Na Rua Barão de Itapetininga
O meu coração não sabe de si,
Não se vê moça que não seja linda,
Minha namorada não passeia aqui.
Na Rua Barão de Itapetininga
Minha aspiração não agüenta mais,
A tarde caindo, a vida foi longa,
Mas a esperança já está no cais
Na Rua Barão de Itapetininga
Minha devoção quebra duma vez,
Porque a mulher que eu amo está longe,
É...a princesa do império chinês.
Na Rua Barão de Itapetininga
Noite de São João qualquer mês terá,
Em mil labaredas de fogo e sangue
Bandeira ardente tremulará
Na Rua Barão de Itapetininga
Minha namorada vem passear.
(Trecho de Lira Paulistana de Mário de Andrade em Poesias Completas- Círculo do Livro por cortesia da Livraria Martins Editora)
Nota da Redação: Viva São Paulo! Feliz aniversário garoa arlequinal!
25.1.08
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4 comentários:
ou aquela, mais manjada, "São Paulo, comoção da minha vida"
Você viu que a obra dele está sendo toda reeditada? O primeiro volume que saiu é Macunaíma. Diz que todo revisto, segundo anotações do próprio Mário, realizado pelo IEB com coordenação da Telê Ancona, maior mario/adranidista viva.
Querida Rosa, que maravilha essa coisa de reeditar a obra inteira do Mário de Andrade e ainda mais por cima com seguindo anotações dele e com a coordenação de uma Marioandradista arlequinal!
Bjs na famiglia
Esta é uma notícia boa; mas até hoje não me conformo dele ter falecido sem concluir o Banquete... saiu antes de servirem a sobremesa, que pena!
Eu pensei que o 'arquétipo' Macunaíma
fosse genuinam/t brasileiro, não é.
Querida Tinê, o arquétipo de Macunaíma, segundo minha vizinha chavista é Venezuelano e Bolivarista!
bjs
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