30.6.09

Dica do Gerdal: O belo canto de Andréia Pedroso, hoje, acariciando a noite de Ipanema


Repasso acima "flyer" recebido do baterista Otávio Garcia sobre o show bossa-novista "Caminhos Cruzados", de que ele e outros valorosos músicos participarão, hoje, 30 de junho, a partir das 22h30, no Vinicius Piano-Bar, acompanhando a voz afinada e envolvente de Andréia Pedroso. Orientadora de diversas oficinas e "workshops" de canto, Andréia faz parte do conjunto Música Surda - de nome extraído de obra homônima do poeta Dante Milano e especializado na lida com poemas musicados - , que tem um elogiado CD já lançado, "O Livro das Canções". "Ela é carioca, ela é carioca...", e vale a pena visitar a página de Andréia no MySpace. Entre as faixas disponíveis, uma delícia de interpretação dada à linda e delicada "Canção do Amanhecer" ("Ouve/fecha os olhos, meu amor/é noite ainda/que silêncio/e nós dois na tristeza do depois/a contemplar o grande céu do adeus..."), de Edu Lobo e Vinicius de Moraes.
(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)

Ilustração: Cuidado com o cabelo de uma mulher

29.6.09

Dica do Gerdal: Ricardo Leão- cinema para o ouvido, nesta terça, em clássicos relidos por sua tecla mágica


Ainda morando na sua cidade natal, o goianiense Ricardo Leão, formado em engenharia civil, decidiu que deveria tomar, de fato, o rumo
profissional da música após uma apresentação de Egberto Gismonti, no Teatro Goiânia, que o deixou maravilhado. Com o piano, já tinha uma familiaridade que vinha da infância, por meio da iniciação erudita, do estudo em conservatório, participando de concursos nacionais, até ser mordido pelo "bichinho da MPB", como declarou em entrevista. No Dom Quixote, como em outros bares e restaurantes de Goiânia, deu os primeiros acordes remunerados ao teclado e fez a gravação, ainda, em 1979, do primeiro elepê, com capa do renomado artista plástico Siron Franco e o único da carreira em que Ricardo canta, ao lado de outro conterrâneo, o cantor Odilon Carlos. Em meados dos anos 80, vindo para o Rio, firma-se, desde então, como o excelente músico que é, muito requisitado e fazendo, ainda nessa década, um trabalho marcante com o guitarrista Natan Marques, que lhes rendeu dois discos em duo - "Comboio", em 1987, e "Dois, em 1990 -, além de, entre outros nomes de expressão, destacar-se por colaboração contínua, de anos a fio, com a cantora Simone, como seu pianista e arranjador.
Nesta terça, 30 de junho, às 19h, na Modern Sound, em Copacabana ("flyer" acima e "release" abaixo), Ricardo Leão, também produtor musical da TV Globo, lança o CD "Cinematecla", em que envolve, com a magia do seu toque apurado, temas clássicos nascidos para dar vida ou realce a imagens na tela. Uma realização de muita competência, sem dúvida, que é extensão de uma atividade de encomenda em universo autoral a que ele está muito ligado: o das trilhas para teatro, sobretudo, cinema e programas de tevê.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

RICARDO LEÃO - CINEMATECLA
Ricardo Leão (piano) / Zé Canuto (sax e flauta) / André Rodrigues (baixo
acústico) / Cacá Colón (bateria)
*** Participações Especiais: Marcelo Caldi e Ricardo Silveira ***
ALLEGRO BISTRÔ DA MODERN SOUND
Rua Barata Ribeiro, 502 - Copacabana - (21) 2548-5005

DATA: 30 de Junho - terça-feira - 19:00hs (grátis - recomenda-se reservar)
Procure CD e mais informações no site www.deliramusica.com
O cinema absorveu a música, assim como a escrita e a fotografia, e
transformou seus quadros em poesia sublime. Pelas mãos de Fellini e Nino
Rota, Jewison e Michel Legrand, Wise e Rodgers, Cacá Diegues e Chico
Buarque, Tornatore e Morricone, contou a história inesquecível da
existência do homem de forma absolutamente única e eterna.

Cinematecla, o projeto do premiado pianista, arranjador e compositor
Ricardo Leão, traz, mais do que brilhante música, o olhar do músico sobre
a música produzida pelo cinema; um olhar e uma leitura que transformam a
cena em canção e a história em poema.

Com participações dos solistas Ricardo Silveira, Roberto Menescal, Wagner
Tiso, Nivaldo Ornelas, Marcelo Caldi e Zé Canuto, Ricardo constrói a sua
cinemateca pelas teclas do piano e atravessa os séculos de cinema
homenageando seus compositores, dirigindo um filme épico para nossos
ouvidos.

"O cinema, entre todas as qualidades artísticas, tem uma que eu acho
fundamental que é a presença da música. Nada como tê-la como companhia em
uma sala escura embalando belas histórias. Ao longo do tempo, o cinema
criou um enorme arquivo de composições e orquestrações desenvolvidas por
grandes músicos em todo o mundo que pautaram e pautam todos nós. Este belo
CD do meu amigo Ricardo Leão, que eu tive o prazer de participar, é a
prova de que continuamos este legado tão importante de criação. Ouçam, se
emocionem, se divirtam e curtam a memória dos bons momentos que estas
músicas nos trazem."
(Wagner Tiso)

Ricardo Leão, com Cinematecla chega ao seu sétimo trabalho solo.
Participam do disco também André Vasconcelos (baixo), Cacá Colón (bateria)
e André Siqueira (percussão).
Ricardo é produtor musical da TV Globo e compõe trilhas para teatro e cinema.
Atualmente é Produtor Musical do programa Som Brasil e TV Xuxa e um dos
Compositores da Trilha Incidental da novela das 7, Caras e Bocas
Faz a direção musical do novo DVD de Margareth Menezes e também dirige o
trabalho do cantor Daniel Boaventura.
É sócio-fundador da Musimagem Brasil - Associação Brasileira de
Compositores de Música para Audiovisual, a quem dedica este disco, também
dedicado a seu mestre Dario Galante.

Hoje :"A Arte do Efêmero" na Folha Seca"


Hoje, dia 29, segunda-feira, vai rolar o lançamento do livro A arte do efêmero - Carnavalescos e mediação cultural no Rio de Janeiro, da autoria de Nilton Santos. Vai acontecer das 18:30h às 21:30h
na Livraria Folha Seca, rua do Ouvidor, 37 - Centro, Rio de Janeiro (entre a 1º de Março e a trav. do Comércio)

Charge: Selecinha brasileira passa pela zebra americana

28.6.09

Lúcio, o herói da Seleção Brasileira é o retrato do mundo maluco de hoje


Vejam que maluquice, o jogador que salvou o Brasil hoje de uma derrota vergonhosa frente aos EUA, está desempregado. Pois é o grande Lúcio, o herói do jogo foi dispensado pelo técnico holandês que assumiu a direção do Bayern de Munique, time do nosso capitão da seleção. É o perfeito retrato do mundo de hoje. Lúcio ao levantar a taça de campeão da Copa das Confederações, também levantou o de campeão dos Desempregados.
Se Marx fosse vivo (eu já disse em outro post no dia do trabalho ) , ele bradaria no seu manifesto comunista : Desempregados de todos os povos, uní-vos!

