18.5.09

Dica do Gerdal: Nelson Faria, Ney Conceição e Kiko Freitas- o Nosso Trio promove "workshop"


O Norte, o Centro e o Sul do país estão musicalmente bem entrosados num "wokshop" que ocorre nesta segunda, 18 de maio, no teatro do Colégio Divina Providência, no Jardim Botânico, às 19h. O paraense Ney Conceição, o mineiro Nelson Faria e o gaúcho Kiko Freitas compõem o Nosso Trio, conjunto que, acompanhando há tempos, João Bosco, desenvolveu-se em folgas de agenda com um trabalho muito aplaudido e largamente apreciado, aqui e no exterior, em numerosas cidades. Lançou em 2006, pela Delira Música, um CD do agrado em cheio da crítica, "Vento Bravo", cuja faixa-título é um dos mais vigorosos temas compostos por Edu Lobo, com letra do recém-sexagenário Paulo César Pinheiro.
Morador de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o autodidata Ney Conceição, que iniciou a sua carreira internacional com um exímio conterrâneo, o violonista Sebastião Tapajós, lançou há pouco, no TribOz (templo do jazz e da bossa nova na Lapa), um DVD, "Com Vinte", comemorativo de 20 anos de carreira; criado em Brasília, onde se iniciou no conhecimento teórico da música, o violonista, guitarrista e professor, com livros sobre improvisação e harmonia publicados, Nélson Faria estudou em Los Angeles, a partir de 1983, com nomes celebrados do jazz norte-americano, como Joe Pass, Scott Henderson e Frank Gambale, e tem, entre os seus CDs lançados, um, intitulado "Três", com o saudoso baixista paulista Nico Assumpção e o baterista mineiro Lincoln Cheib, e outro, "Janelas Abertas", em duo com a cantora Carol Saboya; por seu turno, Kiko Freitas, filho de um importante músico tradicionalista gaúcho, Telmo de Lima Freitas, passou do contrabaixo à bateria por acaso, na adolescência, ao substituir um faltoso colega de ritmo em ensaio do conjunto familiar de que participavam. Ao viver, nesse momento, o seu "coup de foudre" pelas baquetas, aprimorou-se na bateria e na percussão, sendo aluno, em Cuba, de Changuito, renomado percussionista local, em ritmos desse país insular centro-americano. Tem, entre as suas maiores influências no exterior, os bateristas norte-americanos Gene Krupa e Buddy Rich e, no tocante à prata da casa, Robertinho Silva, o também gaúcho Nenê e os igualmente saudosos Edson Machado (o pioneiro do samba no prato) e Mílton Banana.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

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