII Semana de Extensão da UFF- Campus do Gragoatá, Niterói
Já no dia 29 de novembro (sábado próximo!) às 17horas, o evento vai rolar na V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária na Marina da Glória, Aterro do Flamengo
Procure o Estande Institucional do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário (Perto do Palco).
Informação adicional:Nesta Vª edição do maior evento da Agricultura Familiar serão expostos no Rio de Janeiro mais de 10 mil produtos do Brasil rural contemporâneo ). Vai ter de tudo um pouco: Salame de cupuaçu, tender de carne de avestruz, mel de jandaíra, geléia de cagaita, cenoura cristalizada, queijo parmesão, lingüiça defumada de soja, granola de licuri, castanha de cumbaru, cracóvia a vácuo...e vai por aí...
Este Brasil, formado por 4,1 milhões de propriedades familiares, que respondem por 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros, será representado no Rio de Janeiro por 550 grupos de produtores de todos os estados.
Mais informações no sítio virtual http://www.mda.gov.br/portal/
Todos lá!

A volta por cima de Sineád O'Connor


Sou fã de Sineád Marie Bernadette O'Connor. Essa irlandesa do barulho surpreendeu com atitudes, palavras e bandeiras. Cabeça raspada, bonita pra dedéu, com uma língua ferina desancou o catecismo e até o Papa saiu lascado,(teve sua foto rasgada num programa de TV)- coisas do passado . O que importa mesmo, é que em 1990 ela sacudiu o mundo com sua interpretação sensacional da música de Prince “Nothing Compares 2 U”.
Depois disso ela derrubou as prateleiras, seu álbum “I Do Not Want What I Haven’t" vendeu barbaridades, ganhou o Grammy de Melhor Canção e Performance Alternativa e um videoclipe seu ganhou também um prêmio da MTV . Lançou outros álbuns, mudou de religião, militou por várias causas, teve um filho e por fim decidiu largar tudo e cuidar da família.
Agora ela volta com um álbum duplo- “Theology” -lançado pela empresa americana Koch Records, que chega ao Brasil através do selo LAB 344, na série LAB 344 Excellence, com distribuição Rob Digital.
Quase todas canções foram compostas por Sineád. "Theology" é resultado de dois discos bem diferentes. No "Dublin Sessions" o trabalho é acústico e no da série "London Shttp://www.blogger.com/img/blank.gifessions" ela se apresenta com toda sua banda. As músicas deste sengundo disco contam com o arranjo de Ron Tom e incluem bateria, guitarras, baixo, piano, harpas, violinos, metais, vocais, percussão e todo aparato eletrônico. Entre os artistas convidados, pode-se ouvir a lenda de reggae Robbie Shakespare.
Espera-se que ela venha com sua voz maravilhosa, estranha e cativante mais uma vez surpreender o nosso monótono mundinho pop.
(as informações desta dica vieram do informe RobNews da Gravadora Rob Digital- mais informações sobre lançamentos visitar sítio da Rob Digital )

Noiteceu volta com Luizinho Lopes em show único


Gente boa de volta, lá vem o Luizinho Lopes com o Show Noiteceu de Novo em uma única apresentação. Vai ser no dia 29 de novembro - sábado, a partir das 22 horas no Bossa Cultural Bar e Restaurante, na Rua das Rosas, 155 - Novo Horizonte .
Luizinho vem com um pessoal da pesada: Daniel Drummond na guitarra e no violão de aço, Bré na percussão e Leo Freitas no acordeom.
Quem acompanha o blogue sabe que Luizinho lançou um CD (Noiteceu) este ano que é o máximo! Sabe também que fez um show super bacana. Agora ele volta e espero que volte mais vezes. E que vivam as Geraes!
Quem não conhece o som do Luizinho e sua turma, visite o sítio dele no endereço http://www.myspace.com/luizinholopes
(é só clicar em cima do endereço que você sai lá)

Mais um brinde - Um cartum de João Zero: "Pedra"

Ilustração - Guernica - Rio de Janeiro/RJ

23.11.08

Poema de Guilherme Mansur

O efeito Obama


(Este artigo foi publicado pelo Professor Marco Aurélio Nogueira(*) no jornal O Estado de S. Paulo,no dia 22 de novembro de 2008)

A eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos já foi submetida a todo tipo de avaliação. Porém, como todo fato histórico, continua a desafiar os analistas.