Dica do Gerdal: Sérgio Sampaio e sua música, hoje, em show-homenagem - a criação entre o feijão e o sonho


"Lá vem a mulher que eu gosto "debaixo" do meu amigo..." Assim mesmo, como os demais circunstantes dentro de um vagão de metrô, ouvindo essa irreverência a um conhecido samba de Ciro de Souza e Wilson Batista, pude conhecer, por acaso, Sérgio Sampaio. Parecia ser dele a "boutade", que motivava ainda o riso de um grupo de amigos que o acompanhavam, entre os quais o parceiro guitarrista Renato Piau. Ao longo do percurso relativo a três estações, eu e Sergio, solícito, pudemos conversar, e, na semana seguinte, após telefonema dele para mim, um novo encontro, numa esquina da Rua do Catete com Rua Silveira Martins - ou "Sujeira" Martins, como ele a chamava, com a mesma irreverência. Agitado, não vivia, na verdade, um bom momento - não muito anterior à sua morte, há 15 anos -, e dele, no plano pessoal, além da paródia inicial, ficou-me forte na memória a imagem de um homem magro demais, no porte físico, para conter em si uma inquietude realizadora tão gorda quanto o seu talento, não revelado para o público, infelizmente, na extensão devida. Ficou o sucesso incontestável de "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua", de 1972, um marco da era, então descendente, dos festivais. Ironicamente, tal marcha-rancho, entoada a plenos pulmões no VII FIC, não permitiu àquele moço capixaba, vindo do seu pequeno Cachoeiro para tentar, no Rio, a sorte como artista ou locutor (que já fora numa rádio da cidade natal), um desdobramento naturalmente bem-sucedido no seu primeiro elepê solo gravado, do qual vale a pena ver, pelo YouTube, um registro com "vistas animadas" por outra de suas faixas, "Filme de Terror". Pouco antes disso, em 1971, juntamente com Raul Seixas, Míriam Batucada e o ator e dançarino Edy Star, participaria de um disco bem curioso, "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez", uma produção regida pelo escracho, a qual trouxe, na ocasião, pelo seu "desvio" artístico, dores de cabeça à gravadora CBS. .
Neste domingo, 28 de junho, um outro Sergio, o Natureza, igualmente inspirado para o feito da canção popular e luminosa referência como amigo e parceiro no balaio do Sampaio, será, mais uma vez, às 19h, no Teatro de Arena (Nossa Caixa), o apresentador da curta sequência de shows-homenagem, com diversos nomes convidados, hoje encerrada ("flyer" acima). Ainda que Durango Kid possa tê-lo pego no final da fita existencial, ao público presente caberá a constatação, pela qualidade do seu legado autoral - com recados bem dirigidos, românticos ou não, e, por vezes, cáusticos -, que Sergio Sampaio não dormiu de touca, não caiu do galho nem deu bobeira. Pelo contrário: ele era um cara ligado nas artimanhas do seu tempo e, num interessante elepê de 1982, "Sinceramente", conferia expressão a versos da canção-título que dão o que pensar ainda hoje, quando se veem tantos, "politicamente corretos", moldados numa moldura social que uniformiza a frase, a fatiota, o pensamento, o hábito, o gesto, a ação, o consumo etc. Dizia assim esse "velho bandido": "Não há nada mais sozinho do que ser inteligente/e poder cantarolar, errar, desafinar, assim, sinceramente..."
Um bom domingo a todos. Muito grato pela atenção à dica.
NR- O blogueiro que vos fala também conheceu Sérgio Sampaio nos anos 80 quando ele era vizinho do casal Eliana e Chico Caruso, e também de Jatobá, alí no Leblon. Grande figura, um imenso talento, uma pessoa preciosa e rara. Seu trabalho precisa ser conhecido pela moçada que tá vindo aí. Irreverência, letras feitas com navalha, músicas cheias de malandragem e bota criatividade nisso e você vai ter Sérgio Sampaio.
Contra a mesmice da MPB dos dias de hoje é uma boa dose de um ótimo veneno.

Caricaturas que eu fiz: Joel Santana


Esta caricatura na verdade foi feita para uma matéria de jornal e não significa o que eu penso de Joel Santana. Considero Joel um grande técnico, um batalhador, queria ele no meu time. Foi o regente dos Bafana Bafana e quase bota a selecinha pra dançar. Dunga deu sorte de ter o Daniel Alves e o Ramires sofrer aquela falta que resultou no gol. Sou fã do Joel.

27.6.09

Dica do Gerdal: Concerto de Eliane Salek, neste sábado, em Botafogo, avizinha Brasil e Portugal pela afinidade na música


Mãe do jovem e desenvolto percussionista Fabiano Salek, do Sururu na Roda, um dos mais destacados conjuntos cariocas de samba, a amiga Eliane Salek faz neste sábado, 27 de junho, às 18h, no Consulado de Portugal, em Botafogo, com entrada franca, um concerto de grande importância (dados abaixo) acerca da vizinhança suprageográfica entre Brasil e Portugal no continente da música, uma apresentação na qual Carmen Miranda e Amália Rodrigues serão particularmente lembradas. Trata-se de uma grande opção de entretenimento cultural, "ora, pois, pois", para hoje.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
Música no Museu
apresenta
ELIANE SALEK em
A música do Brasil e de Portugal
Mezzo-soprano, pianista e flautista mostra repertório do CD Modinhas e Chorinhos Eternos, celebra os 10 anos da morte de Amalia Rodrigues e os 100 anos do nascimento de Carmen Miranda.
As músicas do Brasil e de Portugal sempre estiveram muito próximas: desde a metade do século XVIII, as modinhas portuguesas misturavam-se aos violões da colônia e impregnavam-se da malemolência tipicamente brasileira. Essas modinhas, unindo-se aos bandolins, darão origem mais adiante ao fado português e à serenata brasileira.

Aliados à força rítmica africana, à melancolia da música portuguesa e à originalidade dos contrapontos brasileiros ( as famosas “ baixarias” ) vão dar à luz o primeiro gênero/estilo nacional e vão forjar o caldeirão da nascente identidade musical brasileira.

Neste concerto Eliane homenageia um dos maiores expoentes da música portuguesa, cantora dos mais belos e emocionados fados, Amalia Rodrigues, pelos dez anos de sua morte, ao lado da Pequena Notável, Carmem Miranda, a mais brasileira das portuguesas pelo centenário de seu nascimento.



Com um repertório de modinhas imperiais recolhidas por Mario de Andrade, modinhas populares, chorinhos, fados, sambas e marchinhas, o concerto traz Eliane, que se acompanha ao piano em arranjos contemporâneos para músicas de Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Henrique Alves de Mesquita, Ferrer Trindade/Frederico de Brito, Raul Ferrão/José Galhardo, Eliane Salek, Assis Valente etc.
Sobre Eliane Salek
O grande sucesso alcançado nos concertos do Projeto Música no Museu resultou numa parceria para a produção do mais novo trabalho de Eliane Salek, seu terceiro CD, “Modinhas e chorinhos eternos”, lançado em dezembro/2008 pelo mesmo projeto, que vem recebendo excelentes criticas.
Após um ano de especialização na França - Toulouse (canto lírico e música antiga), Lyon e Villeurbanne - a ex-flautista da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, mestre em música brasileira e cantora do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro traz na bagagem, além dos concertos em Paris, Lyon,Toulouse, Roma, Berlim e Hilden, a abertura de uma turma permanente de música brasileira no Conservatoire National de Lyon , resultado das particularmente bem-sucedidas master classes que ministrou ali.
Artista que flui do repertório classico ao popular, é também pianista, arranjadora e compositora; tem três CDs solo lançados e inumeras participações em shows, concertos e gravações ao lado dos grandes nomes da musica brasileira, como Sivuca e Toquinho, entre outros. Com um timbre de voz considerado "refinado e raro", Eliane recebeu criticas como “uma das maiores artistas que conheci em minha vida... a Ella Fitzgerald brasileira!” (François Loup, baixo-barítono, mestre em canto, Universidade de Maryland) e “uma das mulheres que fazem a grandeza do jazz, ao lado de Toshiko Akiyoshi, Tania Maria e Mary Lou Williams” (José Domingos Raffaelli, O Globo)” “Pois em ELIANE SALEK, o Senhor encarnou A ALMA SONORA DA MÚSICA!!” (Marcus Goes- movimento.com) “
ELIANE SALEK EM A MÚSICA DO BRASIL E DE PORTUGAL

