30.10.10

Helio Delmiro e Leo Amuedo, neste sábado, no Lapinha, em grande encontro de cordas magistrais


Orgulho das cordas brasileiras e executante de improvisos que sensibilizam até o menos jazzístico dos mortais, o virtuose carioca Helio Delmiro apresenta-se em show neste sábado, 30 de outubro, no Lapinha, às 22h30 ("flyer" acima), juntamente com um excelente guitarrista uruguaio que viveu por muito tempo em Amsterdã e está aqui radicado há alguns anos, Leo Amuedo, do conjunto que acompanha habitualmente Ivan Lins. Nascido no Méier, Helio, já aos 14 anos, tocava em bailes do subúrbio carioca, integrou o Fórmula 7 (com Luizão Maia e Márcio Montarroyos, entre outros) e, mais tarde, na segunda metade dos anos 60, atuou no quarteto do saxofonista Victor Assis Brazil. Em 1978, quando foi considerado um dos cinco melhores guitarristas do mundo pela "Down Beat", arrebatou a diva Sarah Vaughan ao participar, com a sua guitarra prodigiosa, do elepê "O Som Brasileiro de Sarah Vaughan", dose repetida, dois anos depois, ainda com ela, no "Exclusivamente Brasil", desta vez com destaque na capa. Ao seu lado, no palco, Elis Regina continha ganas de cantar para que o público não perdesse a lembrança de um solo maravilhoso que estava ouvindo, pois, como já havia observado o crítico José Domingos Raffaelli, extático à audição de "Hélio Delmiro in Concert - Romã", lançado na Sala Cecília Meireles, em 1991, "um músico dessa estatura não se vê por aí todos os dias". 
             João Pernambuco, Garoto, Bola Sete, Laurindo de Almeida, Luiz Bonfá, Baden Powell, Manoel da Conceição, Rosinha de Valença... Tantos imortais saudosos nesse setor instrumental da MPB, não é mesmo? E lá vêm Yamandu, Alessandro Penezzi, Daniel Santiago, Gabriel Improta, Rogério Caetano, Marcelo Menezes (Macarrão), Bruno Mangueira, Bisdré...A fila anda, portanto, e muito bem, ainda puxada, felizmente, por este elo de excelência entre gerações no país e grande referência para os mais novos que é Helio Delmiro. "O cara", como certamente estes diriam, tocando, em uníssono "free".
             Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
             Um abraço,
 
             Gerdal     
 
Pós-escrito: 1) abrilhantando o referido show, em participação especial, uma cantora da melhor qualidade, versada no balanço, Sanny Alves, filha do grande contrabaixista Luiz Alves. E, além do mais, "ela é carioca, ela é carioca...";
                   2) nos "links" abaixo, 1) Hélio Delmiro toca e canta "Acontece", de Cartola; 2) Leo Amuedo, em palco de Buenos Aires, acompanhado pelos irmãos Fattoruso (Hugo e Osvaldo, teclado e bateria, respectivamente) e pelo baixista Daniel Mazza, todos uruguaios; 3) Sanny Alves e sua bonita gravação de "Fiz um Samba", de Vasco Debritto, violonista e produtor paulista, de Santa Cruz do Rio Pardo, há muito residente no Japão.
 
        http://www.youtube.com/watch?v=HjUvSal3u_8&feature=related
 
        http://www.youtube.com/watch?v=-blrhiCSJ6U&feature=related
 
        http://www.youtube.com/watch?v=y8ndpYd4now
 
 

Ilustração: Fat love

29.10.10

Denise Pinaud é grande atração, nesta sexta, com sua bossa, na Embaixada Carioca, cantando pra fazer feliz a quem se ama


Ainda residindo em Nova Friburgo, no interior fluminense, onde viveu por vários anos, a niteroiense Denise Pinaud (fotos acima) lançou, em 2002, o seu CD de estreia, "Primeira Audição", um gostoso tributo à bossa nova produzido por um dos seus violonistas mais expressivos e hoje uma saudade sem um samba em seu lugar, Durval Ferreira. A faixa-título, aliás, tem, além do músico sergipano Sérgio Botto na autoria, um jornalista carioca e brilhante letrista cedo desaparecido, Guilherme Godoy, com o qual Denise, dois anos antes, se apresentara em alguns pontos de Buenos Aires, recebendo aplausos calorosos. O próprio Durval, coarranjador com Ed Lincoln, assina duas outras faixas - "I Love You, You Love Me" e "Antonio Brasileiro", esta com Tibério Gaspar -, no disco de Denise, a qual recebeu um presente da inspiração de Fátima Guedes - a então inédita "Óbvio" - e contou com Marcel Powell tocando primorosamente o seu violão em "Asa Delta", do pai famoso, além de outros músicos de reconhecido valor, como o pianista Paulo Midosi, o contrabaixista Bebeto Castilho e o saxofonista e flautista Zé Carlos Bigorna. Até voltar os ouvidos para a própria voz e descobrir-se como cantora, considerada um revelação por causa do seu disco e elogiada por sua afinação e senso de divisão, Denise estudara piano dos 5 aos 19 anos, além de violino, que lhe possibilitou chegar ao posto de "spalla" da Orquestra Infanto-Juvenil do Rio de Janeiro. Essencialmente bossa-novista no recado musical, ela, que voltou a morar na Cidade Sorriso, produziu, ainda em Nova Friburgo, com grande audiência, um programa que era o único na região na divulgação do gênero e, nesta sexta, 29 de outubro, a partir das 21h, inicia na Embaixada Carioca (terceiro andar do Botequim Vaca Atolada, do amigo batalhador Cláudio Cruz, situado na Av. Gomes Freire, 533 - Centro - tels.: 2221-0515/3476-3030 - com "link" do site abaixo), a série Pra Fazer Feliz a Quem Se Ama. No clima da bossa, naturalmente. 
        Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.
 
