5.9.09

Dica do Gerdal: Carlos Negreiros e Steven Harper: tambor e pé no chão na batida essencial que funde corpo e dança


  Repasso abaixo informação que recebi, detalhada, sobre o espetáculo "Re(pé)rcussão", em que o amigo Carlos Negreiros, de voz potente e referência da percussão afro-brasileira, alia-se à arte do sapateado de Steven Harper para apresentar um espetáculo que promete impressionar tantos quantos o presenciarem. Já sucedido ontem, tem outras duas apresentações: hoje, 5 de setembro, e amanhã, ambas às 20h, no Teatro Angel Vianna, na Rua José Higino, 115 - Tijuca ("flyer" acima).
         Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.       
 Carlos Negreiros e Steven Harper
apresentam
Re(pé)rcussão
 
 
Num novo desdobramento de suas respectivas trajetórias artísticas, Carlos Negreiros e Steven Harper juntam suas forças e imaginação na criação do espetáculo Repercussão. Inédito, cosmopolita, ancorado na tradição porem moderno e antenado, Repercussão reflete e sintetiza as trajetórias distintas dos dois artistas. Carlos Negreiros, percussionista, cantor e compositor, especialista da percussão e do mundo rítmico afro-brasileiro, 65 anos, é profundamente ligado ao Brasil e á luta do povo negro pela sua afirmação social e cultural. Steven Harper, americano/alemão, crescido na Suíça e residente no país desde 1991, 44 anos, encontrou sua paixão e modo de expressão na dança, no sapateado e numa linguagem mista original que chama de “danças percussivas”. O que os une? O ritmo, a musica, a dança, o Brasil e o amor à pulsação essencial, que dá vida a todas as forças da natureza, sintetizada aqui na batida do tambor e dos pés no chão. Em Re(pé)rcussão, a magia do palco demonstra mais uma vez sua capacidade de agregar, unir culturas, gerações, tradições e linguagens, nesse espetáculo diferente, lírico e impactante.
 
Os elementos fundamentais da natureza, água, terra, ar e fogo, assim como o ser humano e sua interação com os elementos - gerando a vida, os mitos, a respiração, a dança - formam o ambiente desse espetáculo.
 
Com diversos e variados instrumentos de percussão, voz, sapateado, percussão corporal e dança contemporânea, Carlos Negreiros e Steven Harper criam um mundo musical cênico original, onde o corpo, o mais antigo e fundamental dos instrumentos, se torna tambor, onde não há fronteiras entre música e dança e onde cada artista se funde no todo. Ritmos afro-brasileiros ganham tratamento moderno e ilú, jongo ou alujá convivem harmoniosamente com samba, pop e funk.  O palco é uma instalação de objetos  e instrumentos organizada pelo cenógrafo e artista plástico multimídia Zaven Paré. Para completar, o uso de recursos eletrônicos - captadores sonoros ligados à gerador de sons midi e “loop station” – permite aos dois artistas de se multiplicarem para criar uma sinfonia sonora e visual surpreendente.
 
 
Musicas
§       Puxada de Xaréu (foclore bahiano, domínio público)   
§       Noite de Temporal (Dorival Caymi)
§       Mãe Ancestral (Carlos Negreiros)
§       Olhos de Ver (Carlos Negreiros)
§       S.O.S. Natureza (Carlos Negreiros)
§       Estrada do Sol (Tom Jobim e Dolores Duran)
§       Águas (Carlos Negreiros)
§       Lembarenganga (Carlos Negreiros)
§       Lascamão (Carlos Negreiros)
 
Duração do espetáculo 70 minutos
 
Ficha Técnica
Idéia e criação: Carlos Negreiros, Steven Harper
Direção musical: Carlos Negreiros
Coreografia: Steven Harper
Instalação cênica, cenografia e “palpites gerais”: Zaven Paré
Ensaiador:
Produção executiva :
Design de luz:
Design de som: Luiz Cruz (Gugu)
 