PROGRAMA
1. Ali-baba - Henrique Alves de Mesquita

2. Vem a meus braços - anônimo

3. Querido piano- Chiquinha Gonzaga

4. Que noites eu passo- A.J.S.Monteiro

5. Medrosa - Anacleto de Medeiros

6. Roseas flores d’alvorada-anônimo

5. Modinha-Heitor Villa-Lobos

7. Machuca- Chiquinha Gonzaga

8. Canção pra ninar Clarice- Eliane Salek

9. Lua branca- Chiquinha Gonzaga

10. Flor amorosa- Joaquim Antonio da Silva Callado

11.Canção do Mar - Ferrer Trindade/Frederico de Brito

12.Nem às paredes confesso- Arthur Ribeiro/Trindade

13. Coimbra - Raul Ferrão/José Galhardo

14. Disseram que eu voltei americanizada - Luiz Peixoto/Vicente Paiva

15.Minha embaixada chegou /Tai-Pra você gostar de mim - Assis Valente / Joubert de Carvalho
Local : Consulado de Portugal – São Clemente, 424 - Botafogo
Telefone : 2544-3570
Capacidade : 200 lugares
Data: 27 de JUNHO, sabado, às 18 horas
ENTRADA FRANCA

João Bosco no Som Brasil foi show de bola!


Faltam 15 minutos para as 3 da manhã - alta madrugada. Terminou o programa Som Brasil da Rede Globo. O homenageado desta semana foi João Bosco.
Foi show de bola, Camila Pitanga apresentando, João Bosco tocando com Yamandú Costa, Zé Renato interpretando pacas, Zizi Possi esbanjando sua voz linda, Elisa Paraíso com muita personalidade e delicada voz fazendo bijuteria virar jóia rara e a garra de Leandro Sapucahy rasgando a cuíca.
Os músicos e cantores que acompanham estas feras são excelentes. Uma pena que os créditos corram tão rápido que não dá para anotar os nomes deles.
Acho que as bonecas que apareceram no cenário foram inspiradas nas esculturas de "papel machê" da mulher do João Bosco.(vou conferir)
Já disse uma vez neste blogue que não dá para botar um programa com esta qualidade e tamanho investimento numa hora dessas em que até as corujas estão dormindo e a moçada tá na night ou como se diz mais ao sul, na balada.
Acorda Rede Globo! Bota esse progama mais cedo no ar!

Jacko - humano demasiado humano


Confesso que de cara não acreditei na notícia de que Michael Jackson tinha morrido. Pensei que era um dos truques de cena dele, como aquela em que ele subiu numa limusine e dançou, antes de uma das audiências de um dos processos que ele teve que se defender de acusações de pedofilia. Nesse ato, o danado do bad-boy desmontava a solenidade dos tribunais. Dava a idéia de que ele iria tirar aquilo de letra.
Quando na TV o repórter disse que parecia que ele tinha morrido, pensei com meus botões que ele estava arranjando uma desculpa para não enfrentar a maratona de 50 shows que tinha pela frente e para a qual não estava preparado. Faz pouco tempo, tinha lido uma matéria num site da internet, que informava que ele estava chateado, porque pensava que eram menos shows e não 50 apresentações…etc e tal…
O jornal Los Angeles Times já tinha dito que o astro tinha pegado o elevador, mas emissoras de TV demoraram um pouco para confirmar a notícia, e não deu outra: o rei do pop estava morto. A confirmação de sua morte foi como uma bomba num vasto videoclipe que passou pela minha cabeça, e não era uma cena de “Thriller” - Michel Jackson agora dançava entre cadáveres de verdade.
Ele que já era um mito na sua vida extraordinária, agora então vai virar algo que não consigo imaginar.
Durante sua vida conseguiu transfomar sua natureza exterior numa metamorfose impossível de ser inventada por Kafka. Dizem que foram 50 operações. Com próteses e tratamentos dermatológicos radicais, ele se transformou muitas vezes. Não tentem compará-lo a um camaleão, pois esse bicho não muda sua forma - Michael Jackson quase se transformou numa criatura cubista. Seu interior parece que era de um menino que não queria crescer, dizem seus amigos e pessoas próximas. Não é à toa, e vou chover no molhado, que ele comprou um rancho que se chamava “Terra do Nunca” e vivia melhor entre as crianças. Ele decerto tinha o complexo de Peter Pan, como afirma uma certa psicologia barata.
Dizem que era viciado em analgésicos, principalmente num remédio que tem o mesmo efeito da morfina, chamado “demerol”. O pessoal da fofoca descolou até uma música que ele teria feito em homenagem a essa droga. Tem gente que afirma que uma overdose dela seria a causa de sua morte. Muitas especulações vão rolar em peças baratas do mundo pop até em teses de mestrado e doutorado sobre multi-identidade, natureza e cultura na pós- modernidade etc e tal…
Saindo fora do folclore de sua pessoa, da sua hipocondria, da bizarrice e excentricidades de sua figura, da sua derrocada econômica, fica a sua obra resgistrada em vídeos e discos. E é impressionante. Não há qualquer dúvida de que ele era um fenômeno. Além de compositor, era um intérprete fabuloso, e um dançarino-inventor de coreografias geniais. Pode-se dizer que era um ator total: um artista completo que dominava toda a cena do palco, os efeitos especiais e os truques que comandavam as massas e as levavam a chorar , delirar e desmaiar. Pode-se dizer sua arte era uma performance única, irrepetível. Para executá-la era preciso uma força extraordinária, quase chego a dizer, uma imensa violência. Imagino que naquela aparência de meio-homem- meio máquina que se metamorfoseava na frente do público havia a ilusão de aquilo que poderia ser verdade. Isso exigia dele, mais do que o ser humano suportaria. Ser mais do que um homem de 50 anos - que na realidade ele era, apesar da aparência adolescente. E a tentativa de superar essa performance ou dar continuidade a ela, foi o principal motivo de sua morte.

Foi tentando essa missão impossível que ele sucumbiu. Um mártir do mundo pop que o imaginou super humano mas esqueceu que ele era apenas humano, demasiado humano. E para botar mais lenha na fogueira, olhando de uma certa perpectiva, pode-se dizer que ele conseguiu vencer o tempo, talvez seu maior inimigo. Morreu jovem, aos 50 anos, pelo menos dentro da mitologia. Nunca o veremos velho, carcomido, cheio de rugas e cabelos brancos, cheio de manias, cercado de remédios numa mansão em decadência…

Pode parecer piegas, mas acho que chega perto de uma verdade que nunca saberemos.

