13.11.14

Saíram do forno o DVD e o CD "Luizinho Lopes ao vivo"

Acaba de sair do forno o DVD e o CD "Luizinho Lopes ao vivo". O primeiro show de lançamento desse DVD/CD ocorreu em Juiz de Fora, no sábado passado, 08/11, no Bar da Fábrica, reduto tradicional de MPB e JAZZ na cidade. Os próximos shows de lançamento ocorrerão somente em 2015, com previsão para acontecerem primeiramente em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e por fim em São Paulo. “Olhos do Oriente”, uma das músicas que funciona como carro-chefe do DVD/CD ( que se encontra como extra no DVD), pode ser acessada no YouTube, no seguinte endereço www.youtube.com/watch?v=t1Y49fgdejY. Importante: A venda do álbum através da Internet está sendo organizada ainda. Por enquanto, essa obra pode ser encontrada na loja Planet Music (Av. Itamar Franco, 1522 – Centro – Juiz de Fora) e em algumas bancas de jornal de Juiz de Fora. Em Belo Horizonte, está à venda na AFFEMG (Associação dos Funcionários Fiscais de Minas Gerais), localizada na Rua Sergipe, 893 – Savassi. O interessado tem ainda a opção de entrar em contato com o autor através do e-mail luizinho.lopes@gmail.com Escrevendo para Luizinho Lopes. você pode se informar a respeito do custo da remessa do álbum pelos correios. Seguem algumas fotos (abaixo) da gravação: Na 1ª aparece Luizinho Lopes, cantor, violonista e compositor/ Na 2ªDaniel Drummond, Luizinho Lopes, Bré e Dudu Lima/ Na 3ª Daniel Drummond, Luizinho Lopes, Bré e Dudu Lima.
Agora, publicamos aqui, o texto precioso do jornalista e pesquisador Jorge Sanglard, que fala desse novo trabalho de Luizinho Lopes. O artigo tem por título Sopro de vida na MPB
O cantor, compositor e violonista mineiro, Luizinho Lopes, acompanhado pelo percussionista Bré, pelo guitarrista Daniel Drummond e com a participação especialíssima de um dos maiores contrabaixistas brasileiros, Dudu Lima, está lançando o álbum DVD/CD “Luizinho Lopes Ao Vivo”, onde a palavra dá o tom. Um autêntico sopro de vida na MPB. Reconhecido como um dos mais consistentes compositores mineiros, suas canções atestam o compromisso com a qualidade e a inventividade.    As letras das composições de Luizinho Lopes soam como sinopses de filmes, com início, meio e fim, não necessariamente nessa ordem, subvertendo a atmosfera da música, com suas harmonias inusitadas, fruto da busca incessante por acordes preciosos, novos desenhos sonoros, cuidadosamente esculpidos ao longo do leito do violão. E, se não bastasse isso, o compositor ainda tem como parceiros ilustres escritores mineiros contemporâneos, como o poeta e contista Iacyr Anderson Freitas e o escritor Luiz Ruffato.    A valorização da palavra, impregnada de sentidos, sutilezas e imagens poéticas é a senha para desvendar a trajetória do compositor mineiro Luizinho Lopes e mergulhar em sua obra musical.    A escolha do repertório do álbum DVD/CD partiu das músicas que o compositor considera essenciais em seu universo “...e parte do repertório saiu do que venho regularmente cantando em meus shows, e também o que ainda não foi gravado por mim ou por outros intérpretes”, afirma Luizinho Lopes. O álbum tem como introdução “Ar de Árvore”, de Bré, Daniel Drummond e Dudu Lima, seguida de “Eu nem sei”, “Dossiê”, “Ar”, “Chá” e “Anoiteceu”, todas de Luizinho Lopes. Já “A sola do palato” é uma parceria entre o compositor, Roberto Lazzarini e Iacyr Anderson Freitas. O músico mineiro também é autor das faixas “Til”, “Dinastia dos Escombros” e “O Dom de Quixote”. E a faixa “No Retrato” é outra parceria entre Luizinho Lopes e o poeta Iacyr Anderson Freitas. A canção “Não se deve duvidar de uma ilusão” é mais uma composição com letra e música do autor. Outra parceria com um escritor de peso da literatura contemporânea brasileira é a canção “Em Mim”, com o premiado romancista Luiz Ruffato. A seguir, o músico volta a assinar três canções: “Compasso dos Camelos”, “Olhos do Oriente” e a faixa que fecha o álbum “Corpo de Incêndios”.    