Foi sem dúvida o principal acontecimento de um ano sacudido mais pela crise financeira internacional do que por fatos políticos particularmente expressivos. Terá força para repor a política no centro da vida e das atenções, ao menos nos Estados Unidos? Muito se falou da dimensão simbólica da vitória de Obama. Um negro, que veio de baixo, um político formado por Harvard, estranho às aristocracias políticas norte-americanas, não poderia mesmo deixar de produzir impacto, despertar emoções, dar esperança a milhões de pessoas que se sentem derrotadas e humilhadas, que ainda se lembram do apartheid racial que devassou a convivência e a dignidade humana dentro e fora da nação tida como "pátria da Liberdade". Mas Obama também incendiou os jovens e conseguiu assimilar o eleitorado feminino que torcia por Hillary Clinton. Estabeleceu empatia com todos os setores da sociedade americana. Foi emocionante ver as multidões que o saudaram em Chicago e comemoraram sua vitória em várias partes do mundo. Num momento de refluxo no envolvimento com a política, a centelha de mobilização que acompanhou Obama merece no mínimo um acompanhamento cuidadoso.

Dado o peso dos Estados Unidos, tudo o que ali acontece pode repercutir no modo como se vive no mundo. Mas não em termos imediatamente econômicos, pois parece difícil que se consiga, pelo efeito mágico de um gesto, estancar de imediato a crise financeira, modificar a predisposição consumista das massas e arrefecer o afã desenvolvimentista que grassa forte neste início de século. Consumismo desenfreado e crescimento econômico a qualquer preço são duas das principais pragas da modernidade, e a elas devemos imputar boa parte das mazelas com que convivemos. Trocar consumo e desenvolvimento por investimentos sociais, por democracia, igualdade, respeito ao meio ambiente e desaquecimento, não é seguramente operação simples. Requererá décadas de empenho político, criatividade e reeducação.

Obama não tem como nos fornecer isso, mas pode agir como catalisador. Pode, por exemplo, repor na cena política uma agenda progressista, voltada mais para a população do que para a economia, ainda que sem abandonar a convicção de que é preciso ajudar os mercados a sair da lambança em que se meteram. Voltar-se para a população significa fazer o governo funcionar para promover as pessoas, provê-las de serviços e suportes que as façam crescer e viver com dignidade. Obama pode ajudar a que se passe a ver o bom governo como aquele que colabora para que se tenha boa vida, não tanto boa economia. Pode ser uma diferença sutil, mas não deixa de ser decisiva. Dar-se-ia o mesmo na frente administrativa. Uma guinada progressista de Obama jogaria por terra o palavrório insosso do "choque de gestão" e do Estado mínimo.

Muitos manifestaram preocupação com o protecionismo do Partido Democrata e do próprio Obama, que desde a campanha sempre se manifestou favorável aos interesses de seu país. Os que não gostaram disso pareciam querer que o novo presidente governasse para o mundo e para os países mais pobres. O protecionismo democrata é tradicional. Sempre existiu e sempre existirá, especialmente em momentos de crise aguda, como o atual.

Uma eventual agenda progressista de Obama não abandonará o protecionismo, e não fará isso por vários motivos. Mas poderá contribuir para que se criem novos canais de negociação, novos relacionamentos comerciais e novas modalidades de cooperação e ajuda internacional. Se for assim, será um passo de gigante.

