4.9.10

Gerdal indica: Claudio Roditi e Roberto Sion em raro encontro, neste sábado, no Lapinha - "all that jazz" por sopro brasileiro de ar internacional



Especialmente para os jazzófilos residentes no Rio de Janeiro ou que estão aqui a passeio, um grande e raro encontro está marcado para este sábado, 4 de setembro, no Lapinha (Av. Mem de Sá, 82 - sobrado - Lapa - tel.: 2507-3435), a partir das 22h30, entre o carioca Claudio Roditi e o santista Roberto Sion (fotos acima). Um deslumbramento instrumental a soprar excelência na emissão de cada nota, pois ambos são internacionalmente conhecidos e admirados. Integrando nos anos 60 o conjunto de Ed Lincoln, Claudio Roditi está há 40 anos radicado nos EUA, aonde se dirigiu inicialmente para estudar na Berklee School of Music, em Boston, até consolidar carreira de prestígio, caindo nas graças de medalhões do jazz, como Dizzy Gillespie - em 1992, um ano antes da morte deste, Roditi foi um dos sete trompetistas de renome mundial a gravar, no Blue Note, um CD em homenagem a ele, "To Dizzy with Love" - e Paquito D`Rivera, saxofonista e clarinetista cubano com quem tocou amiúde nos albores dos anos 80. Há quatro anos, por iniciativa de um produtor suíço, Jacques Muyal, que veraneava na antiga capital federal e já o conhecia, teve um dos ensaios que aqui fazia com os colegas do Rio Quinteto - o baterista Pascoal Meirelles, o baixista Sérgio Barroso, o saxofonista Idriss Boudrioua e o pianista Dario Galante - transformado em CD ora lançado pela Biscoito Fino, de título "Impressions", certamente um "giant step" na discografia inspirado pelo gênio de John Coltrane.     
        Roberto Sion, por seu turno, com 14 anos de idade fazia, ao saxofone, o seu primeiro concerto e já se apresentava na Rádio Cacique, na cidade natal, tocando com o violonista Antonio Rago e seu famoso regional. Formou-se, 11 anos depois, em Psicologia pela Unicamp, mas, percebendo em si a música como um clamor indeclinável, também foi para a Berklee, incentivado por outro virtuose, o amigo pianista Nelson Ayres (com quem, aliás, divide um belíssimo elepê gravado em 1983 pelo Estúdio Eldorado, com primorosa regravação do clássico "Conversa de Botequim"), onde estuda arranjo e improvisação e tem contato com grandes mestres, como Lee Konitz, Damiano Cozzella e Joseph Viola. Saxofonista, flautista, clarinetista, compositor, professor e arranjador, Roberto Sion vem desenvolvendo, há mais de dez anos, um trabalho apreciável como coordenador pedagógico da área de música popular da Universidade Livre de Música, na capital paulista, onde mora, além de maestro da Orquestra Tom Jobim, formada por jovens cujas idades vão dos 14 aos 20 anos, a qual se revelou ao público pela primeira vez, em 2001, no Festival de Campos do Jordão, acompanhando a cantora Elza Soares.  
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Pós-escrito: nos "links" abaixo, 1) jazz moderno com Claudio Roditi e o laureado colega cubano Arturo Sandoval; 2) Roberto Sion, ao sax, com a orquestra Tom Jobim; 3) Roberto Sion, novamente ao sax, e Hélio Delmiro tocam o "standard" "A Night in Tunisia" (mais Sidiel Vieira, ao contrabaixo, e Victor Cabral, à bateria); 4) em imagens originalmente feitas em VHS, Roberto Sion e os demais integrantes do referencial Pau-Brasil - entre eles, Nelson Ayres, ao piano, e Paulo Belinatti, à guitarra - tocam "Caminho de Casa", linda composição de Nelson.  
 
 
       http://www.youtube.com/watch?v=d2R6qcZXvIo&feature=related      
 
       http://www.youtube.com/watch?v=S5bpV4t1VU0
 
       http://www.youtube.com/watch?v=ln53Ny4F9es&feature=related
 
       http://www.youtube.com/watch?v=NWYph_pFqqg

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