Luizinho Lopes iniciou sua carreira musical no fim da década de 1970, como um dos líderes do grupo Vértice, que marcou presença no Som Aberto, durante o Circuito Universitário na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em 1990, lançou o seu primeiro disco, um LP, denominado “Nem tudo eu nasce é novo”. O seu segundo registro foi o CD “Sertão das Miragens”, de 2002, na companhia da cantora Marcela Lobbo. Depois surgiu o CD “Noiteceu”, lançado em 2008, com participações de grandes músicos como o genial acordeonista Toninho Ferragutti e o cantor Renato Braz, ambos de São Paulo. Ao seu trabalho, incorporaram-se ao longo dos anos importantíssimos e talentosos parceiros musicais, dentre os quais, o maestro, compositor, arranjador e pianista, Roberto Lazzarini.    O álbum foi gravado ao vivo, em maio de 2012, no Teatro do Centro Cultural Pró-Música, em Juiz de Fora, com direção geral e produção totalmente independente de Luizinho Lopes. Carlos Henrique Pereira foi o engenheiro de captação e gravação de áudio, Ricardo Itaboray foi o engenheiro de edição de áudio e mixagem, Luiz Tornaghi foi o engenheiro de masterização no estúdio Batmastersom, no Rio de Janeiro, Mauro Pianta foi o diretor de fotografia e Chris Bolt foi o editor de imagens e autor do projeto gráfico.    O DVD traz também a versão do clip da faixa “Olhos no Oriente”, com direção de Victor Zaiden e filmado na Zona da Mata Mineira, próximo às áreas rurais do santuário ecológico de Ibitipoca, retratando um rei, interpretado pelo ator Pedro Gui, diante da solidão do poder e de uma mulher, vivida pela atriz Felissa Queiróz, que instaura em seu imaginário a tirania do desejo.    Ao lançar mão de dois versos de Iacyr Anderson Freitas, o compositor constrói "A sola do palato", uma poderosa vertente musical: "Palavras como frutos proibidos / palavras com vontade de não ser de não dizer / palavras com desejo de silêncio / palavras que têm medo de pisar na língua / com a sola do palato / com a sola do palato /.../ palavra camuflada na sentença / palavra que não sabe vir à tona ou se esconder / palavra sitiada por um mote / até o instante em que o poeta vira cobra e dá o bote / com a sola do palato / com a sola do palato".    A partir do poema "No retrato", também de Iacyr, Luizinho Lopes recriou, com malícia e ironia, o ambiente familiar de preparação para uma foto: "Toda a família se espreme / no retrato ao lado do oratório / família toda espremida / comungando a breve aura do flash".    Já a parceria com Luiz Ruffato na canção "Em mim" é uma das provas da força da palavra na música mineira: "E a solidão que ora sinto / abismos abissais / não é montanha após montanha / é algo mais / céu sobre as minas / mãos sobre as minhas /.../ talvez não entenda / a lenda silenciosa em mim / não é costume após costume / é muito mais / não está em mim só / está em mim / em mim / em mim / em mim / nas gerais". Autêntico mergulho nas profundezas das coisas de Minas Gerais, a canção é uma obra-prima e um desafio aos que insistem em dizer que não há nada de novo na MPB. Há sim. E estas parcerias atestam o vigor da nova música brasileira forjada neste início de século XXI.    "Não se deve duvidar de uma ilusão", adverte o autor numa das faixas do álbum DVD/CD: "Ela é tão distante e bela quanto estrela / quando me aproximo dela ela já foi / pele de mercúrio escorre pelas mãos / ela é uma mina / de explorar o ouro da canção / tudo nela é passageiro como tem que ser pra ser paixão".    E é exatamente ao explorar o ouro de cada canção que Luizinho Lopes vai se insinuando como um farol que brilha no horizonte da boa música brasileira contemporânea.
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Um comentário:

Luizinho Lopes disse...

Obrigado, mestre Liberati!
Grande abraço!