29.9.07

Minha vizinha não gostou do final da novela das 8


Ah! Já ia me esquecendo,minha vizinha me procurou depois do fim da novela bairro, no caso Copabana me engana de "Paraíso Tropical".
Confessou que estava decepcionadíssima com o final da novela. Achou o desfecho barato, sem graça. Afirmou que ficou ridícula aquela coisa que fizeram com a belezura da Guilhermina Guinle em trajes de gari, que aquela representação não respeitava a nobre profissão do que antigamente se chamava de lixeiro, pois com esse tipo de enfoque, o autor queria mostrar a queda da perua deslumbrada (quer dizer da personagem) na rua da amargura e para fazer isso botou a moça num uniforme laranja a limpar o calçadão no meio da camelotagem. O sindicato do pessoal da limpeza urbana deveria dar uma bola preta pro Gigi. E aquela coisa políticamente correta de botar Bebel em CPI pra ficar moderninho , por dentro, up to date etc e tal beirou o óbvio ululante.
A velhinha estava muito chateada mesmo. Disse mais, que Gilberto Braga cedeu às pressões do velho esquema narrativo de fim de novela, todo mundo casa. Como se casamento fosse o destino de todo personagem de novela, o eterno retorno do altar. No fundo ela o achou conservador. Mas disse, por outro lado que acha o cara um dos melhores noveleiros da Globo.
Falou! Tá dado o recado, Dona... como é o seu nome mesmo?

6 comentários:

Sizenando disse...

olha, liberati, fala pra tua vizinha quela ta enganada. novela das 8 e 45 tem que ter casamento no final, faz parte, gente.
a guinle de laranja continuou um arraso - mas tua vizinha tá certa, é ridículo o final-castigo-pra-gostosa-maucaráter: sem contar que, catso, como é que ela foi virar gari.... nao sobrou um tostãozinho da herança ou eu dormi em algum pedaço, alguma cena em que dois personagens conversam explicando pra nao ter que escrever mais cenas...
e o outro, virou pai do bandidinho de repente. caramba!

Anônimo disse...

Não sei porquê, minha TV não sintoniza em NENHUMA novela: bem, me bastam as diárias-analógicas... :-))

notinha: por falar em gari, vá ver minha "dona Vivi" em meu canto; NÃO é a Woolf!

LIBERATI disse...

Juro que aquele final da novela-bairro Copacabana me engana ficou mal resolvido pra cacete. Dna. Jessy que é diarista aqui no prédio disse que não entendeu bulufas. Tá fazendo um curso de madureza para ficar antenada com o presente que é, vamos e venhamos, muito confuso mesmo!
Primeiro, vai aprender informática, pois não sabe o que é IP, pra ela Ipê era o Ipê-roxo, um remédio milgroso que antigamente (perto de 197)) resolvia de câncer a frieira nos pés.
Depois vai entrar num curso de biolgogia para aprender genética, G-A-T-A-C-A, DNA, e outras paradas para entender também a novela da Record que fala de mutantes e foi decisiva para achar finalmente o herdeiro do Antenor.
Para finalizar vai fazer um curso de Gestão para não ter indigestão quando assistir às manobras empresariais e esse negócio lucrativo de lavagem de dinheiro. Para ela só existia lavagem de roupa suja, que por sinal se lava em casa mesmo.
Agora, falando sério, na cena final Antenor ficou sabendo por Jader (perto da morte) que o bastardinho-bandidinho de olhos azuis era filho dele. Antenor andou praticando mergulho e sexo profundo na copeira dele em Paraty e a mulher ficou grávida e por uma jogada de Marion, ela pegou o bebê que ia ser dado para adoção para dar um golpe num diretor do Grupo Cavalcanti, um careca grisalho de óculos que estava no staff de bandidos engravatados do tal empreendimento. Esse sujeito pensou ter engravidado Marion e esse menino seria o resultado do affair deles. Essa Marion era do barulho! Pois bem, Marion não sabia que o filho era do Antenor com a copeira, criou o moleque da pior maneira possível dizendo que era filho do motorista etc e tal, mas o pai do Olavo (filho legítimo de Marion) sabia do segredo e contou para o filho (Olavo) antes de morrer. Olavo ambicioso e sabedor da trambicagem arquitetou um plano diabólico para matar o irmão, a mãe e o Antenor para ficar com a grana dele, pois o pobre do bandidinho-bastardinho-Ivan-de- olhos azuis tinha feito um testamento deixando tudo que ele não tinha para o Olavo (por conta do Taxi que tinha passado nos cobres). Ah! A tempo. Dona Jessy, a diarista, vai fazer Direito na área de Vara de Família , para entender esse treco de herança, documentos que dão direito à grana, união estável de casais etc... etc...

LIBERATI disse...

Caro Sizendo, como não sei mexer nesse treco de voltar ao comentário, quero dizer que o comentário abaixo, falando de Dona Jessy, foi para responder a tua "cochilada" no final da novela. Não foi cochilada não, foi na verdade um rolo pra conferir. Novela está cada vez mais ficando complicada. Saudades de "O direito de nascer".
Um abraço

LIBERATI disse...

Querida Tinê, você não perde nada. Novela é bacana pra passar tempo, só isso. Minha vizinha que é Chavista e pela Revolução Bolivariana acha que devemos tomar o poder , mas nada de retirar a concessão da Rede Globo senão a gente fica sem novela, o mundo não será mais o mesmo sem as novelas da Globo. Concordo com ela e uma amiga de Sampa, socióloga das boas que acha que a Globo deveria ser estatizada e só produzir novelas.
Essas radicais!
Bjs, o canto tá chegando!

Sizenando disse...

CARAMBA!!!