14.7.10

Ilustração: Marx e a Globalização

5 comentários:

TS disse...

Olá, passo rápido pra deixar uma BOA TARDE... e dizer que o tema de seu trab. acadêmico sp me despertou interesse desde que li Umberto Eco pela 1ªvez e os seguidores "comunicatas" da ECO (UFRJ)... deixei o assunto de lado por outros interesses.

Seus des. continuam bacanas, além das dicas musicais.
Gostei da "portinariana"; imagina isso num trem-bala Rio/Sampa!

Fui.

LIBERATI disse...

Querida Tinê, que bom que você passou por aqui, ainda que só para dar um olá.
Quero ver o trem bala brasileiro, vai ser o trem bala perdida?
bjs

ze disse...

O Socialismo grassa (os 17 trilhões nunca serão devolvidos) e a China Comunista é a grande vencedora - a esquerda está de parabéns e a direita quer dar golpe, golpista que é, usando a lei eleitoral. Os Trabalhadores fazem a Revolução. e os patrões esperneiam.

LIBERATI disse...

Caríssimo Ze, acho que Hobsbawn deixou claro que a Era das Revoluções (clássica) acabou. Agora a revolução é contínua, acontece nas fissuras do aparente caos, no dia a dia, na tecnologia que se renova a cada segundo no meio da miséria que dança ao som das vovuzelas. Atestam alguns estudiosos que os grandes movimentos perderam sua dinâmica para se dispersar em fragmentos: luta por direitos vários dos cidadãos-consumidores, lutas feministas, lutas contra a homofobia, luta pelos direitos dos imigrantes,luta contra o racismo, luta ecológica, luta contra exclusão (todo mundo quer ser incluído no "sistema" e no fluxo dos "bens", e curiosamente parece que não há lugar para todos). A doutrina neoliberal deixou isso claro- não há lugar para todos e os excluídos que se conformem. Ocorre, paradoxalmente, que o Sistema - reformulado - continuou ativo mas com fases de "desregulagem"para ganhos e quebras monumentais.(continua)

LIBERATI disse...

Caro Ze(continuação)
Alguns especuladores querem ganhar muito ou ganhar tudo, e o Cassino ameaça quebrar,(algumas instituições de renome e acima de qualquer suspeita no mundo financeiro quebraram) então de vez em quando, alguém dá um jeito de parar a roleta e fecha a mesa por algum tempo,emite mais moedas, bota fichas na mesa e logo volta o jogo. Há , é evidente uma grande crise do sistema que é camulflada por outras crises menores (já vista e analisada por Mézaros) - há o desemprego estrutural que começou um novo ciclo na década de 70 e que não se fechou, ou se abriu para uma nova crise dentro da crise anterior...Emprego de "carteira assinada" está sendo substituido por novas formas de exploração da mão de obra - contratos temporários, contratos se ônus para o empregador...Em síntese ( se é possível): não vejo no momento um caminho que leve a uma solução coletiva, um "revival" socialista, ou coisa parecida. A grande China, é um império e um enigma a ser decifrado por quem gosta de charadas. Politicamente ela continua um "império" no modelo tradicional- o mandarinato (é impossível governar bilhões sem um regime forte) em outros termos, e economicamente está com os pés fincados no capitalismo global e, convenhamos, não há maneira de fugir da Globalização- todos estamos dentro dela - o capitalismo se expandiu- quebrou barreiras- se agigantou como sistema único (Marx já tinha visto isso no seu livrinho "Manifesto do Partido Comunista") Talvez sua expansão total leve a um novo "coletivismo", mas completamente diferente daquele que alimentava os sonhos dos homens do século XIX. Ainda há o fantasma dos "Estados Nacionais", o revival da "etnia", e os fundamentalismos.O partidos perderem sua "representatividade" e os sindicatos sua força de mobilização- a sociedade de massas adquiriu uma nova força ideologica em produtos-ventríloquos(é assim que se escreve?) forjada na indústria cultural- uma cultura da felicidade, do amor, do indivíduo venceu, como já disse bem Edgar Morin nos anos 60 do século passado. Os bens como expressão cultural assumiram o primeiro plano nas análises da mudança. O lugar privilegiado e "nobre" da produção, da revolução dos meios de produção, foi para o brejo no fundo da fábrica virtual. A instância do consumo brilha no primeiro plano e é visto por luminares do novo pensamento (até latino americano) como um lugar para "pensar". Tudo precisa ser reformulado, para se entender "o fugaz novo mundo". O mundo vive o pânico do vizinho apesar de Fidel ter falado do despontar no horizonte da ameaça de uma guerra atômica . "El comandante" está vendo longe, mas equece que calça veste hoje um uniforme esportivo transnacional e que um tênis "de marca" é seu grande inimigo e está nos calcanhares dele. Mas ele tem razão, é preciso estabelecer uma paz segura no Oriente. Um acordo de convivência pacífica- uma política racional. O mundo está cheio de fantasmas- e como sabemos, todos os fantasmas são construídos pelo delírio da imaginação - uns com finalidades políticas bem claras, e um dos fantasmas que menos assusta hoje o cidadão comum e o
"sistema" é o socialismo. Em certos aspectos creio que voltamos a algumas práticas da idade média. O ser humano brinca com as previsões.Por fim, as noções de direita e esquerda precisam ser redefinidas também, assim como as de "povo", "público", "progresso", "nacional", e esse caráter líquido da modernidade que antes era gasoso e se desmanchava no ar, agora, parece que se dilui... Desculpe, não gostaria de discutir política nesse espaço, porque como vemos há uma imensa "indeterminação"...por isso desculpe a geléia geral, mas é isso aí...
grande abraço