Não houve quem não lembrasse que uma coisa é o discurso de campanha, outra coisa é a prática efetiva do governo. Trata-se de uma lembrança oportuna, ainda que óbvia e elementar. Todo governante eleito vive tal situação, mesmo aqueles que prometem pouco e se apresentam como técnicos ou "gerenciais". Campanha e governo implicam lógicas distintas, condutas e discursos específicos. O importante é compreender como o candidato se prolonga no governante. Política e governo são sempre um ator e certas circunstâncias. Faz-se o que se pode, não o que se deseja fazer. Mas sempre dá para ligar o desejável e o possível, graduá-los e equilibrá-los, de modo a que a prática dura e fria do governo contenha uma dose de fantasia e facilite às pessoas a continuidade de uma esperança. Obama enfrentará dificuldades enormes para transformar em fatos muitos de seus compromissos de campanha. Mas poderá fazer com que seus recuos e fracassos se convertam em fatores de mobilização para novas tentativas futuras.

Obama tem tais condições porque representa um sopro de renovação e vem embalado pelo entusiasmo das multidões. Sua legitimidade mistura respeito racional-legal e adesão ao carisma do líder. Representa o negro pobre e o branco liberal, o branco atingido pela crise e o negro progressista, a classe média que se empobreceu e as elites democráticas, os jovens, os mais velhos e as mulheres de todas as etnias.

Torcer por seu sucesso, e admitir que ele possa acontecer, não autoriza ninguém a se pôr diante dele com a ingênua expectativa de que tudo agora será diferente. Obama não trará o céu à terra até mesmo porque não se comprometeu com isso. Não é anticapitalista nem reformista convicto, menos ainda um socialista moderado. É somente um político jovem, talentoso, pragmático e determinado, em cujas veias parece correr o sangue secular do que há de melhor na sociedade americana. Mais que um sonho, ele expressa o fim de um pesadelo, a era Bush. Pode não ser suficiente, mas é sem dúvida muita coisa.
(*) Marco Aurélio Nogueira é Professor do Depto de Política da UNESP -Campus de Araraquara - e também produz um blog cujo endereço é http://marcoanogueira.blogspot.com

Mais um brinde - Um cartum de João Zero :"Emprendedorismo"

Caricaturas que eu fiz: Rainer Werner Fassbinder

22.11.08

Dica do Gerdal - D´Ávina Santy: um show à parte na roda O Samba UNE, neste sábado, no Flamengo


Quem costuma freqüentar a incrementada roda O Samba UNE certamente já viu uma cantora fora do comum, veterana, afrodescendente, de passado curtido em muitas horas boêmias, soltando a voz em palcos de casas noturnas do Rio e de São Paulo. Chama-se D`Ávina Santy, moradora da Glória e musa, nesse bairro, do Beco do Rato, e, com ela, a temperatura do terreirão da UNE, no Flamengo, sempre se eleva, sobretudo quando interpreta, com o inusitado que lhe é comum, "Corumbandê", composto por Beto Baiano e gravado por Elza Soares, em 1976, no elepê "Lição de Vida", da Tapecar. É simplesmente empolgante, de até mesmo estátua se mexer no balanço desse afoxé.
Promovida por Lula Dias e Benjamin Cardoso, com o apoio fundamental do pessoal da UNE, nessa roda, na qual marcam presença e ritmo filhos do inesquecível Mauro Duarte, o Bolacha, passam ainda amadores categorizados e cantores bem conhecidos nas fileiras do samba. Arte popular do nosso chão, de graça, ali muito bem entoada e representada.
Ficha:
CUCA-Rio e "Canto da Fofoca" apresentam
"O Samba UNE"
com o grupo Unesamba
convidam a sambista e cantora
D'Ávina Santy
A musa do Beco do Rato
sábado 22 de novembro
a partir das 17 horas
Praia do Flamengo, 132
próximas rodas:13/12 27/12
entrada franca
informações: 9743-5003 luizluladias@yahoo.com.br

Lua


(Poema de Guilherme Mansur)