        Um abraço,
 
        Gerdal
 
Pós-escrito: 1) ao lado de outro bossa-novista convicto e professor de inglês, o cantor, compositor e violonista Eri Galvão, Denise canta "Rio", de Menescal e Bôscoli; 2) da mesma dupla, vai de "Lobo Bobo" em show feito em Nova Friburgo; 3) em palco na Suíça, canta "Tributo à Bossa Nova", do saxofonista Rodrigo Botter Maio, ao lado dela na imagem e irmão do contrabaixista Rogério Botter Maio; 4) "Me Ganha", de Cássio Tucunduva, João Luiz Magalhães e Piry Reis, com interpretação que ela divide com Cássio.
        
    http://www.youtube.com/watch?v=QHUoGpdppOs&feature=related
   
     http://il.youtube.com/watch?v=3iMYrjQPJ6I&feature=related
 
     http://www.youtube.com/watch?v=vb6Qfn_E56k&feature=related
 
     http://www.youtube.com/watch?v=kdZuBRZSmEs&feature=related
 
      http://www.botequimvacaatolada.com.br/

Ilustração: "Diabos os carreguem"


Eu já escrevi sobre "Os Possessos" de Dostoiévski, não sei se foi aqui ou em outro lugar, mas vou tentar recuperar esse texto, ou qualquer dia eu encaro de novo e reescrevo. Esta era a ilustração para esse texto que não sei onde botei. Nela o diabo carrega os diabos. Não sei não, mas acho que isso é a essência de "Os Possessos". Deus me livre da heresia que acabei de cometer!

28.10.10

Socorro Lira, mulher de virtude, canta Zé do Norte nesta quinta no Leblon: lua bonita em noite de "sodade" nordestinada




Há alguns anos, de ônibus, no estirão estradeiro de retorno da mineira Carangola ao Rio de Janeiro, pude, como de hábito, no passatempo sugerido pelas rodas da circunstância, prestigiar a nossa boa música popular, pelo CD player portátil, e deliciar-me, dessa vez, com a descoberta de uma extraordinária compositora, Maria do Socorro Pereira - ou Socorro Lira (foto acima), simplesmente, de sobrenome artístico puxado do apelido do pai, comerciante, seu Zé Lira. Nascida e criada na zona rural de Brejo do Cruz, também chão de origem de Zé Ramalho, situado no alto sertão paraibano, Socorro é uma mulher de virtude, na vida e na arte, e um desses símbolos nacionais, de carne e osso, da superação das adversidades de precisão à sua volta pela determinação e pela solidariedade com o sentimento e o sonho de prosperidade da sua gente, a que o seu talento dá verbo e cadência com tocante sinceridade. "Intersecção - A Linha e o Ponto", que ouvi por duas vezes seguidas na
referida viagem, é um desses discos que Socorro, politicamente engajada e formada, em 2000, em Psicologia Social, pela Universidade Estadual da Paraíba, já gravou, ainda sem reverberação
condizente, nos nossos meios de comunicação, com a mensagem musical que a insere, em importância, no rol dos grandes nomes do nosso cancioneiro no seu Estado.
        Sua lira, como destaca o radialista Adelzon Alves, "não está apenas no nome, mas implícita em todo o seu trabalho poético, melódico, de voz e canto, com sons que dela fazem ecoar todo o mesmo Nordeste que a gente ouviu nas vozes de Luiz Gonzaga, de Jackson do Pandeiro, de Ary Lobo, de Marinês; na música e no verso de autores como Antônio Barros, Zé Dantas, Humberto Teixeira e Rosil Cavalcante, entre outros. Tudo isso com o jeito, a forma que traz a garra, a resistência, a briga, mas também a ternura e a beleza da mulher cantadeira do Nordeste brasileiro". Do mesmo diapasão vem ao encontro outro paraibano, o jornalista e escritor José Nêumanne Pinto, para o qual "Socorro é uma patativa, com seu instrumento musical primitivo e simbólico no sobrenome e na garganta, um pássaro de canto bonito no meio da riqueza rítmica e melódica que emerge da escassez sertaneja. Seu canto é pungente ou alegre, religioso ou profano, lento ou cheio de balanço, mas sempre afinado e belo... Ouvi-la é um prazer estético, um deleite sereno e profundo".
        Com participação especial da cantora carioca Marianna Leporace, Socorro Lira faz, nesta quinta, 28 de outubro, no Teatro Municipal Café Pequeno, no Leblon, às 18h, em raríssima chance para os cariocas, um show em que homenageia Alfredo Ricardo do Nascimento, o Zé do Norte (foto acima), que, em 2008, teria completado 100 anos de vida ("flyer" acima). Paraibano de Cajazeiras, à sua autoria se associam pérolas do canto popular do Nordeste, como "Lua Bonita", "Sodade, Meu Bem, Sodade" - toada primeiramente gravada por Vanja Orico - e "Meu Pião", além de adaptação de "Mulher Rendeira", músicas (sobretudo a última) que, a partir do sucesso internacional do longa-metragem "O Cangaceiro", de Lima Barreto (de quem Zé do Norte, por indicação da escritora Rachel de Queiroz, foi consultor de prosódia regional na produção), com a Palma de Ouro em Cannes, em 1953, lograram repercussão em larga escala.
        Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
        Um abraço,
 
        Gerdal     
 
Pós-escrito: Socorro Lira, de sua autoria, canta "Corcunda", no "Sr. Brasil", de Rolando Boldrin, pela TV Cultura (SP), no primeiro "link"; o samba "Clareou", no segundo "link"; no terceiro, ao violão, em apresentação em Campina Grande, entoa uma cantiga das lavadeiras de Almenara (MG); no quarto "link", a voz de Zé do Norte cantando "Lua Bonita" sobre imagens de "O Cangaceiro", do qual participou ainda como ator; por último, também sobre imagens do filme, ouve-se de sua trilha "Meu Pião", de Zé do Norte.
 
       http://www.youtube.com/watch?v=WobhfUNRGyY
 
       http://www.youtube.com/watch?v=T3e5bjg0-G0&feature=related
 
       http://www.youtube.com/watch?v=GpGtyFOQDkw&feature=related
 
       http://www.youtube.com/watch?v=cXcqySUHsJo&feature=related

       http://www.youtube.com/watch?v=SBDw5KiOQ5o

Caricatura: Gilberto Freyre


Conheci mestre Giba numa viagem que fiz ao nordeste na companhia de meu amigo Reginaldo.Éramos dois estudantes de sociologia tentando conhecer a realidade do país.(registrei isso numa croniqueta que não sei se publiquei aqui com o título de Memórias de um Fusca). Isso foi lá em meados da década de 70. Nosso querido amigo Humberto Granja nos levou até o Instituto Joaquim Nabuco, onde encontramos o grande pensador, que elegantemente vestido, nos recebeu muito bem, nos deu livros, um pouco de seu conhecimento e alguns conselhos. Mostrou uma coisa importantíssima que não está nos livros e que não classifico com humildade, mas como generosidade. Foi um momento feliz dentro de uma época triste da nossa história.Pena que não fizemos nenhuma foto desse instante, mas muito tempo depois, tentei essa caricatura, uma homenagem ao mestre, com carinho.

