30.7.11

"Gacto"


Acrílico e pastel oleoso sobre papel Canson.
(Clique na imagem para ampliar e ver melhor)

Sueli Costa, neste sábado, em show informal em Paquetá: a canção delicada servida em louça fina




"Falar de mim/falar de Minas/falar de estranho, ausente mar/onde navega a minha sina/desde menina, pirata do ar..../mares da Índia, mares da China/são tantos mares a saquear/mares de Espanha/mares de Minas/as fantasias do navegar..."     

            Prezados amigos,

            Provando uma feijoada, em 1971, em meio a outros artistas, na casa do compositor Gutemberg Guarabyra - já vitorioso com a sua Margarida no FIC de 1967 -, Sueli Costa (foto acima) decidiu morar no Rio de Janeiro para viver da música. Uma decisão tomada não pelo sabor do acepipe, certamente bom, mas pelo forte estímulo que recebeu do anfitrião baiano para que ela aqui domiciliasse o seu talento.Vinda de uma família de Costas "quentes" no ramo - a mãe professora de piano e canto coral e os irmãos, Lisieux, Telma, Afrânio e Élcio, dedicados ao canto ou a algum instrumento -, essa tijucana, que, ainda um bebê, foi para Juiz de Fora (Rua Porto Seguro, bairro Benfica), seria destaque, na cidade, por sua canção delicada e anímica, bem situada com um quarto lugar em festival de MPB lá realizado em 1968. A mudança de ares sugerida por Guarabyra foi, natural e jobinianamente, para Sueli - que já largara, no último ano de faculdade, a formação em Direito -, a "consequência inevitável" da expansão profissional da sua vocação e da vida de artista que, naquele berço político do recém-falecido Itamar Franco, mineiramente - também pela discrição de Sueli -, se ensaiava.
            Já de vez no Rio, a louça fina do seu repertório logo encontraria intérpretes afamados, como Elis Regina, em 1972, lançando "Vinte Anos Blue". Curiosamente, por causa do jeito reservado de Sueli, também professora de música da rede pública de ensino, houve quem, ante a sua sequência de sucessos, pensasse que ela não existia de fato, talvez um pseudônimo, pois muito pouco aparecia na mídia em carne e osso. Só para um show histórico, com direção de Fauzi Arap - "Cena Muda", com Maria Bethania, em 1974 -, ela contribuiu com nove canções no roteiro (também no elepê gravado ao vivo) e, devido a outro estímulo forte, agora da mana de Caetano, Sueli, no ano seguinte, partiria para o seu primeiro elepê solo. Apesar de reduzidos em número, outros viriam, marcantes, confirmando a grandeza de uma obra tecida ora por fio próprio, ora com o alinhavo poético de parceiros de peso, como Cacaso, Tite de Lemos, Abel Silva, Paulo César Pinheiro, Vítor Martins e José Carlos Capinam, este o dos versos de "Mar de Espanha", supradestacados.
           Em rara apresentação de sua música por si mesma, Sueli Costa canta e toca neste sábado, 30 de julho, às 17h, na Casa de Artes de Paquetá ("flyer" acima). Aos interessados que não acordam cedo, há barcaças para a ilha, saindo naturalmente da Praça XV, às 10h30 e às 13h30.
           Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

           Um abraço,

           Gerdal

Pós-escrito: nos "links" seguintes, 1) "Canção Brasileira", de Sueli Costa e Abel Silva, com Carmen Queiroz; 2) "Dentro de Mim Mora um Anjo", de Sueli Costa e Cacaso, com a viúva deste, a baiana Rosa Emília, hoje radicada na Itália; 3) "O Primeiro Jornal", de Sueli Costa e Abel Silva, com Fernanda Cunha, filha da falecida Telma Costa e sobrinha de Sueli; 4) dentista que, em ótima hora, abraçou o canto popular no palco, Sandra Duailibe mostra "Cão sem Dono", de Sueli Costa e Paulo César Pinheiro; 5) Elis Regina, em preto e branco, cantando seu insuperável "Vinte Anos Blue", de Sueli Costa e Vítor Martins; 6) fala e canto de Sueli Costa, que se acompanha ao teclado em "Altos e Baixos", dela e de Aldir Blanc.             

            http://www.youtube.com/watch?v=bhqW-cBWLuw ("Canção Brasileira") 

             http://www.youtube.com/watch?v=q4_6zJBmTrs ("Dentro de Mim Mora um Anjo")

             http://www.youtube.com/watch?v=cbAxHyCgh5s ("O Primeiro Jornal")

             http://www.youtube.com/watch?v=5k8d5lVWWeE&NR=1 ("Cão sem Dono")

             http://www.youtube.com/watch?v=cJTiRh3sNS4 ("Vinte Anos Blue")

             http://www.youtube.com/watch?v=Cs4aeZ7GgW8&feature=related ("Altos e Baixos")