26.6.09

Dica do Gerdal: Seresta Moderna faz longo passeio pela beleza da canção brasileira, hoje e amanhã, em show na Tijuca


"Seresta moderna não tem poesia/não tem noite de lua/não tem luar/não tem cavaquinho/não tem violão...seresta moderna agora é hi-fi/num canto da sala/vitrola tocando/um gaiato cantando sem voz/um samba sem graça/desafinado que só vendo..." Com tais versos de "Seresta Moderna", gravada por Nélson Gonçaves, o compositor Adelino Moreira, já em 1962, ano de evidência da bossa nova, do rock e de ritmos mormente dançantes, expressava o seu desencanto com o aparente declínio de uma manifestação musical para a qual dera, com o sucesso popular de "Escultura" e "A Volta do Boêmio", por exemplo, significativa contribuição. Morreria quarenta anos depois sem conhecer, infelizmente, no mesmo ano, por ideia do cantor, compositor e violonista mineiro João Francisco Neves, o surgimento de um conjunto de mesmo nome da sua canção (embora não motivado por ela na sua formação), com um belo trabalho voltado para o repertório seresteiro, resgatado com ar contemporâneo nos arranjos, na vocalização, sem descurar, no entanto, da força da tradição do gênero.
Mais do que isso, aliás, o elogiado show do Seresta Moderna é um longo e proveitoso passeio, "lato sensu", pela canção brasileira, desde 1916, através de décadas, em que se revelam não só a inspiração e competência dos seus criadores, como também quão identificada ela sempre esteve com o sentimento da nossa gente. Também integrante do Cambada Mineira, é de João Francisco Neves a voz condutora dessa progressão da nossa canção no tempo, nela destacando datas e fatos capitais, contextualizando-a, numa tomada de contato, sobretudo, com a beleza dessa produção, naturalmente avessa à inconsequência artística do "pula-pula" do axé sangaliano e do pancadão pop. De Manu Santos e Juli Mariano, em particular, são as afinadas vozes que colorem os números apresentados. A primeira, quase debutando num CD solo, é natural de Bangu e vencedora, juntamente com a mineira Aline Calixto, da II Mostra de Talentos do Carioca da Gema; igualmente carioca, Juli Mariano, integrante, ademais, da Turma da Bossa, há pouco brilhou num show-tributo que fez, na Sala Baden Powell, em intenção de Dolores Duran, no qual, numa curiosidade do roteiro, antes de interpretar "O Negócio É Amar", leu um longo relato que Carlos Lyra lhe enviara, por "e-mail", explicando o porquê desse samba, ou seja, como, por meio de Hermínio Bello de Carvalho, soubera dessa letra e a ela tivera acesso, para, de acordo com alguma anotação da "Bochecha" a ele insinuada, tornar-se dela um parceiro próximo.
O Seresta Moderna apresenta-se nesta sexta, 26 de junho, e amanhã no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, às 19h nos dois dias. Desejo a todos um bom fim de semana, agradecendo-lhes a amável atenção a esta dica.

Charge: Michael Jackson chega ao céu with diamonds

25.6.09

Bafana Bafana no cangote o tempo todo e no final, ufa! Daniel Alves botou moral no jogo. Que sorte do Dunga!


Daniel Alves é o cara! Já tinha se destacado na vitória do Barça recentemente. É um cara brigador, com visão de jogo e bate falta muito bem. O Dunga é um sortudo, botou o cara no finalzinho. O grande Falcão (ex-jogador e elegante comentarista da rede Globo) não entendeu a substituição. Galvão menos ainda. Mas estava claro que precisava um cara que acertasse um passe ou um chute nesse jogo contra os Bafana Bafana. Aí veio aquela falta em cima do Ramires, que mesmo não estando num bom dia, era o cara que estava brigando, correndo atrás do prejuizo. Aí foi "o cara" do jogo, ajeitou a bola como se fosse de cristal, se concentrou e deslocou a pelota com maestria botando ela lá longe do goleiro dentro do véu da noiva. Calaram as vuvuzelas... Depois voltaram com toda força, afinal o time do Joel Santana jogou bonito e foi para o ataque como ele havia dito que iria.
Grande Joel, comandou um time de guerreiros!

Colóquio Internacional "Cinema, Tecnologia e Percepção: novos diálogos"


O "Colóquio Internacional "Cinema, Tecnologia e Percepção: novos diálogos" ocorrerá no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) nos dias 30 de junho, 01 e 02 de julho de 2009.
O evento vai rolar em continuidade a uma grande mostra de filmes.
Programação completa e outras informações no site: www.apeledapelicula.com.br
NR.A Professora Maria Cristina Franco Ferraz , amiga deste blogue, fala sobre dois filmes de Cronenberg: Naked Lunch e eXistenZ.
Todos Lá!
(clique no flyer para tentar ler)

Dica do Gerdal: Idriss Boudrioua - sopro jazzístico inspira show de primeira, hoje, na Sala Baden Powell


Dele já se disse ser um grande carioca entre os instrumentistas franceses. O saxofonista Idriss Boudrioua, nascido em Massy Palaiseau e de formação inicialmente erudita, formado no Conservatório de Arpajon, sonhava com o Rio de Janeiro na sua infância e aqui desembarcou em 1981. Desde então, pelo mérito do seu sopro, soube conquistar entre nós um amplo espaço de atuação, abrilhantando shows de artistas brasileiros, como Rosa Passos, Toninho Horta, Marcos Valle e Tania Maria - esta uma cantora, compositora e pianista maranhense há muito radicada no exterior - e estrangeiros, como Chet Baker e Paquito D` Rivera. No início de 2004, no ex-Mistura Fina, acompanhou em 12 apresentações um pianista conterrâneo muito famoso por trilhas compostas para o cinema, Michel Legrand.
Nesta quinta-feira, 25 de junho, na Sala Baden Powell, às 20h, Idriss apresenta-se com outros grandes músicos no show "Base & Brass", a cujo roteiro não faltarão "standards" do jazz ("flyer" acima - clique na imagem para ampliar e ler melhor). Está na ordem do dia.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

Cartum: Sinceridade

24.6.09

Charge: Deu Zebra, brother!

Dica do Gerdal: Ricardo Vilas canta, nesta quarta, no CCC, em show retrospectivo da melhor qualidade



Com grande satisfação, repasso o recado abaixo acerca do lançamento, hoje, quarta-feira, 24 de junho, às 20h, no Centro Cultural Carioca, do CD e DVD do cantor, compositor e violonista Ricardo Vilas, que, além de valorosa banda, contará com a participação especial de Kay Lyra, Maurício Maestro e David Tygel, os dois últimos integrantes do Boca Livre, os quais, antes, com o próprio Ricardo e o recém-falecido Zé Rodrix, compuseram o Momento Quatro, que acompanhou, em 1967, Edu Lobo e Marília Medalha na vitória de "Ponteio". Apesar da efervescência cultural daquela época com os festivais, os anos eram de chumbo no país, na área política, e Ricardo, pouco depois exilado, conheceria na França uma capixaba criada em Recife, atriz que se tornara cantora e compositora, Teca Calazans, com a qual, formando a dupla Teca & Ricardo, faria, no país de Maupassant, um importante trabalho de divulgação da nossa diversidade rítmica, lembrando, sob esse aspecto, a lida, também na França, há muitos anos, de uma cantora brasileira de fibra e encantamento, Nazaré Pereira.
Entre outras músicas, vale a pena rememorar, nos supracitados CD e/ou DVD, o sucesso de "Aguaceiro", de Teca Calazans e Ricardo Vilas, gravado por eles no elepê "Povo Daqui", de 1980, que, além de Ricardo, teve arranjos de Guerra-Peixe e Eduardo Souto Neto. Enfim, 40 anos de carreira desse combatente do bom combate da nossa música popular sintetizados logo mais, no CCC, num show vigoroso e cativante.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
***
24 JUN | Quarta-Feira 20:00h / Couvert Art.: R$ 15.00
O Salão abre às 19h00 / Centro Cultural Carioca
rua do Teatro, 37
Centro
RICARDO VILAS
40 anos de MPB
banda:
Domingos Teixeira (violão), André Freitas (piano),
Geferson Horta (baixo) e Luisinho Sobral (bateria).
Participações especiais de David Tygel, Mauricio Maestro e Kay Lyra
Em Paris, onde viveu por muitos anos, Ricardo formou uma dupla célebre com a cantora Teca Calazans, com quem também compôs muitos títulos e excursionou por várias partes do mundo. Juntos e/ou individualmente, Teca e Ricardo tornaram-se talvez os principais ícones da Música Brasileira com visto de residência na França. Tal sucesso, no entanto, jamais fez com que Ricardo perdesse a sintonia com a vida musical brasileira: pelo contrário, seu trabalho de compositor ficou cada vez mais antenado com o que aqui se fazia, tal como se ele jamais tivesse posto o pé fora do país. Isso lhe permitiu criar uma obra vasta, inquieta, criativa e de forte brasilidade: uma obra que agora completa 40 anos e é comemorada não só neste CD, como também num DVD de mesmo nome, que a CPC-UMES igualmente orgulha-se de estar lançando.