Democlássicos - Concertos na Pista - vídeo explica a ideia superbacana

O Vídeo que vocês vão ver divulga uma ideia genial que é levar a música clássica para lugares onde normalmente ela não entra por questões de hábito - por exemplo: casas noturnas. A prática disso é demonstrar que em certos territórios é possível se ouvir a música universal que recebeu o rótulo de clássica, mas que é viva, sacode a alma e pode ser bem vinda, bem ouvida. O projeto é superbacana - expandir a música clássica - mostrar que ela pode muito bem animar a festa - a festa do ouvir.
Serviço:
Democlássicos - Concertos na pista



1 nov, São Caetano do Sul/ Cidadão do Mundo

2 nov, São Paulo/ Studio SP

3 nov, Cuiabá/ Casa Fora do Eixo

6 nov, João Pessoa/ Espaço Mundo

8 nov, Porto Alegre/ Beco


Carlos Prazeres, oboé

Felipe Prazeres, violino

Ivan Zandonade, viola

Marcus Ribeiro, violoncelo


Realização: Instituto VivaMúsica!

Concepção e direção geral: Heloisa Fischer

Produção-executiva: Ana Paula Emerich

Direção operacional: Luiz Alfredo Moraes

Assessoria de imprensa: Luciana Medeiros

Projeto gráfico: Crama Design Estratégico

Imagens e Edição: Andrei Müller e Gustavo Nonnenberg

Fotos de divulgação: Leonardo Aversa

Produção de moda: Daniela Oliveira

Apoio: Casas Associadas - Associação Brasileira das Casas de Show Independentes

Agradecimentos: Teatro Odisséia (RJ) e Oi Futuro Ipanema



Este projeto foi contemplado no Prêmio Circuito Funarte de Música Clássica 2010

27.10.10

Quito Pedrosa e seu quarteto nesta quarta no Lapinha: um toque de motivação burilada e sabor de "quero mais"


 "Que venham outros discos como este!", escreveu, exortativo, o pianista e compositor Francis Hime no encarte de "Noite Rasa", terceiro CD (2006) - segundo pela Biscoito Fino - da carreira do saxofonista e artista plástico Quito Pedrosa (neto do crítico de arte Mário Pedrosa), que, nesta quarta-feira, 27 de outubro, a partir das 21h30, faz apresentação com o seu quarteto no Lapinha - Av. Mem de Sá, 82 - sobrado - tel.: 2507-3435). Completam a formação o pianista Marco Tommaso, o contrabaixista Bruno Migliari - que me impressionou bastante há alguns anos, na Sala Baden Powell, tocando em show do veterano Júlio Barbosa, o Julinho do Trompete, radicado há muito na Alemanha - e o baterista Marcelinho da Costa, todos parte de "uma meninada", como a eles ainda se referiu Francis no tal encarte, "tão aplicada, que procura se aperfeiçoar e usa o estudo de forma inventiva e original", deixando para trás os tempos de uma falsa percepção do estudo musical como fator de inibição ou de embotamento do talento e da inspiração. Como Quito (foto acima) viveu alguns anos no Peru, injeta elementos da sonoridade ibero-americana no samba e na bossa, sem abrir mão da influência do jazz e do atrativo respectivo da improvisação.
      No primeiro "link" abaixo, ouve-se "Clara", com o quarteto de Quito, ele próprio o "pai da criança"; no segundo "link", "Lusco-Fusco", belo tema de Bruno Migliari; por último, "As Rosas Não Falam", de Cartola, esta um dos clássicos relidos instrumentalmente em "Noite Rasa".
     Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.
 
     Um abraço,
 
     Gerdal
 
A tempo: outro grande músico da nova geração, Marcelo Caldi, com o seu acordeom, faz participação especial no show de logo mais.          

      http://www.youtube.com/watch?v=IIhOH6NI6sg
 
      http://www.youtube.com/watch?v=YpZWe_KQDlo

            http://www.youtube.com/watch?v=CA7QZygygB8&NR=1

Ilustração: No fio

26.10.10

Marcus Lima canta a sua música, nesta terça, como atração do Sete em Ponto, em companhia de Alcione



"Se valeu a pena/não sei dizer/mas valeu a cena pra mim/coisa de
cinema/beijei você/filme sem legenda nem fim...
"

    Prezados amigos,

    Em belíssima gravação, "No Retrovisor", dos versos acima, feita em
parceria com Márcio Proença, mantém o ex-jogador de futebol Marcus Lima, que
já vestiu a camisa do Vasco da Gama, na balada da MPB, fintando
adversidades, com a bola redonda do seu talento, e mostrando um desempenho
ainda mais expressivo a cada lance da carreira, a cada disco. Marcus é um
goleador de festivais, correndo pro abraço da galera após conquistas de
diversos primeiros lugares - em Angra dos Reis (RJ), Bauru e Botucatu (SP),
Boa Esperança (MG) e São Gonçalo (RJ) -, mais recentemente, neste
semestre, o VII Festival de Volta Redonda - com a canção "Deixa Aberta",
outra parceria com Márcio Proença mais Zé Francisco -, o qual lhe propiciou,
de quebra, o prêmio de melhor intérprete. Nesta terça-feira, 26 de outubro,
mês do seu aniversário, ele se apresenta, no Teatro Carlos Gomes, no
Centro, pelo Sete em Ponto ("flyer" acima)
, em companhia de uma das mais
populares cantoras do país, a maranhense Alcione, filha de um sargento
diretor da banda da Polícia Militar em São Luís. Mulher de fibra, até
firmar-se com diversos sucessos - como um dos primeiros, "Seu Rio, Meu Mar",
de Totonho e Paulinho Rezende - na parada do samba, também ralou bastante na
noite, atuando como "crooner" e tocando o seu trompete, em casas como as
extintas Number One, em Ipanema, e Bierklause, no Lido.

      Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

      Um abraço,

      Gerdal
***
Pós-escrito: em seu mais recente CD/DVD, Alcione gravou o samba "O Sono dos
Justos", de Marcus Lima, Márcio Proença e Rodrigo Sastrém. Quanto
aos "links" abaixo, Marcus canta, primeiramente, "No Retrovisor"; no segundo
"link", em imagens da praia da Urca, "Mucama Morena", uma parceria dele com
Sergio Natureza; no terceiro, no mesmo cenário ao ar livre, "Não Deixe o
Rango Queimar", feita com Márcio Proença e Ivor Lancellotti; no último,
Alcione interpreta "Mormaço", de João Roberto Kelly.

 *      http://www.youtube.com/watch?v=K8yPycMvVIY&feature=related*

*      http://www.youtube.com/watch?v=Ip4DXDwZLXY&feature=related   *

*       http://www.youtube.com/watch?v=kj7t39e80Fo&feature=related*

*       http://il.youtube.com/watch?v=F540PtB5GZ8&feature=related **    *

Ilustração: Rock enrola

Quem diria, Pererê cinquentão!


Pois é, o tempo passa dizia Fiori Giglioti (narrador esportivo da Bandeirantes) e passa mesmo. Cacete, a mais genial criação de Ziraldo, a Revista do Pererê comemorou domingo 50 anos- a primeira revista em quadrinhos brasileira feita em cores.
Eu viajei boa parte da minha infância nessas páginas, e sinto muito não ter podido comparecer à festa. Mas fica aqui registrado que sou grato ao mestre Ziraldo, que permitiu com suas histórias maravilhosas, minha vida de menino se prolongar até hoje. Viva o Pererê! Viva o Ziraldo!

24.10.10

Ilustração: Para Boletim Técnico do Senac


(clique na imagem para ampliar e ver melhor)

23.10.10

Idriss Boudrioua, com o seu sax, neste sábado, no TribOz: um sopro de beleza percorre o Bossanovíssima!


 Dele já se disse ser um francês de alma brasileira, tal a sua integração, por exemplo, com a nossa música e os nossos músicos. Ainda pequeno, em seu país de origem, o saxofonista Idriss Boudrioua, de formação inicialmente clássica, no Conservatório de Arpajon, encantou-se com a trilha do filme "Orfeu Negro", de Marcel Camus, e, há quase 30 anos, ainda marcado por esse contato com a música brasileira, passou a residir aqui, embora viaje muito para o estrangeiro, atendendo a shows e turnês. Ao longo da carreira, vem tocando com artistas de grande expressão nacional e internacional, como Cláudio Roditi, Toninho Horta, Raul de Souza, Luiz Eça, Rosa Passos, Célia Vaz, Paquito de Rivera e Michel Legrand. Em 2000, num dos vários discos que lançou, todos bem recebidos pela crítica, homenageia, com um tema seu, "Playing for Canuto", um valoroso colega de sopro, Zé Canuto, fluminense de São Gonçalo, amizade que, quatro anos depois, de modo ampliado, ensejaria o notável CD "Paris-Rio", representativo de toda essa longa ponte aeroafetiva entre as duas cidades e do sem-número de encontros sem despedida com os colegas de profissão, daqui e de fora, possibilitados pelas asas da música.
        Juntamente com Altair Martins (trompete e flugelhorn), Henrique Band (sax), Vítor Gonçalves (piano), Sérgio Barrozo (contrabaixo) e Rafael Barata (bateria), Idriss Boudrioua (foto acima) toca sax em "Vivo Sonhando", de Antonio Carlos Jobim, e, "Trois Amis Blues", de sua autoria (respectivamente, no quarto e quinto "links" abaixo; nos três primeiros fala um pouco de si e da carreira), e, neste sábado, 23 de outubro, a partir das 21h, apresenta-se no TribOz - Rua Conde de Lages, 19 - tel.: 2210-0366. É o convidado especial de mais uma noite agradável do Bossanovíssima!, levado a efeito nesse trecho do "off-Lapa" pelo pianista Tomás Improta e seus valorosos acompanhantes: Dado W (sax), Rodrigo Ferreira (baixo) e Kleberson Caetano (bateria). O show, em si, "bien sûr", é a própria música, tocada, "comme il fault" - e ainda com toda a inspiração do momento -, por esses cobras. "Bon spectacle, messiedames!"
        Um bom sábado a todos. Muito grato pela atenção à dica..
 
       ***
       
        http://www.youtube.com/watch?v=dF5WjIPGD_8&NR=1
 
        http://www.youtube.com/watch?v=gs0iCtqcwqM&NR=1
 
        http://www.youtube.com/watch?v=4isbswe5gh4&feature=related
 
        http://www.youtube.com/watch?v=Ai27ecIuEak&feature=related
 
        http://www.youtube.com/watch?v=-ZypONmE_5Y&feature=related 

22.10.10

Joana Duah, Tamy e Lili Araújo fazem show conjunto nesta sexta no Lapinha: três meninas do Brasil para o mundo






