22.9.09

Dica do Gerdal : A flauta encantada de Odette Ernest Dias é destaque nesta terça no Jardim Botânico


Da Fina Flor, do talentoso músico, compositor e arranjador Ruy Quaresma, repasso o "flyer" acima, sobre apresentação de Odette Ernest Dias nesta terça-feira, 22 de setembro, às 20h30, no Espaço Tom Jobim, no interior do Jardim Botânico. O próprio Ruy, com o seu violão camarada - e competente -, acompanhará, na parte inicial do programa, essa parisiense admirável que, formada na sua cidade no Conservatoire National Supérieur, chegou ao Rio de Janeiro em 1952, aos 23 anos, atendendo a convite do maestro Eleazar de Carvalho para integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Motivador do documentário "A Vida na Flauta", de Sérgio Bloch, o sopro de Odette sempre transitou com igual desenvoltura pelas searas erudita e popular da música, razão por que, ainda nos anos 50 e 60, também participaria de orquestras de rádio, como a Tupi, Mayrink Veiga e Nacional, além da orquestra da TV Globo. Foi professora do Conservatório Brasileiro de Música e dos Seminários da Pró-Arte, antes residindo por vinte anos consecutivos, a partir de 1974, em Brasília, em cujo apartamento fez-se embrionário o Clube do Choro, já que era um imóvel semanalmente visitado - até o ponto máximo da acomodação - por músicos (até mesmo famosos, como o cavaquinhista Waldir Azevedo e o citarista Avena de Castro) e amigos em número crescente nos saraus realizados.
         Por causa do seu interesse na formação da música brasileira, tem realizado pesquisas de que já resultaram artigos, livros publicados ("Mateus-André Reichert: Um Flautista na Corte do Rio de Janeiro", pela Editora Universidade de Brasília/CNPq) e discos gravados ("A História da Flauta Brasileira", de 1981, e "Modinhas sem Palavras", de 1987, por exemplo). Em fevereiro deste ano, esteve presente com a sua flauta, na capital federal, a uma homenagem a Villa-Lobos, morto há 50 anos, quando também foram lembrados e celebrados os seus 80 anos então completados. No palco do Teatro Caixa Cultural, ela e os filhos "au grand complet" - ou quase, pois Irene é tradutora. Os demais, destacados músicos, estavam lá: as flautistas Andrea, Cláudia e Beth Ernest Dias, o violonista Jaime Ernest Dias e o oboísta Carlos Ernest (que já tocou flauta doce no Clube do Choro de Brasília e, em entrevista recente, revelou ter descoberto o prazer de cantar).
         Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 

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