28.7.11

Daltony Nóbrega: saudação a um talento multiuso pela vida que nele se renova


 
Prezados amigos,
 
       Por longo tempo, tive a satisfação de trocar e-mails regulares e bastante informativos com o talentoso Daltony Nóbrega, parceiro de Carlos Lyra no curioso "Choro de Breque". Filho do poeta e historiador Dormevilly Nóbrega e nascido em Juiz de Fora, Daltony lá palmilhou o trecho inicial da carreira, como integrante do Grupo Mineiro (de que tomavam parte, entre outros, o mais tarde conhecido humorista Octavio Cesar, como cantor, e os jornalistas Maurício Dias e Antônio Chrisóstomo, como letristas), fazendo ainda boa e premiada figura em festivais locais. Dessa fase, vem a sua "GB Ur-Gente", em parceria com Maurício Dias, gravada por Eliana Pittman no Rio, para onde o referido conjunto viria de mala e cuia, participando, por um ano, no início da década de 70, de um espetáculo de grande sucesso de público e crítica: "É a Maior", protagonizado pela cantora Marlene. Desligando-se do conjunto, lançou-se em carreira solo, sendo gravado por vários intérpretes nessa década, como Célia ("Em Família"), Roberto Ribeiro ("Se Você Não Vê" e "É Tão Tarde") - com pseudônimo de Daltô em raro elepê do saudoso campista, de 1973 -, e, em particular, Simone (com três músicas no elepê de estreia dela, também em 1973, entre as quais destaca-se a igualmente bela e contundente "Morena"). Sua participação, em 1980, no festival MPB Schell, da TV Globo, lhe valeria, na ocasião, um convite de Augusto César Vanucci para ser diretor musical da emissora, o que lhe possibilitou, por exemplo, inscrever seu nome na criação e produção de dois especiais de ampla repercussão, voltados para a petizada: "Plunc Plact Zum" (expressão, aliás, sacada por Daltony e que se tornou um sucesso encomendado por ele a Raul Seixas) e "A Turma do Pererê" (com músicas suas para especial da Globo e livro-disco com história de Ziraldo). Ainda nos anos 80, viajaria pelo sul do Brasil pelo Projeto Pixinguinha, na boa companhia de Ademilde Fonseca e do conjunto Coisas Nossas, e, depois, já residindo na capital paulista, exerceria, também a convite de Augusto César Vanucci, a direção musical da TV Bandeirantes, fazendo trilhas para, entre outras atrações, o humorístico "Agildo no País das Maravilhas", com Agildo Ribeiro.
       Professor de português, tradutor - "métier" a que ora se dedica -, "fera" em informática, Daltony faz parte de CD-homenagem, duplo, "100 Anos de Carmen Miranda - Duetos e Outras Carmens", com produção de Thiago Marques Luiz, no qual se ouvem duos famosos dela com Mário Reis ("Alô! Alô!") e Lamartine Babo ("Moleque Indigesto"), entre outros "partners" tão ou menos votados, num dos discos. No outro, músicas do repertório de "La Miranda" revividas em registros variados, de outros intérpretes, entre eles a divertida gravação de Daltony com a sua conterrânea Maria Alcina - esta de Cataguases - no samba "Empregada Grã-fina", do baiano Sá Roris (humorista e professor de desenho do parceiro Nássara, com quem comporia, entre outras, a clássica marchinha "Periquitinho Verde"). Trata-se de faixa pinçada de um dos dois elepês gravados por Daltony, o excelente "Cirrose", com arranjos de Antonio Adolfo e Perna Froes e produção de Simon Khoury para a RCA em 1983, só de sambas bem-humorados, como "Cadeira de Dentista", de César Brunetti, "Nouveau-Riche", de Billy Blanco, e "Samba da Cascata", de Délcio Carvalho, além dos ótimos "Tereza Iná" (c/ Ana Cézar) e "Amigo de Malandro", ambos de Daltony. Neste último, feito "à la carte" para o dizer malemolente de Moreira da Silva, os dois dialogam em faixa simplesmente impagável. "Bate-Boca", de 1981, também com arranjos de Antonio Adolfo e produção do finado Arthur Laranjeira para a mesma RCA, foi o primeiro elepê desse multifário e multi-ígneo Daltony. Antes motivadas por circunstância diversa, reproduzo, em intenção dele, estas linhas, desejando-lhe saúde e boa sorte na idade nova, que chegou ontem, 27 de julho, em mais um aniversário. Meus parabéns ao amigo. Ano novo, vida que se renova.
       Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
 
       Um abraço,
 
       Gerdal            

Pós-escrito: nos "links" seguintes, 1) "Morena", de Daltony Nóbrega, com Simone; 2) "Cirrose", de Daltony e Anamaria, com o próprio Daltony; 3) ele e Maria Alcina em "Cozinheira Grã-fina", de Sá Róris; 4) "Cadeira de Dentista", de César Brunetti, com Daltony.


               http://www.youtube.com/watch?v=wPKOdBnfLqE
("Morena")

               http://www.youtube.com/watch?v=OFVNfNo7id4 ("Cirrose")

               http://www.youtube.com/watch?v=XID3YIng2XY ("Cozinheira Grã-fina")

               http://www.youtube.com/watch?v=VBo2bzqpaBM
("Cadeira de Dentista") 

Valéria Lobão lança seu primeiro CD, nesta quinta, no Humaitá: uma chamada musical da sensibilidade




Prezados amigos,

           "O amor é meu pastor/tudo me faltará." Que bonito ouvir essa centelha poética na voz de Valéria Lobão (foto acima) no primeiro dos "links" que antecedem o recado de show ("flyer" acima), prazerosamente repassado, dessa ótima cantora e criatura que conheci, há alguns anos, em costumeiro sábado de Choro na Feira na pracinha da General Glicério, em Laranjeiras. "Oração Perdida", que ela entoa com Marcos Sacramento e tem autoria de Jayme Vignoli, Luís Flávio Alcofra e Aldir Blanc, é uma canção talhada para a sensibilidade dessa carioca que, integrando o conjunto vocal Equale, nele participara de dois CDs gravados: "Expresso Gil", em 2000, e "Um Gosto de Sol", em 2004, este feito em intenção de Milton Nascimento. A querida Valéria faz show de lançamento de "Chamada", seu primeiro disco solo, produzido pelo pianista Carlos Fuchs e bem recebido pela crítica, nesta quinta, 28 de julho, no Espaço Cultural Sérgio Porto. Lá, poderá mostrar o balanço de "Na Cabeça", curtida, aqui, no segundo "link" e também levada no gogó com Marcos Sacramento. "Tua voz é linda e teu estilo é fora de série", assim falou Eumir Deodato, curto e fino, a respeito de Valéria.

          Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

          Um abraço,

          Gerdal
               

           http://www.youtube.com/watch?v=sePfE9JxGOI&NR=1 ("Oração Perdida")

           http://www.youtube.com/watch?v=yLBrv0e2M5M ("Na Cabeça")
         

SHOW DE LANÇAMENTO DO CD VALÉRIA LOBÃO - CHAMADA
28/07/2011 (quinta-feira) - 20h30
ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

RUA HUMAITÁ, 163 – HUMAITÁ (entrada pela Rua Visconde de Silva)
TEL.: 2535-3846 
R$ 30,00 / R$15,00 (meia entrada)

BAIXO ACÚSTICO -  GUTO WIRTTI
BATERIA -  RAFAEL BARATA
PIANO - ADRIANO SOUZA
SAX E FLAUTA - EDUARDO NEVES
GUITARRA - FLAVIO MENDES

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS - MARCOS SACRAMENTO e CARLOS FUCHS
 
DIREÇÃO MUSICAL - FLAVIO MENDES
DIREÇÃO GERAL - INEZ VIANA
PREPARAÇÃO VOCAL - FELIPE ABREU
PREPARAÇÃO CORPORAL - MARIANA BALTAR
SOM - DANIEL VASQUES 
ILUMINAÇÃO –  ZECA HERMÓGENES
ASSESSORIA DE IMPRENSA - ANGELA DE ALMEIDA (VERBO VIRTUAL)
PRODUÇÃO EXECUTIVA - ISABEL ZAGURY e LETICIA TRINDADE 



visite:
www.myspace.com/valerialobao
www.oinovosom.com.br/valerialobao 
www.valerialobao.blogspot.com

Hoje: Quadrinhos na Academia Brasileira de Letras


Hoje, dia 28, às 17.30 horas vai rolar uma palestra sobre quadrinhos dentro da série Brasil, Brasis, da Academia Brasileira de Letras.
O tema principal será a discussão de como os quadrinhos utilizam uma linguagem própria para criar narrativas - com demonstrações de alguns de seus recursos.
Sensacional esse fato da ABL abrir espaço (de cm para m) para a HQ.
Para comemorar essa abertura, vai rolar também uma miniexposição com oito feras da HQ nacional.
A palestra será no Teatro R. Magalhães Jr. que fica na Av. Presidente Wilson, 203. A entrada é risonha e franca.
Palestrantes: Chico Caruso, Lailson Holanda e Paulo Maffia tendo como convidado especial Ricky Goodwin.
Todos lá!

27.7.11

Daquele Instante em Diante - Itamar Assumpção nas telas


Atenção Brasil: Itamar Assumpção pode ser visto e ouvido quase por inteiro no documentário Daquele Instante em Diante. De graça!!! O filme é dirigido por Rogérío Velloso.
Foi minha filha que me deu a dica.
Vi ontem e gostei muito. Não escrevo mais porque estou de férias e tenho uma ladeira para subir.
De qualquer forma digito aqui umas mal traçadas linhas sobre o assunto. Acredito que sou o habitante do Rio de Janeiro que mais assistiu Itamar e suas espetaculares performances nos palcos de Sampa. Qualquer dia eu escrevo sobre isso, mas, só quero registrar que sempre que eu ia visitar meus parentes naquela cidade fria ao sul do país tinha um show do Itamar em cartaz. Uma vez cheguei a ir até o SESC Itaquera para ouví-lo. Nessa época (década de 90) eu morando no Rio (onde insisto em continuar),
fazia uma charge n'O Estado de São Paulo. Como tinha ido passar um fim de semana lá, tive que levar meu desenho ao jornal, quando já estava no ônibus da empresa (de volta para casa), que me levaria até a Barra Funda, encontrei uma querida amiga jornalista que estava "largando" o plantão. Acontece que fazia um tempão que não a via e resolvemos botar o papo em dia. Ela me perguntou para onde eu ia, por acaso ao abrir o Caderno 2, encontrei uma matéria falando de um show de Itamar no SESC- Itaquera. Não deu outra; lá fomos nós...O SESC - Itaquera é um mundo, grande pra dedéu, mas não demorou muito para ouvir o baixo do Nego Dito, foi só caminhar em direção ao lugar de onde vinha aquele som hipnótico. Foi a última vez que vi ele vivo.
Agora ele retorna nesse documentário muito bem feito - emocionante!
Clique no seguinte link para saber onde está passando:

http://www.cinemasunibanco.com.br/filmes/filme?id=2505&cidade_id=5&/Daquele-Instante-em-Diante.html

Obs: Verifique antes no cinema indicado se o filme ainda estiver passando - ligue para eles ou consulte o jornal

26.7.11

Altay Veloso canta a sua lira, nesta terça, no Cariocando, em show com presença especial do longevo Bob Lester




