12.4.10

Dica do Gerdal: Claudette Soares nesta segunda na Sala Baden Powell - feitinha para o canto e a interpretação da bossa



"Ah, quem me dera ter agora a namorada/que fosse para mim a madrugada/de um dia que seria a minha vida/que a vida que se leva é uma parada...../que seja na medida e nada mais/feitinha pro Vinicius de Morais/que venha logo e ao chegar/vá logo me deixando descansar"
 
       Prezados amigos,
 
       F
eitinha pro sucesso, no seu metro e meio de altura sob medida para o aplauso popular, a carioca Claudette Soares (foto acima) tem na história da MPB a marca de uma presença inconfundível, com o seu canto sorridente e sensual, como que sussurrado, e a interpretação o mais das vezes amena e graciosa - como em "Barquinho Diferente", de Sérgio Augusto Sarapo, e "Psiu", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar -, mas ainda densa e vigorosa - como em "Hoje", de Taiguara, e "De Tanto Amor", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Apresentando-se, no início da carreira, na segunda metade dos anos 50, com Luiz Gonzaga, ganhou deste o cognome Princesinha do Baião, honraria artística de que logo abriria mão em favor da identificação, em cheio, com a incipiente bossa nova e aquele suingue feitinho para o aveludado da sua voz. Claudette está há muito radicada em Sampa, onde se tornou conhecida como a melhor intérprete de bossa nova de lá, cantando em várias casas noturnas, sobretudo uma, muito especial, já nos anos 60, a João Sabastião Bar, criada pelo jornalista Paulo Cotrim e inaugurada por ela e Pedrinho Mattar. Com esse saudoso e refinado pianista paulista, pôde matar saudade do Rio de Janeiro, em 1971, participando ambos do show "Fica Combinado Assim", no Teatro Princesa Isabel, ao lado do comediante Agildo Ribeiro; o mesmo teatro do Rio, aliás, em que, cinco anos antes, fizera sucesso no "pocket show" "Primeiro Tempo 5x0", produzido por Luiz Carlos Miele e Ronaldo Bôscoli (com desdobramento em raro elepê), no qual tomaram parte Taiguara e o Jongo Trio, liderado por outro pianista, Cido Bianchi (autor do belo "Noturno em São Paulo", com letra de Sérgio Lima, muito bem gravado por Dick Farney). Também aqui essa "pequena notada" revelaria, em 1969, o compositor Luiz Gonzaga Júnior, interpretando deste a balada "Mundo Novo, Vida Nova", no II Festival Universitário da Canção. 
       Tal Claudette da bossa - entre outras "bossas" - apresenta-se nesta segunda-feira, 12 de abril, às 19h 30, na Sala Baden Powell (Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360 - Copacabana), em mais uma etapa do Circuito da Bossa Nova. Nos "links" abaixo, ela, ainda mocinha, canta "Vivo Sonhando", de Tom Jobim; "Você", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli (com Dick Farney, em que a voz dela e a dele são aplicadas na imagem reproduzida de um dos elepês desse duo; por último, "Feitinha pro Poeta", a composição dos versos supradestacados, de autoria de Baden Powell e Lula Freire.
     
http://www.youtube.com/watch?v=CpkiDtv3Lxw
 
http://www.youtube.com/watch?v=ZLTzBTHXGaM

 
http://www.youtube.com/watch?gl=JP&hl=ja&v=crK2umoSweY    

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