31.3.09

Da Série Os Sete Fôlegos


Da oficina imaginária de Guilherme Mansur, surge mais uma invenção de fôlego.(última da série)

30.3.09

"João do Rio, 45" novo livro de Mouzar Benedito dia 7 na Vila Madalena


Meu amigo Mouzar Benedito , jornalista e escritor de muitas histórias, conta mais essa de um endereço , ou seja no livro João do Rio, 45
O lançamento vai ser no dia 7 de Abril - terça feira- às 19 horas no Bar Canto Madalena
Todo mundo lá! O último a chegar é mulher o Papa!

Cartum: "Na Sinfônica"

"O Visitante" é o melhor filme desse começo de ano ainda no telão.


Na semana que passou, recebi um e-mail de um amigo que recomendava com muito entusiasmo o filme “O Visitante“. Dizia que era o “melhor filme dos últimos anos: um emocionado e emocionante questionamento da intolerância e das diferenças”- afirmava “é sobre a descoberta do outro e o encontro.” Classificava o filme como “imperdível”.
Não tive dúvidas - convidei minha mulher, que deu um tempo no seu trabalho incansável pela paz mundial e fomos conferir.
Escrevo esse post num só fôlego, portanto, perdoem qualquer deslize, repetição ou vacilo com a nova ortografia e com a velha também.
Sim, “O visitante” (The visitor - (2007) é tudo isso que meu amigo disse. Só que não vem com aquele discurso altissonante de denúncia. Não vem com pedras na mão e com estardalhaço, mas acredito que provoca uma reflexão mais profunda sobre as relações humanas nessa altura do campeonato. De ruidoso mesmo, só tem o tambor sírio, uma metáfora- um meio de comunicação dos diferentes. Quem ver o filme vai entender essa sacada.
O filme é escrito e dirigido por Thomas MacCarthy (que também é ator, - atuou até em três episódios de Law & Order) e dirigiu o filme “O Agente da Estação” (The Station Agent) que conta a históría muito louca de Finbar McBride, um anão que resolve viver uma aventura longe da humanidade numa estação de trem (que ele herdou)abandonada, mas acaba se relacionando com uma artista devastada por uma perda e um vendedor de cachorro quente.
“O Visitante” conta uma história menos exótica, fala de diferentes num mundo locuo, mas já é algo próximo de uma obra prima. Conta a história de um professor - Walter Vale, interpretado magnificamente por Richard Jenkins. Esse professor de economia políica está vivendo um momento de total desânimo e solidão depois da viuvez e da partida de seu filho para estudar na Europa. Sua falecida mulher era uma pianista clássica e ele tenta em vão fazer alguma coisa nos teclados do piano que como ele - ficou abandonado, mas desiste depois de tentar aprender com vários professores. Sua vida se resume a dar uma única aula semanal na universidade , com um programa que não se altera há anos, e uma rotina sem sal que será quebrada com a solicitação de que ele participe de um congresso em Nova Iorque. O complicado desse convite é que ele tem que falar sobre um livro do qual é co-autor , mas que na realidade , ele apenas entrou com o nome. Ele tenta se safar dizendo que está produzindo um novo livro etc e tal, mas é colocado contra a parede e obrigado a embarcar para o tal encontro de especialistas.
Quando ele chega ao seu apartamento novaiorquino (que se encontrava fechado desde a morte de sua mulher) de repente percebe que ele está ocupado por um casal imigrantes ilegais que foi parar ali por causa de um sujeito 171 que ao que parece alugava imóveis há muito tempo sem uso. Os imigrantes ficam apavorados., com a chegada do estranho visitante. O rapaz, um sírio chamado Tarek (vivido por Haaz Sleiman) e a moça, que veio do Senegal, Zainab (Danai Jekesai Gurira) acabam depois de alguns mal-entendidos- estabelecendo uma relação com Walter. Aí que começa uma história comovente - a história do encontro e das diferenças de que falava meu amigo no e-mail. Não vou contar o resto da história, por que seria safadeza.
A única coisa que posso acrescentar é que é um drama, onde aparece de forma clara, sem estridiencia, os contraste de um mundo criado a partir do ataque dos 11 de setembro e as suas funestas consequências ou seja , a era Bush - a intolerância, a vigilância, a desconfiança e principalmente o desrespeito aos direitos dos cidadãos e os métodos brutais aplicados de forma fria e burocrática para tratar dos problemas dos imigrantes. Esse filme mostra como Guantánamo estava dentro da aparente normalidade da Big Apple.
Outra coisa que tem que ser ressaltada, é o maravilhoso desempenho do elenco e sem dúvida a redescoberta do imenso talento de Richard Jenkins. Esse ator que sempre teve papéis secundários ou em comédias, revela seu potencial dramático ao viver o complexo professor Jenkins. (chegou a ser cotado para o Oscar deste ano, mas perdeu para Sean Penn)
Meu receio é que no meio dessas grandes produções que estão em cartaz na cidade, esse filme passe para segundo plano.
Agradeço ao meu amigo por essa preciosa dica.

(NR. Outra coisa bacana foi conhecer o som do músico nigeriano (já falecido) Fela Kuti que aparece citado no texto do filme e na trilha sonora )

29.3.09

Dica do Gerdal: Miltinho no telão


"Você, mulher, que já viveu/que já sofreu/não minta/um triste adeus/nos olhos teus/a gente vê, mulher de trinta..." ("Mulher de Trinta", de Luís Antônio); "Foi assim/a lâmpada apagou/a vista escureceu/um beijo, então, se deu/e veio a ânsia louca, incontida do amor..."("Meu Nome É Ninguém", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa); "Peguei o Zé/de copo na mão/tentando afogar a Conceição/no bar, quem é triste vira herói/engana a cabeça/o coração não dói..." ("Zé de Conceição", de João Roberto Kelly); "Luminosa manhã/pra que tanta luz?/dá-me um pouco de céu/mas não tanto azul..." ("Canção da Manhã Feliz", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa); "Você errou/quando olhou pra mim/uma esperança fez nascer em mim..." (Recado", de Djalma Ferreira e Luís Antônio). Esses, entre outros, são sucessos que, sobretudo nos anos 60, firmaram o cantor carioca Miltinho, no panorama da MPB de então, com uma interpretação diferente, anasalada, toda sua, em que brincava com o ritmo e a divisão. Seu primeiro elepê solo, "Um Novo Astro", data de 1960, em que gravou a bem rodada "Mulher de Trinta", mas, antes disso, provara da antiga e eficaz receita do canto popular: a atuação como "crooner", de 1950 a 1957, da Orquestra Tabajara e, pouco depois, do conjunto Milionários do Ritmo, liderado pelo organista Djalma Ferreira. Também fizera parte de memoráveis conjuntos vocais, como Namorados da Lua, Anjos do Inferno e Quatro Ases e um Curinga, cantando e batendo pandeiro, o que hoje, muito bem, faz um talentoso seguidor seu, da nova geração da Lapa, Pedrinho Miranda, do Grupo Semente.
"Filho direto do melhor sincopado brasileiro", como escreveu o colunista de economia e bandolinista Luís Nassif, Miltinho é tema do curta-metragem "No Tempo de Miltinho", de André Weller, pianista, artista gráfico e ex-integrante do conjunto Família Roitman ("flyer" acima). Do amigo André tive a sorte de ganhar, no Natal passado, uma cópia desse documentário, que recomendo com ênfase e será exibido neste domingo, no Artplex, em Botafogo, às 14h, e amanhã, no mesmo cinema, às 16h, pelo festival É Tudo Verdade, indo em seguida para São Paulo. Feito com recursos da Petrobras, após aprovação em concurso público da estatal, e mostrando raras imagens de arquivo, trata-se de merecido e bem-vindo reconhecimento. Flores dadas, ainda em vida, aos 81 anos recém-completados, a "esse cantor que sempre transitou entre a modernidade e a tradição, que é popular sem deixar de ser sofisticado", de acordo com a arguta observação do jovem jornalista, pesquisador e escritor Rodrigo Faour.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