Prezados amigos,

            Fidelíssimo à própria origem topográfica, Altay Veloso (foto acima) mora no mesmo bairro onde nasceu e tem a sua família, Porto da Pedra, no município de São Gonçalo, hoje conhecido como cidade-dormitório, porque grande parte da população trabalha no Rio ou na vizinha Niterói, mas já foi uma Manchester fluminense, em meados do século passado, por causa de um então pujante parque industrial. Nesse seu chão amado, o "soldadinho de Deus" que acompanhava, com 7 anos de idade, a avó Rosalina na atividade voluntária que ela exercia na Legião da Boa Vontade (LBV) - "era daquelas que faziam sopa aos sábados" - despertou para a música popular, sendo um autodidata em piano, acordeão, violão, contrabaixo e guitarra. Essa última foi o instrumento com o qual principiou seus passos na caminhada artística, tocando em shows de Wanderlea, que dele gravou a primeira composição em disco com produção de outro fluminense, de prestígio internacional, o carmense Egberto Gismonti. Como seu jamegão autoral - sozinho ou com o de, entre outros, o constante Paulo César Feital - está presente em verrtentes distintas da canção, Altay conta, na interpretação do que cria, além da própria voz, de timbre inconfundível, com vozes igualmente distintas entre si, entre elas a da também gonçalense Selma Reis, que a ele e ao Feital reservou, por exemplo, o registro expansivo e vigoroso de "Emoções Suburbanas". Leny Andrade, em 2000, dedicou todo um CD a Altay, que, ainda nesse ano, viajou, com recursos próprios, em razão de pesquisa, a Israel, Nigéria, Angola e Bahia, para dar seguimento a sonho de realização longamente cortejado, a sua ópera "O Alabê de Jerusalém". Nela, com brilho orquestral garantido pela batuta de Leonardo Bruno, regendo a Sinfônica do Municipal do Rio de Janeiro em 2007, no próprio teatro, Altay, filho de jongueiro, contou a história de Jesus Cristo pela ótica de um africano do antigo Daomé em encenação bem-sucedida em termos de público e crítica.
           O artista tem-se apresentado, toda terça, no Cariocando (Rua Silveira Martins, 139 - Catete - tel.: 2557-3646), às 21h30. No show de hoje, conta com a participação de Bob Lester (foto acima), 98 anos de vida, um cantor e sapateador gaúcho revelado nos áureos idos do Cassino da Urca, onde atuou ao lado de Oscarito, Grande Otelo e da cantora e dançarina francesa Mistinguett, e, ainda, bem rodado, profissionalmente, no exterior, por vários países e outros cassinos. Residiu nos EUA nos anos 40, quando ele, Edgar de Almeida Negrão de Lima, até então conhecido nos palcos como Almeida, teria adotado o pseudônimo anglófilo por sugestão de outro Bob de longo curso existencial, o comediante Bob Hope, falecido em 2003 aos 100 anos de idade.   
           Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica. 

           Um abraço,
 
           Gerdal

Pós-escrito: nos "links" seguintes, o referencial Emílio Santiago canta 1) "Quarenta Anos", de Altay Veloso e Paulo César Feital, e 2) "Perfume Siamês", da mesma dupla; 3) do mais recente CD de carreira, "Treze Gerações", ouve-se a gravação de Altay para a sua "Ventríloquo"; 4) ele, chamado ao palco por Thaís Motta, canta com ela "Clementina", outra feita sem parceiro.    

           http://www.youtube.com/watch?v=Jy0Ac1-ZvXs ("Quarenta Anos")

           http://www.youtube.com/watch?v=mXFCqS7zRqY ("Perfume Siamês")
          
           http://www.youtube.com/watch?v=cNUtGRS6xx8&feature=related ("Ventríloquo")

           http://www.youtube.com/watch?v=ezUEGUDueAY&NR=1 ("Clementina")  

Mário Sève e Cecilia Stanzione lançam CD, nesta terça, em dois shows no CCBB: ele, ela, o palco e a canção necessária da MP A e B



Prezados amigos,

            No ano passado, em rápido contato com o soprista Mário Sève no Lapinha - uma casa que tá fazendo falta aos nossos rarefeitos endereços musicais de qualidade -, lembrei-me do constrangimento pelo qual ele passara ao não poder realizar um show devido a um Rio, meses antes, sacudido pelo terror do narcotráfico. Faltava clima para o entretenimento, com o cidadão comum assustado e em estado de perplexidade, e, dias depois, uma fundamental UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) era instalada no Complexo do Alemão. Diferentemente de um famoso samba de Benito di Paula, nem tudo "está no seu lugar" - há ainda muito por fazer pelo município -, mas, pelo menos, o Rio, em relação àqueles dias suprarreferidos, tem outro astral, de modo que, agora sim, esse trabalho que o Mário preparou com a cantora e letrista portenha Cecília Stanzione, com choro, tango, milonga, valsa, modinha e chamamé, por exemplo, pode ser apreciado pelo público no CCBB. Gestor primeiro do Centro Municipal de Referência da Música Carioca, na Tijuca, e integrante do Nó em Pingo D`Água, Mário é um excelente instrumentista e compositor - parceiro, entre outros, de um "astro" (aspas reforçativas e remissivas) da nossa inteligência, o poeta e teledramaturgo Geraldo Carneiro, em um choro-canção primoroso, "Passado Descomposto", que a amiga e jovem cantora Thaís Motha, em duo com Chamon, gravou muito bem em disco dela, "Minha Estação".
            Com prazer, repasso as informações abaixo, do próprio Mário, com o "flyer" do show "Canción Necesaria", que enseja o lançamento de CD homônimo, feito, sem dúvida, com acerto e bom gosto. Podem apostar.
            Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

            Um abraço,

            Gerdal 

Amigos,

Esta terça, dia 26 de julho, no CCBB do Rio, às 12:30 e 19:00h, estréia do ciclo "MP, A e B - Argentina e Brasil".
Lançamento do CD "Canción Necesaria - Cecilia Stanzione e Mário Sève' (Núcleo Contemporâneo).


http://vimeo.com/14874077 cancion necesaria
http://vimeo.com/20183591 retrato

Músicas de Mário Sève e letras de Cecilia Stanzione.

Cecilia Stanzione - voz
Mário Sève - sax e flauta
Gabriel Geszti - piano e acordeão
Rene Rossano - violão e bandolim
Zé Alexandre Carvalho - baixo acústico
Sérgio Reze - bateria

Abraços e até lá.

