23.10.08

Quando quero me irritar


Toda vez que quero me irritar assisto a um jogo do Palmeiras ou do Botafogo.
Ontem foi um dia desses, vi uma partida do "verdão" no Palestra Itália, pela TV, numa transmissão da Band.
O time parecia que não queria jogar. Faz tempo que ele repete esse script. Está certo que foi garfado pelo juiz colombiano, que nem quero dizer o nome - é melhor esquecê-lo. Foram dois lances claros de tunga - um gol em que a bola bateu na trave e entrou e ele anulou, e um pênalti com paradinha, que ele mandou voltar e deu um cartão amarelo para o jogador que bateu. Na volta o goleiro se adiantou muito e acabou defendendo a cobrança. O certo seria voltar e mandar bater outra vez. O batedor também agiu mal, pois olhava para o chão quando chutou ,(como bem observou o comentarista Neto da Band) mas houve um garfo nítido.
Voltemos ao desempenho do "porco", o time, alguém disse (acho que foi o Marcos) parecia que estava se conhecendo alí, naquela hora , nunca tinha treinado junto. Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, parece perdido dentro daquele terno, e pior, fala palavrões cabeludos o tempo todo, xinga o jogador, o técnico do outro time, a torcida. Há uma contradição entre o terno, a boca e os gestos. Creio que sua imensa vaidade o está atrapalhando. Desta maneira não chegará nunca à seleção brasileira de novo.
Não quero mais me irritar.
Acho que vou passar a ver o campeonato inglês?

6 comentários:

ze disse...

como a propaganda diz, 'pega o árbitro'. com a tecnologia já dá para tirar os árbitros de campo. tremendo arbítrio. Pelé parava na cobrança de pénalti. Claro que pode parar. O futebol não pode ficar a mercê do humor da CTF. As leis no Congresso tb - que todos votem. Isto é o progresso. caminhamos para o socialismo.

LIBERATI disse...

O futebol sem essa tecnologia vira torneio da idade média.
O povo precisa clamar pela moralização da política.
O socialismo está longe meu caro ze, mas o mundo pode melhorar e sair desse beco em que a cultura neoliberal o levou.
grande abraço

ze disse...

a socialização dos prejuízos , que já ocorre há muito, é o estado socialista. em termos políticos econômicos. o disfarce da gravata, conforme falaste.

LIBERATI disse...

Precisamos diferenciar o uso do Estado pelas "burguesias da nova era" e o Estado Socialista implantado a partir das bases não possuidoras do capital. Hoje predomina, infelizmente o "sujeito monetário sem dinheiro"- sujeito "incluido" falsamente no sistema monetário, (carga de desejos de consumo, necessidades de habitação em padrões urbanos, relações capitalistas desenvolvidas, "participação" através meios de comunicação de massa etc- só que o cara não tem dinheiro- é um excluído do sistema real- Este sujeito não tem programa, não é organizado politicamente - não constitui base para organizar o Estado. Não tem partido que o defenda. A classe operária, hoje é um mito de filme de neo realista italiano. Il Compagni ...vai por aí
grande abraço

LIBERATI disse...

É por isso que só assisto ao campeonato inglês - e quase sempre os jogos do Liverpool.
amplexo

ze disse...

a inclusão é a exclusão. entrar no mercado é excluir-se da cidadania. o socialismo é o Estado garantindo a saúde, educação e o resto todo ao povo, cuja vontade é a origem das leis. felicidades.