Da Série Cartum de Máfia

28.3.09

Dica do Gerdal : Hermínio Bello de Carvalho: show na Tijuca encerra, hoje, série comemorativa


Nome da maior fulguração no céu estrelado da música brasileira, pelos sortidos papéis que nela desempenha, sempre com inquestionável competência, Hermínio Bello de Carvalho é, com toda a justiça, alvo de shows-homenagem no Centro Municipal de Referência da Música Carioca ("flyer" acima), na Tijuca, comemorativos dos seus 74 outonos. Já houve duas apresentações, abrilhantadas, em particular, por duas cantoras fantásticas - a tarimbada Áurea Martins e a iniciante Angela Evans -, e, neste sábado, 28 de março, a série se encerra com a participação de mais gente talentosa, da qual esse poeta carioca de Ramos (que pensava ter nascido no bairro vizinho de Olaria, como informou, há algum tempo, num programa da antiga TVE) sempre esteve cercado. Parabéns, Hermínio! Vida longa à sua lira e à sua atividade!
Um bom fim de semana a todos. Muito grato pela atenção à dica.

Da Série Os Sete Fôlegos



Da oficina de imaginações de Guilherme Mansur pula um gato olhudo.

Cartum: O que seria da História se...

27.3.09

Visita guiada e lançamento do catálogo - Rubem Grilo


Neste sábado, dia 28 de março, a partir das 16 horas vai rolar o lançamento do catálogo da Exposição Rubem Grilo – Xilográfico, 1985–2009 com uma visita guiada.
A Exposição fica até dia 12 de abril na Caixa Cultural Rio de Janeiro - galeria 3
Av. Almirante Barroso, 25 · Centro
20031-003 · Rio de Janeiro · RJ.
Quem quiser ver algo mais sobre a mostra deste que é um maiores artistas brasileiros (e sem dúvida do planeta) é só clicar no seguinte endereço http://www.artepadilla.com.br/rubemgrilo/

Charge: Minha casa nossa vidinha boa!

Dica do Gerdal : Rogério Bicudo e Ivan Milanez: uma grande atração do samba, hoje, no Café Cultural


Uma boa pedida para a noite desta sexta-feira, 27 de março, é o show que Rogério Bicudo e Ivan Milanez farão no Café Cultural ("flyer" acima), no Centro. Uma atração que reúne músicos de formações distintas - um de base popular; outro de fundamento erudito -, apresentada com sucesso no ano passado em Campos, essa cidade musicalmente abençoada por causa de tantos talentos lá nascidos, como o trompetista Barrosinho, recentemente falecido. Rogério Bicudo, violonista e compositor, também é rebento daquelas bandas do Norte Fluminense e, na antiga capital federal, na Escola de Música Villa-Lobos, deu prosseguimento ao estudo das suas cordas, de dedilhado acendrado por aulas de Odair Assad e, depois, em Madri, em 1982, no Real Conservatorio, por mestres seguidores de Andrés Segovia. Como a MPB nele exerce forte apelo, divulgou o nosso samba em Ibiza por alguns verões até fixar-se, em 1987, em Amsterdam, onde formou o conjunto Choro Combinado, de livre trânsito pela pauta e composição inusitada para o gênero (violão, baixo, clarineta e violino), com o qual gravou dois ótimos CDs - "Sonoroso", em 1999, e "Curare", em 2001. Há três anos, também cantando, gravou outro ótimo CD, solo, "Solução", em que à faixa-título (do capixaba Raul Sampaio, ex-integrante do famoso Trio de Ouro e que conheceu Rogério ainda na infância deste) juntam-se pepitas do samba dos anos 50 e 60. (Pelo Youtube, Rogério pode ser visto com o seu instrumento levando um samba próprio no Buteco do Brasil, em Haia.) .
Há pouco homenageado, em Fazenda Botafogo, no reduto da Quilombo, Ivan Milanez - carioca de Santo Cristo criado na Serrinha, componente da Velha Guarda Show do Império Serrano e filho do diretor de bateria Mestre Dinho, um dos fundadores da escola da Serrinha - faz contraponto harmonioso, de formação, vivência e batuque, com o seu amigo e colega de palco. Para além da percussão, Ivan é um nome que deve ser sempre lembrado por seu empenho na defesa da causa da cultura popular no Rio: se a Lapa hoje está "bombando", deu valorosa contribuição para isso, participando do Pagode nos Arcos, por exemplo, nos anos 90, e ajudando o bairro boêmio, então esmaecido, a reencontrar o brilho da sua tradição.

Ilustracão : Capa da Agenda Viva Música! de Carnaval


Esta é a capa da Agenda VivaMúsica! da época do Carnaval. A ilustração foi feita pelo blogueiro que vos fala.

Cartum - "O Bobo em apuros"

Da Série Os Sete Fôlegos


Da oficina de imaginações de Guilherme Mansur sai um gato levado da breca.

26.3.09

Dica do Gerdal :Ellen de Lima troca de idade com show comemorativo, hoje, em Niterói


Notabilizando-se, nos anos 60, na extinta TV Tupi, como a voz suave que embalava o sonho de muitas jovens nubentes em desfile com a "Canção das Misses" ("Os Estados brasileiros se apresentam/nesta festa de alegria e esplendor..."), de Lourival Faissal, no então prestigiado concurso de Miss Brasil, a cantora Ellen de Lima aniversaria com estilo e bom gosto, acompanhada ao piano por Marvio Ciribelli, em mais uma das suas agradáveis noites no Armazém da Música. Marvio tem sempre um convidado interessante toda quinta nesse bar de Niterói, e Ellen de Lima, com tantos anos de carreira, tem suas histórias pra contar. Ainda mocinha, imitou Heleninha Costa no programa "Papel Carbono" e começou com sucesso no disco, em 1957, com a gravação do bolero "Vício", de Fernando César, atuando com destaque em diversos programas do rádio e da tevê e, no Copacabana Palace, em memoráveis espetáculos dirigidos por Haroldo Costa e Carlos Machado. Sobre ela, repasso abaixo, com "flyer" acima, recado do amigo Marvio, com uma ótima notícia para os admiradores dessa cantora baiana - da capital -, que veio para o Rio de Janeiro com dois anos de idade.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

"Alô amigos,
A cantora Ellen de Lima, conhecida como "A Maravilhosa", desde a "Era de Ouro do Rádio", será a nossa convidada nesta quinta, dia 26/Março no Armazém da Música. Ellen estará comemorando o lançamento do filme de Gil Barone, Marcelo Avelar e Ricardo Cravo Albin, "As Cantoras do Rádio" e especialmente... o seu aniversário. Vale reservar logo logo....

Ellen até hoje faz parte do famoso grupo "As Cantoras do Rádio" (ao lado de Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas e Violeta Cavalcante) e foi sucesso dos criativos e inovadores programas de César de Alencar e Paulo Gracindo.

Vejam que bacana o repertório: Modinha e Naquela Mesa (de Sérgio Bittencourt); Fracasso, Saudades da Amélia e Nada Além (de Mário Lago); Gracias a La Vida (Violeta Parra), sucesso de Mercedes Sosa; Travessia, de Milton Nascimento; O Que é O que é (Gonzaguinha); os Fados Coimbra, Aí Mouraria e Nem as Paredes Confesso, sucessos de Amália Rodrigues; Yolanda (Pablo Milanés e Silvio Rodriguez); O Meu Guri, Quem te viu Quem te vê e Noite dos Mascarados (todas de Chico Buarque); e ainda... Não tem Solução e Sábado em Copacabana (de Dorival Caymmi)...