Mário

Mais um brinde: Uma charge de João Zero


(Clique na imagem para ampliar e ver melhor)

24.7.11

Astor Silva: a boca no trombone por um chorinho de gafieira e por um samba muito bem arranjado




Prezados amigos,

         Ontem, em conversa com o velho Geraldo José, meu pai - 82 anos, se Deus quiser, em 26 de agosto próximo -, recordamos a sua primeira fase como sonoplasta da TV Globo (da fundação da emissora, em 1965, até princípios dos anos 70), um período em que, por causa da natureza do seu labor, teve contato direto e costumeiro, numa mesma sala espaçosa, com, entre outros igualmente contratados, Remo Usai (o primeiro diretor musical do canal) e os maestros Aldo Taranto, Lyrio Panicali e Alberto Lazolli, além de um então florescente Eumir Deodato. Ainda nesse "flashback", detivemo-nos, em particular, num simpático carioca do Rio Comprido, brincalhão, que, naqueles idos inaugurais da Globo, meu pai teve o prazer de reencontrar, um amigo que conhecera em atividade na Rádio Tupi, onde ambos também suaram a camisa, 20 anos antes: Astor Silva (foto acima). Bem antes de se tornar o admirável arranjador da TV Globo e da gravadora CBS, nos anos 60, o compositor de "Chorinho de Gafieira" (muito bem regravado, em 1974, por Raul de Barros e, em 1998, por Roberto Marques) já botava a boca no trombone, literalmente, para fazer, por força do ofício, "alarde" natural do seu talento em ondas curtas, tocando, na PRG3, como integrante da Tabajara e, depois, de outra orquestra memorável, regida pelo maestro Carioca. Um recuo ainda mais acentuado no tempo poderia levá-lo de volta à infância, vivida em Vila Isabel, onde, estudante do João Alfredo, teve sua iniciação musical em conjunto formado com colegas desse colégio, animando bailes e festas familiares. Já profissionalmente, antes mesmo do rádio, viriam as noites em "dancings" e, até o fechamento, em 1946, no governo de Eurico Gaspar Dutra, a atuação em cassinos, como o da Urca.
         "Pisando Macio", "No Melhor da Festa", "Chorinho de Boate" e "Sombra e Água Fresca"  são outros sopros autorais na vertente do choro, gravados com seu conjunto, nos anos 50, pela Todamérica, o qual também se ocuparia, na mesmo selo, do acompanhamento dos cantores Raul Moreno, Ademilde Fonseca, Flora Matos e Zilá Fonseca e, mais adiante, pela Continental, das vozes de Emilinha Borba, Moreira da Silva, Nora Ney e Bil Farr. Morto prematuramente, aos 45 anos, em 12 de fevereiro de 1968, liderou, no comecinho dessa década, com o flautista Copinha, Os Sambistas do Asfalto, e, em 1961, com o pianista Luiz Eça, no elepê "Cada Qual Melhor" (capa acima), uma produção de Aloysio de Oliveira para a Odeon, tornou, por exemplo, ainda mais atraente a audição do clássico "Moonglow". Três anos se passam e, junto com Wilson das Neves (bateria), Neco (violão), Luiz Marinho  (baixo) e o autor da ideia do disco, Rubens Bassini (percussão), Astor grava sua única participação no marcante The Ipanemas. A folhas tantas do livro "Vou Te Contar: Histórias da Música Popular Brasileira", um superlativo Walter Silva, o finado radialista Picapau, não faz por menos e confere a Astor Silva a condição de o melhor arranjador de samba que o Brasil já teve, certamente impressionado, além da lida deste nos Sambistas do Asfalto, com outro show de arranjos para o elepê A Bossa Negra, de 1960, revelador de uma fantástica intérprete do gênero, Elza Soares, com ou sem "scats".
         Um bom domingo a todos. Grato pela atenção.
           
         Um abraço,

         Gerdal

Pós-escrito: nos dois primeiros "links", pela ordem, "Chorinho de Gafieira" pelo conjunto do Clube do Choro de Paris e, em gravação de 1955, por Os Copacabana; no terceiro, quarto e quinto "links", também em sequência, com Os Sambistas do Asfalto, "Mágoas de Vagabundo", de Walfrido Silva e Osvaldo Silva, "A Morena Que Eu Gosto", de Wilson Baptista e Marino Pinto, e "Dinheiro Não Há", do portelense Ernâni Alvarenga, com segunda parte composta, anos depois, por Benedito Lacerda (esses três sambas em disco de 1960); no último "link", Só Danço Samba", de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, com Astor Silva e sua orquestra (1963). 
             


          http://www.youtube.com/watch?v=VOrSpMEcF-c ("Chorinho de Gafieira", com o conjunto do Clube do Choro de Paris)

           http://www.youtube.com/watch?v=VOrSpMEcF-c ("Chorinho de Gafieira", com Os
Copacabana)

           http://www.youtube.com/watch?v=uGWnlFEVXbo&feature=related ("Mágoas de Vagabundo")
          
           http://www.youtube.com/watch?v=Yn9gY6wztl4&feature=related ("A Morena Que Eu Gosto")         
         
           http://www.youtube.com/watch?v=nB0_tvcAxe0&feature=related ("Dinheiro Não Há") 
    
           http://www.youtube.com/watch?v=V3oBQZ3hO_g ("Só Danço Samba")            

23.7.11

Marcos Moran e o grupo Chapéu de Palha animam feijoada do Cariocando, neste sábado, na cadência bonita de Ataulfo Alves