Caricaturas que eu fiz: Albert Camus


Aproveito esta caricatura de Albert Camus para divulgar a leitura dramática do texto inédito do escritor: "O Improviso dos Filósofos" que vai rolar na Oficina da Palavra/Casa Mário de Andrade no dia 1 de Dezembro - segunda-feira a partir das 19 horas.
A Direção é de Guilherme Leme. Os comentários são de Horácio González (Diretor da Biblioteca Nacional Argentina e autor do livro "Albert Camus: Libertinagem do Sol") e Manuel da Costa Pinto (Jornalista e Crítico Literário)
Às 21 horas rola um coquetel de encerramento.
A Oficina da Palavra- Casa Mário de Andrade fica na Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo
telefones(11) 3666 5803 / 3826 4085
e-mail casamariodeandrade@assaoc.org.br
site www.oficinasculturais.org.br
Espetáculo não é recomendado para menores de 16 anos

21.11.08

Crônica da Tinê - Não fui a Iriri nem comi siri


“Meus sonhos são barcos que descem o rio,
Em busca do mar que reluz no horizonte...”
Barcos – Rosa Passos e Fernando Oliveira


Vou à praia de Copacabana com as colegas de colégio, ao Arpoador com as primas em visita ao Rio, à Ipanema encontrar o namorado, assim falava eu em meus anos de beira-mar carioca.
Se alguém de carro estivesse disposto a rodar e a ferver sob o solão, então dizia: vou à Restinga de Marambaia - e depois, quase sempre, ia degustar moquecas em Pedra de Guaratiba.
Em feriados prolongados, os amigos resolviam acampar na deserta Prainha, ou na Praia dos Paraquedistas, para um luau reservado. Não havia estrada direta, era preciso trepidar sobre muito cascalho e xique-xique até chegar lá. Se o combustível e a grana permitissem ir mais longe, tascava: vou para Saquarema, vou para Restinga de Massambaba, vou para Búzios armar barraca. Se eu dissesse um simples “vou à praia”, por certo as areias seriam as do Leblon, onde morei em quase total felicidade.

Hoje vivo no alto de uma montanha. Sequer avisto marolas no fundo do horizonte. Fico a ver nuvens em forma de baleia, a ponto de quase me transformar numa. Nem posso, quando aperta saudade premente, descer de bicicleta com a marcha em ponto-morto ao encontro da água salgada, enterrar os pés entre espumas e moluscos a fazer cócegas - frêmitos de secreta alegria.

Por culpa das “Entradas e Bandeiras”, todo mineiro é gente do interior. Talvez seja, também, a causa para a fala mansa em tom baixo, para o trabalho em silêncio. Portanto, a mineirada é diferente. A mim parece que escondem a diferença quando anunciam “vou à praia” - ponto final. No início, meio estrangeira em terras barrentas, eu caçoava – Que praia?! Pode ser qualquer uma, do Espírito Santo à Bahia. A resposta é dada com ar blasê para disfarçar, como se fosse “logo ali, ao virar a esquina”, eu mal entendo se falam de bairro ou de outra cidade, até porque, para um mineiro, bairro grande é uma cidade, como a Praia do Morro em Guarapari.
Não é à toa que vem dos mineiros a expressão “eta marzão besta!”. A ausência de balneário próprio talvez seja a única dor-de-cotovelo deles, não lhes servem de consolo suas cachoeiras ou areais ribeiros, muito menos o fato de o Piauí molhar a cabeça no Atlântico. Mas o que seria da hotelaria e dos empreendimentos imobiliários praianos se não fossem os desmarinhados mineiros ávidos por ondas, bronzeado sem cloro e moda-verão bem comportada?
[continua] - Tinê Soares [18/11/2008]

Dica do Gerdal: Luiz Alves surfando em Mar Azul


Logo mais, às 20h, divulgando o recém-lançado CD autoral "Mar Azul", um dos mais requisitados, experientes e importantes contrabaixistas brasileiros, integrante do lendário Som Imaginário, apresenta-se em Laranjeiras, no Espaço Rio Carioca: Luiz Alves . Entre os instrumentistas que o acompanham, destaco a participação de Alberto Chimelli e o seu piano de dedos plenos de lirismo, harmonia e beleza. Outro grande músico brasileiro, natural de Juiz de Fora.
DIA 21 / 11 / 2008 – sexta-feira às 20 horas
Espaço Rio Carioca
Rua das Laranjeiras, 307 – anexo Casas Casadas – tel: 2225-7332
Couvert Artístico: R$ 20,00

