Hoje de madrugada a Globo tava tudo a ver. No programa do Jô uma sensacional entrevista com Ferreira Gullar, que é sem dúvida, um dos maiores poetas brasileiros. Depois veio o Som Brasil homenageando Tim Maia. A única coisa que continuo a reclamar é do horário deste programa na grade global. Caros amigos responsáveis pelo Plim-Plim, considerem que sexta-feira é o dia da moçada se espalhar na noite. A turma sai para tomar um chopp , jogar conversa fora, sair da panela de pressão do dia a dia. Quer dizer, quase não tem ninguém jovem em casa. Os coroas também saem, requebram os esqueletos nas casas de show e nas gafieiras, ou mesmo jantam fora, e ninguém está mais botando a mesa no quintal. Mas sinceramente, não tem quase ninguém em casa, até o cachorro e o gato dormiram. Isto significa que esse programa de alta-qualidade a esta hora não vai ter audiência. É claro que vai dar traço. Só os insones, como eu vão estar atentos para esse trabalho bem feito, bonito, com muito investimento e valorizando o pessoal novo da nossa música. Acordem amigos da Rede Globo, arranjem um novo horário na grade, um horário mais para o meio da semana e mais cedo, ou pelo menos arranjem um jeito de reprisar durante o dia.
Minha vizinha chavista não vai gostar nada nada deste post. Mas quando a TV faz alguma coisa boa a gente tem que elogiar.
2 comentários:
Caro Lib,
Fazendo o "dever de casa", lendo o blog da semana, hoje!
Concordo com o absurdo "adiantado" da hora, na grade de programas da Globo.Vi a chamada para a entrevista com o Ferreira Gullar,no Jô, fiquei feliz por antecipação e...dormi, nada vi nem ouvi. Uma pena. Só, agora, lendo seus comentários, me situei.O "Som Brasil", já desisti de acompanhar, Tudo pelo mesmo motivo: O adiantado da hora.
Quem sabe eles(os da Globo) estão fazendo a programação pensando na platéia japonesa!!!!Tudo é possível. Prá brasileiro trabalhador é que não é!!!
Sua vizinha chavista vai concordar.
Bjs
Maysa
Querida Maysa. Realmente não dá para entender produções tão caras feitas só para corujas e guarda noturnos.
Eu em geral acabo dormindo no meio da entrevista e raramente consigo ver o Som Brasil - que é de excelente qualidade- um bem precioso que os caras estão jogando fora por um erro de estratégia. Talvez estejam pensando mesmo na platéia japonesa. Minha vizinha chavista quer tomar a Rede Globo e transformá-la somente numa produtora de novelas para entreter os sofridos companheiros cubanos que são loucos por elas (as novelas da Globo). O engraçado quando estive lá é que "A casa das sete mulheres" que aqui foi minissérie, lá acho que virou novela. Eu fui chamado de Bruno Mezenga( do Rei do Gado - acho que interpretado pelo Fagundes) numa Casa de la Música por um cicerone local. A disputa da Globo é naquele horário que vai da novela das 6 até o Jornal Nacional- disputa acirrada pela supremacia . Aí vem a novelona campeã de audiência e depois vem os programas intermediários - alguns com sucesso já provado e o pobre jornal da 11 da noite que está com o foco errado - fala de economia para morcegos e aves noturnas que não aplicam na bolsa. O Wack é um cara preparado, inteligente, leu o Capital em alemão -deveria dar uma nova forma ,mais dinâmica e um conteúdo mais interessante que os comentários economicos e assunto de bolsas etc. Depois vem o programa do Jô que amarga a madrugada naquele horário terrível. E o resto você já sabe - fica longe do trabalhador brasileiro que está no terceiro sono.
bjs
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