  
No início dos anos 60, de tanto passar em frente, todos os dias, do Copacabana Palace, perto do qual morava, Marcos Moran (foto acima) chamou a atenção do saxofonista e clarinetista Paulo Moura, que, batendo um papo com ele, disse-lhe que este tinha "pinta de cantor" e lhe perguntou se era, de fato, dessa "praia". Paulo precisava de um "crooner" que substituísse aquele antes acertado para uma longa série de apresentações na boate do hotel e convidou Marcos, que até então cantara, mais informalmente, em clubes e reuniões festivas, para um teste. Aprovado, Marcos fez com sucesso toda a temporada e, pouco depois, cantando num estilo suingado, "à la Simonal", gravava um disco pela RCA - num mesmo momento em que Caetano Veloso e Maria Bethania, antes da fama, tentavam a sorte pela mesma gravadora - e se tornava uma figura conhecida da noite e de atrações do rádio e da tevê. Flertou com a bossa nova, cantando, por exemplo, "Samba de Verão", de Marcos e Paulo Sérgio Valle, e gravando, da mesma dupla, "Fora de Tempo", embora o seu cartão de visita como intérprete se imprimisse, na MPB, em 1968, com o grande sucesso da gravação de uma bela marcha-rancho de Umberto Silva e Paulo Sette, "Até Quarta-Feira". Em 1979, a convite da diretoria da Unidos de Vila Isabel, voltaria à evidência no carnaval com a defesa na avenida do samba-enredo "Os Anos Dourados de Carlos Machado" (de Luiz Carlos da Vila, Tião Graúna, Jonas e Rodolfo), e assim seria até 1984, quando da sua saída da escola, após ter cantado, especialmente, duas gemas do bibarrense Martinho da Vila, "Sonho de um Sonho" e "Pra Tudo Se Acabar na Quarta-Feira".  
          Capixaba de Alegre, Marcos, também conhecido por sua contagiante interpretação de outro samba do relicário da Vila Isabel - "Zodíaco do Samba" ("Dindinha lua/dindinha lua/desça do céu e vem sambar na rua..."), de Paulo Brazão e Irani Silva, do carnaval de 1973 - é atração dos sábados, a partir das 13h, da feijoada do Cariocando (Rua Silveira Martins, 139 - Catete - tel.: 2557-3646), logo após bem-sucedida temporada, no mesmo restaurante, às quartas à noite, lembrando Wilson Simonal. Acompanhando o Marcos, um grupo com lastro no samba, o Chapéu de Palha (foto acima), que, neste sábado, 23 de julho, com o cantor, dedica parte do repertório dos "sets" do show à cadência bonita dos sucessos de Ataulfo Alves. 
          Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
 
          Um abraço,
 
          Gerdal 

Pós-escrito: 1) no mesmo Cariocando, neste sábado, a partir das 21h, outra atração regular de grande valor: o Gafieira na Surdina, de jovens instrumentistas capitaneados pelo talentoso pianista e arranjador Dudu Viana, egresso, aliás, da mesma Zona da Mata mineira que nos deu Ataulfo;
                  2) nos "links" seguintes: a) Marcos Moran canta "Sonho de um Sonho"; b) o Chapéu de Palha, ainda com formação anterior - com Zé da Velha, ao trombone, e Toco Preto, ao cavaquinho, por exemplo -, toca "Favela", clássico de Roberto Martins e Waldemar Silva; c) ainda com essa formação, Valdir Silva, então o Valdir Sete-Cordas, um dos seus componentes, canta "Se Eu Pudesse", de Zilda Gonçalves e Germano Augusto, em duo com a própria e saudosa Zilda do Zé.

          
            http://www.youtube.com/watch?v=vglTq7D6ZTM ("Sonho de um Sonho")

             http://www.youtube.com/watch?v=ovRZxQuFNq8 ("Favela")

             http://www.youtube.com/watch?v=IMXcsu43AEI&feature=related ("Se Eu Pudesse")    

21.7.11

Mais um brinde: Um cartum de João Zero


(Clique na imagem para ampliar e ler melhor a legenda do cartum)

20.7.11

É HOJE - Antonio Adolfo lança CD "Chora Baião" na Livraria Argumento do Leblon


(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)
É hoje - Lançamento do CD Chora Baião na Livraria Argumento do Leblon - Rua Dias Ferreira, nº417 - Todo mundo lá a partir das 19 horas.

18.7.11

Cama de Gato é música de primeira nesta segunda do Lapa Café: grupo comemora 25 anos de carreira



Com a sonoridade bonita do Cama de Gato no "link" abaixo, repasso, em seguida, recado recebido sobre apresentação do conjunto nesta segunda-feira, 18 de julho, no Lapa Café. Lá, desde o último dia 4, um dos seus integrantes, o baterista Pascoal Meirelles, vem apresentando, toda semana, com convidados diferentes, a atração Música de Primeira na Segunda, principiando com o seu sexteto homenageando um expoente norte-americano das baquetas, Art Blakey (com os Jazz Messengers) - que começou como pianista, mas, ao ver Errol Garner tocar, optou pela bateria e serviu de inspiração a Pascoal, em 2007, quando lançou o seu CD "Tributo a Art Blakey". O Cama de Gato (foto acima) toca, hoje à noite, no Rio de Janeiro, após três anos de ausência dos palcos da cidade, e o show é comemorativo de 25 anos ininterruptos de carreira, vivida no Brasil e no exterior. A propósito, faz pré-lançamento de DVD alusivo a esse marco na trajetória do grupo, que passou por diferentes formações.
      Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

      Um abraço,

      Gerdal

          http://www.youtube.com/watch?v=QPQmbrWJ5gg
("Gonzagueando", de Jota Moraes)