E para valorizar ainda mais... o show ainda terá a participação especial da cantora e percussionista Thaís Motta e do saxofonista e flautista Tino Jr. Vejam a filipeta em anexo!"

Marvio Ciribelli recebe Ellen de Lima no Armazém da Música
Com Thaís Motta (percussão e vocal) e Tino Jr (flauta e saxofone)
Data: 26 de Março, quinta-feira
Horário: 21h
Local: Velho Armazém
Endereço: Praia de São Francisco, nº 6
Tels: (21) 2714-5424 / 2704-9547
Ingressos: R$ 18,00
Capacidade: 80 lugares
Classificação etária: Livre
Cartões: Todo
s

www.marviociribelli.com.br
http://www.myspace.com/marviociribelli
http://www.myspace.com/thaismotta

Mais um brinde: um cartum de João Zero - "Saudável"

Era uma vez um Brasil - O livro



Como prometi na semana passada(quando publiquei a capa), continuo a publicar meu livrinho Era uma vez um Brasil - História Espremida de Cabral a FHC. Hoje vamos ter o prefácio escrito por Claudius.
(Aviso de antemão que farei algumas correções e atualizações na historinha, nada que venha a disvirtuar o seu grande destino)

***

Corriam os anos 70, eu morava em Genebra. Uma amiga de Paris me pede para dar uma olhada nos desenhos de um rapaz seu conhecido.

Era só olhar, dizer o que eu pensava, coisa simples, dizia ela. Dificílima, pensava eu, às vezes mesmo constrangedora, quando o que se vê não é bom.

E, de qualquer modo, o que dizer a um jovem que se inicia nas glórias de ter seu trabalho publicado a preço vil? Das tantas vezes em que um editor não entende a charge que você fez e você tem que bolar outra, apesar de saber que aquela era melhor? Ou das ainda mais vezes em que o editor entende muitíssimo bem o que você quis dizer, mas ele está ali justamente para que você o diga? Ou do fato de que muitos acabem desistindo e optando por profissões mais prosaicas, que permitem luxos como pagar aluguel do apartamento, a mensalidade da escola da criança e o supermercado?

Essa história de desenhar para jornais requer que a pessoa tenha um gene meio fora de órbita, um clique diferente, um olhar de esguelha, com resultados parecidos com o que o anjo torto vaticinava para Drummond, de ser guache na vida. Poetas e desenhistas de humor têm canais de comunicação invisíveisa olho nu e mesmo aos de passeio completo. Essa centelha está lá, indelevelmente marcada e se mostra desde criancinha. Há quem consiga percebê-la.

O pacote com os desenhos chegou. Era um envelope grande, cheio de selos e carimbo. Abriu a boca e despejou desenhos de todos os tipos e tamanhos, de estilos os mais variados - charges, ilustrações, histórias em quadrinhos, cartuns, estudos para capas de livos e discos - que se espalharam sobre a mesa e ficaram me olhando ansiosamente. O que diria o oráculo?

Deu para perceber a centelha ao primeiro olhar. Um a um, os desenhos foram examinados, deixados ali, revistos com mais vagar, selecionados. Foi um alívio: dava para falar bem do tal Bruno. Telefone, dando meu parecer com alguma parcimônia por causa das tarifas de telefone internacional. Falei do talento do jovem, indiscutível, disse que gostei de muita coisa, que ele levava jeito. Mas minha amiga queria saber mais, queria que eu fosse mais específico, exigia detalhes, uma verdadeira opinião e não aquele meu cerca lourenço. Aí eu disse que, ao meu ver, a qualidade dos trabalhos de ilustração sobrepujava todas as demais formas de expressão - qudrinhos, catuns, charges.

Muitos anos depois desse episódio, já instalado em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, abro o JB e identifico no traço de um certo Liberati as características que eu havia retido na memória, apesar do tempo consideravelmente grande que separava os dois momentos. Tratava-se, sem sombra de dúvida, da mesma pessoa e meu vaticínio se havia realizado. Acertei em cheio, pensei.

Errei em cheio: nos anos que se seguiram, Liberati não só aprimorou cada vez mais suas ilustrações, mas invadiu outras praias, fincando o pau da barraca em areias da charge, da caricatura e da história em quadrinhos e ligando seu radinho de pilha a todo volume - quer dizer, não dá para não notar sua presença!

Esta "História Espremida de Cabral a FHC" é mais uma confirmação do talento de Bruno Liberati. Ele levou quatro anos para completar o trabalho, que vai até a posse de Fernandenrique. Seus leitores, de todas as idades, se deliciarão com esta bem-humorada versão do nosso karma e encontrarão aqui, quem sabe, explicações muito mais sensatas sobre o que nos vem acontecendo do que se acha nos sisudos livros de história oficial. Vai ajudar a garotada que está na escola a ter uma visão gozativa, que desmonta explicações pouco convincentes sobre episódios conhecidos. Justamente por não ter a pretensão de ser um livro didático e sim o livre exercício de desvairar em torno de um tema, o livro de Liberati permite uma leitura relaxada, gostosa, que vai despertar a curiosidade da turma.

Mas o público vai pedir mais: Liberati nos deve, desde já, a suíte dessa história na qual entrarão alguns novos e outros não tão novos personagens - Serjão, Dona Ruth, Maciel, ACM, Sarney, Itamar e June - toda a corte de FHC, com seus desencontros, buchadas de bode, pezinhos na cozinha, masturbacões sociológicas de uns e onanismo verbal de outros. Ao fund, nós todos, um tanto perplexos, um quanto indignados, mas sempre esperançosos.

Esperançosos de que Liberati seja nosso grande vingador. Mãos à obra Liberati!

Cláudius 27/04/95

25.3.09

Rui de Carvalho canta samba na Lapa - É na quinta


Meu amigo Rui de Carvalho montou acampamento na Lapa. Nesta quinta-feira vai tocar e cantar samba de primeira.
(Clique na imagem para ampliar e saber mais detalhes)

Dica do Gerdal : Waleska canta nesta quinta no Leblon: o samba-canção e a penumbra de mãos dadas


Presença marcante na noite carioca dos anos 60 e 70, Waleska apresenta-se nesta quinta-feira, 26 de março, em show no Bar do Tom, no Leblon, às 21h. Vizinha em estilo das predecessoras Nora Ney, Maysa e Dolores Duran e conhecida como a rainha da fossa, Waleska sorveu na dor-de-cotovelo o estimulante que lhe possibilitou levar adiante uma carreira "em tom menor", de contornos próprios, bem definidos, sem mídia de massa, mas de ambientes, à meia luz, repletos, sobretudo, de corações avariados por desditas passionais, almas devotadas ao uísque consolador. Era o público cativo dessa "diseuse" do samba-canção inebriante e amargurado, que se iniciou artisticamente na TV Itacolomi, em BH, ao mesmo tempo que Clara Nunes e Mílton Nascimento, antes de o pianista Waldir Calmon acolhê-la, no Rio de Janeiro, como "crooner" da sua Arpège. Pouco depois, em 1966, no Pub, no Leme, e, no limiar da década seguinte, na Fossa, em Copacabana, teve boates próprias, que ainda atraíam boêmios de prestígio, como Vinicius de Moraes, que dela dizia ter, "para os românticos incuráveis, a canção certa para a dor exata".
Naturalmente, a dor-de-cotovelo também fazia girar os seus elepês no prato da vitrola, dos quais sobressaíam composições do controvertido e talentoso Sérgio Bittencourt (como "Vim", de inspirada parceria com Eduardo Souto Neto), talvez o mais gravado por ela. Pouco executada, "Canção Ausente" é uma joia do paraense Nílson Chaves que Waleska soube lapidar em delicada interpretação, ela que prepara o lançamento para breve do livro "Foi à Noite", prenhe de relatos da vida noturna que tão intensamente conheceu e a que conferiu estrelas com o charme penumbroso da sua voz.
Também título do referido show, em "Foi à Noite" Waleska conta com a participação especial do ator Claudio Cavalcante, que o concebeu e o dirige, e a condução musical de José Roberto Leão. Abaixo repasso aos interessados o serviço encaminhado pela amiga produtora, Kikha Dantas.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

SERVIÇO: WALESKA E CLÁUDIO CAVALCANTI
NO SHOW "FOI À NOITE"
DIA 26 DE MARÇO (quinta-feira) às 21h (último dia)
LOCAL: BAR DO TOM - Rua Adalberto Ferreira, 32 - Leblon (anexo ao plataforma)


"Neste show ambos interpretarão canções e relembrarão histórias de grandes nomes da MPB e da noite como Vinícius de Moraes, Antônio Maria, Tom Jobim, Maysa, Chico Buarque, entre outros".

