24.2.09

Da Série CARNAVAL DESBANDEIRA


O poeta Guilherme Mansur a caminho do deserto do Atacama para visitar sua plantação de cactos deixou aqui a sua série CARNAVAL DESBANDEIRA - (uma releitura TANTÃBORIM do CARNAVAL de MANUEL BANDEIRA) O poema SERPENTINAS que encerra a série teve a parceria
de CARMINHA FERREIRA.

4 comentários:

Anônimo disse...

Linda a série CARNAVAL DESBANDEIRA!
O significado e a memória intensa que serpentinas e confetes trazem para mim ( ou para todos nós?) desde a infância...mais os olhares que vinham juntos, com os pequenos pedacinhos coloridos(confetes), na nossa adolescência... Nos bailes infanto-juvenis, esperando um sorriso tímido mas encorajador!
ah! até a mamma vai dizer que era diferente.Pergunte. "O tudo igual no carnaval", parece um esquecimento, bem arquitetado,para o vazio de significados dos carnavais atuais.Concordo. É preciso estar envolvido para encontrar a diferença.
Bj

TS disse...

Caro Liber, vc fez poesia com a brisa, o vento que areja nossa memória para os antigos (e verdadeiros) carnavais, aqueles em que brincávamos seguros sem ligar p/ merchandising e holofotes de TV;
a tv paga pra mim é necessária por causa do lg em q vivo, mas sou seletiva, só assisto coisa boa;
o oscar foi uma passagem de canal, nada mais;
o poema-concreto de Mansur é feminino, elemento anárquico e belo de qualquer carnaval. Mas dele (o autor) gostei mais da série marinha.
Fui.

LIBERATI disse...

Querida Maysa, Guilherme Mansur é um poeta com uma oficina tipográfica imensa e cheia de surpresas e invenções. Minha mamma está ainda num carro alegórico que desfila pela Avenida São João, fica toda arrepiada com um jato de lança-perfume que um rapaz safado joga em seus ombros.
bjs

LIBERATI disse...

Querida Tinê encarei a brisa e vi que ela era eterna, que o vento é o mesmo que sopra para todos os lados - o vento e o tempo, inverti o meu querido Verissimo pai, com todo respeito. Quando garoto usava fantasia de presidiário , não que eu tivesse escolhido essa, mas alguém achou engraçado me botar numa dessas, caí no frevo no Estádio do Ibirapuera, queria participar daquele "baile dos desesperados" - aquele em que o casal que aguenta de pé até a última música ganha uma merreca. Acabarm com esses concursos de resistência. Eu sonhava em participar de um. Foi a minha entrada na cultura de massa. Outro episódio de massa foi cantar num circo, onde fui gongado e uma outra vez vi a estátua fake de Nossa Senhora de Fátima (ou foi de Lourdes) baixar num helicóptero no Viaduto do Chá, senti o fervor da fé e vi que tudo era uma grande maluquice de massa. Canetti fez um livro sobre esses fenômenos. Carnaval é um fenômeno de massa. Onde quase tudo é permitido- depois indivíduos voltam à solidão do dia seguinte e ao trabalho que já está cansado de esperar depois de tanta folia. Mansur é um baita poeta, tem um repertório de invenções imenso. Agora está no Atacama, nos surpreende ao visitar sua plantação de cactos, e não é brincadeira de carnaval. Ele diz que o Atacama o ama.
bjs e até a próxima (estou esperando o novo conto)