Do fundo do baú - Ilustração - Veias abertas


Esta ilustração feita com bico de pena para o jornal Versus.(não me lembro de ter sido publicada naquela época).A base dela foram fotos que fiz na Bolívia e Peru na década de 70.

20.11.08

Dica deo Gerdal: Jazz em Niterói


Uma dica musical muito interessante recebo do amigo, "top de linha" no teclado jazzístico nacional, Marvio Ciribelli, a qual repasso, abaixo, a vocês ("flyer" acima). Desta vez, no Velho Armazém, em Niterói, ele tem como convidada uma ótima cantora de "pop-blues", Juliana Martins, de timbre deliciosamente rascante e magnetizante presença de palco. Um ótimo encontro, portanto, sem fronteiras rítmicas, em que a boa música percorrerá vários territórios de bom gosto da canção nacional e estrangeira. E levada por quem sabe levá-la.

Dica do Gerdal - Minhas Águas


Vale muito a pena assistir, nesta quinta, 20 de novembro, às 18h30, ao show "Minhas Águas", da amiga Tania Machado, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, na Tijuca ("flyer" acima). Grande cantora, possuidora de belo grave, Tania é uma das melhores lembranças que se podem ter, no Rio de Janeiro, da interpretação vigorosa e altissonante do nosso samba mais autêntico, o que a aproxima bastante da igualmente fabulosa Fabiana Cozza, esta de São Paulo. Bem-vindas sejam suas águas musicais, Tania, a um show que será, sem dúvida, um banho de refrescante brasilidade.

Os Sete Fôlegos


Uma mosca
pousa no almoço
e o gato a traça.

Baratontas
pelos quatrocantos da casa
e o gato atrás.

Aranharames
descem do teto
e o gato zás!

Lesmolentas
na tábua corrida
e o gato é um ás.

A abelha vai embora.
A formiga migra.
A pulga pula fora.

Nas garras do gato
bruxas murchas,
pernilongos e

bezoutros
insetos
incertos.

(Poema felino de Guilherme Mansur ilustrado por Ângelo Marzano)

Do fundo do baú - Ilustração: Mama san


Esta ilustração foi feita para uma matéria do saudoso Anilde Werneck, que foi correspondente no Japão. Falava das "gueixas" que tomavam conta dos executivos japoneses, que depois do expediente, enchiam os cornos de saquê e uísque. Elas eram chamadas de mama san - uma espécie de grande mamma.

19.11.08

Angeli e Laerte dão um banho no centro do Rio


Outra exposição que rola nos Correios é a que reúne Angeli e Laerte, dois fantásticos desenhistas de humor- de quadrinhos furiosos - de tiras e charges, cartazes,oscambaus ... Ver os originais deles é também um privilégio. Como esses caras trabalharam arduamente e que capricho! Esta dupla exposição vai até o dia 23 de novembro (de terça a domingo das 12 às 19 h. A entrada é risonha e franca.
Um sabiá me disse que o evento vai ser esticado. Preciso confirmar isso com fontes autorizadas. Vou lá e já volto...

Shiró imperdível...