(NR: A foto que ilustra este post é do disco Valeska na Fossa - gravação ao vivo e foi obtido do blog Loronix. Quem for ao blog Loronix , que é interessantíssimo - observará curiosamente que na capa do LP o nome da cantora vem grafado com V em vez do W)

Dica do Gerdal : Micheline Cardoso faz show, hoje, na Lapa com participação especial de Geraldo Azevedo


Repasso o recado abaixo de show nesta quarta, 24 de março, da cantora Micheline Cardoso, moça criada em Inhaúma, no conjunto habitacional da Ordem dos Músicos do Brasil, filha de um cantor seresteiro, Aurélio Linhares, e que, pouco após atingir a maioridade, já chamava a atenção como "crooner" da orquestra Cuba Libre e da orquestra do saudoso maestro Cipó. Participou de coro para a gravação de muitos "jingles" e CDs de gente de renome, como Tim Maia, Elba Ramalho e Zé Ramalho. Tem dois CDs já lançados - "Samba de Pista" e "Nu Samba" -, de samba plugado na contemporaneidade, sem desligar-se dos seus fundamentos.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.

"Fala galera!!! Lista amiga: R$ 5,00 (os primeiros 75 nomes enviados para: shows@michelinecardoso.com.br - assunto lista amiga) depois de 75 nomes, faremos uma lista de R$ 10,00!
Participação mais que especial de GERALDO AZEVEDO!!!! Sambeijos e até lá!!!"

Viajando no Design é lançado na Livraria Cultura em Sampa


(Clique na imagem para ampliar e saber mais detalhes)

Da Série Os Sete Fôlegos


Da oficina imaginária de Guilherme Mansur, o gato pinta o 7 no sobradão ouropretano.

Charge: Cidade Maravilhosa

24.3.09

Once : O ultra-romantismo está na onda





(publiquei originalmente esta minicrítica no meu blogue que está no youPode)
No fim de semana que passou tive uma grata surpresa ao ver um filme (em DVD) irlandês - quase engasguei com a pipoca- o filme é demais de bacana!
Apenas uma vez (Once), de 2006, vencedor do Oscar de 2008 pela melhor canção - Falling Slowly (foi idicado para o Grammy no mesmo ano - mas foi aquele em que o pianista budista Herbie Hancock ganhou o prêmio mais importante da noite, o de melhor disco do ano com River: The Joni Letters , e a danada da Amy Winehouse abocanhou outros cinco troféus) não é um musical, mas é quase um filme de trilha sonora em que as canções ajudam em muito a contar a história. O que apaixona as pessoas nesse filme é a sua simplicidade e sua humanidade.- o fato dele despertar um desejo de que esse mundo seja melhor. É um filme, cujo roteiro ocupa apenas umas 10 linhas. Uma história de amor? É, pode-se dizer que é um filme romântico, ou melhor, ultra-romântico - um romantismo bem nos moldes do século XXI. O importante nele, volto a dizer, é uma crença no ser humano, na sua capacidade de superação, na importância de certos encontros e do afeto. Uma crítica mais servera, diria que ele passa batido pelos problemas do mundo de hoje - que se trata de um delírio, no mínimo um sonho, um conto de fadas urbano- como diz a LA Weekly numa frase destacada na embalagem brasileira do DVD. Explico- é um filme que comete o pecado de não ser a repetição do triângulo sexo- drogas-violência (o rock and roll seria apenas a embalagem). Ele conta a história de Guy, um cantor de rua de Dublin (interpretado por Glen Hansard) que trabalha com o pai numa oficina que conserta aspirdadores de pó. Em alguns momentos de folga da oficina ele solta a voz e ganha alguns trocados - de dia nas esquinas movimentadas da cidade cantando coisas do repertório popular e, de noite canta coisas de sua autoria. Se esguela ao botar pra fora seus sentimentos feridos - sua solidão e a sua perda ( a namorada o abandonou) em belíssimas canções, com letras elaboradas e intrepetações emocionadas - arrisco dizer - arrebatadoras. Numa noite dessas de bardo, passa uma moça checa, Markéta (vivido por Markéta Irglová) que vende flores para sobreviver. Ela para, ouve uma canção, se encanta e joga uma moeda na “caixa” do violão do rapaz. Começa então um papo com ele, que vai dar pano pra manga. Ela também faz canções e toca piano divinamente. A coisa a partir daí se transforma numa “relação” especial- um procura a companhia do outro, trocam confidências - se aproximam, tornam-se parceiros…rola um clima (bem não vou estragar o prazer de vocês e contar o final).
No fundo está a dificuldade de empregos na Irlanda, o poder econômico e cultural da Inglaterra (Londres) , o a questão da imigração com a desintegração do leste europeu - mas isso bem no fundo - quase não aparece no filme. Mas aí não importa mais nada, você quer esquecer a crueldade do mundo por uns instantes, e acreditar que aquilo que rola na tela é possível. A gente entra na torcida para que os dois acabem juntos. (no bom sentido, é claro)
De certa forma, o filme é produto do imenso talento dos duas pessoas : Glen Hansard - que interpreta o cantor de rua com sua voz potente e a graça de Markéta Irglová que é também cantora, e domina vários instrumentos. As músicas que tocam no filme, a maioria delas foi composta por Hansard e uma delas por Markéta ( Markéta é parceira dele no conjunto de rock The Frames - cujo último álbum “The Cost” feito em 2006 fez muito sucesso). Uma curiosidade: Hansard começou sua carreira musical , com 13 anos de idade se apresentando nas ruas de Dublin com , segundo a Wikipédia.
Taí, não é uma supre-produção - é um filme barato, feito com bastante esmero e competência por John Carney (roteiro e direção- ele já foi baixista do the Frames, mas acho que passou do prazo de validade para ser roqueiro). Não se pode esquecer de elogiar o elenco que acompanha o casal nessa aventura- que é muito bom.
Outra coisa que não posso deixar de falar é que pela ela atmosfera e por sair do estereótipo trágico do filme irlandês, Once lembra um pouco o filme (sensacional) The Commitments, de Alan Parker, no qual Glen Hansard fez o papel de um guitarrista (Outspan Foster) . Por outro lado, por contar uma história de outsiders, passa perto dos filmes de Jim Jarmusch (veja Stranger Than Paradise), e pela delicadeza da abordagem do tema das relações de afeto nesse mundo do pós-tudo, nos remete ao bom filme de Sofia Coppola “Encontros e Desencontros” (Lost in Translation).
Arrisco a dizer que o filme é imperdível. Acho que exagerei!
(Ah! a trilha sonora é maravilhosa e está gravada em CD)

Dica do Gerdal: Adriana Hadassá e grupo - balaio de boa MPB, hoje, em show em Laranjeiras