Serviço:
GRUPO INSTRUMENTAL CAMA DE GATO
Lapa Café- Av.Gomes Freire,453-Lapa
20:00 hs
vendas antecipadas:3971.6812
R$:25,00 ( estudantes de musica  com comprovação e musicos profissionais pagam meia).
*estacionamento pago em frente ao local
SOBRE O CAMA DE GATO
O grupo instrumental Cama de Gato foi criado em 1986 pelos músicos Pascoal Meirelles (bateria), Mauro Senise (sax e flauta), Nilson Mata (baixo elétrico) e Romero Lubamo(guitarra). Com a saída de Romero Lubamo e Nilson Mata, passaram a compor o Grupo o baixista Arthur Maia e o tecladista Rique Pantoja.Até 1994,o grupo lançou três CDs, sendo que o primeiro vendeu mais de 75 mil cópias, um feito para a música instrumental brasileira.
O "Cama" foi aclamado pela crítica como o mais bem sucedido grupo instrumental brasileiro dos anos  1980 ate os tempos atuais. A partir de 1992, Jota Moraes assume os teclados e introduz o vibrafone em algumas faixas, o que dá ao som do grupo uma cor especial. Neste mesmo ano, Mingo Araújo se junta ao Cama de Gato, acrescentando sua percussão cheia de brasilidade.Em 1995 é a vez de Arthur Maia dar lugar a Alberto Continentino e logo a seguir a Andre Neiva que ha 15 anos é o baixista oficial do grupo. Mais dois CDs são lançados: “Dança da Lua” e “Amendoim Torrado”.O Grupo segue com apresentações no exterior e Brasil.Em 2003, foi lançado o novo disco:“Água de chuva”. Uma das marcas registradas do grupo é trabalhar com composições dos próprios músicos“Não é uma atitude exclusivista. É que gostamos de tocar nossas músicas. Não tocamos material alienígena”, brinca Pascoal Meirelles,um dos compositores do grupo.
Para comemorar os 25 anos de carreira gravam em DVD :-CAMA DE GATO-25 ANOS- que esta em fase de pre-lançamento.No Brasil, a mais recente aparição foi na última edição do Amazonas Jazz.Há tres anos  não se apresentam no Rio de Janeiro,
 No exterior apresentaram-se no famoso Town Hall em Nova York. Também fez três apresentações memoráveis no Free Jazz, no festival de jazz de Aruba, no Caribe, no Malta Jazz Festival, na ilha de Malta e no Jazz at Juan, em Juan Les Pins, na França,uma grande turnê pela América Latina, obtendo sucesso de público e de crítica. Em Quito, no Equador, lotou o Teatro Nacional, o principal da cidade, com capacidade para 2.500 pessoas.

16.7.11

Choro na Feira Canta Cartola - musical neste sábado na TV Brasil



Do amigo Ricardo Vilas, compositor inspirado, ex-Momento Quatro, repasso o recado abaixo.

         Grato pela atenção,

         Gerdal 

A tempo: ilustrando a recomendação do Ricardo, também abaixo, um documentário sobre o Choro na Feira (foto abaixo), que, a partir de 2000, por dez anos, ocupou com música da melhor qualidade e muito bem tocada, a pracinha da General Glicério, aqui em Laranjeiras.


         http://www.youtube.com/watch?v=VhGgkqA8TPI ("O Chorinho da Feira" - 22 min)
          
Amigos,
 
Nosso musical especial CHORO NA FEIRA CANTA CARTOLA será exibido pela Tv Brasil
neste sábado, dia 16/7, às 22h.
A banda Choro na Feira recebe os cantores convidados Marcos Sacramento, Nilze Carvalho e Mariana Bernardes, e o repertório é integralmente do Cartola.   
Prestigiem,
Divulguem,
Assistam
e depositem seus comentários e  (esperamos) elogios
no site www.ebc.com.br
 
A música agradece!

 

Programe-se: Lançamento do CD Chora Baião de Antonio Adolfo - dia 20 de julho na Livraria Argumento - Leblon


É isso aí! Programe-se e vá ao lançamento do CD Chora Baião, de Antonio Adolfo, no dia 20 de julho, às 19 horas, na Livraria Argumento do Leblon - Rua Dias Ferreira, nº 417
(Clique na imagem para ampliar e ler melhor)
Todo mundo lá!

Pedro Paulo, seu lendário trompete e sexteto são destaque do samba-jazz, neste sábado, em festival no Café Pequeno



Prezados amigos,

            Com maíúscula satisfação, transmito a vocês este recado do show deste sábado, 16 de julho, às 19 horas, com o trompetista Pedro Paulo e seu sexteto, que dão continuidade ao II Festival de Jazz do Teatro Municipal Café Pequeno ("flyer" acima). Na primeira metade dos anos 60, eu era uma criança, morando com a família no quarto andar de um edifício do Bairro de Fátima, no Centro, onde nasci, e, passando pela área de serviço do apartamento que ocupávamos, ouvi muitas vezes aquele sopro bonito que vinha do alto - um alto imediato, o quinto andar -, exercitado por um rapaz, estudante de Medicina, filho da dona Ercília, funcionária de escola pública. Era o Pedro Paulo, que, à noite, saía para tocar e já era um músico de bossa-jazz conceituado, integrante do referencial Copa 5. Não mais o vi e soube, muitos anos depois, que, médico formado, fora para Vassouras, no interior fluminense, onde nasceria, em 1974, o seu filho, Pedro Paulo Jr,, também trompetista, atuante na primeira formação da Itiberê Orquestra Família, conduzida pelo contrabaixista Itiberê Swarg. Como integrante da orquestra de um talentoso petropolitano, o trombonista Vittor Santos, pode-se ver o Pedro Paulo, ao seu instrumento, num solo, ele que na infância deslumbrava-se com a presença do corneteiro em bandas populares. A música tocada é "Deixe a Menina", de Chico Buarque.
           Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

           Um abraço,

           Gerdal
         
                       http://www.youtube.com/watch?v=c21LULOXcKA ("Deixe a Menina")

A tempo: segue também informação sobre o show de amanhã, pela mostra jazzística, com o Quinteto Nuclear.

SÁBADO | 16 DE JULHO | 19:00        
PEDRO PAULO SEXTETO
O trompetista, um dos expoentes do samba-jazz ao lado do saxofonista J.T. Meirelles e do baterista Edson Machado, retorna aos palcos com um grupo composto por músicos impecáveis da nova geração da música instrumental. Com o mesmo talento e brilhantismo dos tempos do Beco das Garrafas na década de 60, o Pedro Paulo Sexteto interpreta clássicos e temas autorais com arranjos modernos. Entre eles “Deixa” (Baden Powell e Vinícius de Moraes), “Rapaz de bem” (Johnny Alf), “Bim Bom” (João Gilberto) e “Canção do Amanhecer” (Edu Lobo). Além de Pedro Paulo ao trompete e flugelhorn, o grupo é formado por Cassius Theperson – bateria, Vitor Gonçalves – piano, Marcelo Martins - sax tenor e flauta e Pedro Paulo Junior – Mellophone, flugelhorn, trompete e responsável por composições e vários arranjos.
 