Marquei bobeira, deveria ter noticiado antes esta magnífica exposição de Flavio-Shiró que está rolando no Centro Cultural Correios na Rua Visconde de Itaboraí, 20 no Centro do Rio de Janeiro - Pertinho do CCBB.
São 150 obras desta exposição que se chama Flavio-Shiró - pintor de três mundos - 65 anos de trajetória.
Pode ser vista até 7 de dezembro - de terça a domingo com entrada franca.
Eu conheço a maioria das obras, pois fui visitar a sua grande retrospectiva que foi feita no MAM numa data que não me recordo e tive o privilégio de assistir ao debate sobre a arte de Shiró em companhia de Rubem Grilo ,do saudoso amigo Wilson Coutinho,de Ferreira Gullar e outras figuraças.
Lembro que fomos, Shiró com sua esposa, Grilo e sua mulher, a pintora Adriana Maciel e eu para uma taberna na Glória onde falamos um pouco sobre arte e crítica, de cinema, e claro do cinema japonês , de boa comida, de jardins, do Marais...
O trabalho de Shiró é algo que não pode ser visto apenas em fotos de catálogo ou de livros - a experiência direta com sua obra é fundamental e emocionante. Realmente de deixar o queixo caído. Não perca esta oportunidade de ver pintura de verdade!

Alfabeto Bamboletra


Temos o prazer de publicar aqui o poeta, tipógrafo e editor Guilherme Mansur.
Ele é de Ouro Preto - aprendeu a ler dentro de uma tipografia manuseando os tipos móveis. Se apaixonou pelas formas, ampliou sua família para as famílias de letras - as de caixa alta e as de baixa, as capitulares, as manuscritas...
Nos anos 70 começou suas invenções poéticas - na época do movimento "arte postal"
Durante 9 anos publicou a "revista saco" cujo título era Poesia Livre - as folhas com poemas eram soltas dentro de envelopes (um saco que não era sacal). Além disso andou editando livros de poesias de outros poetas e fez reforma gráfica do "Suplemento Literário de Minas Gerais" - lá foi paginador-diagramador por oito anos.
Fez chuva de poesia , lançando papéis com poemas das torres das igrejas de Ouro Preto.
Seus trabalhos falarão por si mesmos. Não precisam de explicação.
Bem vindo nosso poeta das abençoadas terras de Ouro Preto.