Caricaturas que eu fiz: Ivan Lessa


Esta caricatura eu fiz, acho, quando Ivan Lessa resolveu dar uma banda por aqui, meio em segredo, convidado por uns "piauienses" donos de um banco, uma fundação e uma revista muito bacana. Ao fundo, Copacabana, sempre Copacabana.

23.6.09

Dica do Gerdal: Marcus Lima, campeão de festivais, mostra nova safra de canções nesta quarta em Laranjeiras


Papa-prêmios em diversos festivais da canção popular pelo país, o talentoso Marcus Lima, cantor, compositor e violonista carioca, é o convidado neste 24 de junho, às 20h, da simpática atração que a cantora e jornalista Marianna Leporace vem apresentando, toda quarta, no Espaço Rio Carioca - Rua das Laranjeiras, 307, com entrada pela Rua Leite Leal. Parceiro, entre outros, de Sergio Natureza, Ivor Lancellotti, Márcio Proença e Elisa Lucinda - com a qual vem se apresentando no show de música e poesia "Ô Danada!" -, Marcus Lima tem três ótimos CDs gravados e lançados, o mais recente deles (que apenas leva o seu nome na capa, produzido por João Carlos Carino e com participação especialíssima do fora-de-série Márcio Faraco, compositor gaúcho radicado na França) motivador do texto abaixo do jornalista Marco Antônio Barbosa . Ex-atacante do Vasco da Gama, com carreira no futebol interrompida em 1990, Marcos Lima estufa o barbante da boa MPB, lançando um disco show-de-bola.
Um bom dia atodos. Muito grato pela atenção à dica
" O projeto "Marianna Leporace Convida" se firma nas Casas Casadas de Laranjeiras!
Vou receber nesta quarta, dia 24 de junho, o compositor MARCUS LIMA, que está lançando o seu terceiro CD.

Sobre ele: "Boemia, futebol e doces devaneios românticos. Lirismo, inquietação e indignação bem-humorada. Um som que ao mesmo tempo reverencia as raízes de nossa música, mas também soa moderno. Marcus Lima mistura tudo isso, mata no peito e manda para a rede seu terceiro disco solo, que leva apenas seu nome, o mais bem-acabado e completo retrato de sua arte. Agraciado com parceiros de categoria inquestionável, cercado por feras da MPB instrumental e amparado por uma qualidade técnica irretocável e muita sensibilidade nos arranjos, o cantor e compositor apresenta em sua nova safra de canções um samba contemporâneo nos temas e no tom, mas que preserva o que há de melhor na tradição." (parte do release escrito por Marco Antônio Barbosa)"


Muito mais em:
http://www.myspace.com/marclima
MARIANNA LEPORACE CONVIDA: MARCUS LIMA
Espaço Rio Carioca - Casas Casadas de Laranjeiras
Dia 24 de junho - 20 horas


Visite e Ouça Mariana Leporace:
www.myspace.com/mariannaleporace
www.myspace.com/foliade3
www.mariannaleporace.blogger.com.br

Cartum - Caminho das Índias: Tocando com partitura

22.6.09

Dica do Gerdal: Danilo Moraes cumpre sua meta de grande revelação da MPB com show, nesta segunda, em Sampa


Prezados amigos,

"Longe o mar
Por que passar as ondas
Por que seguir adiante, se arriscar
Lutar contra o gigante

Sem pensar
Enfrentar o desafio
Se expor, correr perigo
O incerto tornar-se grande amigo

Que motivo, então,
Tenho eu pra esperar, pra me guardar
Não cumprir minha meta, sair da reta
Me esconder e deixar de ver

Sempre ter certeza
Do que vai logo haver e não viver
Olhar pra trás e não ter ido, não vivido
Esperar e não me perdoar

Mundo afora
O que foi construído
Por mais que se penou
Foi um sonho de alguém que realizou

Cada um
Tem sempre o seu motivo
De dar um grande passo
Construir com o seu próprio braço"

Esses são versos de uma bela canção, "Desafio", que não me sai do pensamento há algum tempo, desde a primeira vez que ouvi. Gravada apenas com a voz e o violão do próprio autor, Danilo Moraes, um dos mais talentosos nomes da nova cena musical paulistana, ressalta em seus versos a escolha implícita em cada momento que vivemos e a hesitação natural diante um grande passo. É a faixa de abertura do primeiro disco dele, feito em 2003, antes de, dois anos depois, na companhia do parceiro Ricardo Teté, ganhar o Festival da TV Cultura - numa época em que ambos viviam em Paris -, com a tão inteligente quanto inusitada "Contabilidade", composição que recebeu uma forte vaia, lembrando aquela famosa, destinada injustamente, em 1966, no primeiro FIC (Festival Internacional da Canção), da TV Rio, à vencedora Nana Caymmi, intérprete, no fundo, de uma toada moderna e envolvente, "Saveiros", que o mano Dori fez com letra de Nelson Motta. No caso de Danilo Moraes, passada a vaia consagradora, vem-se firmando com um trabalho digno de caloroso aplauso, diversificado no ritmo. Filho e parceiro de Wandi Doratiotto, integrante do conjunto Premeditando o Breque e apresentador por muito tempo do "Bem Brasil", na TV Cultura, confirma plenamente a máxima relativa ao "filho de peixe". Nesta segunda ("informações abaixo"), às 22h, ele pode ser visto num espaço voltado para a difusão da boa música popular na Vila Madalena, em São Paulo. Sorte dos paulistanos.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

***
Segunda - 22/06 às 22hs
DANILO MORAES no Espaço Rio Verde
Serviço
Danilo Moraes e os criados mudos
com Guilherme Kastrup (bateria) e Zé Nigro (baixo)
Segunda-feira, 22 de junho - às 22hs
R$ 10,00
Centro Cultural Rio Verde
Rua Belmiro Braga, 119 (mapa) - Vila Madalena - São Paulo
Tel 11 3459-5321
Produção: Scubidu Prods.

Cartum de Ilha

21.6.09

Dica do Gerdal:Naná Vasconcelos - percussão chave-de-ouro no encerramento do Sementeira neste domingo


Para uma realização motivada pela pulsação polimorfa da percussão brasileira, o Sementeira encerra-se neste domingo, 21 de junho, em grande estilo, com uma atração superlativa: Naná Vasconcelos. Nascido Juvenal de Holanda Vasconcelos, em 1944, o recifense Naná, desde pequeno seduzido pelos tambores do maracatu e, já aos 12 anos, tocando em uma banda marcial da sua cidade, gravou, já no Rio, com Milton Nascimento, em 1967 - também integrando o Som Imaginário -, e, no ano seguinte, formaria o Quarteto Livre, juntamente com Geraldo Azevedo, Franklin da Flauta e Nelson Ângelo, um conjunto que participaria de "Caminhando", com Geraldo Vandré, um show logo proibido pela ditadura militar. Fazendo do berimbau a sua base para exercícios de experimentação sonora, teve, por exemplo, no disco, atuação destacada nos elepês "Amazonas", de 1973, combinando voz e percussão, e "Dança das Cabeças", em 1976, esse o primeiro dos três gravados com outra figura ímpar da MPB: o carmense Egberto Gismonti.
De volta ao Brasil após longos anos residindo em Paris e, sobretudo, em Nova York, Naná Vasconcelos foi diretor artístico, a partir da criação, em 1986, de uma mostra relevante da percussão no mundo, o festival Percpan, e, sem perder de vista a origem pernambucana, idealizou e levou adiante no Recife o projeto ABC das Artes Flor do Mangue, de inclusão social infantil pela música, ele próprio um exemplo de superação da pobreza conhecida na meninice pelo empenho e pelo talento Ainda sobre ele e as atrações pregressas do Sementeira, mais informação abaixo, que recebi da amiga Monica Ramalho, assessora de imprensa desse evento do barulho - no bom sentido da expressão -, no Centro do Rio.
Um bom domingo a todos. Muito grato pela atenção.