Sangue novo e sangue "bão" na atração desta sexta-feira, 22 de outubro, no Lapinha, a partir das 22h30 ("flyer" acima). Três moças bonitas e esbeltas, Joana Duah, Tamy e Lili Araújo, que também chamam atenção, especialmente, pelo valor que demonstram como intérpretes de uma MPB contemporânea, envolvente, ora intimista e sensual, ora extrovertida e vibrante. O palco da casa já é bem conhecido pela brasiliense Joana, que, em breve, cantará em Roma e, há pouco, no referido bar-restaurante da Lapa, em temporada como convidada do Baião de 5, liderado pelo grande pianista Fernando Merlino, deixou boquiabertos tantos quantos a viram nessas apresentações, como o veterano Márcio Lott, excelente cantor, vivamente impressionado com a categoria dela, feitinha pro sucesso imediato. Tamy, capixaba, já colheu alguns primeiros lugares em festivais, como o de Novos Talentos, do Banco do Brasil, e conta com recomendação enfática de gente de prestígio no meio, como o conterrâneo - e parceiro - Roberto Menescal. Por seu turno, a carioca Lili Araújo - de volta ao Rio há dois anos, após outros vivendo em Viena, onde conquistou numerosos admiradores e, no Velho Continente, levou o seu estilo suingado a diversos e bem frequentados endereços do jazz - é elogiada por crítica e blogues especializados quanto ao seu primeiro "Arribação", um CD que contou com arranjos do saxofonista Henrique Band, do calejado trompetista Darcy da Cruz, da própria Lili e dos guitarristas Gabriel Improta e Marcos Amorim, este um dos meus talentosos vizinhos em Laranjeiras.    
         Joana Duah, Tamy e Lili Araújo (fotos acima), na apresentação desta noite, também se expressam por versos e melodias próprios - além de lembrar compositores do quilate de Márcio Faraco, Luís Gonzaga Jr. e João Donato, por exemplo -, e, nos "links" abaixo, cantam e encantam: 1) com "Notícias do Brasil", de Milton Nascimento e Fernando Brant, acompanhada, entre outros, pelos cobras Hamílton de Holanda e Gabriel Grossi; 2) com "Serenata de uma Mulher", de Chiquinha Gonzaga, letrada por Paulo César Pinheiro, em cena da peça "Lapa, um Musical" (estas duas na voz de Joana); 3) "Vem Ver", de Tamy, da trilha de recente novela da TV Globo, "Viver a Vida"; 4) "Gigi", de Tamy e Sanny Lis, com o auxílio luxuoso das cordas de Menescal (estas músicas, naturalmente, por Tamy); 5) "Silenciosa", de Fátima Guedes, em teatro vienense; 6) "Tapete Azul", de Alegre Correa (gaúcho há muito radicado na Áustria) e Toninho Porto (por Lili Araújo).
         Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
         Um abraço,
 
         Gerdal  
      
 
         http://www.youtube.com/watch?v=7PvuTxs84s0
 
         http://www.youtube.com/watch?v=NYJVdO8p19g&feature=related
 
         http://www.youtube.com/watch?v=45UVOqZdCU0&feature=related
 
         http://www.youtube.com/watch?v=EFYO_6KaIPU&feature=related
 
         http://www.youtube.com/watch?v=P8nIO9jdgqk
 
         http://www.youtube.com/watch?v=xS6_YdDA9qM&NR=1   

Caricatura: Machado de Assis no espelho

Programe-se: Lançamento do livro " A Revolução do Fast Fashion" na Livraria da Vila-Lorena - em Sampa


Prepare-se, a revolução agora é rápida e chic, pelo menos é isso sugere o título do livro de Enrico Cietta "A Revolução do Fast Fashion - Estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas". A publicação é da Editora das Letras e Cores. O livro vai ser lançado no dia 26 de outubro a partir das 18h30 e começa com um bate-papo com o autor, mais Roberto Ethel e Geni Rodio Ribeiro. O local é Livraria de Vila - Lorena
Alameda Lorena, 1731 - Jardim Paulista, em Sampa
(Clique na imagem para ver a capa do livro e ler melhor as informações)

21.10.10

Hélio Delmiro toca nesta quinta na noite de Ipanema: um violão nas alturas


Não faz muito, tive o privilégio de assistir, na sala do apartamento do compositor Fred Falcão, aqui mesmo em Laranjeiras, em um dos seus informais e animados encontros musicais, a um momento mágico: Hélio Delmiro e Célia Vaz em duo tocando dois ou três "standards" do jazz, como "Our Day Will Come". E é esse mesmo instrumentista-referência das cordas brasileiras, autor da belíssima "Velho Arvoredo" - com letra de Paulo César Pinheiro -, que se apresenta, nesta quinta, 21 de outubro, no Grill 360, em Ipanema, às 21h, como atração da vez na série Nas Alturas ("flyer" acima), produzida pela amiga Amanda Bravo, filha de outro violonista de peso, figura marcante na bossa nova, o saudoso Durval Ferreira. Um show, portanto, para acompanhar com toda a atenção - e deslumbramento - e curtir na paz do Senhor.
   *** 
Pós-escrito: no "link" abaixo, mestre Delmiro toca "Beijo Partido", de Toninho Horta, outro grande.   
 
 
      http://www.youtube.com/watch?v=K2Mkdya3Mng&feature=related
 
 

Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil, nesta quinta, em raro show no Rio de Janeiro, pela série Quintas no BNDES (grátis)


Alvíssaras! Com muita satisfação, estendo a vocês o recado abaixo recebido, informando, desde já, para esta quinta-feira, 21 de outubro, às 19h, no auditório do BNDES, com entrada franca, uma rara apresentação, no Rio de Janeiro, do talentoso Eduardo Gudin, cantor, compositor, violonista e produtor recém-ingressado na faixa dos sexagenários. Também abaixo, no "link", um aperitivo do repertório autoral de Gudin, com o próprio e o seu instrumento acompanhando a cantora Shirley Espíndola em trecho de "Obrigado", o que, aliás, me inspira um agradecimento a Lívia Mannini, que ainda não conheço pessoalmente, por esse comunicado de show tão prazeroso para os que, como eu, curtem de montão a nossa boa MPB.  
       Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.
 
       Um abraço,
 
       Gerdal 
 
A tempo: faltou ao belo samba "Estrela", entre os títulos lembrados abaixo, a menção do nome do letrista, Roberto Riberti, outro talento de Sampa. Há poucos anos, teve regravação de uma excelente cantora mineira, Angela Evans, no CD "Um Pouco de Morro, Outro Tanto Cidade Sim". 
 
 
     http://www.youtube.com/watch?v=4vHpqUSt3JE ("Obrigado")

******
 
Gerdal,
 
Nesta quinta-feira, dia 21/10, às 19h, o compositor, cantor e violonista paulistano Eduardo Gudin, acompanhado por seu grupo, o Notícias Dum Brasil, se apresentará no projeto "Quintas no BNDES" (RJ), comemorando seus 60 anos de idade.