Repasso acima "flyer" relativo à agradável atração Balaio de Severyna, que será apresentada, excepcionalmente, a partir das 21h, nesta terça, 24 de março, no Severyna (Rua Ipiranga, 54 - Laranjeiras - tel.: 2556-9398). Quem a comanda é a cantora Adriana Hadassá, neta de Arnaldo Passos, nome que figura em destacadas parcerias na MPB: "Ministério da Economia" e "Escurinha", com Geraldo Pereira, "Menino de Braçanã", com Luiz Vieira, e "Dama Ideal", com Alcebíades Nogueira, recentemente regravado por Luiz Melodia. Aliás, sobre o avô, Adriana defendeu, em 2004, no Instituto Villa-Lobos, no final do Curso de Licenciatura, a monografia "Arnaldo Passos: Resgatando um Letrista de Sambas Antológicos na Época de Ouro", trabalhando ainda, entre outros, pelo Núcleo Experimental de Arte-Educação (NEAE), ao lado da também cantora e recreadora Bia Bessa (filha do compositor Reginaldo Bessa), no espetáculo infantil "Elementar - Terra, Fogo, Água e Ar", apresentado na Sala Baden Powell, o qual teve músicas e direção do tarimbado cantor, violonista e compositor Sidney Mattos. Acompanhada pelo conjunto do bloco Embaixadores da Folia, Adriana animou, com a sua simpatia e bela voz, diversos e memoráveis sábados de samba franqueado à população na Rua do Lavradio.
A partir da próxima semana, o show Balaio de Severyna volta a ser apresentado na quarta, a partir das 21h, no endereço supracitado. Lembro, "en passant", que, todas as quintas, no mesmo horário e local, o amigo Roberto Serrão, cantor e compositor, leva adiante, com sucesso, a realização do seu projeto Cara da Gente. Outro samba bom.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.

Minha vizinha chavista detona "O Clone"


Minha vizinha chavista nem deixou a novela acabar e já veio tocar a campainha do meu apartamento. Minha mulher estava fora, na sua missão de salvar a humanidade da própria humanidade e eu me encontrava sozinho e frágil diante do furor bolivariano que encontrei ao abrir a porta. Ela nem disse boa noite - indignada já veio soltando os bichos :
- Vim aqui para que você bote nos seus "grogues" ( ela nunca consegue dizer blogue) que estou muito chateada com o andamento de O Clone(Ela, sacana quer dizer Caminho das Índias).
O Márcio ( ela quer dizer Márcio Garcia- ela sempre fala de celebridades dessa forma, usando o primeiro nome, na maior intimidade) além de ser dálit, é míope. Como é que rapta a noiva errada? E ainda por cima com aquele pangaré que acharam no Recreio e botaram uma roupitcha de bumba meu boi! Ele, que representa a classe operária na novela não pode vacilar assim. Vái enxergar mal assim na Conchinchina. E onde fica a moral ? Melhor faz aquela empregada doméstica dos Cadore . Tá sempre dando um passa fora no velho patriarca.
E agora, me diga - O Márcio vai ter que casar com a menina raptada? Vai desgraçar a garota? Por que ele não volta para os EUA e abre uma rede de Deli shops lá? Vai ser menos discriminado do que em Bombaim. E olha que americano é bom nisso!
E a outra? (ela se refere à Maya vivida por Juliana Paes). Será que vai transar com o Raj mesmo grávida do pobre Márcio? Que pouca vergonha? Além de não ter camisinha no Projac, agora está faltando vergonha. Tá certo que no Ejac, onde fazem o BBB a coisa saiu dos limites conforme li nos jornais. Teve uns " vazamentos" de matéria fecal na internet. Num audio, aparece o Bial dando uma bronca numa lourinha lá que "arrancaria o braço" dela se ela continuasse a cutucar os dedos da vovó Naiá (que é diabética) com um alicatinho não esterilizado. Ele usa claramente a palavra merda com toda razão. Depois uma garota de cabelo preto disse que passou mal porque tomou um refrigerante que ela classificou também como cocô , ou coisa parecida.
Já reparou como no Brasil as coisas vazam. Nunca vi tanto vazamento e tanta escuta ilegal. Tubos e conexões deveria ser uma coluna de jornal diário dessas coisas que vazam. Que país de fofoqueiros! Por isso quero é tomar a Globo e fazer novela para o dia inteiro. Nossos comapanheiros de Cuba e por supeusto da querida Venezeuela vão adorar! Mas na novela que vamos fazer o Márcio usa óculos e não vai errar a noiva.
Nem me dei conta e ela já estava detonando outra pessoa jurídica:
- E tem mais, o Cadore Jr. ( agora ela está falando de Raul o empresário da família Cadore - vivido pelo Alexandre Borges) anda tão estressado, o coitado que está caindo na lábia da sedutora de Ivone (Letícia Sabatella)e para se livrar da chata da Silvia ( Débora Bloch). Não é que resolveu que vai se fingir de morto. Vai simular que bateu as botas. Que exemplo estão dando para nossa junventude!!!
Não adiantou argumentar que a nossa juventude está bastante avançada, que enquanto a gente está indo, ela já está voltando. Que apesar da existência de milhares de 171 atuando nas ruas e na internet, o pessoal está vacinado contra a pilantragem. Quase saquei estatísticas para provar que a tendência para entrar no conto do vigário caiu nos últimos tempos. Não adiantou falar que o Fantástico teve uma função pedagógica quando fez matérias alertando para os golpes que circulam na praça etc e tal... Claro que não levei em conta as últimas notícias do mundo político, onde a esperteza....bem nem vamos falar nisso.
Meus argumentos foram em vão.Ela estava descontente com o andamento da novela:
Eu mudaria essa cena do rapto no Clone : - O Marcio deveria levar a Juliana naquele pangaré enfeitado. A trama ia ficar muito mais interessante, mas acho que o pobre é cegueta mesmo . Talvez seja uma metáfora , um toque subliminar para mostrar os engodos a que se submete a classe oprimida. Agora não sei como vai ficar...Uma coisa é certa, na Índia, a classe operária não vai para o paraíso mesmo!
Enquanto na TV, a pobre menina encalhada do call center se purifica ao saber que foi tocada e raptada por um dálit, minha vizinha nem liga, muda a direção de sua metralhadora.
-Também não aguento mais o Tony ( Tony Ramos) falando aquelas bobagens de "tão certo como leite de mãe" e o pai da noiva, em macarronês berrar que come o "peixe mas não se engasga com a espinha"... estão querendo impingir bordões do Industão aqui na nossa terra. Hare Baba, a Índia é aqui, não o Haiti!
E o Lima (Duarte) , o meu querido Sinhozinho Malta, agora entrou numa de querer se transformar num "renunciante", quer virar santo depois de tanta safadeza que fez em outras novelas. Esse negócio de ficar falando " a resposta está dentro de você", que ele fica repete para o pobre Bahuan já encheu as medidas. E essa história do tal do Bahuan querer ser grande. Grande é a barriga do Zé Abreu! Me diga, o que é aquilo?
Eram tantas perguntas e críticas, ainda mais com aquela musiquinha indiana martelando meu ouvido que resolvi baixar a TV e mudar o rumo da conversa. Convidei a minha radical vizinha para tomar um chá. Um chá inglês que ganhei de minha filha no Natal. E pensei como aquele oficial da Grande Albion:- The natives are restless that night...(é assim que se escreve?)
Nada como um chá. Pelo menos ele resolve qualquer problema nos domínios do Império Britânico -seja nas novelas policiais da Agatha Christie ou numa batalha naval nas ilhas Malvinas! Ela topou na hora e comeu todos os biscoitinhos da lata. Minha mulher é que vai ficar fula da vida, pois estava reservando os biscoitos para um encontro místico, mas perdoará, e entenderá que foi por uma boa causa. O universo parece estar nos eixos- nesses momentos de contemplação diante da xícara fumegante. E dizer que tudo isso um dia vai acabar, daqui milhões de anos! Até lá, paciência. Gandhi tinha razão.
E aí quando terminou a novela, mudei de canal e sem querer vimos um trecho do progrma de Luciana Gimenez que mostrava o estado emocional dos cachorrinhos do Clodovil depois do passamento dele. Nem vou contar o que minha vizinha chavista, de xícara em punho falou...( no fundo acho que ela quer invadir a Rede TV também)

Da Série Os Sete Fôlegos


Da da oficina ouropretana de Guilherme Mansur, mais uma invenção com 7 vidas.

