18.3.10

Dica do Gerdal:Perinho Santana e Carlos Uzeda só vão de Haroldo Barbosa em show-homenagem, nesta quinta, em Botafogo



 Guitarrista, compositor, arranjador e produtor, o baiano Perinho Santana, que por muitos anos teve a carreira associada à de Luiz Melodia, como músico e diretor musical, apresenta-se nesta quinta-feira, 18 de março, a partir das 20h30, em show de dois "sets" no Espaço Cultural Maurice Valansi, em Botafogo ("flyer" acima). Ex-integrante do conjunto A Cor do Som, no qual ingressou em 1984 na vaga deixada por Victor Biglione, Perinho terá ao seu lado um bom cantor, Carlos Uzeda, dentista atuante, que, em 1977, com direção musical de Aécio Flávio, gravou um CD, "Fino Trato", bastante elogiado pela crítica. Uzeda fez parte, por quatro anos, do Coral Pró-Arte e abrilhantou uma das edições do projeto Novo Canto, tendo como madrinha a cantora e compositora Joyce.
      Eles repetem a bem-vinda homenagem já prestada, no ano passado, a Haroldo Barbosa (foto acima), um carioca de Laranjeiras, como Heitor Villa-Lobos e Custódio Mesquita. Nascido em 1915 e morto em 1979, Haroldo imprimiu a marca do seu estro diversificado no rádio e na tevê, participando da equipe de criação de programas de grande audiência, como "Um Milhão de Melodias", "Noites Cariocas", "Faça Humor, Não Faça a Guerra" e "A Cidade Se Diverte", e na música popular em sambas ora chistosos (como "Palhaçada", "Vedete Certinha", "Só Vou de Mulher" e "Devagar com a Louça", em parceria com Luiz Reis, e "Joãozinho Boa-Pinta" e "Não se Aprende na Escola", em parceria com Geraldo Jacques), ora românticos (como "Canção da Manhã Feliz", "Fiz o Bobão" e "Nossos Momentos", ainda com o constante Luiz Reis). Também se notabilizou por um chorrilho de versões para canções do "hit parade" internacional, como "Céu Cor-de-Rosa" ("Indian Summer"), gravada por Francisco Alves, e "Cavaleiros do Céu" ("Ryders in the Sky"), regravada por Milton Nascimento. Fissurado nas corridas em hipódromo, escreveu, como jornalista, no periódico "O Globo", uma prestigiada coluna do gênero, O Pangaré, em cujas linhas o humor era, naturalmente, servido em doses cavalares.

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