5.1.11

Ricardo Silveira, em trio, nesta quarta, no Lapinha, mostra sua expressão "jazzy" de um jeito brasileiro de tocar


O carioca Ricardo Silveira (foto acima), com suas bem sonantes cordas de projeção internacional, é o cartaz luminoso desta quarta-feira, 5 de janeiro, às 21h30, no Lapinha (Av. Mem de Sá, 82 - sobrado - Lapa - tel.: 2507-3435). Vidrado em violão e guitarra desde a adolescência, estudou na Berklee College of Music, após constatar que, embora aprovado no vestibular para a Escola Nacional de Música, não encontraria, então, nem nela nem em outras universidades do Rio a cadeira com os instrumentos escolhidos para futura atuação profissional. Um curso inicialmente de verão, na prestigiada instituição de Boston, teve continuidade prolongada graças a uma bolsa que conseguiu com o auxílio da violonista, compositora e maestrina Célia Vaz, lá havia mais tempo do que ele na ocasião, o que lhe possibilitou ampliar a sua ambiência musical e, mais adiante, já residindo em Nova York, integrar o conjunto do flautista norte-americano Herbie Mann, além de realizar diversos trabalhos em estúdio com outros nomes de destaque no panorama do jazz mundial, como o saxofonista Michael Brecker e o baterista Steve Gadd.   
      Quatro anos nos EUA até que bateu aquela saudade do Brasil, logo percorrido, na volta, em turnê de Elis Regina para divulgar o elepê "Essa Mulher". Convidado , em 1985, para abrilhantar o I Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, Ricardo chamou os amigos Nico Assunção (baixo), Luiz Avellar (piano), Carlos Bala (bateria) e Steve Slagle (saxofonista norte-americano), com os quais formou o High Life, que "arrebentou" na mostra e, em decorrência, lançou um disco, no ano seguinte, pelo selo Elektra Musicians. Se qualquer CD de Ricardo, mormente para o jazzófilo, é "bom de tocar", porque "bom de ouvir", "bom de ver" foi, de 2006 a 2009, a série de programas que apresentou no Canal Brasil, "Estúdio 66", em que recebeu colegas de alto quilate, em cuja companhia exercitou-se, muito à vontade, nos improvisos pelos quais suas cordas também são reconhecidas e apreciadas. Saiu de cena no comando da atração, que prosseguiu, na grade dessa emissora a cabo, com um "sub" do melhor jaez: o niteroiense Marcos Nimrichter, pianista e acordeonista. Outro "bom de acompanhar".
      Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
      Um abraço,
 
      Gerdal
 
Pós-escrito: no show desta noite no Lapinha, com participação especial do trompetista Jessé Sadoc, dois outros conceituados músicos tocam em trio com Ricardo Silveira: o contrabaixista Rômulo Gomes e o baterista André Tandeta. Eles podem ser vistos no primeiro e no terceiro "links" seguintes, em "Bom de Tocar" e "Choro Bacana". No segundo "link", sobre imagem fixa do mar, uma gravação de "Tango Carioca", de bela feitura e também do Ricardo.       
 
 
      http://www.youtube.com/watch?v=XLI48LwQWVw
 
      http://www.youtube.com/watch?v=_eZfL6he9zY&feature=related
 
       http://www.youtube.com/watch?v=9Jnw2lCCNLU&feature=related    

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