10.7.15

Caricatura de Ezra Pound

Nem tão da boca do forno assim: Caricatura do polêmico e gigantesco poeta (e teórico) Ezra Pound (Ezra Weston Loomis Pound - 1885-1972)
Quem sou eu para falar desse cara? Se falar muita besteira, corrijo na edição depois.

Eu era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones quando conheci esse autor. Foi quando encontrei o "ABC da Literatura" numa edição antiga da Cultrix (organização e tradução de Augusto de Campos que contou com a colaboração de José Paulo Paes) Esse livro que foi publicado originalmente em inglês, em 1934, - na verdade, é uma espécie de manual de instrução. Na essência se compõe de aulas de como pensar a poesia e entender a literatura, dá uma variedade exemplos e procura estimular a reflexão crítica. Confesso que não me lembro muito bem daquela divisão que ele faz entre inventores, mestres e diluidores, bons escritores, os "Belles Lettres", os lançadores de modas…
O que posso falar da poesia dele? No mucho. Sei que é uma das figuras máximas do modernismo americano. Experimentei começar ler os seus "Cantos" (que foram publicados entre 1917/1949) e confesso que não estou preparado ainda para continuar essa leitura
Dizem que "Cantos" é uma tentativa de criar algo similar à Divina Comédia - obra gigantesca que escreveu e reescreveu até sua morte, em 1972.
Sabe-se dele, coitado - que devido à sua radicalidade, acabou se convertendo ao fascismo, principalmente de extração italiana. Durante a época sombria da História encarnada na segunda Grande Guerra, chegou a proferir discursos políticos a favor do fascismo na rádio de Mussolini, contra os aliados. Em 1945 foi preso e libertado, depois de uma campanha feita por intelectuais. Repatriado, enfrentou uma internação num Hospital psiquiátrico de Washington e um processo no qual era acusado de traição à pátria. Saiu da internação depois de 13 anos, e retornou à Itália, lá acabando seus dias.
Sua obra é variada, um conjunto enorme de ensaios, poemas e até foram publicadas suas participações na Radio Roma em 1941-1943. Escreveu um livro que tem por título "Camões" e fala da obra do nosso mais ilustre poeta lusitano. (Para escrever sobre ele usei como fonte dados da Wikepedia). O exemplar do seu livro "ABC da Literatura" também se encontra perdido no meio das camadas geológicas das minhas estantes. A caricatura que apresento já é da fase terminal de Pound.
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