25.2.10

Dica do Gerdal: O pianista Tomás Improta é nome de proa, nesta quinta, em atração jazzística na Lapa


Ganhando, aos cinco anos de idade, um concurso de iniciação musical do Conservatório Brasileiro de Música, o destino profissional do carioca Tomás Improta (na foto acima, ao lado da flautista Andrea Ernest Dias) só poderia mesmo estar escrito nas linhas do pentagrama. Não apenas pela precocidade desse feito, mas também pela atmosfera densamente musical vivida, na infância e na adolescência, em companhia dos pais: ele, Eurico Nogueira França, pianista e renomado crítico de música clássica; ela, Ivy Improta, também pianista clássica, destacada intérprete da obra de Villa-Lobos. Embora ainda contasse, em sua formação, com outros nomes de prestígio no piano clássico, como Linda Bustani, Marlos Nobre e Francisco Mignone, o menino Tomás, em paralelo, ouvia fascinado a música popular que o rádio transmitia nos anos 50, o que, para ele, serviu de trampolim, como motivação, para o jazz e a bossa nova que, já rapaz, tocaria em alguns conjuntos amadores. Profissionalizando-se nos albores dos anos 70, também como colunista e articulista de música em revistas especializadas, teve apreciável trajetória como músico acompanhante de Caetano Veloso, Chico Buarque, Nara Leão, Djavan e Maria Bethania, entre outros, até voltar-se, a partir dos anos 90, para a própria lida autoral, gravando elogiados CDs, como "Certas Mulheres", em 1998; "Bartók Jazz", em 1995, de improvisos suscitados por composições do húngaro Béla Bartók; "Flauta e Piano", biscoito-fino provado, em 2004, juntamente com Andrea Ernest Dias, e o mais recente, "Dorival", três anos depois, pelo selo Rádio MEC, valorizando e realçando a musicalidade em Caymmi.
           Pai do desenvolto e criativo violonista Gabriel Improta, destaque da nova geração, Tomás é autor de livros didáticos sobre música e escreveu e produziu programas para as Rádios MEC e Roquette-Pinto. Seu despertar como arranjador veio com a chegada da maioridade, numa fase em que integrava o conjunto Mandengo, ao lado dos então igualmente jovens Tony Botelho, Raul Mascarenhas, Duduka da Fonseca e o finado Barrosinho. Há pouco, produziu o CD de estreia de um elogiado violonista e compositor carioca, radicado em BH, Jorge Bonfá, sobrinho-neto de Luiz Bonfá. Nesta quinta, 25 de fevereiro, a partir das 21h, Tomás Improta estará mais uma vez à frente da regular e bem-sucedida atração Quinta do Jazz, no TribOz (informação repassada abaixo), uma série de "jams" de que ainda participam os seguintes instrumentistas: Marcelo Padre (saxes e flauta), Rodrigo Ferreira (contrabaixo), Kleberson Caetano (bateria) e o trompetista australiano Myke Ryan, o anfitrião desse bar simpático e acolhedor, na Lapa, que vale a pena ser frequentado, um reduto, sobretudo, de bossa nova e jazz.  

TribOz - Centro Cultural Brasil-Austrália
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Rua Conde de Lages 19 - Lapa.
Estacionamento rotativo na Conde de Lages 44.
Informações e reservas: 2210-0366 / 9291-5942.

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