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20.2.11

Moyseis Marques e Orquestra Popular Céu na Terra neste domingo no CCBB: sambas imortais no cartaz do Viva o Zé Pereira




Prezados amigos,
 
          Ontem estive no Centro Cultural Banco do Brasil para assistir a mais uma etapa do Viva o Zé Pereira, série de shows pré-carnavalescos apresentada por esta simpática e valorosa Orquestra Popular Céu na Terra (foto acima), cria do bloco Céu na Terra, o qual, desde 2001, anima a folia nos altos de Santa Teresa. A propósito, nos dois últimos "links" abaixo, podem-se ver partes complementares entre si de um documentário da TV Alerj em que alguns dos integrantes dessa trupe musical - de alegria especialmente encarnada e estampada na doce figura da cantora e artista plástica Bianca Leão - explicam o que motivou a criação do Núcleo Popular Céu na Terra e sua estreita ligação, sendo eles jovens de berço e vivência urbanos, com o nosso folclore. Nas duas etapas anteriores, Edu Krieger, na marcha-rancho e no maxixe, e João Roberto Kelly, na marchinha, foram os convidados especiais da orquestra para realçar os ritmos citados, e Moyseis Marques (foto acima) é o artista da vez a subir ao palco da área externa do CCBB para marcar presença no desenvolvimento do Viva o Zé Pereira como destacado intérprete de samba da nova geração - o samba que é o tema de agora entre aqueles contemplados pelo projeto como os mais representativos no carnaval brasileiro quanto à manifestações popular. 
          Lembro-me da primeira vez em que, há alguns anos, num domingo à noite, no Semente, vi e ouvi, pela primeira vez, Moyseis Marques, um juiz-de-forano criado no subúrbio carioca da Vila da Penha, e senti nele, com nitidez, pelo violão tocado, pela divisão rítmica e pelo jeito de cantar, o surgimento de um talento nato para a interpretação do samba, sobretudo o samba mais cadenciado e malemolente da linha de um Jorge Veiga, por exemplo. Como já escreveu o jornalista e escritor Ruy Castro, mineiro que veio jobinianamente garoto para o Rio, Moyseis é desses sambistas que não devem ser medidos pela idade cronológica, pois, "como continuadores de uma tradição, têm a idade dessa tradição". Por isso, no show de ontem reapresentado hoje, 20 de fevereiro, às 18h, com entrada franca, no CCBB, Moyseis, como convidado da Orquestra Popular Céu na Terra, esteve e estará à vontade no palco. Moço ainda, revela, cantando, como sua, com naturalidade, a própria idade do samba.  
          Um bom domingo a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
          Um abraço,
 
          Gerdal  
 
Pós-escrito: 1) nos três primeiros "links", abaixo, Moyseis Marques canta: "Violão Vadio", acompanhando-se ao pinho, música de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro; "Escurinho", do também  juiz-de-forano Geraldo Pereira; "Manias", dos irmãos Celso e Flávio Cavalcanti;
                       2) no próximo fim de semana, também ao ar livre e com entrada franca, fechando o Viva o Zé Pereira, no CCBB, a Orquestra Popular Céu na Terra terá como convidada, cantando frevo e maracatu, a cantora e compositora pernambucana Adryana BB, moça talentosa e de forte presença de palco.   
         
 
            http://www.youtube.com/watch?v=o26dq6k5m10 ("Violão Vadio")
 
            http://www.youtube.com/watch?v=rVULqPI6oOU&feature=related ("Escurinho")
 
             http://www.youtube.com/watch?v=zaj-B0Jpxg4 ("Manias")
 
             http://www.youtube.com/watch?v=7jkxjCSUBTU&feature=related (Céu na Terra - parte 1)
 
              http://www.youtube.com/watch?v=KWyXlvUObiE&feature=related (Céu na Terra - parte 2) 

12.2.11

Orquestra Popular Céu na Terra recebe João Roberto Kelly , hoje e amanhã, no CCBB: Viva o Zé Pereira no compasso da marchinha (grátis)