DOMINGO | 17 DE JULHO | 18:00 – PALCO NOVA GERAÇÃO:
QUINTETO NUCLEAR
Depois de uma temporada no Jardim Botânico, no Espaço JB, participação no festival Back2Black, como uma das atrações revelação no palco Trilhos, shows no Zozô, show na Baden Powell dentro da 2º edição do Festival de Jazz do Rio, temporada no 00 durante o verão, abertura do show da Natalie Cole e Jonh Pizzarelli, no Vivo Rio, o Quinteto Nuclear vem se consolidando cada vez mais como uma das apostas do Jazz contemporânea. Formado por Dan Sebastian (trompete), Marcelo Santos (saxofone), e Thiago Amorim (piano), Miguel Couto (bateria) e Pablo Arruda (contrabaixo), o quinteto expressa a  vontade de tocar o jazz que se modernizou e está em constante evolução. No repertório, influências do Jazz moderno, hard-bop, Funks, Samba Jazz de nomes como John Coltrane, Clifford Brown, Steve Coleman, Hermeto Paschoal, Lee Morgan, Moacyr Santos e composições autorais.
Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva 269, Leblon - 2294-4480. Sex e Sáb, às 19h e Dom às 18h. R$ 30. Não recomendado para menores de 18 anos.

15.7.11

Danny Reis e Tony Pelosi fazem show, nesta sexta, no Catete, com participação da cantora Maria Olívia



Prezados amigos,

       Repasso abaixo o recado da cantora Danny Reis sobre a Sexta Nada Básica, série de shows mensais no Espaço Correia Lima, no Catete, acompanhada pelo compositor e violonista Tony Pelosi. No show de hoje, 15 de julho, às 20h30, a grata participação, como convidada, de Maria Olívia. Antes, porém, do recado da Danny, os seguintes "links" musicais ilustrativos: 1) ela cantando um bonito samba de Sonekka e Gilvandro Filho, "Amor de Carnaval", com arranjo de Tony Pelosi; 2) o próprio Tony, ao violão, canta e acompanha Marianna Leporace em "Já Estou pra Chegar", de autoria dele; 3) entrevista com Tony Pelosi em que ele, em particular, revela outro de seus talentos: o de "luthier".
       Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

       Um abraço,

       Gerdal
           

            http://www.youtube.com/watch?v=lBfHRJGakvc ("Fim de Carnaval")

            http://www.youtube.com/watch?v=XsjKzC8VCrQ ("Já Estou pra Chegar")

            http://www.youtube.com/watch?v=VTNKNrpopag (Tony Pelosi)


Oi, gente!

Eu e o Tony Pelosi estamos iniciando um projeto musical, em parceria com o Espaço Correia Lima, no Catete. Neste projeto, chamado Sexta Nada Básica, faremos um show intimista, sempre com a participação de alguns de nossos talentosos amigos.

A ideia é tirar da gaveta canções que não costumamos incluir nos nossos outros shows e juntar às demais.

Convidamos para a nossa estreia a compositora pernambucana Maria Olívia, que retorna à cena musical a todo vapor, com seus baiões, frevos, canções e simpatia irresistíveis.

Mais informações no flyer e release do show, em anexo.

O alto astral está garantido!!!

Beijos e até lá!
Danny.

13.7.11

Antonio Adolfo novinho saindo do forno: Chora Baião


Este blogue, vai dar uma quebrada nas férias para apresentar o novo CD Chora Baião de Antonio Adolfo. Tive a honra e o prazer de ter realizado a pintura, feita especialmente para ser a capa desse CD. É uma pintura em acrílico sobre tela (capa contracapa e miolo dos discos) e vai ser exibida também no lançamento, dia 20, na Livraria Argumento, no Leblon. Mais adiante(perto do lançamento) a gente vai passar mais informações sobre esse CD.

1.7.11

Deixo um desenho pra animar as férias: "Blue"


(clique na imagem para ampliar e ver melhor)

AVISO AOS NAVEGANTES; O BLOGUE ESTÁ DE FÉRIAS A PARTIR DE HOJE

Caríssimos, não tem jeito, ninguém é de ferro. O blogueiro que vos fala merece gozar umas férias escolares.
Espero voltar em agosto. Grande abraço a todos. Até lá!

Idriss Boudrioua dá início, nesta sexta, a festival de jazz com grandes atrações no Café Pequeno


Esta dica dirige-se, especialmente, aos jazzófilos cariocas de plantão: com produção do pianista Charles Rio - atuante por vários anos na Rio Jazz Orchestra -, inicia-se, nesta sexta-feira, primeiro de julho, o II Festival de Jazz do Café Pequeno, um palco musical da Prefeitura situado no Leblon. No "flyer" acima, além do endereço e dos dias e horários dos shows, ao longo de todo este mês de julho, a relação completa dos muitos e notáveis instrumentistas escalados para a sequência de atrações. O começo já é muito animador, com este francês boa-praça e grande soprista (sax e flauta) há muito radicado no Rio, Idriss Boudrioua, que é visto no primeiro dos "links" seguintes, com o seu sexteto, tocando a sua bela "Trois Amis` Blues". No segundo "link", com "Dindi", de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, veem-se os que tocam neste sábado, os componentes da Baixada Jazz Big Band. À guisa de curiosidade, vale lembrar que esse festival sucede a outro, de bossa nova, lá há pouco realizado. Mar pra peixe, portanto, no Café Pequeno, assim como em outro espaço da Prefeitura, a Sala Baden Powell, com festivais consecutivos de guitarra (no mês  passado) e saxofone (este mês). Que venham outros mais! 
       
  http://www.youtube.com/watch?v=-ZypONmE_5Y ("Trois Amis` Blues")

   http://www.youtube.com/watch?v=zatgtIXdwRA&feature=related ("Dindi")

Mais um brinde- um cartum de João Zero


(Clique na imagem para ampliar e ler a legenda)