No repertório estarão alguns de seus clássicos, como "E lá se vão meus anéis", "Maior é Deus" e "Mordaça", (Eduardo Gudin/ Paulo César Pinheiro), "Ainda Mais" (Eduardo Gudin/ Paulinho da Viola), "Estrela" (Eduardo Gudin/ Elton Medeiros), "Euforia" (Eduardo Gudin/ Nelson Cavaquinho/ Roberto Riberti), "Verde" (Eduardo Gudin/ J. C. Costa Netto), dentre outras, inclusive inéditas.
 
Esperamos você por lá!
 
Confira maiores informações abaixo e no site: www.eduardogudin.com.br
 
Abraços ,
 


Livia Mannini
Produtora Cultural


EDUARDO GUDIN & NOTÍCIAS DUM BRASIL
Local: Auditório do BNDES
Endereço: Av. República do Chile, nº 100 – Centro – Rio de Janeiro/ RJ
Data/ Horário: Dia 21 de outubro de 2010 – 19 Horas
Entrada Franca – Senhas distribuídas às 18h
Informações: (21) 2172-7757
 

Ilustração: "O Grego"


((Clique na imagem para ampliar e ver melhor)

Programe-se: Marcos Sacramento e Luiz Flavio Alcofra dia 22 às 19 hs Na Sala Funarte


Marcos Sacramento e Luiz Flávio Alcofra
Sala Funarte Sidney Miller
dia 22 de outubro às 19 hs
ingresso R$10 (inteira) R$ 5 (meia) para estudantes e maiores de 65 anos
Rua da Imprensa, 16 - Centro
Rio de Janeiro, 

20.10.10

Rômulo Gomes nesta quarta no Lapinha: contrabaixo e voz em show de iguarias autorais


Vindo ao Rio, o saudoso Johnny Alf fazia questão de tê-lo como acompanhante em shows, um mesmo músico, aliás, admirado por Maria Bethânia, de cujo conjunto faz parte, com ela viajando por todo o Brasil e pelo exterior, além de se apresentar amiúde com Zé Renato e Ricardo Silveira (com o qual, aliás, e mais o baterista Di Steffano, aparece tocando em "link" abaixo). Ele é o contrabaixista, compositor, arranjador e cantor campista Rômulo Gomes, gente finíssima e instrumentista muito bem cotado na praça, que, nesta quarta-feira, 20 de outubro, às 21h30, mostra serviço no Lapinha ("flyer" acima), juntamente com outros dois destaques da nossa nova geração de instrumentistas, o ótimo pianista Adriano Souza e o baterista Xande Figueiredo, este com atuação muito apreciada há alguns anos no Prêmio Visa, em São Paulo, chegando entre os cinco primeiros colocados. Israel Dantas, revelação maranhense do violão, terá participação especial. 
      Um show que salienta o lado autoral de Rômulo Gomes, de quem costumo lembrar um samba da melhor qualidade, de sabor bem carioca, "No Sujinho da Alice", com letra do cardiologista Cesar A. S. Nascimento, sobre rua em Laranjeiras famosa no passado pelo antigo exercício da "tolerância" em uma certa "casa rosada". Trata-se de uma gravação encontrada no primeiro CD do também ótimo cantor, violonista e compositor Gladston Galliza, hoje radicado na Espanha. Oxalá esteja incluída no "set list" da apresentação.
                     

 
       http://www.youtube.com/watch?v=tjQf8hnes5A&feature=related         

Seminário na ABI: "O JB que nós amávamos"


Conheço uma pá de gente que amava o JB na sua forma impressa. Uma verdadeira instituição nacional que deveria fazer parte do patrimônio do país que leva no nome: Um verdadeiro Jornal do Brasil.
Quando eu era um garoto de 17 anos, juntava uma graninha, que era pouca naquela época, para comprar o JB numa banca que ficava na Esquina da São João com Barão de Limeira. Achava aquele jornal o fino da bossa, ele e o Correio da Manhã, os jornais mais bonitos que já foram feitos nesse país desmemoriado.
O seminário "O JB que nós amávamos" vai rolar na ABI nos dias 20 e 21 de outubro com palestras, mesas redondas, quadradas, mesas de edição de diagramação etc e tal.
Clique na imagem do flyer acima para ampliar e ler melhor a programação.
Mas como sei que vai ficar difícil de enxergar, aqui vai a programação:
Dia 20 - quarta-feira
16 horas - Exibição do curta "Um moço de 74 anos" de Nelson Pereira dos Santos
16.30 horas - Exposição sobre a reforma gráfica do JB - Professor Ildo Nascimento/ UFF
17 horas - Um jornal que fez história - Alberto Dines, José Silveira, Wilson Figueiredo, Ana Arruda, Cícero Sandroni
18.45 horas - Exibição do Vídeo: "Av.Brasil 500" de Rogério Reis
19 horas - "Jotabeninanos: a memória afetiva e política da Redação: Alfredo Herkenhoff, Romildo Guerrante, Sandra Chaves, Luiz Carlos David, Agnaldo Ramos
21 horas - Lançamento do livro "Memórias de um secretário: pautas e fontes" de Alfredo Herkenhoff
Dia 21
16 horas - Exibição do Programa do Observatório da Imprensa sobre o fim da edição Impressa do JB
17 horas - As orígens da crise - Wilson Figueiredo, Nilo Dante, Suzana Blass e Paula Máiran
19 horas - A saída para o On Line e o futuro do jornalismo impresso - Oriovaldo Perin, Rosental Calmon Alves, Caio Túlio Costa, Ricardo Gandour
A ABI fica na Rua Araújo Porto Alegre, 71 - Centro - o Seminário vai rolar no nono andar.
Todos que amavam o JB lá!