 
QUEM É QUEM
 
Carlos Negreiros
Percussionista, compositor, cantor e estudioso dos ritmos afro-brasileiros, Carlos Negreiros é citado na Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana como referência na sistematização da percussão afro brasileira. Integrou a Orquestra Afro Brasileira, do Maestro Abigail Moura. Com o quarteto de percussão Baticum, criado com sua orientação, participou em festivais de jazz em Berlim, Viena, Praga, Liepzig, Weimar, Halle e Frankfurt, juntamente com o quarteto de sopro alemão Fun Horns, com o qual gravou dois CDs. Criou o Quarteto Repercussão, baseado na estética percussiva afro-brasileira, e lançou o CD "Som Mestiço" em julho 2006 pelo selo Fina Flor.
Com Milton Nascimento, participou da Missa dos Povos Negros das Américas, na Espanha e em algumas capitais do Brasil. Participou da diretoria e foi cantor da Escola de Samba Quilombos e  diretor cultural e cantor do Afoxé Filhos de Gandhi . Foi também um dos fundadores do Grupo Ação de Teatro, onde atuou como cantor e ator, e posteriormente, participou da criação do Grupo Afro moderno de Dança Olorum Baba Mi, onde compôs a maioria das musicas dos diversos espetáculos. Participou como consultor, compositor, percussionista e cantor do Projeto A Cor da Cultura, desenvolvido pelo Canal Futura de Televisão e destinado às escolas de 1º e 2º grau de todo o Brasil.
Integra desde 2003 o corpo de professores da Maracatu Brasil, um centro de referência da percussão no Rio de Janeiro e, juntamente com alguns dos melhores percussionistas do país participou da criação e integra a banda Lascamão, onde compõe, arranja, toca e canta.
Desde 2006 é diretor artístico da Orquestra Robertinho Silva, um conjunto 80 jovens oriundos predominantemente de comunidades carentes do Rio de Janeiro, visando o desenvolvimento do projeto Batucadas Brasileiras, uma iniciativa de cunho social vinculada a ONG Instituto Bandeira Branca.
 
STEVEN HARPER, sapateador, professor, pesquisador e coreógrafo, dedica-se a difundir a técnica do sapateado americano e à descoberta de novos horizontes para essa arte. Residente no Rio de Janeiro desde 1991, teve um papel central no desenvolvimento do sapateado no Brasil, onde é uma figura requisitada nos palcos e nas salas de aulas. De nacionalidade americana, leciona regularmente nos Estados Unidos e na Europa, onde viaja com freqüência. Já dançou em palcos dos Estados Unidos, França, Holanda, Bélgica Alemanha, Israel, Turquia, Argentina, Paraguai e Suíça, onde foi o primeiro sapateador convidado do Festival de jazz de Montreux. Em 2002, dançou na noite All Stars do New York City Tap Festival.
Projetou-se no Brasil pelo seu trabalho com o contrabaixista e cantor Bruce Henri no espetáculo No Baixo do Sapateiro (antigamente Jungle Tap) e com sua companhia de dança, a Cia Steven Harper. É convidado freqüente de músicos como Robertinho Silva, Carlos Malta ou a UFRJazz Ensemble, orquestra dirigida pelo maestro José Rua, para “dar canja” em espetáculos. Steven ensina sapateado no Centro de Artes Nos da Dança, organiza o anualmente o evento Tap in Rio e é representante no Brasil da International Tap Association, organização sediada nos EU.
 
Zaven Paré
Zaven Paré é um artista plástico e cenógrafo (Denis Marleau, Marie Chouinard e Lalala Human Step…), ele dirigiu teatro de objetos internacionalmente (Henson Festival, Festival d´Avignon, Alameda Laboratorio...) e ele é o inventor da “marionete eletrônica”. Zaven Paré é formado em Artes Plásticas com um Mestrado da Universidade de Paris VIII, e em Letras com um doutorado da Universidade de Metz na França. Ele foi duas vezes titular da bolsa do French American Fund of Performing Arts, titular da bolsa RioArte, na categoria Arte e Tecnologia e da bolsa da Villa Kujoyama em Kyoto no Japão.
Nos dez últimos anos Zaven Paré apresentou seu trabalho em diversos centros de artes e universidades: na Universidade de Quebec em Montreal, no Californian Institute of the Arts em Los Angeles, na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, na Casa Vecina na cidade de México, na PUC do Rio de Janeiro, no Centre d’Écriture Contemporaines Numériques de Mons na Bélgica, e na França: no Institut International de la Marionnette de Charleville Mézières, na École du Fresnoy em Tourcoing, no Institut National de Sciences Appliquées de Rouen, na Universidade de Paris X, assim como no Institut National d’Art et d’Histoire em Paris, e na Maison de France em Oxford.

Para saber mais acesse www.carlosnegreiros.com 
ou o blog http://cn.ferreira.zip.net/arch2009-05-17_2009-05-23.html

Nenhum comentário: