10.7.10

Homenagem do Gerdal:Vaca Atolada recebe, neste sábado, o compositor Zé Luiz, do Império Serrano, um aniversariante do samba



"Hoje, vamos prestar nossa homenagem/a quem toda a malandragem homenageia e respeita também/aqueles que, portando uma caneta, um lápis e uma folha preta,/escreveram a sorte ou o azar de alguém...")  
 
         Prezados amigos,
 
         Carioca da colina, nascido em 1944 em Santa Teresa e lá criado até os 9 anos, quando se mudou com a família para Pilares, o cidadão José Luiz Costa Ferreira, o Zé Luiz do Império na informalidade da batucada, é um funcionário aposentado da Embratel, desde 1997, respeitado e apreciado como um compositor de vulto. Líder da velha guarda da sua escola, a verde-branco de Madureira, da qual o baterista Wilson das Neves faz parte, Zé Luiz é autor de sambas memoráveis, feitos, por exemplo, com Nelson Rufino (parceiro baiano que conheceu nos anos 70, participando do Festival Nacional de Samba), Nei Lopes (por intermédio do qual - e também de Wilson Moreira - aproximou-se da Quilombo, ajudando a fundar a sua ala de compositores), Nelson Sargento, Wanderley Monteiro e Agenor de Oliveira. Nos "links" abaixo, três dessas pérolas: 1) "Todo Menino É um Rei", dele e de Nelson Rufino, na voz do próprio Zé Luiz, que estourou em excelente gravação do campista Roberto Ribeiro; 2) o craque polivalente Nei Lopes relembra a jocosa "E Eu Não Fui Convidado", feita com Zé Luiz e bem conhecida e cantada nas boas rodas a partir do sucesso do grupo Fundo de Quintal; 3) também do Zé e do Nei, o belíssimo "Malandros Maneiros" (da introdução acima), outro sucesso da carreira de Roberto Ribeiro e aqui mostrado, por imagens do YouTube, com uma vibração bem carioca.     
         Zé Luiz aniversaria, "subido com elegância" na idade, e faz a sua comemoração "comme il fault", ou seja, em ritmo de samba - alguns, naturalmente, de sua lavra - em festa a partir das 14h no botequim Vaca Atolada, do querido amigo Cláudio Cruz (filho do saudoso pianista e compositor César Cruz, parceiro de Dora Lopes, Aracy Cortes e Moreira da Silva e autor de parte da trilha do filme "Agulha no Palheiro", de Alex Viany, lançado em 1953 e no qual interpreta um pianista), um portelense que também preside o bloco Embaixadores da Folia. O Vaca Atolada (Av. Gomes Freire, 533 - Lapa - tel.: 3476-3030) é um bar com pouco tempo de existência, mas, além das boas refeições do tipo caseiro, já comentado pela cidade por suas cativantes atrações musicais ligadas à chamada raiz, como o Samba na Fonte, roda de composições inéditas toda quinta-feira, o Terreiro de Breque, todo sábado à noite (hoje tem, a partir das 21h), e a Feijoada do Vaca, aos domingos, com o grupo feminino Negras Raízes. Aos interessados numa informação mais detalhada, o site do botequim: http://botequimvacaatolada.blogspot.com/ 
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          http://www.youtube.com/watch?v=DIpqezKkhL0

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