"SEMENTEIRA reúne vertentes da percussão contemporânea
De quinta a domingo, 18 a 21 de junho, às 19h30, fna Caixa Cultural
No dicionário Houaiss, 'sementeira' quer dizer “canteiro de mudas”. E é pensando neste celeiro de novos sons que a CAIXA Cultural apresenta o SEMENTEIRA, a ser realizado no Teatro de Arena entre os dias 18 e 21 de junho, às 19h30, com ingressos a R$ 10 e patrocínio da Caixa Econômica Federal. A ideia é colocar o foco na percussão, mostrando que ela pode ter uma sonoridade infinita. “Acreditamos que cada percussionista planta a sua semente e frutifica tudo ao redor”, filosofa Fabiana Costa, diretora da Baluarte Agência. “A gente quer levar esses músicos para a sala, eles que sempre são apontados como 'a cozinha'”, exulta a também diretora Paula Brandão. As atrações foram escolhidas de modo a contemplar algumas das mais interessantes vertentes da atual percussão brasileira.

O projeto SEMENTEIRA abre na quinta, 18 de junho, com o trio paulistano Coração Quiáltera, ainda pouco conhecido no eixo de cá, embora famoso nas bandas de lá pela pesquisa de linguagem que norteia seu trabalho. Continua na sexta, 19, com o carioca Marcos Suzano, mundialmente conhecido pelo vigor do seu pandeiro. No sábado, dia 20, é a vez de Caíto Marcondes, carioca de sangue árabe, educado em São Paulo, que se apropria das sonoridades do planeta e, numa antropofagia musical, sintetiza nas suas composições tudo o que ouve. E no domingo, 21, ouviremos o som enraizado do pernambucano Naná Vasconcelos, apontado como o melhor percussionista do mundo. Vamos ler um pouco mais sobre cada atração:
NANÁ VASCONCELOS – Música Criativa - 21 de junho
Um dos principais instrumentistas do país, Naná Vasconcelos foi eleito oito vezes o melhor percursionista do mundo pelos críticos da revista inglesa Down Beat. Desenvolve o seu trabalho de vanguarda desde os anos 1970, quando morou em Paris e lançou o primeiro disco individual, 'Africadeus'. Tocou com grandes artistas internacionais, como Pat Metheny, B. B. King e Paul Simon, e nacionais, entre eles Egberto Gismonti, Milton Nascimento e Geraldo Azevedo. Já atuou como solista acompanhado por orquestras sinfônicas, excursionou pela Europa com dançarinos do Bronx e compôs trilha-sonora original para o filme 'Down by Law', de Jim Jarmush. Além de dominar uma grande variedade de instrumentos de percussão, Naná Vasconcelos contribuiu para a divulgação internacional do berimbau.

No roteiro do Naná:
- Berimbau
- Vamos para Selva
- Recife Nagô
- É o Sol Raiar
- Som da Chuva
- Corpo
- Caxixis
- Vento chamando Vento
- Voz nagô
- Clementina
- O Índio
- Dumbaye
QUANDO: dias 18, 19, 20 e 21 de junho, de quinta a domingo, sempre às 19h30
ONDE: CAIXA Cultural RJ - Teatro de Arena (Avenida Almirante Barroso, 25, Centro do Rio. Informações: (21) 2544-4080)
QUANTO: R$ 10 (estudantes, maiores de 60 anos e funcionários da CAIXA pagam R$ 5)
ETCÉTERA: classificação livre; 189 lugares; acesso para portadores de necessidades especiais"

NR:Veja blog da Monica Ramalho

Cartum de Ilha

20.6.09

Dica do Gerdal:Tavynho Bonfá é atração musical, hoje, na Tijuca, em show "clareado" com Claudia Telles


Uma boa dica musical para este sábado, 20 de junho, é a do show do amigo cantor, compositor e violonista Tavynho Bonfá. Parceiro de Tibério Gaspar num bonito samba-homenagem, "Batuque no Céu", ainda inédito, feito em intenção de colegas famosos hoje reunidos no "andar de cima", Tavynho vai "clarear" um repertório da melhor qualidade no Centro Municipal de Referência da Música Carioca (Rua Conde de Bonfim, 824 - Tijuca), às 19h, com participação de Claudia Telles ("flyer" acima). Ela está lançando o CD "Quem Sabe Você", em que gravou, como já destacou o crítico Tárik de Souza, no "JB", um repertório afetivo, que lembra a mãe, Sylvinha Telles - esta numa composição bissexta em parceria com Chico Anísio, "Sem Você pra Quê" -; o pai, bossa-novista, Candinho - um advogado bom de violão, em "Biquininho Azul", que fez com Ronaldo Bôscoli -; o tio, Mário Telles, letrista de "Não Quero Ver Você Triste", com co-autoria de Roberto e Erasmo Carlos, além de degustar, entre outras iguarias retrô do cardápio permanente da MPB, um sambalanço ao molho de chaves do catarinense Orlandivo, "Tamanco no Samba", assinado com Hélton Menezes (este ainda autor de "Miss Balanço", um clássico do gênero na gravação de Ed Lincoln e título do mais recente - e atraente - CD da cantora Clara Moreno, filha de Joyce e Nelson Ângelo).
Um bom fim de semana a todos.

Cartum de Ilha

19.6.09

Leia no meu blogue do Youpode a crônica sobre os perigos do relacionamento aberto





Leia a nova versão de uma crônica que saquei da minha gaveta mediática depois que vi na TV, que foi feita a primeira pesquisa oficial sobre a traição e o comportamento sexual do brasileiro. Esse texto reescrito( revisado e reduzido) está no meu blogue no youpode

Charge: Qual a fórmula da Fórmula 1?

Cartum de Ilha

18.6.09

Rio Scenarium encerra turnê nacional da exposição de Fernando Rabelo


Meu vizinho, grande fotógrafo, gente finíssima. (Sou padrinho do blogue dele o imagevisions) Fernando Rabelo retorna ao Rio com sua exposição "Imagens de um Flâneur Brasileiro em Paris". Explico: ele começou faz algum tempo a exibir suas fotos aqui no Rio e depois circulou essa exposição sensacional por Belo Horizonte, São Paulo, Niterói, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Joinville, Curitiba, São Carlos, Goiânia e Brasília. Agora o bom filho retorna e a mostra vai para um lugar fabuloso do Rio que é (desculpem a redeundância) o Rio Scenarium do grande Plínio.
O Rio Scenarium é uma das casas de espetáculos mais tradicionais da cidade. Tem de tudo lá, mobília, farmácia homeopática, cabine de telefone londrina, luvas, máquinas de escrever do tempo do Onça, livros da infância de muito marmanjo, enfim, é um mundo cenográfico sensacional, tanto é que o jornal londrino The Guardian, considerado o mais importante da Grã-Bretanha, colocou o Rio Scenarium como um dos 10 melhores bares do mundo. Na lista figuram ainda o parisiense Chez Georges e o argentino OJ´s.
Então lá vai o endereço do Rio Scenarium: Rua do Lavradio, 20- Lapa. Centro Antigo - Rio de Janeiro - RJ (próximo à Praça Tiradentes) - Telefone (21) 3147-9005. Aberto a partir de 18h30 às terças, quartas e quintas. Às sextas, a partir de 19h e aos sábados, a partir de 20h.
Mais detalhes no site deles http://www.rioscenarium.com.br/
Todo mundo lá!
NR: A foto que ilustra este post faz parte da exposição.

