21.3.10

Twittando e cantando e seguindo a canção


(Recebi o e-mail abaixo do meu querido amigo, o jornalista Sergio Fleury. Seu texto é saborosíssimo e me fez cair na gargalhada. Humor de primeira! - É para ler, se divertir e aprender alguma coisa sobre o que é essa coisa chamada tuíter).
CAROS AMIGOS ! e/ou
A QUEM INTERESSAR POSSA!
 
Este escriba que ora vos escreve nesta manhã dominical, tem um bom motivo para se comunicar por estes mal traçados caracteres. De formação analógica, como a maioria de vocês, mas um correto aprendiz digital, entrei nesta madrugada adentro me habilitando no twitter. Sim, decidi ser twitteiro, por um motivo: as mensagens não podem ultrapassar os 140 toques. O chamado curto&grosso, técnica bem sedimentada em anos como jornalista.
 
Resisti bravamente ao orkut, ao facebook, mas resolvi "chilrear, pipiar, pipilar", apesar de achar esses verbos com duplo sentido duvidoso. Na primeira iniciativa, o primeiro problema: existem u'a americana SFleury e um campeão de hóquei sobre o gelo, Fleury.
 
Saí pela tangente com um FLEURYtter que, embora trocadilhoso, serve de marca. Agora uma breve biografia: "escriba terráqueo, formação analógica, aprendiz digital, twitter neófito: Evoé". Pronto, virei um twitter!
 
Nunca fui um escrevinhador de cartas, mas até que tenho me relacionado bem via e-mail com meus caros amigos. Mas, e agora, como tuitar? Com quem tuitar?
 
Bem, passei a madrugada tentando cooptar seguidores, mas o que consegui, até nesta manhã, foi seguir 13 twitters, ou melhor, seguintes. Por enquanto, zero followers e zero listados.  E mais: não consegui enviar mensagens nem para os 13 que sigo! Até agora me rejeitaram!
 
Sinto-me como se tivesse fundado a Igreja Universal do Reino Digital e não tivesse aparecido nem um ímpio fiel. Ou se estivesse sentado à mesa com 12 lugares vazios, sem nenhum conviva para me chamar de Messias e, com quem, poderia dividir meu pão e vinho. Ou pior, ter parado uma carrocinha de cachorro-quente em frente ao Maracanã em dia de Fla x Flu e os torcedores me ignorassem. Em massa.
 
Enfim, sinto-me numa gaiola digital "chilreando, pipiando, pipilando", sozinho. Não tenho ainda followers. Daí este meu e-mail que, a esta altura da vida "muderna" mais parece uma carta simples fechada com "goma arábica" ou com uma leve lambida na borda da  aba gomada, com a mensagem dentro: cheguei bem! Algo jurássico, confesso!
 
Antes que pense que procuro recordes de followers ou vire celebridade internética, quero apenas que os caros amigos-colegas-conhecidos-de-sempre já ligados saibam que agora eu também sou o FLEURYtter e que estou disponível como um funcionário/a do Bob's (próximo...caixa disponiiivel) para a troca de figurinhas a 140 CA/m (caracteres/minuto).
 
Abração, lets' twitter, again, Sergio Fleury
ou melhor: http://twitter.com/FLEURYtter
Em tempo:
O personagem do MAD é meu avatar (eu, heim!).
Diante deste mundo inviável, afinal, What, me worry?

2 comentários:

TS disse...

Eu chamo o Twitter de "blog corn flakes".
Estou resistindo.
Lá só faltam dizer "estou na privada, estou no meio do engarrafamento, estou preso no elevador, estou no banho de sais, estou na fila do banco, estou de larica, minha mulher teve outra contração e a próxima será dentro de 20min, aguardem, etc" - pra quem isso interessa? Tem que tornar a rotina pessoal em pública? Sem falar na neurose por seguidores! Tsc,tsc,tsc.
É prático pra pais e mães em contato c/ os filhotes em trânsito.

Pra mim, não dá nem pros títulos: meus gorgeios são dodecafônicos.

LIBERATI disse...

Acho a invenção diabólica. Estar conectado o tempo todo. Talvez para um jornalista que acompanha o mundo em tempo integral- isso seja uma coisa boa. Para alguma coisa deve servir.
bjs