Comemoração do lançamento da Edição nº5 da Revista dObra[s]


A revista dObra[s] é uma publicação da Editora Estação das Letras e Cores
www.estacaoletras.com.br
(clique na imagem para ampliar e saber detalhes)

23.3.09

Homenagem do Gerdal - A carioca Bidu Reis: longevidade bem disposta, com muita poesia e boa música


"Garçom, apague esta luz/que eu quero ficar sozinha/garçom, me deixe comigo/que a mágoa que eu tenho é só minha/quantos estão pelas mesas/bebendo tristezas, querendo ocultar/o que se afoga no copo, renasce na alma, desponta no olhar..." Com esse hino nacional da dor-de-cotovelo, Bidu Reis, cantora, compositora e pianista, logrou o seu maior êxito, em 1957, pelo inconfundível grave do recado de Nora Ney. Lançado pouco antes, na Rádio Nacional, pela própria Bidu Reis, "Bar da Noite" teve melodia aplicada sob medida por ela à letra que Haroldo Barbosa, colega de emissora, lhe confiara com essa finalidade. Em 1955, Os Cariocas já haviam lançado da dupla o samba "Qu`est-ce Que Tu Penses?", e, com Dora Lopes, no ano seguinte, com "Quatro Histórias Diferentes", e Mário Lago, em 1958, com "Tudo Passa", por exemplo, essa carioca do Meier, moradora do Rio Comprido, encontraria, por exemplo, dois outros parceiros de destaque. Na mesma Nacional campeã de audiência da época, conhecendo um fotógrafo vindo de São Fidélis (RJ), Mário Lattini, outro sucesso surgiu de imediato: o bolero "Interesseira", gravado por um ex-balconista de farmácia, o baiano Anísio Silva. Há muito dedicada aos destinos da União Brasileira de Compositores (UBC) e ao mister poético, Bidu Reis é também autora de um livro infantil, "A Inteligência dos Animais", talvez inspirado na sua longa lida com a criação de canários.
De uma brincadeira dos seus verdíssimos anos - "bidu, bidu, bidu...", com cosquinha no queixo -, feita pelo pai, também pianista, com ela no colo, adveio a Edila Luísa Reis a ideia de adotar o mimo no nome artístico, numa carreira principiada na adolescência em dupla de curta existência, As Moreninhas, com Emilinha Borba, um ano mais velha do que ela, na Rádio Nacional e em outras emissoras. Retornando à Nacional, em 1939, após um lapso de afastamento das ondas curtas, Bidu integraria outras formações vocais, como As Três Marias (inicialmente ao lado de Marília Batista e Regina Célia), esta por iniciativa de um dos diretores da estação, José Mauro. Estava, então, em curso o ano de 1942, no qual participaram do primeiro registro em disco, acompanhando Linda Batista numa das mais belas inspirações de Herivelto Martins, "Bom Dia", em parceria com Aldo Cabral. Há alguns meses, tive a satisfação de conversar longamente com Bidu ao telefone, numa ligação em que esbanjou, no dizer dos franceses, "savoir-faire" e "joie de vivre". Curiosamente, a esportiva Bidu, seguindo caminho inverso ao daquele que leva "fracassados do amor" ao "tristonho sindicato de sócios da mesma dor" - ou seja, o caminho de quem segue a seta dos versos do seu famoso samba-canção -, não bebe nem fuma. No último dia 5 de março, com saúde e muita disposição, completou 89 anos.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
(NR- Na foto que ilustra este post, Emilinha Borba e Bidu Reis)

Da Série Monumentos MONUMENTAIS

Da Série Os Sete Fôlegos


Saltando pelos telhados coloniais de Ouro Preto, uma invenção felina de Guilherme Mansur.

22.3.09

Meu time goleia no Campeonato Inglês


Depois que o Palmeiras empatou, num jogo menor lá em Sampa e enquanto o Botafogo joga meia boca (dois pênaltis para os alvinegros) com Reinaldo finalmente desencantando no Engenhão metendo 4 a 0 até o fechamento deste post ( e aqui imito a FSP e seu redação) - o meu querido Liverpool deu de presente um chocolate para o Aston Villa = 5 a 0. Assim o time da terra dos Beatles chega à vice-liderança e fica pertinho do Manchester United- time de Cristiano Ronaldo, o qual o Liverpool goleou faz pouco tempo. Dizem que nesse jogo contra o Aston Villa Gerrard foi o rei depois de marcar três gols - só faltou fazer nevar.
Segue o submarino vermelho!

Cartum - "Perguntas difíceis de responder"

21.3.09

Dica do Gerdal: Claudia Telles e Tavynho Bonfá no Bar do Tom: o permanente sucesso da bossa nova


Para uma noite bem agradável ao som da duradoura bossa nova, recomendo o show que Tavynho Bonfá e Claudia Telles fazem neste sábado, 21 de março, às 21h, no Bar do Tom (recado abaixo, flyer acima). São dois artistas bem rodados na estrada da nossa canção popular, ambos sucesso sempre no "recall" dos apreciadores do ramo. No show de hoje, com Tavynho e Claudia, a bossa é de qualidade, de caminhos cruzados pelo bom gosto.
Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

Claudia Telles e Tavynho Bonfá no Bar do Tom

"Caso você queira ser incluído na LISTA AMIGA deste espetáculo, basta enviar um email informando seu nome completo e a data de sua preferência para show@carvana.com.br
Dois dos mais representativos artistas da Música Popular Brasileira, Claudia Telles e Tavynho Bonfá se apresentarão no Bar do Tom, Rio de Janeiro, nos dias 20 e 21 de março.
Misturando a bela voz de soprano, a delicadeza e a precisão de interpretação de Claudia Telles à versatilidade, talento e sensibilidade de Tavynho Bonfá,
o espetáculo "Sucesso Sempre" brinda o público com um repertório da mais alta qualidade, e isso gera uma certeza: cada show é único".

Da Série CRUZEIROS/CRUZADAS


Diretamente da bigorna imaginária de Guilherme Mansur, o último poema
da série CRUZEIROS/CRUZADAS.

20.3.09

Fao no Porto da Barra


Este é para o pessoal do Salvador. Aviso aos navegantes, neste sábado às 15h, Fao Miranda se apresentará no Porto da Barra ,dentro do projeto Espicha Verão.
Aproveite o sol, o mar e o som que vai rolar na praia!
mas não esqueça o protetor solar!!
É isso aí!

