Estudante de psicologia preso pela ditadura militar por sua atuação "subversiva" e, em 1969, exilado, com outros presos políticos, em troca da libertação do embaixador americano Charles Elbrick, o cantor, compositor e violonista Ricardo Vilas, carioca criado em Ipanema, já havia inscrito o seu nome, em 1967, num daqueles memoráveis festivais da TV Record. Componente do Momento Quatro, ainda atendendo por Ricardo Sá, juntamente com os futuros "bocas-livres" David Tygel e Maurício Maestro (na ocasião, ainda Maurício Mendonça), além do recém-falecido Zé Rodrix, pôde participar, nesse conjunto vocal acompanhante, da vitória de Edu Lobo e Marília Medalha com o agalopado "Ponteio", em que Edu contou com a irresistível letra do médico poeta José Carlos Capinam. Fora do Brasil, Ricardo Vilas formou, ao longo da década de 70, com sua então mulher, Teca Calazans, capixaba criada em Recife, uma dupla de sucesso - Teca e Ricardo - na França, país onde fixaram residência e percorreram várias cidades fazendo shows e gravando discos. Divulgavam a nossa diversidade rítmica - dela, aliás, tornando-se referência entre os franceses -, um traço igualmente marcante na lida que Ricardo mais tarde, de volta ao Rio de Janeiro, após trilhas para programas de tevê, exerceria individualmente, também com a reconhecida competência autoral nos seus CDs. Nesta sexta e neste sábado, 5 e 6 de junho, às 19h, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, ele faz shows retrospectivos do seu tempo de carreira, motivado pelo lançamento do CD e do DVD intitulados "40 Anos de MPB" ("flyer" acima, também relativo a outros momentos musicais da semana no CMRMC).
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
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