19.8.10

Gerdal indica: Geraldo Azevedo é grande atração desta quinta, na Lapa, com Thaís Villela, em show "sambacana" de Micheline Cardoso


No início dos anos 70, ainda adolescente, tive a satisfação de ver adentrar o apartamento em que eu morava com a família, no Bairro de Fátima, dois músicos cabeludos, talentosos, cada qual com o seu violão, que, pouco depois, ao longo da noite e até o início da madrugada, encheriam a sala de música bonita e inédita, deles próprios, com vistas a um elepê conjunto que queriam gravar - aliás, de fato, gravado pela Copacabana, em 1972, sem, no entanto, a divulgação adequada. Desconhecidos, então, do grande público, eram Geraldo Azevedo e Alceu Valença - pernambucanos de Petrolina e São Bento do Una, respectivamente -, que chegavam com o amigo Marco Versiani (publicitário e letrista, parceiro, entre outros, de Dom Salvador, Maurício Einhorn, Lisa Ono e do falecido Helvius Vilela), e me lembro que, até o referido registro em disco, composições como "Talismã" e "Novena" não me saíam da mente, tal o encantamento com que eu as ouvira, com o meu pai, Geraldo José, também presente e atento. Anos depois, em 1974, meu pai, na sua atividade de sonoplasta, trabalhando em filme de Sérgio Ricardo, "A Noite do Espantalho", reencontraria Alceu, protagonista, e Geraldo Azevedo, também no elenco. A partir daí, para minha satisfação ampliada, a trajetória de ambos torna-se bem conhecida por quem curte a nossa música popular, graças ao sucesso que já obtiveram com sucessivos discos e shows, até mesmo no exterior, e, fundamentalmente, canções, como "Anunciação", de Alceu, e "Dia Branco", de Geraldo e Renato Rocha, cada um, agora, seguindo a sua estrela-guia. 
       
Lembrei-me desse episódio familiar para afirmar a minha admiração pelo trabalho desses artistas e, particularmente, recomendar a participação especialíssima de Geraldo Azevedo, nesta quinta-feira, 19 de agosto, no Espaço Imaginário (Av. Gomes Freire, 453/457 - Lapa - "flyer" acima), às 20h, no show que Micheline Cardoso, revelação do "samba plugado" - isto é, conectado com o bom gosto -, vem fazendo, regularmente, nesse endereço. Também presente ao show, como convidada, outra cantora, da nova geração do samba mais ligada na tradição, a morena Thaís Villela, filha do experiente locutor Arildes Cardoso.
       
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Nos "links" abaixo, 1) ainda bem moço "pra tanta alegria", no programa de Hebe Camargo, Fagner mostra "Dona da Minha Cabeça", de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo; 2) numa colagem de imagens, a voz de Geraldo Azevedo em "Moça Bonita", parceria com José Carlos Capinam; 3) Thaís Villela, no bar do Hotel Sofitel, "levando" trechos de vários sambas; 4) numa interpretação em clipe, a voz de Micheline Cardoso conduz a bom paradeiro o "Samba sem Destino", dela e do tecladista e arranjador Luiz Antonio Gomes, do conjunto Banana-mix; 5) Geraldo Azevedo e Micheline Cardoso cantam "Caravana", de Geraldo Azevedo e Alceu Valença (uma daquelas que pude ouvir, em casa, antes do elepê de 1972)  e "Táxi Lunar", de Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Zé Ramalho.   
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http://www.youtube.com/watch?v=rgjttAHn0y0&feature=related
           
         

http://www.youtube.com/watch?v=f2KKwQm16DE&feature=related
 
         

http://www.youtube.com/watch?v=GePFRAGrf80&NR=1
 
         

http://www.youtube.com/watch?v=HUe4aVOjnmI 
 
         

http://www.youtube.com/watch?v=1TS8AoBSB-8&feature=related

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