27.5.08

Enquanto meu Site não sai... Capa inédita com Ednardo e o Pavão Misterioso


Esta ilustração foi feita no fim da década de 70, na época em que o compositor e cantor Ednardo fazia um baita sucesso e tinha até uma novela das oito que tocaca a música dele. Era para ser capa de um caderno Serviço Completo do JB, imitava as capas de libretos da literatura de cordel. Na última hora foi substituida por outra arte e ela permaneceu inédita.
Foi feita na técnica da "xilogravura de paulista" que aqui no Rio , segundo a Tinê se chama de "xilogravura de preguiçoso", e na Esdi tirava ponto da nota do malandreco que se aventurava nessa astúcia. Para lembrar: esta técnica é feita com a marcação das ranhuras (imitadas) com guache branco , depois tudo é entintado com nanquim preto e quando seco é submetido a um jato poderoso de água, o guache sai e fica parecendo xilogravura feita na madeira. O bacana é que surgem as irregularidades, surpresas que a gente não calculou...

6 comentários:

TS disse...

Essa eu vou pescar e publicar no meu canto... (eu ia colocar a Liberdade "fotógrafa" depois dos meus motoqueiros); eu sei q vc vai permitir.

Essa estória do pavão virou folclore lá em casa por causa de um quadro que ganhamos: um pavão nordestino, todo feito de areia colorida e colado num suporte, que ninguém gostava; mas toda vez que o dadivoso tocava a campainha, a gente corria e pendurava o "Misterioso" em local de honra na parede. Ainda tínhamos que prender o riso ao abrir a porta. Até que um dia...

Mas que essa "xilo" ficou bonita, ah, ficou.

LIBERATI disse...

Essa história do Pavão Misterioso da sua casa você tem que contar numa crônica, ela tem uma graça especial.
Fiquei contente que você gostou do Pavão em homenagem ao Ednardo.
Considero Ednardo um grande compositor que por algum acidente da mídia ficou esquecido depois de seu imenso sucesso.
Estou a espera dessa sua crônica "mysteriosa".
bjs

ze disse...

Saramandaia com formigas saindo pelo nariz do coronel, dona Gorda explodindo, o anjo a ganhar asas progressivamente, a mulher que virava fogo, literalmente, na cama. J.J. Veiga, não é?!

LIBERATI disse...

Caro Zé, acho que o pessoal foi na onda do J.J. Veiga, mas acho que o texto era do Dias Gomes mesmo.
Bons tempos...
um abraço

Anônimo disse...

orra que belissimo trabalho, o maximo que pude fazer para prestigiar Ednardo foi inclui-lo no meu fotoblog

LIBERATI disse...

Caro Jose Mauros, fico feliz em saber que você gostou deste trabalho inédito meu. Fui lá ver sua página e notei que você fez também uma bela homenagem ao Ednardo. Ele é um grande compositor e merece nosso respeito e a mídia deveria abrir mais os olhos para o trabalho dele. O Brasil é ingrato com seus artistas, esquece deles, de vez em quando vem um e bota a música deles na novela das oito aí o cara é redescoberto, aconteceu com muita gente isso. Nossa cultura está sendo comandada pela mídia que não quer botar o que é nosso no horário nobre. Investem em produções incríveis e botam no ar de madrugada. Brasileiro é trabalhador não vê TV de madrugada, o único que pode ver é o guarda noturno e o porteiro enquanto estão trabalhando.
grande abraço