Dica do Gerdal : Marcio Montserrat


"Boa noite, Marcio Montserrat!" Desse modo, em 1983, para surpresa do cantor - até então, o também atuante advogado Marcio Couto, filho do juiz de direito Erasmo Couto -, o guitarrista e produtor Robertinho do Recife saudou-o num estúdio de gravação, entendendo que o sobrenome artístico que bolara era mais condizente com a figura que tinha à sua frente - e com o prosseguimento de carreira que já lhe vislumbrava - do que o anterior, do RG, "muito formal". Surgiu, então, desse contato o convite para a gravação do primeiro CD, e o astro boa-praça, "renascido", sob a motivação de uma nova identidade artística, seria ainda mais conhecido como detentor de uma das mais belas vozes do Rio de Janeiro a serviço da canção, tanto nos discos já gravados quanto nas diversas casas noturnas pelas quais passou.
Nascido na mineira Bom Despacho, mas aqui criado, vindo ainda bebê para o balneário carioca, Marcio iniciou a sua formação musical pelo piano dado pelo pai, tocando Bach, Chopin e Debussy aos 12 anos de idade, passando, pouco depois, para o violão e a música popular. Sobre esse amigo, aliás, repasso, abaixo (com "flyer"acima), informação recebida quanto à minitemporada que fará, de hoje a domingo, no Vinicius, em Ipanema, do show "Sorrio pro Meu Rio", com direção musical do niteroiense Alberto Farah, pianista que atuou no célebre quinteto jazzístico de Victor Assis Brasil. A exemplo de Áurea Martins, sua madrinha artística, pode-se dizer do notável Marcio que é um daqueles cantores que soltam a voz com toda a propriedade, como que atendendo a pedido da própria canção - e sob o aplauso dela.
Um bom dia a todos. Muito obrigado pela atenção à dica.
***
"Sorrio pro meu Rio..." é um espetáculo alegre e gostoso de ouvir, já que traz em seu repertório alguns dos mais famosos clássicos da musica popular brasileira, entre o pop, a bossa nova e os sambas, além de "hits" estrangeiros, cantados no ritmo glamuroso da bossa nova - numa clara e sadia interatividade com a platéia de estrangeiros ao se descrever a alegria do povo do Rio de Janeiro ao receber seus ilustres visitantes.
O show registra ainda a merecida homenagem a Jhonny Alf, por seu aniversário, o preito de saudade a Zé Rodrix, a lembrança a Wilson Simonal - performance que Marcio Montserrat mantém desde as suas primeiras apresentações, já que cita sempre o grande artista como referência para os profissionais mais novos - e a comemoração dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos.
Esses segmentos é que vão dando forma aos blocos de canções que compõem o espetáculo,
Com apresentações de sucesso no Canecão, Sala Baden Powell, Teatros Café Pequeno - RJ e Clara Nunes - BH, Passatempo - SP, San Raphael Hotel - Punta Del Este, Uruguai, e depois de quase dois anos no Centro Cultural Memórias do Rio, na Lapa (novembro de 2006 a março de 2008), entre tantas outras ribaltas importantes, Marcio Montserrat volta, assim, a se apresentar no Rio, dias 18, 19, 20 e 21 de junho, a partir das 22:30h, no Vinícius Piano Bar.
É importante lembrar que, além de seu agradável e elegante timbre vocal, de seu carisma, domínio de palco e do seu entrosamento com os músicos, destacam-se as incríveis divisões melódicas que tornam ainda mais ricas e distintas, obras assinadas, entre outros, por Chico Buarque, Edu Lobo, Carlos Lyra, Tito Madi, João Gilberto, Milton Nascimento, Billy Blanco, Caetano Veloso, Braguinha, Dorival Caymmi, Carlos Guinle, Dick Farney e a nossa dupla maior, Tom e Vinícius.

www.marciomontserrat.com.br

www.myspace.com/marciomontserrat
Eis a ficha técnica de um espetáculo de altíssimo nível:
Show: SORRIO PRO MEU RIO...
Arranjos musicais: Marcio Montserrat e Alberto Farah
Direção musical: Alberto Farah
Textos e direção artísticas: Marcio Montserrat
Teclado: Alberto Farah
Violão / Harmonica: Marcio Montserrat
Contrabaixo: Luca Maciel
Bateria: Helbe Machado
Produção: Renascer Produções Artísticas Ltda.

Charge: Serra serra, serrador, serra o papo do vovô

Era uma vez um Brasil - Povoamento


(Toda quinta-feira vai para o ar uma página do meu livro Era uma vez um Brasil)
NR- Clique na imagem para ampliar, ver e ler melhor

17.6.09

Palmeiras: tanto não fez em casa que conseguiu


Pois é, o Palmeiras conseguiu cair fora da Libertadores. Lá no Uruguai empatou, mas antes, é bom que se lembre, empatou em casa(quando deveria vencer). E aí vem aquela minha tese chata que tem até estatística (que está no blogue é só procurar): O Palmeiras não consegue rendimento bom em casa. Em outras palavras não faz bem a lição de casa. Alguma coisa precisa mudar no time. Aliás, que time? Já cansei de dizer que falta algo ao Palestra para formar uma equipe competitiva. O Luxa ainda não formou um time. Forme um time Luxa! Pense um pouco, agora só tem o brasileirão. Seu time (time?) caiu fora do Paulistão, da Copa do Brasil, da Libertadores, acho que vai sobrar tempo para pensar.

Mariana Baltar volta ao Centro Cultural Carioca


Recebi esta boa mensagem na minha caixa de correio eletrônico:
"Para matar as saudades, Mariana Baltar volta à Praça Tiradentes, após dois anos, nas quintas-feiras de julho, cantando sambas, maxixes, forrós, frevos e as inesquecíveis marchinhas de carnaval. A cantora, indicada ao Prêmio TIM 2007, mostra músicas de seu primeiro CD, Uma dama também quer se divertir, e apresenta em primeira mão algumas canções de seu segundo álbum, em fase de gravação. Acompanham Mariana, Josimar Carneiro - violão 7 cordas; Jayme Vignoli - cavaquinho; Marcílio Lopes - bandolim; André Boxexa - bateria /percussão; Paulino Dias - percussão. Local: Centro Cultural Carioca; abertura: 19h; Show: 21h30 nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de julho; informações e reservas: (21) 2252-6468 / 2242-9642; site: www.centroculturalcarioca.com.br; couvert artístico: R$ 20,00; classificação - 18 anos; lotação - 200 pessoas; endereço - Rua do Teatro, 37, Praça Tiradentes (ao lado do Teatro João Caetano)".

Revista OAB discute Crise e Violência


Chegou agora, pelo correio, a Revista OAB 4ª Subseção - MG - mais precisamente , o seu nº 7 correspondente a maio /junho de 2009.
Parece que veio da gráfica direto aqui para minha casa.Tá com aquele cheiro gostoso de tinta.
Traz entre outros artigos, dois ensaios de peso. Um intitulado "Crise, progresso e direitos humanos" de autoria de Eduardo C. B. Bittar e o outro já publicado aqui neste blogue, de autoria de Jacob Pinheiro Goldberg intitulado "A Crise do Direito no mundo em crise". E tem mais, um artigo de Rodolfo Konder - "Destroços na Correnteza" sobre a memória e sua relação com a História da aventura humana.
O jornalista Fabiano Angélico nos brinda com um artigo sobre Democracia Participativa. Há também uma pesquisa sobre violência em Juiz de Fora, um artigo de Matha Halfeld F. de Mendonça Schmidt sobre a questão da execução trabalhista cujo título é "Em busca da efetividade" e mais dois pequenos textos - um sobre o 1º Fórum do Meio Ambiente OAB: Aquecimento Global que foi realizado em Juiz de Fora e outro que já foi publicado neste blogue de autoria de Jorge Sanglard, sobre uma exposição de arte de usuários do sistema de saúde mental intitulado "Crio, logo existo".
A capa é do artista Jorge Arbach.

