6.6.09

Dica do Gerdal : Walter Alfaiate, hoje, no Belmiro


Autointitulado O Magnata Supremo da Elegância Moderna, recebendo a clientela em ateliê de Copacabana, o cantor e compositor Walter Alfaiate, grande figura das lides do samba e um dos muitos bambas a reluzir no chão de estrelas de Botafogo, é atração da simpática roda promovida, neste sábado, 6 de junho, no bar Belmiro, pelo amigo Paulo de Castro, professor do curso de Comunicação Social da Facha que, cátedra à parte, atende informalmente pelo epíteto artístico de Paulinho do Cavaco, também um bom compositor.
Quase octogenário, Walter Alfaiate, com o seu sorriso e sua simpatia, é uma presença constante nas boas e bem ritmadas aglomerações do samba, imunes à gripe suína. Após atuação em bares e boates da Princesinha do Mar, nos anos 60 e 70, em três conjuntos de samba (cantando e tocando reco-reco em Os Autênticos, Os Reais do Samba e Samba Fogo), chegou, finalmente, ao disco, com três CDs já gravados: "Olha Aí", de 1998, feito por iniciativa de um encantado Aldir Blanc e com faixa-título composta por outras duas estrelas do chão natal de Botafogo, os irmãos Miúdo e Mical; "Samba na Medida", de 2003, com homenagem de Nei Lopes na faixa-título; e "Tributo a Mauro Duarte", de 2005, em intenção do parceiro e amigo fraterno nascido na mineira Matias Barbosa, perto de Juiz de Fora, e outro bamba desse bairro carioca que Walter, alvinegro como ele, conheceu, curiosamente, em 1947, no campo do Fluminense. Jogavam o dono da casa e o Botafogo, e ambos saíram de lá amargando a cipoada de 4x1 dos tricolores. No trajeto a pé do estádio a Botafogo, onde moravam, comentando lances da contenda, iniciaram a conhecida e vitoriosa amizade na história da música popular brasileira.

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