Prezados amigos,
 
        "Colombina, aonde vai você/eu vou dançar o ieieiê"; "Mulata bossa-nova caiu no hully gully/e só dá ela/ieieieieieiê na passarela"; "Israel, Israel/uma canção, uma lágrima/Israel.."; "Esta é a Praça Onze tão querida/do carnaval a própria vida..."; "Olha a cabeleira do Zezé/será que ele é, será que ele é"; "Paz e amor, paz e amor/guerra não, senhor, não senhor"; "Maria sapatão, sapatão, sapatão/de dia é Maria, de noite é João"; "Saudosos carnavais de antigamente/de tanta gente no bonde/pierrôs e colombinas dos subúrbios da Central descem para o carnaval"; "Esse menino é gay, gay, gay, gay/é bonitinho e sabe tudo o que não sei"; "Durmia pouco e andava triste/O doutor: "Que é que tem?" "Mal, mal"/me receitou twist/ai,ai,ai, então castiga nesse rebolado/que já estou gamado pelo seu twist"; "Joga a chave, meu amor/não chateia, por favor"; "Hoje lembrei Lamartine/com seu eterno tralalá/noites morenas do Rio/que estão no assobio, estão no tralalá..."; "Vem, ó minha linda mascarada/que uma noite não é nada"; "Ele vai ao Copa de Antonietta/vai de pirata ao Bola Preta/Tira a peruca/bota a peruca/tira a barbicha/bota a barbicha/fala fino, fala grosso/não dá pra entender o moço"; "Gatinha, que dança é essa que o corpo fica todo mole(bis)/é uma dança nova, que bole, bole, que bole, bole..."; "Bota a camisinha, bota, meu amor/hoje tá chovendo, não vai fazer calor..."
        Compositor de domínio público por sua marchinha campeã em tantos carnavais, o pianista João Roberto Kelly (foto acima) é o convidado especial da rapaziada da Orquestra Popular Céu na Terra (foto acima), neste sábado e neste domingo, 12 e 13 de fevereiro, para o segundo espetáculo temático da série Viva o Zé Pereira, no pátio externo do CCBB, com entrada franca. Dedicados à marchinha carnavalesca, também lembrando outros grandes compositores do ramo, esses shows terão início, nos dois dias, às 18h. Criado em uma família de advogados (o pai, Celso Kelly, também jornalista e professor; o tio, Prado Kelly, renomado jurista, e ainda o irmão, Fernando Kelly, procurador de Justiça prematuramente falecido), João Roberto Kelly, embora formado em Direito - na antiga faculdade da Rua do Catete, onde foi colega de turma de outro famoso compositor, Geraldo Vandré -, não quis saber da toga, pois, já nessa época, musicando peças no extinto Teatro Jardel, em Copacabana, a convite do produtor Geisa Bôscoli, fazia, ainda muito moço, pelo seu talento, uma defesa informal, em mangas de camisa, da boa MPB, com ganho de causa para a cultura nacional. Na MPB, sua contribuição, mais fortemente impressa na marcha carnavalesca (como as clássicas "Cabeleira do Zezé" e "Mulata Bossa-Nova"), também passa pelo samba romântico (como "Mormaço", há pouco regravado por Alcione, e "Esmola", gravado por Elizeth Cardoso), e, entre outros ritmos, pelo samba de balanço (como "Boato", um dos primeiros sucessos nacionais de Elza Soares, em 1961, e regravado pelo jazzístico pianista argentino Lalo Schiffrin; "Zé de Conceição", bem suingado em atraente registro de Heraldo do Monte, e "Gamação" - "olhei, sorri, beijei, depois..sabadabadabadaba...gamei, gamei.." -, também sucesso de Elza Soares).
       Carioca do sereno por muitos anos, vivendo com intensidade a cena boêmia do Rio, que lhe embriagava de verve e lirismo a motivação criadora, Kelly foi ainda apresentador de programas de elevado ibope na tevê (como o "Musikelly" e o "Rio Dá Samba") e, como compositor nessa seara, fez "scores" para musicais humorísticos também de grande audiência na "telinha" dos anos 60, como "Times Square", "My Fair Show", "Praça Onze" e "Noites Cariocas". 
       Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
       Um abraço,
 
       Gerdal                                     
 
Pós-escrito: nos dois primeiros "links" abaixo, "Rancho da Praça Onze", de João Roberto Kelly e Chico Anísio, com a clássica gravação de Dalva de Oliveira no segundo - a letra da composição está permanentemente exposta no interior da Estação Praça XI do metrô; no terceiro "link", um clipe da Orquestra Popular Céu na Terra; no quarto "link", "A Dança do Bole-Bole", de João Roberto Kelly, cantada por ele e por Diogo Nogueira no programa deste, "Samba na Gamboa", na TV Brasil; no último "link", ainda no mesmo programa, três marchas de Kelly  presentes em todo carnaval: "Mulata Bossa-Nova"(em parceria com Roberto Faissal); "Colombina Ieieiê", feita com David Nasser e sucesso na gravação original de Roberto Audi, cunhado do polêmico jornalista e letrista; por último, "Maria Sapatão".  
 
     http://www.youtube.com/watch?v=0M85M-pV5Xk ("Rancho da Praça Onze")
 
        http://www.youtube.com/watch?v=tFNDqYTxeyc&NR=1 ("Rancho da Praça Onze", com Dalva de Oliveira)

        http://www.youtube.com/watch?v=F77uc8i0T4o (clipe da Céu na Terra)
 
        http://www.youtube.com/watch?v=44RU6oHXBOQ&feature=related ("A Dança do Bole-Bole")
       
         http://www.youtube.com/watch?v=ldg5QCbO9W0&NR=1 ("Mulata Bossa-Nova", "Colombina Ieieiê" e "Maria Sapatão")