Charge : Raposa /Serra do Sol


(Clique na imagem para ampliar e poder ver melhor)

Dica do Gerdal: Show de Tião Carvalho na noite de Sampa


Esta dica é endereçada, sobretudo, àquele que mora em São Paulo ou lá estiver na noite de hoje, 20 de março, quando o grande maranhense Tião Carvalho (cantor, compositor, violonista, percussionista, dançarino, ator e pesquisador) se apresenta ("flyer" acima). Nascido em Cururupu, no litoral ocidental de estado, e criado, a partir dos oito anos, em São Luís, Tião vive há uns 30 anos em São Paulo e, "pari passu" com a carreira individual, em que se destaca, particularmente, o ótimo CD "Tião Canta João", em homenagem ao famoso conterrâneo de Pedreiras, desenvolve um louvável trabalho de integração social no Morro do Querosene, situado no Butantã, na capital paulista. Por meio dessa ação, leva a informação do rico folclore do Maranhão, como o o tambor-de-crioula e o bumba-meu-boi, a uma comunidade carente, que, por meio da participação em oficinas e encontros de arte, por exemplo, ao longo dos anos, teve reduzido, sensivelmente, o quadro de violência no lugar. Também por isso, mereceu, oficialmente, o reconhecimento municipal, recebendo o título de cidadão paulistano.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.
(Obs: Clique na imagem para ampliar e ler melhor)

Um brinde : Mais um cartum de João Zero

Caricaturas que eu fiz: Milton Nascimento

19.3.09

Dica do Gerdal : "Luas de Paquetá": livro de Jorge Roberto Martins é lançado neste sábado


"Jardim de afetos/pombal de amores/humildes tetos de pescadores/se a lua brilha/que bem nos dá/ amar na ilha de Paquetá..." No embalo da reminiscência de "Luar de Paquetá", composto em 1922 e hoje hino oficial do lugar, repasso abaixo o recado, com "flyer" anexo, do lançamento do livro "Luas de Paquetá", de Jorge Roberto Martins, neste sábado, 21 de março, a partir das 15h.
Além da placidez de suas ruas sem carros e do encanto da paisagem, Paquetá sempre atraiu a atenção de artistas, jornalistas, políticos e intelectuais de modo geral. Hermes Fontes e Freire Júnior, autores do lembrado fado-homenagem, lá viveram por vários anos, o que também fez Orestes Barbosa por influência do primeiro. Os historiadores Augusto Maurício e Vivaldo Coaracy, outros dois ilustres moradores, também dedicaram a Paquetá parte do seu empenho autoral em livros como "Algo do Meu Velho Rio", de 1966, e "Couves da Minha Horta", de 1949, respectivamente. Aluno de Giovanni Castagneto, pintor italiano que, no final do século 19, deu na ilha o seu canto de cisne, o paquetaense Pedro Bruno retratou o chão amado em numerosas telas que lhe valeram postumamente o nome da praça defronte à estação das barcas. Seu conterrâneo Anacleto de Medeiros, clarinetista e compositor, notabilizou-se como pioneiro do choro, além de fundador e regente de várias bandas no Rio. Nos anos 50, vivendo numa casa em estilo pagode chinês, Ormy Toledo tecia suas loas músico-poéticas a Paquetá, registradas em livros e elepês, e hoje a cantora Cristina Buarque e o talentoso bandolinista e compositor Pedro Amorim, encontrado amiúde em rodas cariocas de samba e choro e professor da Escola Portátil de Música, na Urca, são figuras que honram a tradição cultural do lugar, pelo qual passaram os escritores Joaquim Manoel de Macedo, Joaquim Nabuco e Gilka Machado e é ainda berço do professor e acadêmico Domício Proença Filho. Ao amigo José Lavrador Kevorkian, fundador e diretor da Casa de Artes de Paquetá, faço menção especial pelas relevantes atividades culturais que leva a cabo, como a mais recente, A Barca do Choro, um passeio musical da Praça Quinze à ilha - e lá continuando - com destacados músicos tocando o melhor do repertório do gênero, todo último domingo de cada mês (barca das 10h).
Todos esses nomes e muitos outros estão certamente presentes, com toda a propriedade, na obra do jornalista Jorge Roberto Martins, também apresentador da aconchegante "Sala de Música", na Rádio MEC-AM, toda quarta, às 23h. Portanto, fica a sugestão para o próximo sábado em Paquetá: que tal tomar a charrete narrativa do autor e, em páginas locais, percorrer tantos anos de história desse recanto fascinante?
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.

Sábado em Paquetá
Dia 21 de março, vá até a Praça XV e pegue a barca para Paquetá.
A partir de 15horas, no Bar do Paulão (Rua Dr. Lacerda, 18), acontecerá o lançamento de Luas de Paquetá, livro de Jorge Roberto Martins.
Você está convidado para uma viagem no tempo, ao encontro de figuras que fizeram história nos esportes, no carnaval, na música, no teatro, no cinema, no cotidiano da Pérola da Guanabara.
Os organizadores garantem que não haverá congestionamento.
Horário das barcas: 10h e 13h.

Era uma vez um Brasil


A partir de hoje (toda quinta-feira) passarei a botar no blogue uma página do meu livro Era uma vez um Brasil. Trata-se de uma história do Brasil meio anárquica "contada em desenhos e textos furiosos", pelo menos é o que diz o site da minha Editora (A Revan). É uma viagem que começa com uma incompetência náutica e termina na época da invenção do real quando FHC desce de uma nuvem para nos governar". Não sei se alguém se interessou por essa brincadeira, mas o livro está esgotado. Então, para não deixar que ele morra num sebo, resolvi abrir suas páginas na web. E dizer que começou com uma tirinha que eu publicava no Jornal do Brasil que se chamava "Avis Rara" onde uma lesma contava a história de um país que não deu certo. Apesar desse viés crítico pessimista alguns professores me escreveram pedindo para publicá-la em forma de livro, pois estavam usando a história para dar aulas, pois acharam que era um jeito de motivar os alunos e escapar daquela série de nomes, acontecimentos e datas...(apesar de eu achar que existem melhores livros de História do Brasil, mas este foi o que eu consegui fazer)
Hoje começo pela capa, na próxima quarta boto a apresentação de Claudius, depois umas poucas palavras minhas como introdução e em seguida o Prefácio de Totonho Uais (grande filólogo e criador de bodes)
Boa viagem!

18.3.09

Charge : Clodovil no céu

Dica do Gerdal: Paulinho Pedra Azul e Tunai, hoje, no Rival: um "trem bão" de música popula


Repasso abaixo, com "flyer" acima, a informação que recebi do percussionista Bruno Felga, que, hoje, 18 de março, às 19h30, vai participar de um show bem interessante, no palco do Rival, reunindo dois prestigiados artistas mineiros: Tunai e Paulinho Pedra Azul. Residindo no Rio há muito tempo, o alegre e simpático Tunai já é bem conhecido entre nós, parceiro de Sergio Natureza e Milton Nascimento, especialmente, em canções de grata lembrança e aval popular, como "As Aparências Enganam" e "Certas Canções". A rara presença aqui de Paulinho Pedra Azul é motivo de júbilo para o carioca de bom gosto que acompanha a trajetória desse artista plural, sensível, que sabe expressar com viço e elegância a sua música. Entre outros, é de 1999 um primor de realização na sua discografia: o CD "Samba-Canção", calcado na frutuosa parceria com o violonista Geraldinho Alvarenga, líder do grupo belo-horizontino Sarau Brasileiro. Paulinho vem da mesma cidade natal do poeta e letrista Murilo Antunes (parceiro de Flávio Venturini no bolero "Bésame" e na lírica "Nascente") e de outro multimídia engenhoso, Saulo Laranjeira.
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção.


"TUNAI e PAULINHO PEDRA AZUL sempre se esbarraram por aí, seja na capital, no interior ou no exterior desse mundão de Deus, mas só em 2008 realizaram um sonho antigo de pisar juntos o mesmo palco. Os dois têm carreiras parecidas. No final dos anos 70, PAULINHO PEDRA AZUL saiu do Vale do Jequitinhonha para São Paulo mostrar sua arte, e TUNAI, saiu da Zona da Mata, Ponte Nova, para o Rio de Janeiro fazendo o mesmo, ambos de Minas Gerais, um dos estados mais representativos da música brasileira.

PAULINHO PEDRA AZUL com 26 anos de estrada, 19 discos lançados, 15 livros publicados e quase 200 telas pintadas (óleo e acrílico sobre tela), vários importantes prêmios recebidos, contabiliza sucessos como "Jardim da Fantasia" (Bem-te-vi), "Ave Cantadeira", "Jequitinhonha", "Cantar" e a mais recente "Voarás", fazendo uma média de 80 shows por ano.

