13.8.09

Reflexão sobre acordo ortográfico



(Recebi um e-mail do escritor Clóvis Bulcão e de Angela Dutra de Menezes que decidiram provocar uma reflexão sobre o problema do novo acordo ortográfico - o texto segue abaixo.)

Cada vez mais, em Portugal e no Brasil, levantam-se vozes dissidentes contra as novas normas que mais separam do que aproximam os povos da lusofonia.

Acreditamos que esse sentimento contrário ocorra, pois o espírito do Acordo não representa a universalidade da língua portuguesa, preconizada pelo padre António Vieira e ratificada por Fernando Pessoa.

Nós, os escritores do Brasil, e demais operários da língua portuguesa, solidarizamo-nos com os colegas lusitanos na contestação ao Acordo Ortográfico, elaborado sem ampla discussão e sem a participação dos que sobrevivem da língua portuguesa.

Hoje, nos cinco continentes, os luso falantes sentem-se desconfortáveis com as inúmeras modificações léxicas determinadas por um grupo tão reduzido e tão pouco representativo de pessoas.

Convocamos todos para uma reflexão sobre este assunto de fundamental importância.

Endereço para contato : Que estiver interessando em participar desta reflexão, escreva para angela.dutra@terra.com.br
e para cbdm@globo.com

3 comentários:

TS disse...

Entressafra de letras:
1º) Portugal teve mais de cinco anos para discutir o Acordo e fez vista grossa e ouvido mouco, deu de ombros por ser achar o detentor-mor da ortografia.
2º) O restante só foi favorecido.
3º) "determinadas por um grupo tão reduzido e tão pouco representativo de pessoas." : refere-se ao Brasil e outras pequenas nações espalhadas pelo mundo?
4º) Saramago tem razão: existem várias línguas em Português.
5º) A hifenização sempre foi complicada, até antes do Acordo.

Quem impõe a língua, é quem a usa e a recria!
Do contrário, morre.

ze disse...

o espanhol é igual ao português, precisava de unidade ibérica. ou não. a Goggle botou uma bússula igual a do desenho dentro de um campo magnético de pilha, fio e parafuso. é verdade que àgulha vai pro norte. e pensar que a primeira era colher de sopa.

LIBERATI disse...

Queridos amigos, vou deixar essa discussão entre vocês.Só vou dizer ma coisa, não curto essa reforma. Estou com Saramago, várias línguas portuguesas. Abaixo o hífen - falou!?
grande abraço