29.2.08

Fragmento do dia - Cinema e Literatura

"As reverberações iluminadas clareavam um quadro cinematográfico dos mais animados". comenta Strindiberg por volta de 1897, "onde passam ônibus, pequenos coches, carroças que transportam do bosque alegres companheiros endomingados."
Tão logo dominada, a técnica da captação e da restituição do movimento passa a ser modelo para pintores da vida moderna. Mas, para nossa surpresa, ela não desvaloriza os outros espetáculos óticos que acreditam ainda ter a eterninadade diante de si. Bem no meiodo panorama, o espectador é o rei. Ele se prepara, se exercita. O movimento do mundo vem a ele luminoso, a passos leves, infinitamente melancólico - em uma palavra, brando.
(Jerôme Prieur em O espectador noturno - Os escritores e o Cinema -Capítulo Panorama Imperial- Editora Nova Fronteira - tradução de Roberto Paulino e Fernanda Borges)
Nota da Redação: Ele pega textos de vários autores que falam sobre o cinema. É muita gente mesmo!

2 comentários:

ze disse...

o nosso imperador que chega há duzentos anos atrás teria financiado o Lumière, como financiou o Pasteur: os escravos financiaram, diga-se.

LIBERATI disse...

Pneuma, é a alma do cinema. Imperador parece um bom nome para cinema de bairro.
-Hoje vou ao Imperador assistir Oscarito e Grande Hotelo, ops Otelo, desculpe a nossa filha! E tem um bloco no Rio que se chama Escravos da Mauá, já saí nele, suando e sambando naquelas ruas do centro. O bloco sai de noite.
Grande abraço