18.11.08

Arte gráfica, humor e poesia em Vitória


Da esquerda para a direita: Guilherme Mansur, Chico Caruso, Bruno Liberati e Rubem Grilo
O Ministério da Saúde adverte: Esta matéria contém adjetivos
Num momento feliz,(raro e irrepetível) em Vitória, Sandra Medeiros (jornalista, professora e criadora da Célula Tipográfica) conseguiu reunir em três távolas rotondas do Seminário Ilustração e Design Editorial gente de várias artes. Durante a semana, na primeira mesa juntou Attílio Colnago, Ilvan, Joyce Brandão e Gilbert Chaudanne.
No segundo dia foi a vez de baixar na mesa o lendário Luis Trimano, o incrível artista argentino que revolucionou o desenho gráfico e a caricatura brasileira. Ao lado dele, baixou também o fabuloso desenhista, caricaturista e ilustrador Lula Palomanes , mais o talento de Walter Vasconcelos , a maestria do ilustrador e caricaturista Cavalcante e do multi-artista Tide Hellmeister que publicou no Brasil o primeiro livro sobre a questão da técnica tipográfica no Brasil e faz colagens fantásticas (quem não se lembra dele, ilustrando as páginas em que Paulo Francis desancava o mundo na Folha de São Paulo?)
Na última reunião do Seminário, no dia ensolarado de 15 de novembro, a mesa foi para ao campus da UFES. Lá o poeta e artista tipo- gráfico Gilherme Mansur, maravilhou a platéia com seus inventos gráficos fabulosos. Chico Caruso - que é simplesmente um dos maiores chargistas do país com tendências imperialistas pois além de nos brindar com charges todos os dias, invadiu também a TV com suas charges animadas nas quais usa seu talento de criador de textos de humor e imitador de vozes de personalidades do mundo político.E para nos enriquecer veio Rubem Grilo- sem dúvida alguma um dos maiores nomes da gravura internacional (que também anda pintando o sete em telas gigantescas que ele não mostra pra ninguém ). Eu, modestamente, peguei uma vaga nesta mesa como um dos maiores desenhistas do condomínio onde moro.
Não deu para registrar tudo o que aconteceu neste último dia. Lembro das invenções poético-tiporáficas de Mansur, do humor ferino de Chico e algumas observações sérias dele e das reflexões profundas de Grilo, que como bom mineiro, quando garra numa conversa "num para mais, sô!".Yo hablé da minha experiência de começar pelos alternativos e falei também dos 30 anos de trabalho em redação de jornal - o grande JB, onde aprendi tudo que sei, e fiz desde vinheta e capitular até capas de cardernos e revistas. Mostrei meus desenhos (ilustrações, caricaturas, charges e cartuns) e tentei me situar no meio desses dois últimos- meus heróis da arte de imprensa, que acompanhei desde quando surgiram,(vi coisas do Chico nas páginas da Folha da Tarde, acho que era o papagaio "Alan Bico", pois eu trabalhava nesta época no Depto. de Promoções do jornal (e vi a fundação da FT) enquanto me preparava para ser um "químico alérgico" de grande insucesso, que naturalmente deixei de ser - depois de insistir muito é claro, entre retortas e tubos de ensaio). Mas eu prestei atenção neles, foi nas páginas do jornal Opinião, que lia nos intervalos das aulas da Escola de Sociologia e Política (curso que entrei depois que desisti da química) nos anos 70. Acompanho os dois até hoje( Chico no O Globo e TV Globo e Grilo nas exposições e na Folha de São Paulo) e tive o prazer de estar em algumas aventuras gráficas com eles. Todos lembramos do maravilhoso artista Elifas Andreato, sua sensibilidade que foi importantíssima na função de Editor de Arte dos principais jornais alternativos e na sua passagem pela Editora Abril (fazendo aquela fantástica coleção de Música Brasileira. Um parêntesis: Abril volta com isso em CD - vai dar o maior pé!).
Todos rendemos homenagens a Trimano e situamos Loredano como "o cara" que modificou a caricatura brasileira no século XX e nesse começo do XXI. Claro que se falou dos jornais - do fenômeno Pasquim - de Ziraldo por supuesto, maior que Picasso , da importância do já citado Opinião (que só usava desenhos - não publicava fotos) do jornal Movimento, da famosa reportagem do casamento, da censura...enfim de pouco um tudo.(no andar da carruagem vou falando mais coisas do encontro)
Nota da Redação: Disseram que todo blogueiro é um exibicionista.

Caricaturas que eu fiz: Carlos Fuentes

17.11.08

Mariana Baltar canta e encanta em Laranjeiras


Mariana Baltar mostra as músicas que estarão no seu próximo CD no próximo dia 20/11/08 no Espaço Rio Carioca. A cantora, que tem a sua gravação de Samba da zona (Joyce) na trilha sonora da novela Negócio da China, aposta num repertório de músicas inéditas e interpreta Sonâmbulo (Edu Kneip / Thiago Amud), Pipa (Raphael Gemal) e Pra você gostar de mim (Joyce / Zé Renato), entre outras.
End: Rua das Laranjeiras, 307, anexo das Casas Casadas
Tel: 2225-7332 / contato@espacoriocarioca.com.br
Horário: 20h.
Couvert artístico: R$ 15,00.
Capacidade: 60 pessoas.
Todos lá!

Mais um brinde - Um cartum de João Zero -

16.11.08

Cheguei!


Cheguei de Vitória. Lá, gostei de tudo: gentes e cidade. O Seminário rolou em altíssimo astral. Preciso voltar mais vezes. O vôo de ida e de volta foi bacana e em boa companhia. Conto mais quando conseguir reunir as coisas dentro do meu cérebro. Novidades logo logo...

Mais um brinde - Um cartum de João Zero - "Exame"

14.11.08

Vitória hoje, amanhã Vitória!


Estarei amanhã em Vitória, às 17 horas, com Chico Caruso, Rubem Grilo, Guilherme Mansur e Marco Antônio Neffa numa távola redonda do Seminário Ilustração e Design Editorial - no auditório da Rede Gazeta.