Bora na filosofia


"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". A retranqueira montada por Bora Milutinovic para Iraque enfrentar a Espanha, até que tinha lá suas justificativas bem fundadas. Não queria tomar de muito. Afinal a Espanha tinha goleado a pobre Nova (muito nova e ingênua) Zelândia, metendo 5 a O nos pobres. Aí o Bora, velho malandro retranqueiro, montou um esquema para apanhar de pouco e conseguiu. Na TV vi a cara dele com o time apanhando de 1 a 0 e homem rindo. Enquanto isso o pobre do Abdul Zahra se matava correndo sozinho atrás de qualquer lançamento lá na frente e procurando dificultar a zaga espanhola. Saiu no meio do segundo tempo com a língua fazendo papel de gravata.
Esse jogo, o da Itália X EUA e o do Egito mostrou para a selecinha que não existe moleza na África do Sul. Os EUA foram garfados pelo juíz no jogo contra a Itália, que expulsou um americano logo no começo da partida. Mesmo assim fez um placar magro. O Brasil para passar pelo Egito teve que apelar para o microfone. Tem encarar os EUA com muita responsa, esse negócio de botar time com reservas e deixar os craques no bem bom do descanso acho que não é bom negócio.

Dica do Gerdal: Sururu na Roda hoje no Largo do Machado


(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)

Dica do Gerdal: Ilessi e Vidal Assis- tributo a Chico Buarque e Paulo César Pinheiro, nesta quinta-feira


Mesmo com a massificação da vulgaridade em atrações musicais no rádio e na tevê, é sempre alentador saber da atuação de jovens artistas, sensíveis à biodiversidade rítmico-harmônico-estilística do nosso cancioneiro, em sentido contrário. "Galera" com tutano, bem informada, esclarecida e talentosa, ávida por mostrar, não obstante as conhecidas dificuldades de mercado, um trabalho consistente e afinado com a nossa identidade cultural. A cantora Ilessi - discípula de Amelia Rabello na Escola Portátil de Música, na Urca, e cativante na interpretação de "Desfigurado", de Cartola, no seu "myspace" - vem aí, em breve, com o primeiro CD da carreira, só de composições inéditas de Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro, entre as quais afro-sambas, e o cantor, violonista e compositor Vidal Assis, já gravado pela saudosa Zezé Gonzaga no CD "Entre Cordas" ("Tribeira", em parceria com o poeta Hermínio Bello de Carvalho), desponta com força entre os destaques da sua geração. É deles o show promissor desta quinta, 18 de junho, às 20h, no Espaço Rio Carioca, em Laranjeiras ("flyer" acima), no qual outros jovens músicos também mostram serviço bem-feito, como o bandolinista gaúcho Luís Barcelos. Ilessi e Vidal reverenciam Chico Buarque e Paulo César Pinheiro e mostram por que transitam na mão certa e bem pavimentada da longa estrada da MPB.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

Cartum de Ilha

16.6.09

Quinta-Feira dia 18 -Palestra na OAB de Juiz de Fora sobre Ministério Público Federal e Advocacia Criminal


(Clique no flyer para ampliar e ler melhor)
NR: Como ao ampliar o flyer, não deu para ler o endereço e outras informações vamos escrever aqui que o evento vai se realizar às 19.30 horas na Sede da OAB em Juiz de Fora, na Avenida dos Andradas, 696, Morro da Glória . Inscrições no Fórum Justiça do Trabalho - Sede da OAB - Av. dos Andradas, 696. Inscrições para Profissionais por 20 reais e para estudantes 10 reais.

Quinta-Feira, 18 de junho "Pensar a Imprensa" pensa "Lampião da Esquina"


(Clique no flyer para ampliar e ler melhor)

The Ventures perdem Bob Bogle


Mais um astro do rock pegou o elevador. Desta vez foi Bob Bogle , um dos fundadores do The Ventures. Partiu desta para melhor aos 75 anos. Os Ventures formavam uma banda de rock instrumental que eu ouvia nas ondas do rádio lá pelos anos 60. (mas eles continuaram a tocar nos anos 70,80,90...foram descobertos pelos punks, por Tarantino, enfim, tomaram conta do mundo. No Brasil também, na mesma onda dos 60, surfaram conjuntos que se inspiraram no som dos Ventures: a famosa (e ótima) banda The Jet Blacks ( que acho que chegou a acompanhar Roberto Carlos na época da Jovem Guarda) e os fabulosos Jordans. Acho que existiram outras. Quem souber que me lembre.
Os Ventures produziram muito rock. Ficaram famosos pelo que se chamou de surf Rock - com sucessos tais como Surf Rider, Journey To The Star, Driving Guitars, Hawaii-5-0 , Pipeline, Peter Gun (música tema do seriado) e outras, muitas outras . O curioso é que eles tiveram grande sucesso nos EUA, mas estouraram a boca do balão mesmo foi no Japão. Na foto que ilustra este post Bob está apontado por uma seta vermelha. Viva Bob Bogle!

Charge : Tinha um Egito no caminho

15.6.09

Dica do Gerdal: Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves, Ellen de Lima e Violeta Cavalcante nas telas


Da esquerda para a direita, vemos, no "flyer" acima, a mineira Carminha Mascarenhas, nascida em Muzambinho, daquelas cantoras que, como Lila ("crooner" da boate Drink, nos anos 60, e irmã de Dalva de Oliveira), têm madrugada na voz, curtida nos sambas-canção de cotovelo magoado, como "Verdade da Vida", do pianista Raul Mascarenhas (pai do saxofonista homônimo) e da tapeceira Concessa Colaço; a baiana Ellen de Lima, de Salvador, surgida para o sucesso, em 1957, com o bolero "Vício", composto por um inspirado fabricante de sabonete, Fernando César; a carioca Carmélia Alves, de Bangu, notabilizada pela interpretação de ritmos nordestinos; e, finalmente, a manauara Violeta Cavalcante, que, cantando, com 10 anos de idade, no colégio onde estudava, na sua cidade natal, chamou a atenção de ninguém menos que o maestro Heitor Villa-Lobos. Todas elas ainda atuantes em shows - com exceção de Violeta, afastada por motivo de saúde - e, tendo em comum, o despertar para o sucesso de público ainda nos anos dourados do rádio, motivo do recado de Gil Baroni (com "trailer" anexo) , encaminhado em seguida. Ele é o diretor do documentário "Cantoras do Rádio", já em cartaz, um feito importante para a fruição e compreensão daqueles idos na história da nossa música popular
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.

"Amigos e Amigas,

Dia 11 de Junho estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília,
nos cinemas do Unibanco Arteplex (veja a programação da sua cidade),
o documentário que eu dirigi, "CANTORAS DO RÁDIO".
O filme é uma homenagem aos Anos Dourados da Rádio no Brasil.
Sua presença e divulgação é importantíssima para que o filme tenha um bom desempenho nos cinemas.
Ajudem a divulgar o filme entre os amigos, parentes e familiares.

OBS: Pessoas acima de 60 anos pagam apenas R$ 3,00 em qualquer dia e em qualquer sessão!!!!

VEJA O TRAILER DO FILME "CANTORAS DO RÁDIO"
http://www.youtube.com/watch?v=_zlazB2GDT4

Um forte abraço,
Gil"

www.cantorasdoradio.com

Cartum de Ilha