Primeiramente, preciso fazer dois reparos onomásticos relativos a dois textos que enviei recentemente, sempre com o intuito de colaborar, numa ação voluntária, sem finalidade lucrativa, com a difusão da nossa mui amada MPB: 1) na dica dos Vizinhos, lembrei um artista residente em Laranjeiras - cantor, compositor e violonista com dois ótimos CDs lançados, "Dança das Cores" e "As Tribos" - que se chama, na verdade, Rubens Cardoso, e não Rubens Nogueira, como escrevi. Este também existe, é do ramo, parceiro paulista de Paulo César Pinheiro, e, há pouco, lançou o CD "Quando Eu Canto o Meu Samba"; 2) na minha lembrança da jovial Bidu Reis, de 89 anos recém-completados, o parceiro dela no conhecido bolero "Interesseira" é Murilo Latini, e não Mário Latini, como saiu escrito. Irmão de Murilo, Mário Latini seguiu outro rumo profissional, o da direção de longas-metragens.
Com pouco mais de dez anos de carreira e símbolo do renascimento musical da Lapa, o ótimo Grupo Semente ("flyer acima), muito ligado à projeção inicial da cantora Teresa Cristina, anima nesta quinta, 2 de abril - como nas demais quintas do mês -, a partir das 21h, o salão do Centro Cultural Carioca, pertinho da Praça Tiradentes. Recebem como convidada especial uma mulher de fibra, Surica, de apelido dado, quando ainda criança, por uma avó e integrante da Velha Guarda da Portela. Propagadora nos seus shows de um dos mais belos sambas de Candeia, "Pintura sem Arte", o seu preferido na obra dele e que até regravou em CD próprio, ficou conhecida, em 1966, por ter puxado na passarela o samba-enredo "Memórias de um Sargento de Milícias", que Paulinho da Viola, Catoni e Maninho fizeram para o desfile campeão da Portela nesse ano. O dom culinário também a afamou, já que é de Surica a receita de uma das feijoadas mais concorridas e saborosas do Rio de Janeiro, provada tanto na casa de vila onde mora - o seu "cafofo" -, em Madureira, com roda de samba, como em sábados de quadra apinhada na sua escola de coração.
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