7.5.10

Dica do Gerdal: Anselmo Mazzoni toca em trio nesta sexta na Lagoa - útil paisagem para os dedos noturnos de um pianista social


Finalista com seu belo "Troglodita 171", entre concorrentes de peso, no Chorando no Rio (um memorável festival de choro realizado na Sala Cecília Meireles em 2002, coordenado por Adonis Karan e apresentado por Ricardo Cravo Albin), o pianista, compositor e maestro Anselmo Mazzoni (foto acima e "link" abaixo) é uma figura bastante conhecida da noite carioca, vivendo com intensidade, em décadas pregressas, o clima boêmio dos pianos-bares no Rio, como o Chiko`s Bar, onde marcou forte presença. Em 1971, teve um ainda aspirante ao estrelato Emílio Santiago como "crooner" de seu conjunto de baile e, em 1997, animou, no Rio Palace Hotel, em Copacabana, concorrido e elegante coquetel em intenção dos 90 anos de Braguinha, tocando clássicos desse compositor da chamada era de ouro da MPB. Aliás, essa é uma circunstância que, reiterada em sua agenda de trabalho, sugere a vocação social de seu piano, um portador costumeiro de "happy hours" com boa música levada a ambientes distintos, como jantares dançantes, reuniões de aposentados, desfiles de moda etc. Um músico experiente, versátil e de fôlego qualitativo que também deu à tevê apreciável contribuição, como pianista e arranjador de um programa de grande audiência na extinta Tupi - "A Grande Chance", sob o comando do controvertido Flávio Cavalcanti - e, mais adiante nos anos e na carreira, por largo período, na TV Educativa do Rio de Janeiro, hoje TV Brasil, acompanhando numerosos artistas numa grade de atrações então bastante voltada para a difusão do melhor da MPB, da qual fizeram parte os programas "Lira do Povo" e "Água Viva", produzidos e apresentados por Hermínio Bello de Carvalho.
      Dando expansão natural a essa vocação social e até mesmo romântica de seu piano, (re)aproximando corações e mentes, repasso do amigo Anselmo o seguinte recado: ele toca nesta sexta, 7 de maio, a partir das 21h, no Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas, bem acompanhado por Miro Ribeiro, ao contrabaixo, e por Moacyr Neves, à bateria. Dele recomendo o DVD "A Bossa de Anselmo Mazzoni", com participação especial de Luís Carlos Mièle, Zeca do Trombone, Tinho Martins e Marcos Szpilman, fruto de outras tantas "happy hours" ao piano da Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, abertas a canjas de artistas e até de "mortais comuns", o que, curiosamente, naquele ambiente, propiciou a um outro amigo, "nordestino carioca", Chico Salles, o descobrimento em si mesmo de um bom cantor de forró, já que nele o ótimo compositor do gênero - e de sambas de embalo para blocos no carnaval - estava feito. 
 
       http://www.youtube.com/watch?v=4WND0aFCCT0

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