Já TUNAI, com 28 anos de carreira, tem gravados 8 discos de carreira e uma coletânia dupla relevando em sua voz sucessos como "Frisson", "Sintonia" (Tunai / Sérgio Natureza), "Sobrou Pra Mim" e a versão "Meu Amor" ("My Love" de Paul McCartney), ambas dele, todas temas de novelas globais. Foi lançado pela saudosa Elis Regina em 1979 com a emblemática "As Aparências Enganam" (Tunai / Sérgio Natureza) e em seguida sendo descoberto por praticamente todo o time da MPB, emplacando sucesos como "Certas Canções" (Tunai / Milton Nascimento) na voz de Milton Nascimento, "Depois das Dez" e "Água na Boca", com Simone, "Eternamente" e "Olhos do Coração", na voz de Gal Costa e mais Elba Ramalho, Zizi Possi, Fafá de Belém, Ivete Sangalo, Fagner, Sérgio Mendes, Jane Duboc, Roupa Nova, Beto Guedes, Emílio Santiago e outros.

TUNAI, que recentemente participou do projeto "Um Barzinho, um Violão - Novela 70" que foi lançado em setembro de 2008, incluirá no roteiro, cantando junto com PAULINHO PEDRA AZUL, a música "Nuvem Passageira" (Hermes Aquino). Os dois também cantarão juntos "Jardins da Fantasia", "Voarás", "Jequitinhonha", "Eternamente", "Frisson", "Certas Canções" e "Eu Sei Que Vou Te Amar", de Tom e Vinícius. Neste show eles serão acompanhados pelos músicos THIAGO AMORIM, no piano, e BRUNO FELGA, na percussão".

Links:
www.myspace.com/tunaicantor
www.myspace.com/paulinhopedraazul
Serviço:
Teatro Rival Petrobrás
Dia 18/03 (quarta- feira) às 19h30
Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Cinelândia - Rio de Janeiro/RJ
Preço:
R$ 40,00 (Inteira)
R$ 20,00 (Meia)
Classificação: 16 anos
Maiores informações:
(21) 2524-1666

www.rivalbr.com.br
Para adquirir seu ingresso pela internet, clique aqui.

17.3.09

Charge : Lulla?

Dica do Gerdal: Ney Conceição e seu quarteto hoje na Lapa


Repasso abaixo recado de show, hoje, 17 de março, às 18h, no TribOz, na Lapa, do quarteto de um grande baixista paraense, residente em Laranjeiras: Ney Conceição.

"Lançando seu primeiro DVD entitulado "Com vinte", o baixista Ney Conceição completa vinte anos de carreira. Ele escolheu o TribOz - Centro Cultural Brasil-Austrália, a nova casa de jazz e bossa da Lapa, para comemorar esse aniverário, na próxima terça-feira (dia 17/3), e promete um show memorável.
Ney toca com João Bosco há seis anos e agora está lançando oficialmente sua carreira solo. Sua banda já fez inúmeros shows de grande sucesso pelo Brasil. Ney faz umamúsica intrumental suingada, mostrando seu lado compositor earranjador, e os solos arrasadores atestam o lado virtuoso do quarteto.
O repertório do show é bastante ritmado e atual, com músicas de autoria de Ney, além de "Mercado do siri", de Dory Caymmi, "Emoriô", de João Donato, e " Te miseia" do baixista africano Richard Bona."
O quarteto:
Ney Conceição - baixo, Celio Vulcão - teclados, Lucio Vieira - bateria, Paulo Levi - sax barítono e soprano.
Data: terça-feira, 17 de março 2009
Horário: 18h às 22h
Couvert artístico: R$ 15,00 - pagamentos somente em dinheiro ou cheque
TribOz - Centro Cultural Brasil-Austrália
www.triboz-rio.com
Rua Conde de Lages 19 - Lapa
Estacionamento privativo na Conde de Lages 44 - R$ 5,00
Informações e reservas: (21) 2210 0366 - 9649 9269


SOBRE NEY CONCEIÇÃO

Músico autodidata, arranjador e compositor, nascido em Belém do Pará, iniciou sua carreira e tocou com artistas locais e do folclore regional como Nilson chaves e Pinduca, além de participar como baixista em mais de 200 discos gravados na Amozônia.

Em 1996, Ney se mudou para o Rio de Janeiro em busca de novos horizontes e em pouco tempo conheceu e começou a trabalhar com músicos do cenário nacional como Sebastião Tapajós, com quem já gravou 10 discos e excurcionou várias vezes pelo Brasil e para a Europa em 1997, 1998, 1999 e 2000; Robertinho Silva, seu grande parceiro, com quem viajou para os EUA para tocar no Queen Festival em NY, várias vezes para a Europa e fez muitos shows pelo Brasil, além de lançarem em 2000 o CD entitulado "Jaquedu".

Também tocou com: Airto Moreira, Danilo Caymmi, Fatima Guedes, Gonzalo Rubalcaba, Gilson Peranzetta, Jane Duboc, João Donato, João Nogueira, José Roberto Bertrami, Mauricio Heinhorn, Marcio Montarroyos, Moraes Moreira, Naná Vasconcelos, Paulinho Trompete, Paulo Moura, Roberto Menescal e Sivuca, entre outros.

Com os parceiros Nelson Faria e Kiko Freitas, formou o "Nosso trio" e lançou o CD "Vento bravo" e o DVD "Nosso trio ao vivo". O trio, com uma carreira bastante sólida no exterior, já fez mais de dez turnês na Europa, uma para o EUA, além de excursionar por diversas cidades brasileiras fazendo shows e workshops.

Desde 2003, Ney toca com o cantor e compositor João Bosco, e com ele gravou o álbum "Malabaristas do sinal vermelho" e também o consagrado DVD "Obrigado gente", que é considerado pela crítica como o melhor DVD brasileiro de todos os tempos.

Em 2006, produzido pelo pianista Luiz Avellar, lançou seu primeiro disco solo, totalmente autoral, entitulado "Ney Conceição". Em 2008, comemorando vinte anos de carreira, lançou seu primeiro DVD solo "Com Vinte", e lançou seu primeiro livro "toque junto Bossa Nova".

Nos últimos anos, Ney vem se dedicando à sua carreira solo, mostrando o seu lado compositor e arranjador, sempre compondo e tocando músicas novas por todos os cantos.

NR: A foto que ilustra este post foi copiado do site do TribOz - Centro Cultural Brasil-Austrália - www.triboz-rio.com

Leon, um talento raro que se encantou, virou estrela


Ele era um cara de múltiplos talentos, além de tudo boa praça, tinha um jeito gauche de viver. Até o fim foi anti-sistema. Pois é, Leon nos deixou. Como diria Sêo Rosa no Sertão do Canadá: - Ele se encantou, virou estrela.
Recebi de sua irmã o texto que publico abaixo:
"Leon Kaplan, nascido no Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1962, faleceu em 14 de março de 2009 em decorrência de melanoma. Publicitário, jornalista, cartunista, comediante, escritor, músico, documentarista, Leon mudou-se em 1989 para o Canadá, onde em 1992 fundou o jornal Abacaxi Times, representando a comunidade luso-brasileira de Toronto. Mais tarde, criou o jornal Storefront Paper, ainda em Toronto, voltado à arte e à cultura. Tocava teclado, à frente da banda Bossa Boss. Em 2002, publicou no Canadá o romance "I married a terrorist". Em 2006, mudou-se para Vancouver, onde rodou o documentário Water Squatters, sobre pessoas que vivem em barcos. Em 2008, foi um dos candidatos à Prefeitura da cidade, com uma plataforma que ironizava, com humor ácido, a política convencional. Deixa uma filha, Allegra".
NR: A foto de Leon foi copiada do maravilhoso blog de Mariana Massarani - (o Muitos Desenhos - endereço http://marianamassarani.blogspot.com/) creio que a foto foi feita por ela no Restaurante Lamas. (Na última vez que vi Leon, foi junto com Mariana num almoço muito engraçado no Lamas)
Fica aqui a nossa saudade de Leo.