28.6.11
LascaMão faz show de lançamento de CD, nesta terça, no Rival: tambores do mundo a rufar em convergência afro-brasileira
Prezados amigos,
Repasso abaixo, com "flyer"(acima), pra dar uma ideia do LascaMão, parte de texto escrito pela jornalista Monica Ramalho sobre o lançamento, nesta terça, 28 de junho, às 19h30, no Rival, do primeiro CD dessa formação inovadora em matéria percussiva. Som da pesada, "pancadão responsa" - pelo alto nível dos seus integrantes, a começar pelos internacionalmente tarimbados Robertinho Silva e Carlos Negreiros - e antenado, na sua variedade de timbres e instrumentos, com um fundamento de linguagem afro-brasileiro - "link", abaixo, ilustrativo..
http://www.youtube.com/watch?v=ACyKhNC1qkE (LascaMão)
LASCAMÃO ESTREIA EM DISCO
Show de lançamento será neste 28 de junho, no Rival, com convidados surpresa
O nome já fornece uma boa pista do som que eles fazem. LascaMão é uma orquestra de percussão que coloca para conversar os tambores do mundo – atabaques, congas, repiques, tamborins, xequerês, tama, alfaias, pandeiros, cuíca, baterias e efeitos, como apitos, sementes e chocalhos. O resultado? Uma música brasileiríssima produzida por oito músicos extraordinários: Robertinho Silva, Orlando Costa, Guto Goffi, Marcos Esguleba, Carlos Negreiros, Pedro Lima, Mario Broder e Analimar. Cada integrante traz uma vertente musical, do rock ao samba carioca, do funk a outras batidas universais.
O primeiro disco do octeto, “LascaMão”, finalizado graças ao prêmio de apoio à gravação de música popular da Funarte, será lançado neste 28 de junho, no Teatro Rival Petrobras, com participações especiais surpresa. No roteiro, “Baruerê” e “Agogôs” (de Orlando), “Rufar dos tamborins” e “LascaMão na pista” (ambas do Esguleba), “Interiores” (parceria de Negreiros e Robertinho), “Caminho de Minas”, “Toque de tambor” e “LascaMão” (de Negreiros, o principal compositor da orquestra), entre outras. Todos os arranjos foram feitos no coletivo e os timbres entram em camadas, em vez do tradicional uníssono em formações percussivas.
Em tempos individualistas, essa galera entra na contramão e cria um som que só é possível coletivamente. “Nós mexemos com as células rítmicas de um jeito que ninguém fez ainda, reunindo vários percussionistas de ponta. No disco você vai ouvir uma pitada de samba comendo no centro e isso é muito brasileiro”, analisa o baiano Orlando, fundador do LascaMão e um famoso colecionador de tambores. Para Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho e dono da Maracatu Brasil, esse “é um dos discos de batucada mais legais que já foram feitos porque tem a característica de fazer música só em cima do tambor e da voz”.
Foi Esguleba quem sugeriu convocar o canto marcante de Analimar para reforçar os vocais do conjunto. A filha de Martinho da Vila e backing vocal de muitos intérpretes aceitou o convite sem pestanejar. Bamba, tirou de letra cantar sem nenhum acompanhamento harmônico. “Fui criada no meio da escola de samba com tambores. Nas rodas de jongo e macumba também só rolam tambores e percussão. Um pagode se faz com cerveja, uma lata e gente. E isso nós temos de sobra aqui”, diz, sorrindo.
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