19.10.10

  A Volta de Gerdal: Hugo Fattoruso na levada do candombe - o quintal universal de um grande músico uruguaio



Fora de circulação virtual na semana passada, desfrutando de parte do tempo regulamentar de férias do meu ofício reparador do texto, estive no Uruguai - mais precisamente na capital, com extensões de "sightseeing" em Punta del Este e Colonia del Sacramento -, no qual fui tratado com muita lhaneza e simpatia por onde andei, a passo fortalecido, por exemplo, pela saborosa "parrillada" servida no Mercado del Puerto, em Montevidéu. No caminho de volta ao Rio, a bordo de aeronave da Pluna, deliciei-me com o som de CD recente (comprado lá e creio que ainda não encontrado aqui) que faz parte da discografia de um músico fabuloso, multi-instrumentista - mais visto em companhia do piano -, compositor e arranjador de primeira: "nuestro hermano" Hugo Fattoruso (foto acima). Montevideano reinserido no cenário urbano de origem, embora muito viajado mundo afora por força de agenda profissional, Hugo é bem conhecido no Rio de Janeiro, onde viveu por oito anos, tocando, com Teo Lima, Sizão Machado, Jota Moraes e Zé Nogueira, entre outros, na bem gabaritada banda Sururu de Capote, de Djavan, e com assinatura aposta, como pianista e arranjador, em numerosos encartes de discos nacionais, além de presença marcante em shows de artistas de renome, como Milton Nascimento, Chico Buarque, Toninho Horta, Fafá de Belém, Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos. Começou cedo sua carreira - aos 13 anos, ao acordeão e ao piano, formando com um irmão mais novo, Osvaldo, baterista, e o pai, Antonio, baixista, o Trio Fattoruso (foto acima) -, integrou outros conjuntos - como o Opa, nos EUA, onde morou de 1969 a 1980 -, recompôs, em 2000, o supracitado trio familiar - com o baixista Francisco Fattoruso, seu filho, substituindo o avô - e, movido por sua paixão pelo candombe - ritmo tradicional uruguaio de fundamento africano -, formou o grupo Rey Tambor, que o tem acompanhado mais recentemente. Em maio deste ano, com o Songoro Cosongo, participou da série Afrolatinidades, no CCBB, no Rio, e, dois meses depois, juntamente com Hermeto Pascoal e o padrinho do evento, o excelente pianista e compositor gaúcho Geraldo Flach, por exemplo, foi atração de relevo do I Festival de Jazz de Pelotas.   
     No primeiro dos "links" abaixo, vemos Hugo Fattoruso recebendo uma comenda em seu país; no segundo "link", canta e toca, ao piano, em bar de La Paz, um candombe lento de sua autoria, "Repicado"; no terceiro e quarto "links", recorda a sua trajetória em entrevista para uma rádio uruguaia; no quinto "link", fala do acompanhamento do candombe ao piano; no sexto "link", acompanhado dos seus conterrâneos Osvaldo Fattoruso, Leo Amuedo (guitarrista radicado há alguns anos no Rio) e Daniel Mazza (baixista), Hugo toca e canta "Mama Vieja", de Eduardo Mateo; no último "link", em grande performance, faz duo com o percussionista japonês Tomohiro Yahiro.
     Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção. 
  Um abraço,
 
     Gerdal     
 
A tempo: aos interessados, o CD a que me referi no primeiro parágrafo tem por título "Puro Sentimiento - Hugo Fattoruso y Rey Tambor". Dele, também adquiri, em Montevidéu, "Emotivo - Hugo Fattoruso y Rey Tambor" e um mais jazzístico, "Hugo Fattoruso - Café y Bar Ciencia Fictiona

 
    http://www.youtube.com/watch?v=pTXW8h8MX4U&feature=related
 
     http://www.youtube.com/watch?v=Osm1nhNMsvI&feature=related
 
    http://www.youtube.com/watch?v=FacMTctNYi8&feature=related
 
    http://www.youtube.com/watch?v=FtSpvV5bBDg&NR=1
 
    http://www.youtube.com/watch?v=qF4hYR17qyk&feature=related  
 
    http://www.youtube.com/watch?v=3MhQ8Wv63Fw&NR=1 
 
    http://www.youtube.com/watch?v=yVyLHypnOnQ  

No Projeto 7 em ponto, Mariana Baltar convida Teresa Cristina


Vai ser hoje, dia 19 de outubro - terça-feira às 19 horas,o Big-Show que reunirá Mariana Baltar e Teresa Cristina no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes , 19 - no Centro mais maravilhoso do Rio de Janeiro com estas duas cantoras que decerto vão abalar os alicerces.

Hoje na Livraria Folha Seca - Retratos do Brasil profundo


Hoje, a partir das 19 horas rola na Livraria Folha Seca o lançamento do livro "Retratos do Brasil profundo" de José Caldas.
A Folha Seca fica na Rua do Ouvidor, 37 no belíssimo centro do Rio de Janeiro.

Programe-se: Atenção Sampa, não percam Exposição" Rubem Grilo- Xilográfico"!


Amigos da paulicéia desvairada, essa exposição é imperdível - coisa para privilegiados: dia 23 de outubro começa a mostra "Rubem Grilo -Xilográfico- 1985-2010"
A Visitação vai ser aberta no dia 24 de outubro e vai até o dia 28 de novembro de terça a domingo, das 9 às 21 horas - A entrada é risonha e franca. O evento vai rolar na Caixa Cultural São Paulo, na Praça da Sé, 111 , no coração de São Paulo.
(Clique na imagem para ver a bela xilogravura e ler melhor)

16.10.10

Pintura - Box


Faz tempo que estou para botar no ar esta pintura que fiz 10 anos atrás, mais ou menos. Faz parte do acervo do meu grande amigo Antoninho de Paula, que diagramou por longos anos, com muita arte e competência o Caderno de Idéias do Jornal do Brasil. Foi Antoninho de Paula, o grande responsável, o principal motivador da minha primeira e única exposição no Rio e também o cara que me cobrou diariamente a "missão" de fazer meu livro "Era uma vez um Brasil" - o design da capa é dele, quando engatinhávamos em matéria de computador.
Esta pintura (acima) é a primeira de uma série sobre box. O tema era apenas um pretexto para trabalhar a matéria pictórica,me lançar na experiência estética que difere totalmente da ilustração. A pintura é como um idioma que a gente tem que aprender. Este quadro foi um dos que eu mais gostei- é de grandes dimensões e foi difícil para mim me distanciar dele.Depois dessa pintura, fiz mais quatro com o mesmo tema, que estão na casa de amigos meus, em seguida iniciei uma série sobre música e músicos que ainda não terminou e já entrei por um novo caminho, o das naturezas muito vivas. Um dia ainda me torno pintor. Tomie Otake começou aos 40 anos, o que me leva a pensar que é sempre cedo. O tempo nunca morre, o círculo não se completa jamais...
(NR: A foto foi feita com máquina digital em condições particularmente difíceis, pois o quadro está no alto de uma parede de uma casa gigantesca, num ângulo que torna quase impossível alcançar um bom resultado)
(Clique na imagem para ampliar e ver melhor)

15.10.10

14.10.10

Ilustração do fundo do baú: "A chave e a fechadura"

Programe-se: Lançamento do livro" Pobres, porém perversos" - de Mouzar Benedito dia 19 de outubro


O livro Pobres, porém perversos do meu amigo Mouzar Benedito vai ser lançado no dia 19 de outubro, a partir das 18,30 horas no Sushi da Villa na Rua Wisard, 574 na Vila Madalena - esquina com a Mourato Coelho (ou será Morato Coelho?). Por essas e outras que vou acabar mudando para Sampa.
Mouzar dispensa apresentações, mas esse texto límpido de Márcio de Souza ninguém poderia dispensar. Fala mestre:
Romances sobre matutos na grande cidade não são muito comuns hoje em dia. Foi, até os idos dos anos sessenta, um tema recorrente no teatro, no rádio e na literatura. É por isto que o novo livro de Mouzar Benedito surpreende.
Pobres, Porém Perversos é todo uma novidade só. Primeiro, é um livro sobre migração interna, sobre aturdimento cultural e a arte de sobreviver do fraco que se faz forte. É tudo isto e é também o sempre articulado e singelo senso de humor do autor. Aliás, leitor, o humor é a grande virtude deste romance de formação, um caso raro em se tratando de história de gente simples, jovens de um país de poucas perspectivas, já calejados na arte de levar a vida sem grandes tropeços.
Considero este romance um belo exemplar de maturidade estilística, de domínio do assunto, escrito por alguém que tem compaixão por esses sofredores ingênuos, malandros, basbaques perante um mundo sem contemplação e sem piedade.
Pobres, Porém Perverso vai enriquecer os leitores. E fala de esperança num tempo que a esperança virou apenas uma utopia a mais.

Márcio Souza

Programe-se: Show de Mantras no dia 23 de outubro



Trata-se do grupo Surendra, Devis & Devas (foto aima) que vai apresentar um show de Mantras indianos na AABB , Avenida Borges de Medeiros 829 - Lagoa - Rio de Janeiro no dia 23 de outrubro, a partir das 17.30 horas com entrada franca. Vão rolar outras atividades junto com o show (confira no flyer - clique nele para ampliar e ler melhor).
Neste conjunto, destaca-se meu amigo, o flautista francês Jean Cristophe Aveline que é um craque no instrumento - no link abaixo está uma apresentação dele gravada para o Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=yJsR6zJmKio

13.10.10

Hoje - "O estranho na moda" - lançamento do livro de Silvana Holzmeister


O lançamento de "O Estranho na Moda" de Silvana Holzmeister é hoje, dia 13/10, das 18h30 às 22h na Livraria da Vila - Alameda Lorena, 1731 - Jardim Paulista. A editora é a Estação das Letras e Cores.
(clique na imagem para ampliar e ver melhor)

Um dia, um peixe


Não é um peixe-banana de Salinger. É apenas um peixinho que se soltou de um desenho imenso que eu fiz.(Acho que nessa época eu andava navegando nas águas do submarino amarelo) Explico: o peixe em questão estava colado com cola de sapateiro - aquela cola do tipo de borracha - acontece que com o tempo ela fica fraquinha, fraquinha, seca como uma caveira de burro na caatinga, então o peixinho caiu, se soltou, foi parar numa gaveta da velha mapoteca e não sei a razão de estar flutuando aqui neste blogue sem muito assunto, depois do feriadão. Acho que cansou de ser coadjuvante de uma grande narrativa e resolveu ser protagonista, mesmo que em forma de uma simples vinheta.

Programe-se: "Eu, leitor" vem aí!


(O cartaz é muito grande, então eu escrevi tudo que nele está escrito. São palestras, debates sobre temas da poesia, do romance, do conto, da crônica e do teatro).
Centro Cultural Justiça Federal e Plumagenz apresentam: Eu, leitor
5 gêneros - 5 descobertas - 125 sugestões de leitura
5 etapas de uma viagem através de poemas, cantos, romances, crônicas e peças teatrais. Ao final, o leitor descobrirá o que prefere ler.
26 /10 terça-feira 19 horas - Onde está a Poesia - Carmem Moreno
27/10 quarta-feira 19 horas - Contos de Maupassant - Joana Ferry
28/10 quinta-feira 19 horas - A paixão pela Palavra (romance) Carlos Eduardo Leal Participação: Luiza Jatobá
29/10 sexta-feira 19 horas - O Centro é a Cidade (crônica) Pedro Afonso Vasquez
Participação: Luiza Jatobá
30/10 sábado 15 horas - Identidade em Cena (teatro) - Luiza Jatobá -
Participação : Oriana Menescal
Mediação: Vivian Wyler

Avenida Rio Branco, 241 - Centro - Rio de Janeiro/ RJ/ Tel: (21) 3261 2550

Inscrições de 18 a 22 de outubro, das 11hs às 16 horas
Tel: (21) 2225 7186 / E-mail: plumagenz@plumagenz.com.br

Todos lá!
(Clique na imagem para conferir)

12.10.10

Esboço de caricatura de Tarantino


É o primeiro rabisco para se chegar ao grande cineasta Quentin Tarantino.

Programe-se: Para pensar a Imprensa


O Assunto é quente, vai rolar um papo sobre o tema Charges e caricaturas: o humor gráfico na história da imprensa. Vai acontecer na quinta-feira, dia 14 de outubro às 14h30 na Casa de Rui Barbosa. A reflexão será conduzida por Laura Nery doutora em História Social da Cultura e professora do Departamento de História da Uerj.
(Clique no flyer para ampliar e ler melhor)

11.10.10

Ilustração: Cão uivando para a lua


Esta é a tal da xilogravura de paulista, muito usada na imprensa que não tem tempo para nada e vive correndo com medo do deadline. Eu já expliquei aqui no blogue como se faz etc...O cão em questão, acho que está em cima de um morro tentando morder a lua cheia.

10.10.10

Caricatura de John Lennon


(Mais uma homenagem a John Lennon - agora em forma de caricatura)